OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Medicina

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Estou ciente também, de que poderei responder administrativa, civil e criminalmente em caso de plágio comprovado. Cidade/ES, XX de (mês em extenso) de (ano). NOME COMPLETO DO ALUNO OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Nome Completo do Aluno Pós-Graduando em (Nome do Curso) RESUMO: Introdução: A prevalência de obesidade infantil está aumentando consideravelmente em todo o mundo, o que tem sido associado a mudanças no estilo de vida, como dieta ocidentalizada de alto teor calórico e rica em gorduras com bebidas açucaradas, estilos de vida sedentários e diminuição da atividade física. Para o crescimento e desenvolvimento saudável, a criança precisa de uma dieta balanceada. O incentivo a hábitos alimentares adequados desde a infância previne a obesidade e reduz o risco do indivíduo desenvolver distúrbios alimentares.

 Por ser um dos mais sérios agravos da saúde pública, o excesso de peso e a obesidade, destacam-se entre as causas de morbidade e mortalidade, vista como uma patologia complexa que acarreta inúmeras consequências1. Ao longo dos anos ocorreram mudanças no perfil demográfico e epidemiológico com alterações de comportamento na sociedade e impacto no padrão nutricional e de adoecimento dos indivíduos e coletividades. Destaca-se o crescimento vertiginoso da prevalência do excesso de peso (sobrepeso/obesidade) em populações de diversos países, especialmente nas sociedades urbanizadas e industrializadas, atingindo ambos os sexos e diversas faixas etárias, relacionado principalmente às mudanças no estilo de vida. Esta situação tem sido denominada de “epidemia”, apesar de não haver consenso na comunidade científica sobre a adequação desse termo para caracterizar a ocorrência de doenças e agravos não transmissíveis acima dos patamares esperados.

A disseminação do excesso de peso ressalta a necessidade de abordagens por políticas com foco na população como um todo, buscando entender o fenômeno do ganho de peso em si2. Os seguintes descritores foram aplicados nas buscas: “obesidade (Obesity)” e “obesidade infantil (child obesity) com o objetivo de encontrar artigos publicados nos últimos 10 anos. OBESIDADE A obesidade é uma doença multifatorial crônica, caracterizada por acúmulo excessivo de tecido adiposo, comumente como resultado da ingestão excessiva de alimentos e/ou baixo gasto energético.  Pode ser desencadeada por fatores genéticos, psicológicos, de estilo de vida, nutricionais, ambientais e hormonais6.   É encontrada em indivíduos geneticamente suscetíveis e envolve a defesa biológica de uma massa gorda corporal elevada, cujo mecanismo pode ser explicado em parte por interações entre recompensa cerebral e circuitos homeostáticos, sinalização inflamatória, acúmulo de metabólitos lipídicos ou outros mecanismos que comprometem os neurônios hipotalâmicos7.

Na infância é mais difícil avaliar a obesidade, pois devido à intensa modificação da estrutura corporal durante o crescimento, o peso varia de acordo com o sexo e idade e não somente com relação à altura8. Não é possível, porém, através do IMC, quantificar a gordura corporal. A composição corporal deve ser determinada pela quantidade de gordura e de tecido sem gordura que a pessoa possui para se obter o diagnóstico e classificação da obesidade. A determinação da composição corporal pode ser feita através de exames, tais como: densitometria de dupla captação (DEXA), água duplamente marcada, pesagem hidrostática e bioimpedância elétrica13. A forma como o excesso de gordura encontra-se distribuída no organismo também é importante.

A medida da circunferência do abdômen está relacionada à presença de gordura nas vísceras, considerando-se elevados valores superiores a 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. É considerada um fator de risco para saúde sendo um dos maiores problemas de saúde pública, uma epidemia global15. O assunto ganha destaque na saúde pública, abordado de forma mais ampla, principalmente na prevenção durante a infância e adolescência. Nessa fase a substituição de alimentos saudáveis por comidas mais gordurosas e com grande quantidade de açúcar pode ocorrer, principalmente se não houverem bons hábitos alimentares na família14. ETIOLOGIA DA OBESIDADE INFANTIL A crescente prevalência de obesidade infantil está associada ao surgimento de comorbidades anteriormente consideradas doenças adultas, incluindo diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, doença hepática gordurosa não alcoólica, apneia obstrutiva do sono e dislipidemia.

