Um movimento que conquistou os holofotes do debate público no último foi o da vacina, em razão da pandemia que se alastrou pelo mundo. De repente, surgiram inúmeras pessoas se dizendo contra a vacina em todo mundo, em um movimento que ficou conhecimento como antivax, ou antivacina no Brasil. A importância do tema é notória e pode aparecer o movimento antivacina na redação de algum vestibular. Por isso, preparamos esse artigo.
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Origem do movimento
Pessoas contrárias as vacinas preocupam a sociedade, os governos e órgãos de saúde. Entenda tudo por trás desse movimento para preparar uma boa redação. Foto: Unsplash
Apesar de surgir no último ano, o movimento contra a vacina é muito mais antigo. Historiadores estimam que as primeiras manifestações públicas contra a vacina datam do século XIX, em uma das várias epidemias de varíola que assolaram o mundo.
Um exemplo é o caso de Dr. Alexander M. Ross, que vivia em Montreal no ano de 1885 quando começou a comprar espaços em jornais para divulgar ideias negativistas sobre a vacina contra a varíola. Apesar do seu ferrenho posicionamento antivacina, jornalistas da época constataram que ele havia se vacinado com a mesma vacina que pedia para as pessoas não se vacinarem.
Mesmo passado mais de um século e dos todos resultados positivos das inúmeras vacinas que surgiram como a varíola, a difteria, o sarampo, a caxumba e rubéola, ainda há muitas pessoas que acreditam que a vacina representa um perigo. Vamos voltar um pouco na história e tentar entender o que pode explicar o movimento contra a vacinação.
Ao entender melhor a história do movimento anti vacina, redação se torna mais fácil expressar seus argumentos em relação ao assunto. Se você quer ter uma redação sobre vacinação nota 1000 é importante você absorver o máximo de informação sobre o tema. Por isso, leia redação pronta sobre vacinação, isso vai ajudar a ter uma visão mais completa das possibilidades de escrita sobre o assunto. Além disso, também pode ser uma forma de você se familiarizar com a situação no nosso país, a leitura de uma redação sobre o movimento antivacina no Brasil vai te dar o contexto necessário para escrever sobre como o movimento se manifesta no nosso país e não apenas internacionalmente.
A primeira vacina
O ano é 1774 e o país é a Inglaterra. No auge da Revolução Industrial, que alterou os padrões de produção, mas também o nível de conhecimento acerca de diversas áreas, um rico fazendeiro estava desesperado com o fato da sua família ter contraído o vírus da varíola. Vírus temido por toda a humanidade, a varíola costumava aparecer ocasionalmente e causar pandemias.
Benjamin Jetsy, o fazendeiro, decidiu colocar em prática uma lenda popular da época que dizia que quem entrava em contato com um bovino que sofresse da doença cowpox acabava sendo curado da varíola. Passou a agulha em uma das feridas de um de seus bovina com cowpox, e espetou a mesma agulha no braço dos seus familiares que tinham varíola.
Pesquisa científica é uma ciência responsável por salvar milhões de vidas ao longo da história da humanidade. Sem as pesquisas sobre a vacina, uma boa parcela populacional não estaria viva. Foto: Unsplash
O resultado foi surpreendente e duas décadas mais tarde, um cientista chamado Edward Jenner repetiu o mesmo experimento, agora seguindo todos os processos de pesquisa científica da época, e comprovou cientificamente o efeito do vírus da doença bovina como imunizante natural da varíola.
Foi criada a primeira vacina da história, nome que homenageia a vaca, que ajudou na criação do imunizante contra a varíola humana. Vaccinae é o nome científico dado para as vacas, e serviu de base para a criação do nome vacina, usado até hoje para denominar todas as novas inoculações protetoras - vacinas.
A revolta da vacina
No Brasil, o movimento contra vacina tem contornos mais conhecidos. Era começo do século XX quando milhares de moradores do Rio de Janeiro saíram às ruas para protestar contra a lei, editada pelo presidente Rodrigues Alves, que tornava obrigatório a vacina contra varíola.
