PRINCIPAIS MÉTODOS E MARCADORES MOLECULARES EMPREGADOS NO DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DESCRITIVA NARRATIVA

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Biologia

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- Com o novo estilo de vida adotado pela população mundial, sobretudo em grandes centros urbanos, a qualidade de vida foi substancialmente reduzida, contribuindo para a manifestação de diversas doenças crônicas. Dentre estas, casos de câncer foram ampliados consideravelmente, de forma que o câncer de mama se apresenta como uma das neoplasias mais relevantes e preocupantes na contemporaneidade. Considerando a importância de obtenção de um diagnóstico precoce sobre a melhora do quadro clínico de pacientes com câncer de mama, o presente trabalho conduziu uma revisão de literatura especializada acerca dos principais marcadores moleculares e técnicas empregados para fins de detecção e prevenção do câncer de mama.

Assim, foi aqui identificado que mudanças na expressão de diversos genes e outras biomoléculas foi capaz de influenciar sobre um aumento na susceptibilidade da paciente ao desencadeamento do câncer de mama. Além disso, vale ressaltar que o câncer de mama também acomete homens, alertando para a relevância de se compreender e investigar melhor fatores relacionados à etiologia, progressão, prognóstico e prevenção da referida doença. Sendo assim, o câncer de mama apresenta uma notória complexidade clínica, abrangendo fatores desde a etiologia até a evolução clínica associados à doença. Diante do exposto, um elevado risco de agravamento e de mortalidade está comumente associado ao câncer de mama. Portanto, a prevenção da doença, bem como o seu respectivo diagnóstico precoce, foi ponderada como uma estratégia primordial de promoção da saúde da mulher.

Desse modo, espera-se atenuar as taxas de manifestação da doença, sobretudo com relação à observação quadros clínicos mais graves. Portanto, a evolução biotecnológica na condução de exames diagnósticos e laboratoriais possibilitou a identificação de possíveis peculiaridades inerentes ao quadro clínico de cada paciente, permitindo também a identificação de marcadores específicos a cada estágio evolutivo da doença. Neste sentido, a realização de estudos de revisão bibliográfica é incentivada, como uma forma de contribuir para um olhar mais humanizado sobre possibilidades de prevenção, tratamento e diagnóstico da doença, com vistas para a redução nos índices de prevalência, comorbidades e mortalidade correlacionados. O presente trabalho se baseou na elaboração de uma revisão bibliográfica descritiva narrativa, de caráter qualitativo, a partir da coleta de dados e relatos científicos acerca da temática relacionada aos principais métodos e marcadores moleculares utilizados para fins de diagnóstico e prevenção do câncer de mama.

Para isto, foram realizadas buscas em bancos de dados digitais, tais como Scielo, Google Acadêmico, Portal de Periódicos CAPES/MEC e Pubmed. Foram efetuadas pesquisas de trabalhos com impacto para as comunidades médica e científica, incluindo monografias, dissertações, teses e artigos publicados em periódicos indexados. Tais achados foram corroborados pelas constantes evidências da caracterização invasiva atrelada a tumores malignos, observados na mama (BRAGA et al. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020a,b; PEREIRA et al. Portanto, o câncer de mama se apresenta como uma relevante e preocupante neoplasia, a qual pode rapidamente evoluir para um estágio mais avançado e bastante grave da doença. Sob tal perspectiva, o câncer de mama é considerado um dos principais tipos de câncer que mais causam mortes em mulheres de todo o mundo, em decorrência da complexidade etiológica e clínica relacionada sobretudo à rápida progressão da doença (CASTRALLI; BAYER, 2019; MEDEIROS et al.

SOUSA et al. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020b). Assim, o avanço da idade, por exemplo, representa um fator determinante sobre o aumento na susceptibilidade de manifestação do câncer de mama. A doença geralmente é considerada rara até os 35 anos em mulheres, sendo mais evidente a partir dos 50 anos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). Além de aspectos intrínsecos à fisiologia, metabolismo e genética de cada indivíduo, fatores externos também são capazes de influenciar sobre um aumento na prevalência do câncer de mama sobre a população em geral. Neste contexto, hábitos cotidianos podem influenciar sobre uma maior predisposição ao desenvolvimento do câncer de mama, os quais incluem consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante (AMENDOLA; VIEIRA, 2005; COELHO et al.