 Sabe-se que a causa mais comum de obesidade em crianças é um balanço energético positivo devido à ingestão calórica em excesso do gasto calórico combinado com uma predisposição genética para ganho de peso. Os autores concluíram que o maior consumo desses produtos influencia negativamente na mudança de hábitos alimentares das crianças e jovens e agrava o problema da obesidade. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, de iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) objetivou caracterizar a alimentação de adolescentes e constatou que aproximadamente 70% consumia feijão; 31%, hortaliças e frutas 5 ou mais vezes por semana, sendo classificados como marcadores de alimentação saudável. Ademais, referente aos marcadores de alimentação que não são considerados saudáveis, a exemplo de guloseimas, refrigerantes, doces e frituras foi demonstrado um consumo de aproximadamente 50% para as guloseimas e de 37% para refrigerantes 5 ou mais vezes por semana19.

Nobre et al20 pesquisaram os padrões de alimentação de crianças pré-escolares residentes em Diamantina-MG, que se mostraram em conformidade com a tendência mundial, ou seja, consumo reiterado de alimentos com excesso de lipídios, carboidratos refinados, pães, produtos de origem animal e, principalmente alimentos ricos em açúcar, a exemplo dos refrigerantes e guloseimas açucaradas. Ao analisar a prevalência crescente do sobrepeso/obesidade, como tendências da transição nutricional do Brasil, Batista Filho et al17 concluíram que o sobrepeso/obesidade estaria associado às mudanças no consumo alimentar, devido à transição nutricional, e que as prevalências de sobrepeso/obesidade em crianças e adultos, respectivamente, apresentaram tendências semelhantes de evolução do tempo. A eliminação do custo de tempo da preparação de alimentos aumenta desproporcionalmente o consumo de descontos hiperbólicos, porque o atraso é um mecanismo particularmente importante para desencorajar o consumo desses indivíduos21.

 Hoje, a sociedade prefere a satisfação imediata em relação à comida e à conveniência, em detrimento dos objetivos de longo prazo de viver uma vida longa e saudável.  A disponibilidade de alimentos altamente calóricos e menos dispendiosos, juntamente com a extensa propaganda e a fácil acessibilidade desses alimentos, contribuiu imensamente para a tendência crescente da obesidade24.   Complementarmente, Catalano et al. argumentam que o IMC materno antes da concepção, independentemente do status da glicose materna ou do peso ao nascer, é um forte preditor da obesidade infantil. Ressalte-se que quando o tratamento da criança não for adequado, a obesidade pode se estender até a idade adulta. Acrescente-se que esses problemas geram má qualidade de vida, além de onerar aos cofres públicos em razão dos tratamentos e internações dispendiosas 30.

Acrescente-se que as taxas de mortalidade aumentam dramaticamente com o aumento do índice de massa corporal (IMC), e a vida útil dos indivíduos com obesidade pode ser de 8 a 10 anos mais curta que as pessoas com peso normal31. As crianças com sobrepeso têm elevada probabilidade de converter-se em adultos obesos 32 e pode afetar todos os aspectos de crianças e adolescentes, incluindo, entre outros, a saúde cardiovascular, e saúde física geral.  A associação entre obesidade e resultados mórbidos torna uma preocupação de saúde pública para crianças e adolescentes. No entanto, pode-se dizer que existem dois componentes principais para a prevenção e controle da obesidade infantil. O primeiro é educar os pais sobre os requisitos nutricionais adequados para os filhos e o segundo é implementar as informações aprendidas.