O motim popular durou 5 dias e deixou dezenas de mortos e feridos, ficando conhecido como a Revolta da Vacina. Apesar de a história ter consagrado o motim como algo relacionado apenas à vacina, na verdade, o Brasil vivia um cenário de instabilidade social, que ajudou na implosão.
Como resultado, uma significativa parcela da população deixou de se vacinar e um novo surto de varíola no mesmo Rio de Janeiro 5 anos depois causou novamente milhares de mortes. Isso fez com que a população buscasse os postos de vacinação voluntariamente, segundo o Centro Cultural do Ministério da Saúde.
Informação é a chave
A divulgação da ciência como matéria de interesse público é algo relativamente novo. Até meados do século passado, uma parcela significativa da população desconhecia os efeitos positivos que as vacinas poderiam proporcionar. Mesmo quando eram amplamente divulgados, o difícil linguajar técnica tornava de difícil compreensão o funcionamento da vacina.
Sem entender como algo funciona, a tendência humana é a desconfiança. Por isso, criada em 7 de abril de 1948, a Organização Mundial da Saúde - OMS, estabeleceu como um das suas diretrizes principais a promoção e divulgação dos efeitos positivos das vacinas, estimulando a criação, por parte dos seus países membros, de calendários de vacinação obrigatórios.
Na esteira da OMS, dezenas de países ao redor do planeta passaram a estabelecer vacinação como política de saúde pública, aproximando as pessoas dos avanços científicos. De fato, de meados do século passado para cá, estima-se que de 2 a 3 milhões de pessoas são salvas, todos os anos, por conta das políticas de vacinação.
Rede de desinformação
Ocorre que mesmo diante dos esforços de governos e organizações de saúde na busca da conscientização mundial a respeito da importância da vacina, atualmente o mundo vive uma regressão das taxas de vacinação. No Brasil, onde o sarampo já havia sido erradicado graças a um programa constante de vacinação, a doença voltou a assombrar as famílias.
Desinformação é uma das pandemias que o mundo sofre atualmente. Manter as pessoas bem informadas é papel de todo governo que quer combater as fake news. Foto: Unsplash
Podemos explicar essa regressão ao olharmos para a popularização das redes sociais, meios usados por milhares de pessoas para se manterem informados. Espaços democráticos, dado que qualquer pessoa pode criar uma conta e difundir ideias, as redes sociais são o espaço propício para movimento contrário a vacina e ressurgimento de doenças erradicadas no Brasil.
Isso aconteceu no ano de 2021, quando iniciou-se a vacinação contra a COVID 19. Uma enxurrada de informações falsas - as fakes news - tomou conta das redes sociais e do debate público. O movimento contra as vacinas voltou e milhares de pessoas passaram a usar argumentos de médicos, juristas e outros profissionais para justificar a negativa em se vacinar.
Se preparando para a redação
Agora que você tem um panorama amplo da questão do movimento contrário as vacinas, sua origem e problemas, está preparado para escrever sua redação sobre vacinação. Claro que a redação vai depender do tema apresentado pela banca examinadora, mas se for algo relacionado a vacina, o repertório cultural adquirido neste artigo vai te ajudar.
Estrutura da redação
Normalmente, a redação deve ser escrita em formato opinativo, em norma culta escrita da língua portuguesa, onde o candidato apresenta ponto de vista em formato de texto dissertativo argumentativo sobre determinado assunto em uma estrutura definida. Nesse sentido, além de contar com estrutura, coesão e gramática correta, a sua redação precisará ter:
| Introdução | Etapa de apresentação do tema e do seu ponto de vista, com os argumentos que serão apresentados durante o desenvolvimento. |
| Desenvolvimento | Argumentos utilizados para convencer o leitor do seu ponto de vista a respeito do assunto apresentado. |
| Conclusão | Proposta de solução, com agente, ação, meio de realização, efeito e detalhamento, para o problema, que respeite os direitos humanos. |
Além disso, toda redação, especialmente a do ENEM, precisa ser escrita de forma coerente e coesa. Por isso, caso o assunto seja sobre vacinação e você queira apresentar algum outro fato fora desse tema, relacione de forma coerente ambos os assuntos, para não perder pontos.
