TÉCNICAS OPERATÓRIAS UTILIZADAS PARA AUMENTO VERTICAL DO OSSO ALVEOLAR
como requisito para conclusão do curso. CIDADE 2018 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA 3 2. OBJETIVOS 5 2. OBJETIVOS GERAIS 5 2. Membranas 13 4. Enxertos em bloco 14 4. Técnicas expansivas 14 4. Osteogenese por distração 15 5. CRONOGRAMA 16 6. Conclusion: Despite the existence of numerous studies consolidated in the literature, highlighting the efficacy of these treatments, it is impossible to determine that one type of procedure outperforms the other in terms of better results, therefore, in the day to day clinical, we must proceed with caution and carefully evaluate the particularities of each individual when choosing one or another procedure, in search of obtaining the best possible results for each case. Descriptors: Bone Resorption; Bone Transplantation; alveolar ridge augmentation, atrophy, implant 1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA Atualmente nos deparamos com uma sociedade que cresce exponencialmente e consequentemente envelhece, trazendo consigo uma serie de consequências do processo de envelhecimento que devemos estar preparados a tratar, em termos de reabilitação oral, a reabilitação oral baseada em procedimentos que envolvem técnicas de implantodontia vem acrescento juntamente com a busca por procedimentos que tragam resultados esteticamente satisfatórios.
DUTTENHOEFER, F. et al. and HAGHIGHAT, K. Decorrente da perda da dentição pode-se observar mudanças exponenciais e significantes na estrutura óssea alveolar, devido a atividade de osteoclastos e osteoblastos. As mudanças mais significativas podem ser observadas dentro de um período de 3 meses após a perda dentaria, não ficando restrita a este período de tempo e podendo progredir a um total de ate 11% de perda volumétrica total, o maior índice de reabsorção óssea ocorre em sentido horizontal, que leva a uma perda considerável de volume ósseo neste sentido. HERFORD, A. S. DUTTENHOEFER F. et al. Princípios conhecidos e estabelecidos, como os de osteogênese, osteocondução e osteoindução, podem ser utilizados para nortear e otimizar as terapêuticas a serem aplicadas para regeneração óssea; respectivamente, ao introduzir diretamente células vitais à região a ser regenerada, proporcionar espaço e substrato suficiente para a ocorrência de eventos celulares e bioquímicos que levam à formação de osso, ou ao converter células pluripotentes derivadas de tecido mesenquimal em uma região de osteoblastos que leva à posterior formação óssea.
MCALLISTER B. S; HAGHIGHAT, K. et al 2014) No presente estudo vamos enfatizar exclusivamente as técnicas operatórias utilizadas para aumento vertical do osso alveolar, especificando-as e relatando sua eficácia baseado na literatura pesquisada. OBJETIVOS 2. OBJETIVOS GERAIS Avaliar na literatura científica disponível as técnicas cirúrgicas utilizadas para realizar aumento alveolar vertical visando posterior colocação de implantes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Avaliar, baseado na literatura científica disponível, a eficácia das técnicas cirúrgicas utilizadas aumento vertical do osso alveolar. Descrever os vários tipos de enxerto ósseo utilizados nas técnicas de aumento vertical do rebordo ósseo alveolar. et al 2014) Em 1967, foram estabelecidas as primeiras bases cientificas para avaliação de diferentes tipos de enxerto, por Ollier, que realizou transferência de estrutura óssea e periósteo acreditando que as estruturas permaneciam vivas, baseando-se no princípio de osteogênese.
Ao descordar do predecessor, em 1983, Barth, observou em seus estudos que as estruturas não apresentavam vitalidade, dias após a realização do enxerto, estatando que apenas quando ocorresse invasão gradual de células advindas do leito receptor ocorreria a colonização por células vivas, conceito que mais tarde ficou conhecido como osteocondução. PUCCI, S. C. Até a atualidade, uma serie de avanços e novas tecnologias e procedimentos vem sendo descritos e suportados, porem os desafios enfrentados pelos clínicos ainda permanece, visto que mesmo com os avanços, a regeneração total ainda não é possível e um protocolo que indique as técnicas mais indicadas e eficazes para cada tipo de situação leva a um universo ainda mais amplo de dúvidas e incertezas, deixando profissionais a lidar com essas situações apenas com uma série de indicações possíveis, sem poder dizer qual técnica é realmente mais assertiva e apoiados em sua avaliação criteriosa e experiência profissional acumulada.
A utilização de fatores de crescimento para gerar osteoindução, como proteínas ósseas morfogênicas (BMP’s), ainda é um procedimento experimental e possui aplicações clinicas extremamente limitadas, em contrapartida a utilização de enxertos ósseos do tipo inlay ou onlay, regeneração óssea guiada, técnicas de expansão/separação óssea, e técnicas de osteogênese alveolar por distração, são técnicas amplamente empregadas no dia a dia clinico. Apesar do numero crescente de publicações a respeito da real eficácia e aplicabilidade de inúmeras técnicas, muita duvida e controvérsia envolve a confecção de protocolos de indicação de uma técnica mais eficaz e com o melhor prognóstico para cada tipo de defeito encontrado. CHIAPASCO et al 2009) 4.
