Poderia fazer a discussão meu tcc é uma revisão de literatura

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Medicina

Documento 1

Para Gomes & Marzo (2012), o tratamento fisioterapêutico utiliza-se de recursos eletrotermofototerápico, tais como: hidroterapia, laser, ultrassom, eletroestimulação e vibração. Os efeitos destes tratamentos acarretam a melhora do equilíbrio, força e propriocepção. Promovem também alterações fisiológicas como melhora da circulação sanguínea, relaxamento muscular, diminuição temporária do nível da dor, melhora da confiança e capacidade funcional o que diminui os riscos de quedas e fraturas. Outros recursos são utilizados com a finalidade de aumentar a atividade osteoblástica, diminuir o quadro álgico e acelerar o processo de cicatrização quando tem fratura associada efetivando o tratamento. De acordo com os estudos de Kemler em 2010, Roelants em 2004, Bogaerts em 2007 e Delecluse em 2003, observou-se que quase todos os idosos mostram aumento da força após a realização da plataforma (qual?) quando comparados o antes e o depois ou comparados a grupos controle sem a realização de exercícios.

Estes estudos são falhos em alguns casos porque o acompanhamento e comprometimento das pacientes mostraram-se inadequados, com muitas pacientes abandonando os exercícios ou simplesmente não obedecendo à rotina dos mesmos (THOMPSON, YEN & RUBIN, 2014). Há também outros estudos que convergem para estes dados estatísticos, em um exemplo, mulheres pós-menopausa com osteoporose não apresentaram melhoras na densidade óssea quando comparadas ao grupo controle. Os exercícios foram realizados por seis meses e não puderam ser observadas melhoras destas pacientes, divergindo do paradigma de que vibrações mecânicas promovem efeitos osteogênicos. Porém, dados deste estudo mostram que há melhora na densidade óssea de algumas pacientes, mas outros estudos são necessários para averiguar se outros fatores podem estar relacionados à esta melhora, inclusive medicação (GUIMARÃES, MENDONÇA & FERNANDES, 2010).

Por outro lado, em outro estudo, observou-se que 202 mulheres pós-menopausa utilizaram estímulos vibracionais de baixa freqüência (0,3g, 37 ou 90Hz) por 20 minutos diários em um período de um ano, no entanto não houve avanços na melhora da densidade óssea, inclusive do fêmur (SLATKOVSKA et al. UZER et al. Estas divergências decorrem da falta de informações sobre o que de fato acontece no processo de aumento de mineralização óssea por estas técnicas. Há poucos dados que mostram a identificação de marcadores celulares que sejam responsáveis por estas atividades, e a verificação do aumento de comunicações do tipo gap continuam sendo investigadas. Por este motivo, existem dúvidas sobre a eficiência deste método e de como os estímulos mecânicos podem influenciar na absorção do cálcio e na formação do osso.

Acredita-se que a melhora seja devida ao conjunto de fatores, tais como: o aumento da força muscular, melhora da postura e também pelo simples fato de praticar uma atividade física (WEBER-RAJEK et al. houve a participação de 109 mulheres pós-menopausa com osteoporose. Foram separados dois grupos com estas mulheres, o primeiro grupo com 52 mulheres (de 63 a 70 anos) utilizava uma plataforma vibratória (0,6g; 60Hz) sem a realização de exercícios, por cinco dias na semana, durante 20 minutos e no período de um ano; e o segundo grupo (controle) continha 57 mulheres (de 62 a 70 anos). Alguns resultados mostram que o equilíbrio estático com controle visual melhorou em 15% quando comparados ao grupo controle. Os efeitos benéficos de plataformas vibratórias também podem ser comprovados com estudos realizados em pacientes idosos.

Como primeiro exemplo, verificou-se que em mulheres pós-menopausa, após a realização de 12 meses de exercícios dinâmicos, houve aumento de aproximadamente 24% na força dos extensores do joelho e melhora na densidade óssea lombar (CAMPOS & GOMES, 2014). De acordo com o estudo de BOGAERTS et al. foram selecionadas 54 mulheres com idade de 80 anos e para o grupo controle 57 mulheres com idade aproximada de 79 anos. Para o grupo teste utilizou-se exercícios vibracionais em todo o corpo (1,6-2,2 mm; 30-40Hz) com exercícios dinâmicos sendo praticados de 15-60 segundos, no período de seis meses. As avaliações foram feitas com medições de força muscular isométrica e também com avaliações da extensão do joelho. Os resultados mostraram que o desempenho muscular teve um aumento de 14,9% quando comparado ao grupo controle.

