Exame físico por telemedicina

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Medicina

Documento 1

Este artigo tenta dar uma visão atual do estado da arte da telemedicina; tendo como objetivo apresentar as aplicações desta ferramenta no exame clínico de pacientes, na medida em que este vem se tornando um método de atendimento bastante explorado nos tempos atuais. O trabalho se justifica pela atual necessidade de oferecer informação à comunidade como um todo, mas também fornecer subsídio acadêmico. É uma revisão de literatura que toma como fontes as plataformas Lilacs, Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. À conclusão se pretende responder ao problema de pesquisa reconhecendo os benefícios e vislumbrando os avanços deste caminho com grandes chances de chegar a estabelecer-se como método ordinário de certas consultas. Palavras-chave: Telemedicina. Keywords: Telemedicine. Clinical examination. ICT’s.

INTRODUÇÃO Apesar de analistas e estudiosos situarem o surgimento da telemedicina moderna no final do século 20, na esteira dos grandes desenvolvimentos das tecnologias de informação e comunicação, ainda é uma atividade um tanto inédita, não tanto pela questão temporal, como se verá neste trabalho, mas principalmente por ter que superar desafios técnicos, legais, éticos, regulatórios e culturais, entre outros, que têm limitado seu processo de divulgação. No entanto, nos últimos anos, foram criadas condições extremamente favoráveis ​​ao seu pleno desenvolvimento, como o envelhecimento da população, principalmente nos países desenvolvidos, que ampliou a demanda por serviços de saúde. Os esforços dos governos federal e estadual na implantação da telemedicina corroboram essa perspectiva. JACOBI, 2017). Portanto, identificar, a partir das principais iniciativas já em curso para o desenvolvimento da telemedicina no Brasil, os principais desafios para sua plena disseminação se torna um evento importante para a medicina.

Por ser uma área um tanto nova, são escassos os trabalhos científicos que sistematizam a telemedicina no âmbito dos saberes e práticas em saúde pública. A literatura existente aborda principalmente o estudo de experiências nacionais nas diferentes aplicações da telemedicina. O tópico seguinte discute os desafios para a disseminação plena da telemedicina durante a prática clínica, especificando o modo como ela se desenvolve durante a sua efetiva aplicação, e a última traz as considerações finais. OBJETIVOS 1. Objetivo geral Apresentar como o exame clínico via telemedicina está sendo realizado, na medida em que este vem se tornando um método de atendimento bastante explorado nos tempos atuais. Objetivos específicos • Conhecer os conceitos e definições da telemedicina, sua origem e evolução dentro da medicina.

• Explorar os meios de aplicação da telemedicina nos mais variados contextos nos quais este método de atendimento pode ser aplicado. Esses surtos atingiram áreas geográficas isoladas, longe dos grandes centros de poder econômico e de comunicação, portanto, foram notícias secundárias na mídia. Era questão de tempo até que uma pandemia atingisse a aldeia global; graças à mídia, e pela facilidade de transporte, é possível estar em qualquer país do mundo em menos de 24 horas. Agora que a COVID-19 está a atingir diretamente médicos e pacientes, surge um pânico generalizado. O mundo está passando por um fenômeno insuspeito. Nunca foi antecipado nem houve planos para lidar com isso, mas enquanto enfrenta a pandemia da COVID-19, muitos setores viram a necessidade de se reinventar e recorrer à inovação para continuar com seus rotinas e compromissos, e o setor saúde não é exceção.

Assim, em um primeiro momento, no que tange a seleção das produções literárias, se realizou a leitura analítica dos trabalhos encontrados na literatura e que tinham que ver com o assunto, de acordo com o que fora enunciado. Tendo sido feita essa primeira abordagem de pesquisa, procedeu-se ao estudo mais aprofundado dos textos e assuntos separados pela prévia leitura e análise. Isso possibilitou a exclusão dos textos que não atendiam suficientemente ao que se pretendia encontrar. Achados os textos considerados mais relevantes para a elaboração deste trabalho, os mesmos foram submetidos a uma síntese com a finalidade de caberem na orientação das análises ao desenvolvimento da produção autoral deste trabalho. O rigor científico da escolha de cada parecer dos autores foi avaliado usando critérios de eliminação por titulação, onde que os trabalhos que não apresentavam expressamente uma ou mais das palavras-chaves foram sumariamente desconsiderados.

