UMA REVISÃO INTEGRATIVA DAS ESTRATÉGIAS PARA FIDELIZAÇÃO DE DOADORES DE SANGUE NO BRASIL

Mas para além disso, eles ajudam a manter o estoque de sangue em um nível maior, uma vez que estão sempre voltando dentro do período preconizado pela OMS para a doação. Nesse sentido, se deve, portanto se investir em estratégias para se fidelizar mais pessoas ao serviço, para tal, existem difundidas na literatura alguns subterfúgios, como a ênfase no atendimento acolhedor e humanizado, tanto para os doadores de primeira viagem quanto para os antigos; o uso adequado das mídias sociais e campanhas mais recorrentes que envolvam os jovens, faixa etária que menos doa; alguns salientam a necessidade da educação em saúde como um meio de multiplicar o conhecimento e atingir uma parcela maior da população, nesse interim, os profissionais são de extrema importância, uma vez que eles possuem o conhecimento técnico para disseminar as informações, o que faz ligação com a necessidade de um bom atendimento inicial, para que o ambiente de aprendizado seja o mais natural possível.

Logo, fica nítido que as estratégias precisam ser combinadas e sinérgicas, sendo que há algumas lacunas em umas que podem ser trabalhadas com o incremento de outra, afim de que se alcance o objetivo central, que é conseguir alcançar o maior quantitativo de pessoas possíveis para fazer um ato bastante simples e que pode salvar vidas, a doação de sangue. PALAVRAS-CHAVE: Saúde; Doação de sangue; Fidelização de doadores; Banco de sangue; Estratégias. Abstract Blood donation is a voluntary act, in which, often, the individual is motivated by the feeling of solidarity, citizenship, social contribution, or by necessity of some near person, the latter setting up a donation for replacement. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 14 5. Pontos centrais e em comum encontrados na literatura 16 6.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 REFERÊNCIAS 24 1. INTRODUÇÃO O sistema de saúde instalado no Brasil é formado por uma complexa rede de estabelecimentos que engloba instituições de setores públicos e privados. E uma das suas principais funções está na aplicação de procedimentos que instituam a promoção e recuperação da saúde a fim melhorar a saúde e o bem-estar da população. Destaques importantes do artigo eram os cuidados com a seleção de doadores, da qualidade das transfusões, e a necessidade de estar a assistência transfusional acoplada a um centro de estudos e investigações. ”2 Até então, as doações eram remuneradas, fator determinante para a criação da Associação de Doadores Voluntários de Sangue do Rio de Janeiro, em 1949, ela era contra a remuneração das doações de sangue no país, porém isso começou a ser modificado, somente em 1950, com a Lei Federal nº 1.

na qual o governo passou a incentivar a doação voluntária de sangue e derivados, principalmente com a dispensa do dia de trabalho aos funcionários públicos. Enquanto aos funcionários do setor privado, tinha o reconhecimento de prestar serviço a nação. O principal motivo para a retirada da remuneração dos bancos de sangue era o encontro de pessoas sem condições adequadas nas filas de doação, como moradores de rua, alcoólatras, anêmicos, entre outros, as quais tinham o interesse único do valor recebido. Região Nordeste 839. Região norte 237. Região Sudeste 1. Região Sul 696. Total 3. OBJETIVOS Descrever os principais artifícios utilizados na fidelização de doadores de sangue; Levantar os pontos em comum na fidelização de doadores pelo Brasil; Analisar os pontos de melhoria no processo de fidelização de doador de sangue.

METODOLOGIA O método utilizado pelo trabalho foi realizar uma revisão integrativa, que segundo Souza e colaboradores4 é a metodologia de revisão mais ampla, pois permite a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais na análise. A revisão integrativa está dividida em cinco etapas: 1. Identificação do tema e seleção da questão de pesquisa para a elaboração do estudo; 2. Determinação de critérios para inclusão ou não de estudos, amostragens e busca na literatura; 3. Posterior a busca pelos trabalhos da temática, foi realizado a sistematização destes, ou seja, foi feita uma seleção pelo título e assunto se estão de acordo com a temática proposta na revisão. Após essa etapa, foram então ordenados, de forma que pudessem ser sorteados 10 artigos, através de um software.

Seguido de uma análise dos trabalhos, a fim de retirar os elementos centrais de cada um deles, e por fim agrupa-los com base nos tópicos estudados e discutidos em comum. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Tabela 2: Artigos trabalhados na revisão 6,7,8,9,10,1112,13,14,15 Fonte: Do autor. Os foram organizados na tabela acima de modo a cada um corresponder a uma letra, por ordem alfabética do título, para que posteriormente possam ser discutidos a partir dessa organização. Imagem 03: Esquema com os artigos que abordam a importancia do treinamento da equipe Fonte: Do autor. Além do mais, por se tratar de uma temática cercada de mitos e medos, principalmente no que diz respeito aos procedimentos realizados, materiais utilizados, como agulhas, a figura do médico, inseguranças a respeito de dor, a tensão associada ao ambiente hospitalar ou semelhante, sendo assim essas questões devem ser discutidas, trabalhadas e avaliadas para fornecer mais confiança aos doadores como forma de tranquiliza-los e, portanto, melhorar a visão deles para com o processo, tornando-o o mais natural possível.

