POSSÍVEIS CAUSAS DO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Entre as doenças neurodegenerativas, as doenças amiloidogênicas, em particular a doença de Alzheimer (DA), são atualmente a forma mais comum de demência. Ao longo dos anos, várias hipóteses foram levantadas em relação à etiologia da DA, como as hipóteses colinérgica, glutamatérgica, cascata amilóide, oligomérica, genética e diabética tipo 3. Infelizmente, ainda não há cura para essa doença, apenas medicamentos que auxiliam no controle dos sintomas e retardam o processo de demência. Este artigo de revisão propõe a abordagem das principais hipóteses etiológicas da DA, para melhor entendimento da patologia. Palavras-chave: Doença de Alzheimer; Genética do Alzheimer, Biometais no Alzheimer, doenças demenciais. Sem tratamento, as capacidades de percepção, da fala, controle de ações e emoções do portador, diante das situações do dia a dia, impele-o a tornar-se agressivo, hiperativo, deprimido e, em estágios mais avançados, pode ter alucinações, diminuindo assim, as possibilidades de uma vida normal.
De acordo com evidências na literatura, o tratamento medicamentoso para a DA não apresentou inovações até o ano de 2015, mas até agora não há drogas que possam combater de forma eficaz essa doença. Neste contexto, é necessário elucidar os processos desencadeantes da DA para buscar por terapias inovadoras que sejam capazes de desviar o curso progressivo dessa patologia. O objetivo desse projeto é pesquisar sobre as causas principais do desenvolvimento da doença de Alzheimer, para melhor entendimento dessa patologia e direcionamento de potenciais pesquisas para desenvolvimento de novos fármacos para tratamento da DA. METODOLOGIA O presente estudo consistiu em um levantamento bibliográfico realizado a partir de livros do acervo bibliográfico presentes na instituição ou obtidos na internete artigos (completos ou resumo) encontrados nas bases de dados SCIELO, MEDLINE, LILACS, PUBMED e BIREME, entre os anos de 1971 a 2018.
Os sistemas noradrenérgicos e serotonérgicos também são prejudicados pela perda de neurônios. Os receptores de glutamato, particularmente do tipo N-metil-D-aspartato (NMDA), são continuamente ativados com concentrações de glutamato, resultando assim em estimulação de neurônios de maneira descoordenada, além da hiperestimulação mediada pelo aumento do influxo de cálcio (Tanović; Alfaro, 2006). Isso leva à destruição de neurônios, com atrofia cortical, aumento ventricular e comprometimento de diferentes vias de neurotransmissão em regiões responsáveis pela memória, aprendizado, reações emocionais e comportamento (Dekosky; Lopez, 2007; Cavalcanti; Engelhardt, 2012). Causas da Doença de Alzheimer Embora as causas da DA ainda sejam desconhecidas, há hipóteses sobre sua origem. Algumas teorias procuram explicar o gatilho para o desenvolvimento da DA, e estas envolvem bases genéticas, infecções, toxicidade e outras doenças desencadeantes (Area-Gomez e Schon, 2017; Nelson et al, 2012).
Aparentemente, há uma influência mútua entre os sistemas de deposição amiloide e a função colinérgica (Parikh et al, 2014). Mohandas et al em 2009, demonstraram que a formação dos agregados plaquetários geram um processo inflamatório local que induz dano à atividade colinérgica. Supõe-se então, uma atividade mútua e recíproca entre ambos, incapacitando, por hora, a determinação da causa primária da patologia, sendo necessárias mais pesquisas nessa área (Falco, 2015). Teoria genética da origem da DA É uma das teorias mais recente, baseada na transmissão genética dentro de uma mesma família, de genes responsáveis pela DA de início precoce. Segundo Araújo et al (2009) estes genes localizam-se no cromossomo 14 (70% dos casos de início precoce), no cromossomo 1 (cerca de 25% dos casos) e cromossomo 21 (responsável por cerca de 5% dos casos).
A terminologia “diabetes tipo 3” surgiu da avaliação pós mortem de cérebro de indivíduos com DA que apresentavam sinais tanto do diabetes tipo 1 (diminuição de receptores de insulina) como do tipo 2 (resistência à insulina), sugerindo que a DA é uma patologia neuroendócrina também associada à sinalização desse hormônio (Steen et al, 2005; Rivera et al, 2005). Quando essa falha é corrigida farmacologicamente, observa-se uma melhora cognitiva nos pacientes acometidos (Craft; Watson, 2004; Reger et al, 2008; Park et al, 2000). Tratamento farmacológico para a doença de Alzheimer Atualmente o foco para o tratamento da DA são: reversão das vias que levam à morte neuronal, como medida profilática em indivíduos que ainda não apresentam sinais clínicos da doença; restauração cognitiva parcial ou provisória com tratamentos sintomáticos; terapias complementares para as manifestações independentes da demência, como psicose, depressão, agitação psicomotora, distúrbios do sono e agressividade, mas infelizmente esses fármacos apenas retardam a evolução da doença com melhora temporária dos sintomas (Schneider, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS Apesar de tantos estudos, as hipóteses sobre o desenvolvimento da DA permanecem como teorias. Sendo a doença que mais cresce no mundo (segundo a OMS até 2030 o número de acometidos triplicará) a DA é uma doença que ainda carece de muita informação para determinar qual característica fisiopatológica é a mais importante e definir o melhor tratamento para o portador. Mar, v. n. p. Beydoun, M. A. Association of adiposity status and changes in early to mid-adulthood with incidence of Alzheimer's disease. Am J Epidemiol. Nov 15; v. n. p. Bottino, J. Laks & S. L. Blay (Orgs. Demência e transtornos cognitivos em idoso (pp. Christie, J. E. Shering, A. Ferguson, J. Glen, A. Mar; v. n. p. Danysz, W. Parsons, C. J. Stoffler, A.
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