Vale destacar que se trata de dois relevantes genes de supressão tumoral que, quando desativados, contribuem para maior susceptibilidade ao desencadeamento do câncer de mama. Ou seja, indivíduos que apresentaram mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 se mostraram mais vulneráveis ao desencadeamento do câncer de mama (CASTRALLI; BAYER, 2019; COELHO et al. Assim, conforme mencionado anteriormente, determinados hábitos cotidianos podem contribuir para a manifestação de mutações nesses genes, evidenciando uma atuação conjunta de fatores intrínsecos e extrínsecos como potenciais marcadores para o câncer de mama. Por conseguinte, as mutações evidenciadas nos genes da família BRCA resultam em perda da manutenção estrutural de moléculas de DNA, contribuindo para a ocorrência de erros durante o processo de recombinação homóloga.

Tais mutações, consequentemente, alteram os mecanismos de divisão celular, quando a célula passa a se multiplicar desordenadamente, tornando-se uma célula potencialmente maligna (CASTRALLI; BAYER, 2019; COELHO et al. Tais achados sugeriram, portanto, que a atuação de determinados hormônios também representa um relevante marcador fisiológico para a caracterização clínica do câncer de mama (ALESSI et al. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020a). Ou seja, estrogênio e progesterona se mostraram capazes de influenciar sobre a progressão clínica do câncer de mama. Neste sentido, a condução de técnicas de imuno-histoquímica se mostra de grande valia não apenas para a observação de alterações morfológicas que caracterizam o tumor de mama, mas também para a identificação de receptores celulares característicos de um quadro neoplásico mais evoluído (ALESSI et al.

Mais precisamente, estrogênio e progesterona consistem em hormônios naturalmente produzidos no corpo da mulher, propiciando um funcionamento correto e equilibrado do organismo. Mulheres que consumiram anticoncepcionais orais, por exemplo, foram mais expostas a estrogênio exógeno, sendo mais susceptíveis ao desencadeamento da doença (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020a; SCHAFFER et al. Sendo assim, a exposição a anticoncepcionais orais e estrogênio exógeno, sobretudo a longo prazo, pode desregular a expressão de genes relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama. Como consequência, em geral, observa-se um aumento desproporcional em determinadas regiões da estrutura mamária. Isso se deve à ativação da proliferação de células tumorais na mama, estimuladas por um aumento de estrógeno no organismo da mulher (LUVIZON, 2014; SCHAFFER et al.

A relevância da exposição ao estrógeno sobre o desencadeamento e progressão do câncer de mama foi inclusive validado dos relatos clínicos que evidenciaram que o hormônio resultou na ativação de genes atrelados à forma mais agressiva da neoplasia. Mudanças na coloração de determinadas regiões da mama, sobretudo do mamilo, bem como a liberação de secreções anormais, também devem ser atentamente observadas, sendo consideradas como possíveis indícios de um estabelecimento de câncer de mama. Assim, ao localizar quaisquer alterações na região mamária, a mulher é recomendada a procurar auxílio médico, de modo a conduzir exames laboratoriais mais específicos, propiciando um potencial diagnóstico de câncer de mama (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).

Além disso, é fundamental que a mulher realize exames cotidianos de prevenção, mesmo quando não foi observada nenhuma alteração no autoexame, possibilitando a obtenção de possíveis diagnósticos precoces em mulher susceptíveis ao câncer de mama. Dessa forma, os avanços biotecnológicos propiciaram a avaliação da existência de diversos biomarcadores que caracterizam a manifestação do câncer de mama, de acordo com o estágio de evolução da doença (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020). O rastreamento de possíveis marcadores moleculares em amostras biológicas das pacientes, assim, está baseado no fato de que, com a progressão do câncer de mama, determinados genes e moléculas podem se encontrar mais ou menos expressos no organismo da paciente.

Tais achados evidenciaram que o campo da biotecnologia tem crescido substancialmente na contemporaneidade, possibilitando um diagnóstico cada vez mais eficaz e preciso de diversas doenças, tais como o câncer de mama (BEST et al. Best e colaboradores (2018), por exemplo, verificaram que, ao analisarem amostras de plaquetas, a observação de splicing de RNA intraplaquetário representou um promissor biomarcador de câncer de mama. Em consequência, foi descrito também que tal mecanismo propiciou a formação de uma população diferente de plaquetas, que estariam correlacionadas a progressão de um quadro neoplásico. Assim, os autores concluíram que análise do conteúdo de RNA de plaquetas pode complementar as fontes biológicas e biomoléculas utilizadas atualmente para o diagnóstico de biópsia líquida, potencializando a detecção do câncer em um estágio inicial e facilitando o monitoramento e consequente prognóstico da doença.