TIPOS DE DEFEITOS ÓSSEOS Após a remoção de um elemento dentário, uma série de processos entra em andamento dentro de um período que corresponde a aproximadamente a 40 dias, iniciado com a formação de um coagulo e culminando no preenchimento total do alvéolo com osso coberto por uma região de tecido conectivo epitelial, a preservação completa e restauração da estrutura original do rebordo é o objetivo almejado para uma posterior instalação de implante, porém, na maioria dos casos isso não é possível; inclusive, sem a manipulação correta a reabsorção da estrutura óssea alveolar é comum e inevitável e leva a uma perda óssea de aproximadamente 1,5 a 2mm em direção vertical e uma perda óssea horizontal de em média 40 a 50% em seis a doze meses de cicatrização, as mudanças mais significativas e visíveis podem ser observadas nos primeiros três meses e podem continuar com o tempo, o que pode levar a uma perda volumétrica adicional de 11% nos cinco anos seguintes.
LIU, J; KERNS D. Preservação alveolar Técnicas de preservação alveolar, buscam minimizar os danos ressortidos causados por extrações dentarias, ao aplicar técnicas menos invasivas ao realizar o procedimento de extração; o uso de técnicas menos traumáticas associado com o emprego de materiais de enxerto particulados (com ou sem membrana) tem demonstrado sucesso ao demonstrar uma redução significativa das mudanças dimensionais negativas associadas a extração. Especialmente se considerarmos extrações em regiões anteriores, onde a anatomia do rebordo alveolar vestibular é conhecidamente mais delgada e assim mais sensível e consequentemente extremamente mais susceptível aos efeitos da reabsorção após extrações. GLUCKMAN, SALAMA e TOIT, 2016) A alocação de materiais para enxerto em regiões anteriores pode ser extremamente beneficial, se o objetivo final for a preservação de estrutura alveolar; uma gama extensa de materiais e procedimentos podem ser empregados nestes casos, como: uso de membranas de politetrafluoretileno (ePTFE), membranas reabsorvíveis, enxertos ósseos resfriados e secos, desmineralizados ou mineralizados (DFDBA, FDBA), enxertos autógenos, enxertos com polímeros substitutos de tecido duro, barreiras com tecido conectivo, enxertos xenogenos, hidroxiapatita, dentre outros.
Apesar da extensa gama de materiais e possibilidades, a preservação e manutenção de estruturas após a extração ser uma realidade viável atualmente, com as técnicas e materiais disponíveis hoje, ainda não foi alcançada, ou ainda não foi documentada, a preservação total da estrutura após um procedimento como este (MCALLISTER B. S; HAGHIGHAT, K. PUCCI, S. C 2003). Todos os materiais seguem os princípios dos mecanismos de ação, osteogênese, osteoindução ou osteocondução, de forma combinada ou única; geralmente determinados pela origem e composição do material usado para o enxerto. Enxertos autógenos formam estrutura óssea através de osteogênese, osteoindução e osteocondução (principalmente devido a sua compatibilidade intima com a região), enxertos alógenos, apresentam a possibilidade de osteocondução, mas não permitem osteoformação, já enxertos xenogenos/heterógenos e aloplasticos, permitem apenas osteocondução.
LIU, J; KERNS, D. LIU, J; KERNS, D. G. O enxerto autógeno traz vantagens em relação a outras técnicas como a capacidade de osteogênese, osteoindução e osteocondução, além de possuir células imunocompatíveis. Porém existem algumas desvantagens por ser um procedimento invasivo, que demanda experiência técnica, tempo cirúrgico e desconforto pós-operatório maiores. Além disso, há relatos de reabsorção de até 50% do osso autógeno enxertado para aumentos verticais de rebordo podendo comprometer a estabilidade dos implantes a longo prazo. Apesar de não possuírem capacidade osteogênica e apresentar um tempo de cicatrização maior e resultados menos proeminentes, quando comparados com enxertos autógenos, é apresentado com uma alternativa viável à utilização de enxertos autógenos.
LIU, J; KERNS, D. G. Tem como desvantagens, a possibilidade de transmissão de doenças via material enxertado (que pode ser extremamente reduzida com o devido processamento). Pode ser encontrado em duas formas, mineralizada (FDBA), que apresenta um processo de reabsorção mais lento em relação ao desmineralizado e possibilita um arcabouço osteocondutivo e desmineralizada (DFDBA), que através do processo de desmineralização, tem sua fase mineral, que pode expor as estruturas colágenas intrínsecas às matérias e possivelmente fatores de crescimento ósseo (BMP), o que pode proporcionar uma qualidade de osteocondutividade maior. Materiais aloplasticos, são materiais inertes e sintéticos, o mais comum destes é o carbonato de cálcio, sulfato de cálcio, polímeros de vidro bioativos e materiais cerâmicos. O mecanismo de ação deste tipo de enxerto são estritamente osteocondução.
