PLANTAS MEDICINAIS: DO USO POPULAR À FITOTERAPIA

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Os objetivos específicos visam informar porque os medicamentos à base de plantas perderam espaço durante um período de tempo e quais os motivos que fizeram esta prática voltar a ser adotada ganhando uma quantidade cada vez maior de adeptos. A pesquisa foi realizada na revisão bibliográfica em livros e revistas científicas que tratam da temática. A conclusão aponta que ainda é necessário muito incentivo e investimentos na área de pesquisa sobre os fitoterápicos e que este recurso poderia ser melhor explorado, uma vez que o território brasileiro é rico em espécies de plantas. Palavras-chave: Plantas medicinais. Fitoterapia. A justificativa se embasa no fato de haverem muitas contradições e opiniões conflitantes quanto ao uso da fitoterapia, tanto pela comunidade de forma geral, quanto pela comunidade médica, que em sua maioria ainda resiste a esta forma de tratamento.

Quanto mais pesquisas houver, maiores serão os esclarecimentos. A metodologia consiste na divisão dos tópicos priorizando um breve histórico sobre o uso das plantas medicinais desde as primeiras civilizações até os dias atuais. Na sequência o artigo aponta como o uso de plantas medicinais evoluiu de um costume popular para uma ciência denominada fitoterapia. Por fim, será apresentado o ponto alto do artigo, a problematização, apontando quais os riscos envolvidos no uso de plantas medicinais como terapêutica e se o uso simultâneo da fitoterapia com medicamentos tradicionais representa algum perigo para a saúde. Plantas Medicinais – Evoluindo do Uso Popular para a Fitoterapia As primeiras civilizações não dispunham de todos os recursos encontrados na contemporaneidade, não somente no quesito tecnologia, mas em muitos outros, incluindo os tratamentos oferecidos pela medicina contemporânea no tratamento rápido e eficaz das doenças.

Por esse motivo, era preciso contar com os recursos disponíveis na época. Plantas existem desde o início da humanidade. De acordo com Almeida (2011, p. “o homem primitivo dependia fundamentalmente da natureza para a sua sobrevivência e utilizou-se principalmente das plantas medicinais para curar-se”. O que ocorreu para esta mudança no cenário? De acordo com o estudo de França et al. p. ocorreu o seguinte: No século XIX o empirismo de alquimia foi suplantado pela química experimental que permitiu a síntese laboratorial de novas substâncias orgânicas. Esse fato foi um dos fatores determinantes da revolução industrial e tecnológica que desencadeou a produção acelerada de novos medicamentos e à medida que derivados mais puros e concentrados de plantas se tornaram disponíveis os médicos priorizaram as drogas sintéticas e passaram a desconsiderar o papel importante da fitoterapia.

De acordo com a citação, a disponibilidade de medicamentos sintéticos oferecidos em grande parte pelas investidas tecnológicas promoveu o uso destes medicamentos de forma mais expressiva, superando as plantas medicinais. Seja de forma discreta e totalmente manual, seja com a ajuda avançada da tecnologia, o uso de plantas medicinais sempre teve o mesmo foco: promover a recuperação da saúde das pessoas. Entendendo os Mecanismos de Cura das Plantas Medicinais De acordo com as considerações iniciais, é fato comprovado que as plantas possuem substâncias medicinais, as quais podem ser ministradas na prevenção de doenças ou no restabelecimento da saúde. Para a maioria das pessoas, porém, a forma como as plantas desenvolvem essas substâncias com efeitos curativos não é totalmente esclarecido.

Qual o mecanismo de cura oferecido pelas plantas? Dito de forma simples, de acordo com a informação de França et al. p. Suplementação de elementos essenciais; 4. Estimulação de certos órgãos 5. Normalização funcional dos sistemas do corpo humano. Todos os efeitos mencionados acima, quando atuam em conjunto, são responsáveis pelo fator curativo apresentado pelas plantas. No entanto, para proporcionar tal efeito tornando a aplicação das plantas medicinais eficiente, é preciso considerar alguns princípios básicos. “são substâncias que caracterizam quimicamente a planta”. Essas substâncias são sintetizadas e armazenadas pela planta durante seu crescimento. Os compostos químicos das plantas podem estar concentrados nas suas várias partes, incluindo raízes, rizomas, talos, caules, sementes, folhas ou flores. Existe variação nestes compostos de acordo com fatores tais como a época do ano, o solo ou clima onde vive a planta.

