ENFERMAGEM EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA: capacitação do enfermeiro

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Orientadora: Profª. Drª. Jaqueline de Oliveira Santos. SÃO PAULO 2017 RESUMO A parada cardiorrespiratória é uma situação enfrentada comumente pelos profissionais de saúde, principalmente por aqueles que desenvolvem suas atividades em áreas críticas, como unidades de emergência, unidades de terapia intensiva (UTI), centro cirúrgico, entre outros. O objetivo deste trabalho foi levantar dados bibliográficos para identificar o nível de capacitação teórica e prática do Enfermeiro para atuar em suporte básico de vida. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 1. Parada Cardiorrespiratória (PCR) 5 1. Enfermagem em Suporte básico de vida 5 2 OBJETIVO GERAL 7 3 MÉTODOS 8 3. Tipo de pesquisa 8 3. Local da busca bibliográfica 8 3. A capacitação do enfermeiro para atuar em PCR é justificada pela presença constante do enfermeiro junto ao leito do paciente, mais do que qualquer outro profissional de saúde.

A identificação do PCR muitas vezes é realizada pelo enfermeiro. Como consequência à falta de capacitação do enfermeiro em suporte básico de vida, influindo diretamente na capacidade de identificar uma PCR, pode ocorrer uma queda na sobrevida do paciente que poderia ter tido um atendimento mais rápido, trazendo-lhe prejuízos e sequelas, em caso de sucesso na reanimação. Um enfermeiro que não sabe identificar e socorrer uma PCR será colocado em descrédito, reduzindo a segurança do paciente. Desta forma, o presente trabalho influirá, na prática clínica, na motivação pela busca de conhecimento e capacitação pessoal do enfermeiro, realização de cursos de atualizações no ambiente hospitalar. Utilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA) assim que estiver disponível, para analisar o ritmo, se chocável ou não.

Em caso de ritmo chocável, deve-se aplicar um choque e reiniciar RCP por dois minutos, até aviso de reavaliar ritmo. Se o ritmo não for chocável, deve-se continuar com a RCP por dois minutos, até aviso de reavaliar ritmo. A RCP deve prosseguir até a chegada do Suporte Avançado de Vida (SAV)5. Um estudo realizado com enfermeiros assistencialistas de unidades de internações, clínicas cirúrgicas, centros cirúrgicos, pronto socorro e unidades de terapia intensiva, demonstrou que cerca de apenas 63,97 a 64,90% dos enfermeiros nesses setores possuem conhecimento geral sobre RCP, que envolve: protocolos de atendimento, cadeia de sobrevivência, suporte básico de vida, ritmos/modalidades, reconhecimentos dos ritmos de PCR, Ação dos Medicamentos, etiologias de PCR, medicamentos administrados via traqueal, sinais clínicos de PCR, relação ventilação/compressão e medicamentos usados nos diversos ritmos3.

Tipo de pesquisa Foi realizada uma pesquisa de revisão narrativa da literatura, de natureza qualitativa e quantitativa sobre o nível de capacitação profissional do enfermeiro em suporte básico de vida. Local da busca bibliográfica Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS): Literatetura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online Brasil (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Bases de dados de Enfermagem (BDENF). Outros artigos foram agregados a partir de pesquisa exploratória em diversas outras bases de dados menores, não indexadas à BVS. Descritores e período da busca bibliográfica Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): ressuscitação cardiopulmonar, parada cardíaca, capacitação em saúde, capacitação do enfermeiro.

Foram utilizados os operadores booleanos AND e OR. Os dados foram interpretados pela análise qualitativa e quantitativa, abrangendo da melhor maneira possível os dados encontrados. Fluxograma 1 - Pesquisa na base de dados da BVS. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os descritores geraram 19 artigos na BVS após a aplicação dos critérios de inclusão, sendo que apenas 04 se encaixaram no objetivo da pesquisa. Somaram-se a esses, outros 11 artigos, que foram identificados por meio da pesquisa exploratória. A amostra final foi composta por 15 artigos. O estudo supracitado foi realizado em unidades não hospitalares de atendimento à urgência e emergência. Considerando que essas unidades devem estar preparadas para receber pacientes em PCR, percebem-se erros em pequenos detalhes da RCP, como a própria sequencia do SBV, o que seria algo indispensável ao atendimento da vítima em PCR.

Além disso, questões técnicas sobre a manobra de RCP, como a angulação das mãos e posições no tórax do paciente devem estar entranhadas em cada profissional de saúde, principalmente os que atuam nestes ambientes, pois na hora da parada, não há tempo para pensar: para cada minuto de atraso na desfibrilação, a sobrevida diminui em 10%. Por outro lado, a taxa de sobrevivência é de 98% quando a desfibrilação é realizada em 30 segundos. Semelhantemente, outro estudo apurou que cerca de 50% dos enfermeiros de um hospital sabiam a sequência de atendimento no SBV, 75% sabiam a relação ventilação/compressão, por outro lado, 56,2% erraram a quantidade de ciclos. Entre os enfermeiros, 33,3% reconheciam os sinais de PCR e 93,3% possuíam informação sobre a administração de fármacos, entretanto, 33,3% dos enfermeiros não souberam reconhecer os ritmos de parada.