É indicada a combinação deste com materiais homólogos para o recobrimento de defeitos pequenos e a combinação com material autógeno quando o objetivo é a cobertura de defeitos maiores, especialmente para pacientes com cicatrização prejudicada, além da utilização de membranas. LIU, J; KERNS, D. G. Quanto as desvantagens apresentadas por membranas reabsorvíveis, podemos citar: a capacidade diminuída de manter espaço quando comparadas com membranas não reabsorvíveis, a utilização de membranas poliméricas são degradadas via hidrolise o que torna o meio ligeiramente ácido (pode levar a repercussões negativas na formação óssea), a rápida absorção de alguns tipos de membrana planta duvidas quanto a efetividade destas membranas, quando se necessita de uma barreira por um período superior a um mês.
CHIAPASCO, et al. Enxertos em bloco Foram efetuadas inúmeras revisões da literatura na tentativa de facilitar uma abordagem mais baseada em evidências para o enxerto de defeitos ósseos (DUTTENHOEFER F. et al. O enxerto onlay foi o primeiro método a ser empregado para a reconstrução de defeitos alveolares, e hoje, existe uma vasta bibliografia em relação aos casos tratados e acompanhamento dos implantes instalados nas áreas enxertadas. Técnicas expansivas Esta técnica pode servir como uma alternativa às várias já conhecidas para aumento ósseo horizontal, realizada através da separação longitudinal do osso alveolar, utilizando cinzéis, serras piezoeléctricas, dentre outros instrumentos com o intuito de aumentar a espessura óssea no sentido vestíbulo-lingual, de forma que as corticais ósseas vestibular e lingual não se encontrem mais conectadas, a vascularização adequada do seguimento ósseo criado, juntamente com a utilização de enxerto ósseo Inter posicional e a proteção proporcionada por tecido mole adjacente, da a técnica a possibilidade de resultados similares ao de outras técnicas.
MCALLISTER, B. S; HAGHIGHAT, K. Uma modificação da técnica vem sendo utilizada, que propõe a realização do procedimento em duas fases, buscando minimizar os riscos inerentes da técnica previamente empregada, que podem incluir o risco de fratura indesejada do seguimento em tipos ósseos mais rígidos além de manter a vascularização do seguimento durante a expansão. LIU, J; KERNS, D. CRONOGRAMA Cronograma de Atividades 2017/2018 ATIVIDADES Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Definição de tema/orientador x Levantamento bibliográfico x x x x x x x x x x x Elaboração do projeto x x Tratamento de dados x x x x x x x x x x Elaboração do relatório final x x x Revisão de texto x x x Entrega de trabalho x 6.
CONCLUSÃO Com esta revisão podemos observar, a extensa gama de possibilidades de procedimentos cirúrgicos possíveis para contornar os inúmeros problemas e obstáculos encontrados ao avaliar inicialmente as condições de um paciente que necessita da instalação de implantes. Apesar da existência de inúmeros trabalhos consolidados na literatura, ressaltando a eficácia destes tratamentos, é impossível determinar que um tipo de procedimento supera o outro em termos de melhores resultados. Cada um deles apresenta uma serie de vantagens que dizem respeito ao prognostico esperado quando da utilização de cada um, separadamente ou em conjunto, o que nos leva a pensar que no dia a dia clinico, devemos proceder com cautela e avaliar cuidadosamente as particularidades de cada individuo ao escolher um ou outro procedimento, em busca de obter os melhores resultados possíveis para cada caso.
Visto isso, podemos dizer que a indicação de um procedimento especifico se torna uma tarefa muito complexa e em alguns casos imprevisível, portanto, deve-se proceder com cautela e procurar sempre a utilização de procedimentos mais simplistas quanto possível e menos invasivos, de forma a oferecer menores riscos aos pacientes e uns pós cirúrgico mais confortável e rápido possível. Enxertos ósseos autógenos intrabucais em implantodontia: estudo retrospectivo. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. n. p. ARAÚJO, M. BÄUMER, D. ZUHR, O. REBELE, S. SCHNEIDER, D. SCHUPBACH, P. Craniomaxillofacial Trauma & Reconstruction, 2017. CHIAPASCO, Matteo et al. Alveolar distraction osteogenesis vs. vertical guided bone regeneration for the correction of vertically deficient edentulous ridges: A 1–3‐year prospective study on humans. Clinical Oral Implants Research, v.
p. DUTTENHOEFER, Fabian et al. Long-term survival of dental implants placed in the grafted maxillary sinus: systematic review and meta-analysis of treatment modalities. PLoS One, v. n. Col. Bras. Cir, v. n. p. Bras. Cir, v. n. p. GLUCKMAN, H. LIU, Jie; KERNS, David G. Suppl 1: mechanisms of guided bone regeneration: a review. The open dentistry journal, v. p.
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