Verificou-se que houve uma melhora na estrutura óssea e também nos níveis de células B e T, inibindo em parte a ação dos osteoclastos, acarretando a formação de ossos mais fortes e sistema imune saudável (LAU et al. Estudos in vitro também são necessários para que os mecanismos de ação dos efeitos vibratórios possam ser melhores compreendidos. Como exemplo, identificou-se que os osteoblastos - responsáveis pelo depósito na matriz óssea – respondem bem aos efeitos vibratórios de baixa freqüência, atuando na expressão gênica e na maturação de marcadores (osteopontina) e também na mineralização. Por outro lado, estas vibrações agem inibindo a ação dos osteoclastos com a ativação do receptor RANKL.

Os osteoclastos são responsáveis pela retirada de cálcio da matriz óssea, a desmineralização (LAU et al. Inclusive há dados de variações hormonais e piora no desempenho dos exercícios (HOUSTON et al. Portanto, terapias que utilizam efeitos vibratórios fazem com que as células emitam sinais químicos que estimulam os sistemas músculo esqueléticos. As atividades destes sistemas mimetizam o exercício, deste modo promovendo a função muscular e melhorando a coordenação motora. Outro dado importante está relacionado à ação no metabolismo ósseo, ativando a regulação das células-tronco mesenquimatosas (CERCIELLO et al. Logo, muitos estudos ainda precisam ser realizados para avaliar com seguridade todos os benefícios ou malefícios de estímulos mecânicos vibracionais, tanto de alta quanto de baixa intensidade, localizados ou em todo o corpo.

Bone, v, 47, p. BOGAERTS, A. DELECLUSE, C. CLAESSENS, A. BOONEN, S. C. Efeitos da vibração do corpo todo sobre a força e potência muscular de idosos: uma revisão sistemática. Motricidade, v. p. CHAN, M. CORONA, K. OLIVA, F. Clinical applications of vibration therapy in orthopaedic practice. Muscles, Ligaments and Tendons Journal, v. p. M. Efeitos dos recursos eletrofísicos na osteoporose: uma revisão da literatura. Fisioterapia em Movimento, v. p. GÓMEZ-CABELLO, A. V. MENDONÇA, R. G. FERNANDES, P. R. M. The effectiveness of whole-body-vibration training in improving hamstring flexibility in physically active adults. Journal of Sport Rehabilitation, v. p. IWAMOTO, J. Low-magnitude mechanical signals that stimulate bone formation in the ovariectomized rat are dependent on the applied frequency but not on the strain magnitude.

Journal of Biomechanics, v. p. LAU, E. AL-DUJAILI, S. GARATACHEA, N. Whole-body vibra-tion training increases muscle strength and mass in older women: A randomized-controlled trial. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, v. p. MARIN, R. Coleção Pesquisa em Educação Física, v. p. MUIR, J. JUDEX, S. QIN, YX. Low-level vibrations retain bone marrow's osteogenic potential and augment recovery of trabecular bone during reambulation. PLoS One, v. p. REES, S. S. MULLER, R. MITTRA, E. MCLEOD, K. LIN, W. Quantity and quality of trabecular bone in the femur are enhanced by a strongly anabolic, noninvasive mechanical intervention. p. SEN, B. XIE, Z. CASE, N. STYNER, M. HU, H. DEMARAS, A. CHEUNG, A. M. Effect of 12 months of whole-body vibration therapy on bone density and structure in postmenopausal women: a randomized trial.

UZER, G. PONGKITWITOON, S. IAN C. THOMPSON, W. R. KEMMLER, W. BEBENEK, M. EN-GELKE, K. KALENDER, W. A. p. WEBER-RAJEK, M. MIESZKOWSKI, J. NIESPODZINSKI, B. CIECHANOWSKA.

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