 Educar os pais sobre os requisitos adequados de nutrição e ingestão calórica da dieta para seus filhos está na vanguarda da prevenção da obesidade; no entanto, a maneira como a informação é disseminada pode afetar a utilidade da informação21.   A implementação de práticas alimentares saudáveis ​​e regimes adequados de exercícios é essencial na prevenção e controle da obesidade infantil.  Por exemplo, informações de revisões sistemáticas, ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais bem projetados indicam que a prevenção e o controle da obesidade infantil com base em evidências podem ser alcançados com a colaboração da comunidade/escola, atenção primária à saúde e intervenções baseadas em atividades físicas que envolvem atividade física e componente alimentar32.

 O uso da farmacoterapia também deve ser considerado em crianças com sobrepeso e com histórico familiar de diabetes tipo 2 ou fatores de risco cardiovascular.  A comunicação bidirecional constante entre o cérebro e o trato gastrointestinal, bem como o cérebro e outros tecidos relevantes (ou seja, tecido adiposo, pâncreas e fígado), garante que o cérebro perceba e responda constantemente de acordo com o status/necessidades de energia do corpo.  Este sistema biológico está sujeito a perturbações por um ambiente obesogênico tóxico, levando a síndromes como resistência à leptina e à insulina e, finalmente, expondo ainda mais os indivíduos obesos a mais ganho de peso e diabetes mellitus tipo 237.   Atualmente, o orlistat atua inibindo as lipases gástricas e pancreáticas, as enzimas que quebram os triglicerídeos no intestino.

 Além disso, estudos de imagem em humanos estão começando a examinar a influência que regiões cerebrais de ordem superior/hedônicas exercem sobre áreas homeostáticas, bem como sua capacidade de resposta a sinais periféricos homeostáticos32. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. doi:10. pghn. Javed A, Jumean M, Murad MH, Okorodudu D, Kumar S, Somers VK et al. Diagnostic performance of body mass index to identify obesity as defined by body adiposity in children and adolescents: a systematic review and meta-analysis.  Pediatr Obes. Freedman DS, Butte NF, Taveras EM, Goodman AB, Ogden CL, Blanck HM.  The limitations of transforming very high body mass indexes into z-scores among 8.

million 2- to 4-year-old children.  J Pediatr. e1. Diagnosis, treatment and prevention of pediatric obesity: consensus position statement of the Italian Society for Pediatric Endocrinology and Diabetology and the Italian Society of Pediatrics.  Ital J Pediatr.   12 - Silva VS, Petroski EL, Souza I, Silva DAS. Prevalência e fatores associados ao excesso de peso em adultos do Brasil: um estudo de base populacional em todo o território nacional. Rev Bras Ciênc Esporte Florianópolis, v. Parkin P, Connor Gorber S, Shaw E et al. Recommendations for growth monitoring, and prevention and management of overweight and obesity in children and youth in primary care.  CMAJ. Umer A, Kelley GA, Cottrell LE et al. Childhood obesity and adult cardiovascular disease risk factors: a systematic review with meta-analysis. Mar-Abr;88(2):129- 36. Sanyaolu A, Okorie C, Qi X et al.

Childhood and Adolescent Obesity in the United States: A Public Health Concern.  Glob Pediatr Health. X19891305. Catalano PM, Farrell K, Thomas A et al.  Perinatal risk factors for childhood obesity and metabolic dysregulation.  Am J Clin Nutr. Schiffino FL, Siemian JN, Petrella M et al.  Activation of a lateral hypothalamic-ventral tegmental circuit gates motivation. Vandevijvere S, Chow CC, Hall KD et al. Increased food energy supply as a major driver of the obesity epidemic: a global analysis. Bull World Health Organ, 2015 Jul 1;93(7):446-56. Flores LS, Gaya AR, Petersen RDS, Gaya A. Trends of underweight, overweight, and obesity in Brazilian children and adolescents. CD009728. Oliveira GJ, Barbiero SM, Cesa CC, Pellanda LC. Comparação das curvas NCHS, CDC, e OMS em crianças com risco cardiovascular. Rev Assoc Med Bras. Ho M, Garnett SP, Baur LA et al.

Pediatric obesity: Causes, symptoms, prevention and treatment.  Exp Ther Med.

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