Cerca de 52,9% da amostra nunca recebeu nenhum tipo de treinamento sobre o tema e 60,7% se consideraram preparados para prestarem este atendimento. Outro estudo apontou que enfermeiros que trabalhavam em áreas com monitor e desfibrilador cardíaco sabiam identificar melhor os traçados eletrocardiográficos, enquanto enfermeiros que atuavam em outras áreas sabiam melhor questões relativas ao atendimento básico. Neste estudo o desempenho geral foi de 85%, com exceção do reconhecimento dos ritmos de PCR que foi considerado inadequado (30,8%). A principal dificuldade dos enfermeiros, em outro estudo, foi o reconhecimento dos ritmos eletrocardiográficos e os medicamentos utilizados na PCR. Apenas 15,2% dos entrevistados acertaram totalmente as manobras de ventilação no paciente intubado, enquanto 93,9% acertaram parcialmente os ritmos de parada. Percebeu-se uma discrepância em certos estudos sobre o conhecimento dos enfermeiros em relação à identificação da parada e de ritmos de parada.

Os estudos dão margem ao pensamento de que o conhecimento e atuação desses profissionais na RCP varia de acordo com a instituição. Depreende-se que as instituições que estimulam mais os profissionais e oferecem atualizações obtêm melhor desempenho na RCP. Por outro lado, a oferta da capacitação pela instituição não exclui os esforços dos profissionais em aprender, pois em um estudo observou-se que após a realização de um treinamento em SBV e SAV, os profissionais solteiros e sem filhos apresentaram desempenho significativamente melhor do que os casados e com filhos. Apesar dos estudantes receberem instruções sobre a PCR e realização da RCP, a instituição de saúde é quem regula esse conhecimento, por meio da oferta de capacitações.

Porém, como visto, a maioria das instituições, mesmo de urgência e emergência, não promovem essas capacitações, que são indispensáveis para um bom atendimento à PCR. Apesar de não haver um modelo específico de capacitação, é ideal que cada instituição busque a melhor forma de manter os profissionais atualizados e motivados a aprender. Uma das consequências da falta de atualizações, é o conhecimento defasado em PCR, o que impede de os enfermeiros obterem maior sucesso nas reanimações. Que o presente estudo estimule instituições e profissionais na investigação pela qualidade da assistência ao paciente vítima de PCR, buscando meios de melhorar a sobrevida e a qualidade de vida do mesmo após a reanimação. American Heart Association.

Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das diretrizes de RCP e ACE. Dallas, Texas: AHA; 2015. Ministério da Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Abarran-Sotello R. Reanimação Cardiorrespiratória Cerebral. São Paulo: Medsi; 1993. p. Gomes JAP, Braz MR. Pesquisa social. Teoria, método e criatividade. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. Almeida AO, Araújo IEM, Dalri MCB, Araujo, S. Araújo LP, Silva AL, Marinelli NP, Posso MBS, Almeida LMN. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre o protocolo Ressuscitação Cardiopulmonar no setor de emergência de um hospital público.  Rev Univap 2012;18(32): 66-78. Silva AB, Machado RC. Elaboração de guia teórico de atendimento em parada cardiorrespiratória para enfermeiros.  SYNTHESIS| Revistal Digital FAPAM 2016; 1(1): 293-307.

Bertoglio VM, Azzolin KDO, Souza END, Silva ERRD. Tempo decorrido do treinamento em parada cardiorrespiratória e o impacto no conhecimento teórico de enfermeiros.  Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre 2008 set; 29(3):454-460. Ferreira JVB, Ferreira SMB, Casseb GB. Moraes CLK, Paula GMAD, Silva JRD, Rodrigues MCL. Desafios enfrentados pela equipe de enfermagem na reanimação cardiorrespiratória em uma unidade de emergência hospitalar.  Rev Elet Est Saúde 2016; 5(1): 90-99. Moura LTR, Lacerda LCA, Gonçalves DDS, Andrade RB, Oliveira YR. Assistência ao paciente em parada cardiorrespiratória em unidade de terapia intensiva.  Rev Bras Enferm, Brasília. Gonçalves GR, Peres HHC, Rodrigues RDC, Tronchin DMR, Pereira IM. Proposta educacional virtual sobre atendimento da ressuscitação cardiopulmonar no recém-nascido.  Rev Esc Enferm USP. Gomes JAP, Braz MR.

152 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download