O rastreamento de determinadas vias de sinalização celular também foi sugerido para fins de confirmação de casos de câncer de mama. Neste aspecto, o câncer de mama foi reconhecido por seus diferentes comportamentos clínicos e resultados dos pacientes, independentemente das características histopatológicas comuns no momento do diagnóstico. A heterogeneidade e a dinâmica do câncer de mama em evolução clonal produzem células com graus distintos de resistência aos medicamentos e potencial metastático, de modo que a caracterização clínica de cada paciente é crucial (DWIVEDI et al. Além disso, em casos de suspeita de câncer de mama, a condução de outros exames diagnósticos também se mostra necessária, com o intuito de se obter a maior quantidade de informações que possam validar a detecção correta da doença.

Para isto, é necessário um acompanhamento médico periódico, para que os profissionais responsáveis sejam capazes de intervir precocemente, quando da suspeita da doença (CASTRALLI; BAYER, 2019; SILVA, 2019; SOUSA et al. Sendo assim, a realização de mamografia tem sido veementemente indicada por especialistas, uma vez que possibilita a visualização da integridade do tecido mamário, bem como a existência de possíveis anormalidades, evidentes em casos de um estabelecimento tumoral, por exemplo. Assim, um diagnóstico precoce do câncer de mama é extremamente desejável, visto que permite a elaboração e implementação de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes, de acordo com as especificidades clínicas de cada paciente. Consequentemente, a evolução no campo diagnóstico do câncer de mama pode ser referida como uma abordagem bastante promissora e necessária sobre a promoção da saúde da mulher, acarretando a oferta de uma melhor qualidade de vida a pacientes potencialmente vulneráveis à doença (INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2020a,b; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).

CONCLUSÃO A revisão bibliográfica conduzida pelo presente trabalho evidenciou que uma rica diversidade de marcadores moleculares foram descobertos e elucidados até o momento, para fins de detecção e caracterização do câncer de mama, conforme as especificidades de cada paciente. De modo geral, fatores inerentes a cada indivíduos, desde fatores genéticos hormonais e ambientais, mostraram-se capazes de influenciar consideravelmente sobre a etiologia e progressão do câncer de mama. A partir da análise desses fatores, a paciente pode, assim, apresentar uma maior susceptibilidade ao desencadeamento do câncer de mama, quando determinados genes e/ou biomoléculas se encontram mais ou menos expressos no organismo dessas mulheres. Clin Biomed Res. v. p. ALMEIDA, A. L. Hormonioterapia adjuvante no tratamento do câncer de mama es estágios iniciais.

III CIPEEX – Ciência para a redução das desigualdades. v. p. Amendola, L. Wesseling, P. Wurdinger T. Tumor-Educated Platelets as a Noninvasive Biomarker Source for Cancer Detection and Progression Monitoring. Cancer Res. v. PAIVA, F. O. TARGINO, G. S. GOMES, R. p. CASTRALLI, H. A. BAYER, V. M. S. Santos, M. A. S. Caetano, R. C. Predisposição hereditária ao câncer de mama e sua relação com os genes BRCA1 e BRCA2: revisão da literatura. RBAC. v. n. Single Cell Omics of Breast Cancer: An Update on Characterization and Diagnosis. Indian J Clin Biochem. v. n. p.   HAMMOND, M. E. et al.  American Society of Clinical Oncology/College of American Pathologists guideline recommendations for immunohistochemical testing of estrogen and progesterone receptors in breast cancer.  J Clin Oncol, v.

Disponível em: < https://www. inca. gov. br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude>. Acesso em 30 out. S. Análise dos determinantes que influenciam o tempo para o início do tratamento de mulheres com câncer de mama no Brasil. Cadernos de Saúde Pública [online], v. n. p. ª ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2009. Nelson, D. L. COX, M. S. C. Sistematização da assistência de enfermagem e o câncer de mama entre mulheres. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança. v. T. FEUER, E. J. EDWARDS, B. K. O. KRAUSE, L. M. F. LIMA, V. SILVA, A. L. R. Seleção de atributos para apoio ao diagnóstico do câncer de mama usando imagens termográficas, algoritmos genéticos e otimização por enxame de partículas.

Dissertação (Mestrado em Engenharia Médica) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019. Rev. v. n. p.

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