A importância dos argumentos
Todas as redações nota 1000 têm uma coisa em comum: bons argumentos. Por isso, para escrever sua redação, o ideal é pensar nos tipos de argumentos que você vai usar. Defina até 2 argumentos centrais, para garantir que todo o desenvolvimento caiba dentro do limite da prova. Lembre-se que você precisa separar um espaço para a introdução e para a conclusão.
Como forma de ajudar você a pensar em argumentos acerca da importância da vacinação na redação, separamos alguns exemplos.
| Tese (sua opinião) | Argumento 1 | Argumento 2 |
| O movimento contrário a vacinação coloca em risco a vida da população. | A vacina é um instrumento criado para salvar vidas. | As fakes news não respeitam a vida das pessoas. |
| A violência causada pelo movimento contra vacina. | Profissionais de saúde são agredidos por quem acredita nesse movimento. | Milhares de pessoas morrem ao acreditar nas informações falsas sobre as vacinas. |
| Retorno de doenças já erradicadas no Brasil. | Afasta da proteção pessoas que precisam se vacinar. | Crianças sem cobertura vacinal acabam contraindo doenças que já possuem vacina de proteção. |
| Prejudica a estratégia de imunização do rebanho. | Mesmo se um grupo pequeno decide não vacinar, ele prejudica toda a população. | O vírus continua vivo no corpo de quem não se vacinou e colocando em risco a vida das outras pessoas. |
Note que esses são alguns argumentos possíveis, dentro da defesa de seu ponto de vista a respeito do tema central da nossa redação exemplo. Existem outras opiniões e argumentos possíveis, e tudo vai depender do tema apresentado pela banca. Outros temas possíveis:
- Tema de redação a importância das vacinas para a sociedade
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- Desafios para garantir a vacinação dos brasileiros redação
- Os impactos das fake news na sociedade brasileira textos motivadores
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- Queda nos índices de imunização movimento antivacina redação
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- O movimento antivacina no Brasil redação e impactos do movimento antivacina à saúde redação
Importante estar atento ao tema para não fugir do assunto debatido. Por exemplo, se o tema da é sobre o movimento contra vacinas no Brasil, nenhuma redação pode falar fake news. Gastar todo o tempo na sua redação sobre fake news de 30 linhas será um tempo perdido e inútil, dado que sairá o tema proposto e sua nota será zero.
Conclusão perfeita
Além dos argumentos, a conclusão da sua redação deve ser pensada com cuidado. Isso porque, o candidato deve apresentar uma solução que selecione, organize e relacione o tema da redação, o ponto de vista e os argumentos apresentados. Sobre a vacina na redação vamos pensar em algumas propostas de conclusão.
- “Os problemas da saúde pública em questão na sociedade brasileira devem ser solucionados pelo governo federal, que tem a obrigação de manter a população informada por meio de programas publicitários acerca dos benefícios da vacina.”
- “É dever dos órgãos públicos e entidades da sociedade civil, fomentar o conhecimento acerca da vacina tríplice viral e os benefícios que ela oferece aos seres humanos, por meio de programas de televisão e debates públicos, afastando o medo da vacina.”
- “Os tribunais devem acatar as denúncias criminais contra os responsáveis por disseminar ideias falsas a respeito das vacinas, de modo a condená-los e afastar a sensação de impunidade que tanto atinge a sociedade brasileira.”
Note que em todos os exemplos de conclusão da nossa redação sobre a vacina, citamos uma proposta de intervenção com agente, ação, meio, efeito e detalhamento, requisitos centrais para uma redação tirar nota máxima.
Vídeo sobre os perigos de pessoas antivacinas
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Autor do Studybay
Advogado de formação, sempre gostou de ler, mas nunca foi de escrever. Começou a escrever mesmo durante o curso de direito, onde era escolhido para digitar os trabalhos da faculdade, por escrever muito bem, como dizia os amigos. Nunca acreditou nisso, até que começou a ganhar dinheiro escrevendo. Desde então, se dedica à escrita e busca ajudar outras pessoas a escreverem. Além de manter vivo no horizonte o sonho de escrever o seu primeiro romance. É fã de Hemingway e Adoniran Barbosa.