CÂNCER DE MAMA: DESAFIOS PARA O DIAGNÓSTICO EM GESTANTES

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com base em artigos encontrados na base de dados BVS, considerando as contribuições de autores como Mottola Júnior et al (2002); Gonçalves et al (2008); Lima et al (2009), entre outros, enfatizando a dificuldade no diagnóstico do câncer de mama em gestantes em decorrência às mudanças na fisiologia da mama, dificuldade para a realização de exames e deficiência na realização do exame clínico das mamas. Concluiu-se que o diagnóstico do câncer de mama na gestação é de extrema necessidade, principalmente por conta do crescimento do número de casos em consequência à tendência a postergação da gestação. Palavras-chave: Neoplasia da mama. Gestação. Diagnóstico. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados renomadas SCIELO e BVS-LILACS, com os termos previamente consultados no DeCS: neoplasia da mama, gestante, gestação e diagnóstico.

Foram utilizados os operadores booleanos AND e OR. Os critérios de inclusão utilizados foram textos disponíveis na íntegra, estar dentro do tema de pesquisa e data de publicação entre os anos de 2000 a 2017. Os critérios de exclusão foram textos duplicados e fuga do tema. Foram identificados 19 artigos no BVS. Os serviços prestados devem fornecer cuidados não apenas para o feto, mas também para a mulher, que está em um momento de intensas mudanças físicas e hormonais. O diagnóstico do câncer de mama é realizado por meio de ultrassonografia, mamografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e inspeção termográfica. Para certeza diagnóstica, deve ser realizada a biópsia percutânea (LUCENA et al, 2017). Na gestação, o diagnóstico requer destaque, pois as alterações fisiológicas decorrentes da gestação podem mascarar os sintomas da doença, retardando seu diagnóstico (ALQUIMIM et al, 2011; DE LIMA et al, 2009).

Durante a gestação é comum o aparecimento de nódulos indolores que passam desapercebidos como resultado do aumento de volume e ingurgitamento das mamas (DE LIMA et al, 2009). Outros fatores, que contribuem para o rastreio tardio do câncer de mama na gestação, é a deficiência na realização do exame clínico das mamas que tem sido realizado de maneira insuficiente e a baixa viabilidade de realização da mamografia antes dos 40 anos (ALQUIMIM et al, 2011). Conforme Bonfim et al (2009): A mamografia, por sua vez, é o único método capaz de detectar precocemente a malignidade, podendo revelar uma neoplasia ainda de poucos milímetros, geralmente não palpável. É recomendado que seja feito aproximadamente uma semana após o período menstrual. Por motivo preventivo, deve ser anual após os 40 anos de idade, e de dois em dois anos dos 50 aos 69 anos.

Para pessoas com história familiar positiva de câncer de mama, o rastreamento se inicia a partir dos 35 anos (BONFIM et al, 2009; APUD ALQUIMIM et al, 2011, p. O Ministério da Saúde estabelece que o enfermeiro exerce um papel primordial na detecção precoce do câncer de mama. Durante a consulta de enfermagem deve ser realizado o exame clínico das mamas, de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária, investigação do risco de câncer de mama, acompanhamento anual em caso de mulher com alto risco para a doença, exame clínico anual das mamas para mulheres a partir de 40 anos e 35 anos naquelas com risco elevado, verificar a necessidade de complementação diagnóstica em caso de exame clínico alterado, solicitar mamografia, orientação sobre o autoexame para qualquer faixa etária e sem intervalo estabelecido e realização de atividade educativa sobre o câncer de mama (BRASIL, 2013).

Apesar das taxas de diagnóstico do câncer de mama ainda serem baixos, em comparação ao restante da população, este quadro tende a mudar, devido à postergação da gravidez, no futuro. Este fato é explicado pela idade média de gestantes com câncer de mama, que é equivalente a 33 anos (RING; ELLIS, 2005). Uma vez que a maioria dos casos de câncer de mama na população geral é detectada com idades acima dos 40 anos, a postergação da gravidez pode coincidir com a detecção do câncer nesse período, como declaram abaixo os autores Barrios, Sampaio Filho e Vasconcelos (2013): [. Quanto à quimioterapia, existem pouco estudos sobre o assunto. A teratogenicidade das drogas utilizadas no processo está ligada a diversos fatores, como idade gestacional e o próprio agente.

No entanto, prematuridade, malformações e a redução do crescimento intrauterino (RCIU) podem acontecer a qualquer momento do tratamento, sendo recém-nascidos de baixo peso (em 40% dos casos) a complicação mais comum (GONÇALVES, 2007). Martins e Lucarelli (2012), esclarecem sobre a infertilidade advindo do tratamento quimioterápico para câncer de mama em mulheres: Mulheres tratadas de câncer de mama apresentam maior risco de infertilidade devido ao efeito tóxico da quimioterapia sobre os folículos ovarianos, ooforectomia para redução de risco de câncer de ovário nas portadoras de mutação do gene BRCA (breast 5âncer), ou mesmo como adjuvância nas que apresentam receptores hormonais positivos. No momento do diagnóstico do câncer de mama, deve-se discutir as opções de preservação da fertilidade e o potencial impacto do tratamento sobre o futuro reprodutor (MARTINS E LUCARELLI, 2012, p.

Diagnóstico de câncer de mama na gestação: há dificuldades adicionais.  Femina, v. n. mai. AMANT, F. Tudo o que você sempre quis saber sobre o câncer de mama. Barueri, SP: Minha Editora, 2013. BRASIL. Ministério Da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. n. p. GONÇALVES, C. V. et al. LEITE, F. M. C. et al. Diagnóstico de câncer de mama: perfil socioeconômico, clínico, reprodutivo e comportamental de mulheres. F. Métodos de diagnóstico por imagem do câncer de mama durante a gestação. Revista COOPEX/FIX, 8. ed. v. jul. ago. MAYR, N. A; WEN, B. C; SAW; C. REZENDE, W; ZUGAIB, M. Diretrizes para o câncer de mama gestacional.  Revista da Associação Médica Brasileira, v.

n. p.

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