PROCESSOS EDUCATIVOS EM PRÁTICAS SOCIAIS: EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA E SUA RESSIGNIFICAÇÃO COMO INSTITUIÇÃO SOCIAL
Tipo de documento:Projeto de Pesquisa
Área de estudo:Pedagogia
A pedagogia crítica e a educação popular desafiam os educadores, a pensar crítica e reflexivamente não apenas sobre o conteúdo da educação, mas também sobre o processo e a prática do ensino e da aprendizagem. Essas tradições buscam evitar os processos autoritários e centrados no professor, de muita educação formal, e capacitar os sujeitos, permitindo a colaboração entre estes para determinar objetivos e processos de aprendizagem, considerando as práticas sociais. Nas comunidades de aprendizagem, os sujeitos trabalham uns com os outros de maneiras menos distantes e rotineiras e descobrem um novo tipo de terreno intelectual e social enriquecido. No mais, percebe-se que a educação comunitária também fornece ferramentas para desenvolver e compartilhar conhecimentos, habilidades e experiências que, idealmente, levam a ganhos cognitivos, competência em ação e construção de comunidades.
Palavras-chave: Conhecimento. Destarte, o interesse em vincular o aprendizado e a construção da comunidade, neste ponto de nossa história, tem muito a ver com a necessidade urgente de abordar mudanças culturais proeminentes no trabalho globalmente. Por fim, cabe salientar que as comunidades de aprendizagem, bem como as iniciativas de aprendizagem da comunidade, têm o potencial de fornecer energia diretiva para empresas individuais e coletivas, em busca de uma ressignificação da educação comunitária. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Sabe-se que as escolas, as famílias e os ambientes comunitários desempenham papéis vitais no aprendizado e desenvolvimento dos sujeitos. Por isso, o estudo visa apresentar as estruturas para o engajamento entre a escola e a comunidade em um contínuo de intensidade, a partir de relacionamentos com fornecedores comunitários de apoio necessários aos alunos e a serviços coordenados nas escolas.
Giusti (2007), explica que os educadores populares consideram a comunidade como a principal fonte de conhecimento e o ponto de partida para a aprendizagem. Educadores e líderes comunitários têm designado programas educacionais para vincular recursos da comunidade. A aprendizagem participativa abrange uma variedade de técnicas e métodos para facilitar e permitir que os alunos se reúnam em grupos (geralmente pequenos grupos) para compartilhar conhecimentos e idéias, discutir, debater, deliberar, analisar, criticar, construir e criar conhecimento e teoria. O aprendizado participativo, conforme exposto por Giusti (2007), visa permitir um tipo de democracia deliberativa, por meio de um processo coletivo e interativo. Paulo Freire (1987) argumentou que consumir acriticamente o conhecimento transmitido por instituições poderosas, como escolas e universidades, é inerentemente empoderador. Os alunos são efetivamente silenciados. Sendo assim, no diálogo, o educador coloca problemas decorrentes das principais forças sociais que moldam a vida dos participantes - os contextos sociais, econômicos e culturais que impactam a vida individual.
Freire (1987) chama esses problemas-chave de "temas generativos". O objetivo é que os participantes se encarregem de seu próprio aprendizado, levantem temas generativos e apresentem problemas ao próprio grupo. A educação popular visa capacitar os alunos a adquirir conhecimento crítico e tomar medidas para fazer a diferença na comunidade (no mundo). De acordo com Stephen Brookfield (2003, p. Um observador em 1903 percebeu que a "metrópole" tornava a mente moderna "mais calculista, racional e intelectual" (JARVIS, 2015, p. Segundo essa lógica, à medida que a sociedade se torna mais urbanizada, as relações comunitárias enfraquecem e a experiência de comunidade desaparece. Uma ênfase na recuperação da comunidade em colapso distrai as pessoas de compreenderem completamente a cultura pública (possibilitada pela mídia de massa, industrialização, burocratização e avanços tecnológicos) que é sua contrapartida social.
A erudição histórica que analisou a interação entre comunidade e sociedade iria, na estimativa de Bender (2008), lançar luz sobre como alcançar o equilíbrio nas relações sociais modernas. Para o autor, “a tarefa do historiador cultural ou crítico não é até hoje o momento em que um dos mundos das relações sociais é substituído pelo outro; é investigar sua interação e avaliar sua saliência relativa à vida das pessoas em situações específicas” (BENDER, 2008, p. Finalmente, para entender o efeito educativo e a importância das comunidades de aprendizagem, não se deve apenas olhar para as instituições individuais e variáveis individuais, mas também para as maneiras pelas quais se padronizam e se relacionam e as maneiras pelas quais seus resultados confirmam complementam ou contradizem um ao outro.
OBJETIVOS OBJETIVO GERAL • Discutir sobre o processo educativo em práticas sociais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Observar os principais modelos de comunidade de aprendizagem; • Ressaltar a importância da comunidade no processo educativo; • Analisar o impacto das experiências vividas (culturas) no processo educativo. METODOLOGIA O estudo utilizará o levantamento de dados bibliográficos, com o intuito de examinar as concepções dos principais autores no que tange, especialmente, o processo educativo em prática sociais. Para a construção do projeto será seguida essa ordem: levantamento bibliográfico referente ao tema proposto; seleção e análise do material, observando-se os objetivos da pesquisa; leitura e fichamento das obras, onde serão selecionados alguns trechos fundamentais para a fundamentação teórica do estudo, comparando os posicionamentos e argumentações dos autores, bem como as concepções filosóficas e culturais relacionadas ao tema.
CREMIN, L. A educação popular e os seus desdobramentos. New York: HarperCollins, 2009. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido.
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