Nesse interim, que se encaixa outra questão importante na manutenção de doadores de sangue, o papel do profissional técnico na educação em saúde junto a essas pessoas. Já que dessa maneira, eles podem ser conscientizados das necessidades de doação, pois como alguns autores citam que independente do grau de escolaridade, os indivíduos fidelizados são aqueles que estão entendidos sobre a importância do ato de doar, portanto, essa afirmação demonstra a necessidade de se difundir as informações de modo claro e objetivo, tornando-a facilmente compreensível pela população e, como consequência, reprodutível por ela. Gerando, assim, uma rede de amparo necessária para o abastecimento dos bancos de sangue. Nesse sentido, existe uma contradição no que diz respeito ao cunho legal, uma vez que as doações sanguíneas no Brasil devem ser realizadas de modo voluntário, isento de coerção e o ato do aviso ao doador poderia ser caracterizado como uma maneira de “obriga-lo” a voltar para o serviço.

Porém, por se tratar de uma necessidade identificada pelos hemocentros, é uma ação que pode ser implementada. Por outro lado, uma estratégia para disseminar informações nos ambientes de saúde, seria com a criação de um período específico no calendário para a discussão da temática da hemoterapia, por exemplo, como acontece com a campanha do Novembro Azul, na qual as atenções estão voltadas para as causas e doenças mais prevalentes no homem8. Visto que a OMS, já instituiu o dia 14 de junho como dia mundial do doador de sangue desde 2004 e o dia de doador nacional é 25 de novembro, instituído desde 1964, assim, pode-se criar estratégias para a formulação de uma cultura de, ao menos, um dia no ano, em que todos os estabelecimentos de saúde divulgam e discutem o assunto com o intuito de alavancarem as doações, criar uma conscientização para a doação8.

Além disso, diversos doadores tratam os horários de funcionamento dos hemocentros e, muitas vezes, a sua localização, como uma dificuldade que os impedem de irem ao estabelecimento e efetuarem a doação. Uma vez que o marketing ajuda na visão que as pessoas têm da instituição e já é de conhecimento que a confiança no hemocentro é um passo importante na fidelização e opção pela doação. A combinação entre um bom atendimento, de modo a elucidar todas as dúvidas e medos acerca do ato da doação, afim de fazer o indivíduo se sentir acolhido, com um ambiente de confiança, no qual os profissionais sabem o seu papel, propicia um conforto para que a pessoa se sinta a vontade para voltar mais vezes e realizar a doação.

Além disso, outras estratégias de modo a aproximar o doador da hemorrede poderiam ser adotadas, como um aviso a eles do momento em que podem voltar a doar, ou na despadronização do volume de sangue para que as pessoas com menos peso que o preconizado atualmente pela OMS possam doar, são quesitos que devem ser levados em consideração para recrutar e fidelizar mais pessoas. Nesse sentido, mais pessoas estariam envolvidas no que alguns autores chamam de “sentimento de responsabilidade social” com a doação, pois é descrito que muitos doadores no país a fazem por sentirem ajudando quem necessita, ou por se sentir bem sendo solidário. Mas, para além de recrutar e angariar mais pessoas, a fidelização se atém ao ponto de que doadores fidelizados são mais conscientes de seu papel, ou seja, muitos deles cuidam mais da sua saúde em virtude de que o seu sangue será utilizado por outros, dessa forma, há um menor risco e um sangue de maior qualidade.

unicamp. br/dbarquivos/tecnico_em_hemterapia_livro_texto_ministerio_saude_2013. pdf>. Acessado em: 16/02/2018 2 JUNQUEIRA, Pedro C.  ROSENBLIT, Jacob; HAMERSCHLAK, Nelson. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842005000300013&lng=pt_BR&nrm=iso>.  Acesso em: 16/02/2018 3 BRASIL. Ministério da Saúde. pdf>. Acesso em: 19/02/2018 4 SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michely Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein. Vol.  n. Dec.   Disponível em <http://dx. doi. org/10. pdf>. Acesso em: 08/04/2018. TAVARES, Danielle Renata Silva; TENÓRIO, Jeysikelly Florencio; SILVA, Wéllyda Kelle de Oliveira; BARBOSA, Lidiane Marinho da Silva; MOURA, Tháis Andréia de Oliveira. Dificuldades na Fidelização da Doação de Sangue. Disponível em:< http://repositorio. Toledo, 2014. Disponível em:< http://cac-php. unioeste. br/cursos/toledo/servico_social/arquivos/2014/GENI_VILLA_RIOS.

pdf>. Acesso em: 08/04/2018. RODRIGUES, Rosane Suely May; LINO, Monica Motta; REYBNITZ, Kenya Schmidt. Estratégias de captação de doadores de sangue no brasil: um processo educativo convencional ou libertador?. Saúde & Transformação Social/Health & Social Change. Florianópolis, Santa Catarina, 2011. n. Disponível em:< http://www. scielo. br/pdf/tce/v20n2/a22v20n2. pdf>. br/pdf/ape/v23n1/11. pdf>. Acesso em: 08/04/2018. CAPRA, Micheli Serpa. Fidelização de Doadores de Sangue Voluntários e Habituais: Uma Prática de Educação em Saúde. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/csp/v30n7/0102-311X-csp-30-7-1463. br/cbcenf/sistemainscricoes/arquivosTrabalhos/I10736. E3. T1694. D3AP. pdf>. php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072011000200022&lng=en&nrm=iso>.

Acesso em: 08/04/2018.