É relevante ressaltar que existem diferenças até mesmo entre as plantas, ou seja, mesmo plantas que vivem lado a lado têm características diferentes em seus compostos, similarmente aos seres humanos cuja produção de hormônios varia de pessoa para pessoa. apresenta a proposta da fitoterapia ao mencionar que esta intervenção “permite que o ser humano se reconecte com o ambiente, acessando o poder da natureza, para ajudar o organismo a normalizar funções fisiológicas prejudicadas restaurar a imunidade enfraquecida”. Como mecanismos adicionais, a fitoterapia promove a desintoxicação e o rejuvenescimento. É recomendado o uso das plantas medicinais nas formas de cápsulas, comprimidos ou tintura fitoterápica e desta forma se evita quaisquer transtornos decorrentes de manejo inadequado. Plantas Medicinais: Riscos e Cautelas A crença de que tratamentos à base de plantas medicinais são totalmente inofensivos e não podem causar danos à saúde.

Até certo ponto esta constatação equivocada é compreensível, afinal, quem consideraria perigo uma simples xícara de chá, por exemplo? No entanto, o comentário da autora Costa (2011, p. No caso da alcachofra, presente na citação, existe a ocorrência de urticárias relacionadas à ingestão prolongada do extrato presente nesta planta. A maioria das pessoas opta por tratamentos à base de plantas medicinais pelo fato de serem tratamentos “naturais” e por isso não representam perigos à saúde. No entanto, tal conceito é equivocado, no mínimo ingênuo. Existem vários riscos associados ao uso de medicamentos compostos por plantas medicinais. Alguns deles serão explanados a partir deste ponto. A automedicação constitui outro risco no uso de plantas medicinais. Em muitos casos, as pessoas fazem uso das plantas em forma medicinal de forma aleatória, não dando a devida atenção ao fato de que plantas possuem certas propriedades que podem ser prejudiciais.

Estas pessoas deixam escapar o fato relevante de que “cada vegetal, em sua essência, pode ser alimento, veneno ou medicamento”. FRANÇA et al. p. A resistência por parte de muitos profissionais da saúde em adotar e incentivar o uso de fitoterápicos certamente constitui um entrave na expansão desta forma terapêutica. Certamente não é sem motivos que estes profissionais são resistentes, afinal, riscos à saúde estão presentes devido a certos fatores que já foram considerados anteriormente no artigo. Existe um campo vasto para expandir o uso de fitoterápicos, o que falta são pesquisas mais profundas na área, visando aproveitar melhor este recurso. O território brasileiro é um produtor abundante de plantas. De acordo com a pesquisa de Rodrigues e Amaral (2012, p.

Entre alguns, o desejo da população optar por tratamentos mais “naturais”; as frustrações com a ineficácia de medicações convencionais; relativo baixo custo entre outros. Contrariando grande parte das opiniões, a fitoterapia apresenta alguns riscos, tais como a contaminação que pode ocorrer no próprio plantio, na forma de manuseio ou armazenamento. Até mesmo os chás, considerados inofensivos, podem representar perigo à saúde, especialmente se o indivíduo faz uso indiscriminado do mesmo. Por esse motivo são necessárias algumas intervenções cautelares, incluindo a especialização adequada do profissional. O Brasil representa um campo vasto para este tipo de terapêutica, uma vez que possui milhares de espécies de plantas. Plantas medicinais. Salvador: Editora Edufba, 2011, 224p. Disponível em: <http://books. scielo. org/id/xf7vy/pdf/almeida-9788523212162.

pdf> Acesso: 28/11/2018. COSTA, Eronita de Aquino. Nutrição e fitoterapia: tratamento alternativo através das plantas. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2011, 262p. FIRMO, Wellyson da Cunha Araújo. FRANÇA, Inácia Sátiro Xavier et al. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais. Revista Brasileira de Enfermagem (Reben), vol. n. p. ufpr. br/academica/article/view/35736/22487> Acesso: 08/12/2018. MEDEIROS, Edilmari Taques de Oliveira; CRISOSTIMO, Ana Lúcia. A importância da aprendizagem das plantas medicinais no ensino de botânica. Palmas, 2013, 17p. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas Interativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012, 156p. Disponível em: <http://189. n. p. Disponível em: <http://www. scielo. br/pdf/rbfar/v20n3/a23v20n3.

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