STECKELBERG, 2019). No final do século 19, Alexander Graham Bell patenteou o telefone, mas foi somente no início do século 20 que as pessoas comuns tiveram acesso a ele em massa. Assim, médicos e pacientes puderam falar diretamente ao telefone. Além disso, os prestadores de serviços médicos começaram a falar com outros médicos por telefone para consultar ou trocar informações. MODERLER, 2019). Uma verdadeira revolução na telemedicina que inclui educação do paciente, transmissão de imagens médicas, consultas de áudio e vídeo em tempo real e medições de sinais vitais. Desde então, se continua a inovar em centros médicos, centros de pesquisa e até mesmo nas casas dos pacientes. DRUMMOND, 2020). Agora bem, do que foi encontrado em literatura por meio da pesquisa realizada para fins de elaboração do presente artigo, se pode notar que, definir a telemedicina pode parecer uma tarefa simples, mas existem muitas definições e nuances.

No entender de Tomo et al (2016), a telemedicina é a troca de informações médicas de um local para outro por meio de comunicação eletrônica, o que melhora o estado de saúde do paciente. A telemedicina está intimamente relacionada à tecnologia da informação em saúde. Em geral, essa tecnologia se refere principalmente a registros médicos eletrônicos e sistemas de informação de saúde relacionados, mas a telemedicina se refere ao sistema de entrega de vários serviços clínicos por meio do uso de tecnologia. GADELHA et al, 2017). Drummond (2020), garante que médicos e pacientes podem compartilhar informações em tempo real de uma tela de computador para outra. E eles podem até mesmo ver e capturar leituras de dispositivos médicos em um local distante.

Sua utilidade tem sido amplamente demonstrada em muitas áreas, com importantes benefícios socioeconômicos para pacientes, famílias, profissionais de saúde e o sistema de saúde e com evidências cada vez mais claras em diferentes campos. APLICAÇÃO E CONTEXTOS A telemedicina parece abarcar uma série de possibilidades, no entanto, se faz necessário esclarecer que se trata de um caminho de atendimento que não pode substituir o atendimento clínico presencial em todas as situações e contextos. Conforme Drummond (2020), as aplicações da telemedicina podem ser classificadas de acordo com o tempo de transmissão das informações e a interação entre os indivíduos envolvidos - seja profissional de saúde para profissional de saúde ou profissional de saúde para paciente.

A telemedicina envolve, de modo síncrono ou assíncrono, a troca de dados pré-gravados entre dois ou mais indivíduos em momentos diferentes. Por exemplo, o paciente que encaminhou um e-mail com a descrição de um caso médico a um especialista este, posteriormente, envia de volta uma opinião sobre o diagnóstico e o manejo ideal. Agora bem, com base no enunciado, se aborda aqui o contexto no qual a telemedicina se aplica. Segundo Souza (2017), entre as áreas de crescente interesse da telemedicina estão a prestação de cuidados domiciliares para doentes crônicos e idosos, bem como o apoio a cirurgias ambulatoriais de grande porte e internação domiciliar. Jacobi (2017), acrescenta que a telemedicina tem um potencial muito apreciado para as áreas da educação e treinamento, evitando gastos com tempo e deslocamento para profissionais de saúde.

Diante do exposto, pois, pode-se dizer que hoje a telemedicina pode ser definida como a área científica que utiliza as tecnologias de informação e comunicação para a transferência de informações médicas com fins diagnósticos, terapêuticos e educacionais. Apurou-se durante a pesquisa acerca de algumas modalidades que a telemedicina possui; entre elas estão citadas a teleconsulta, que, segundo Tolmo et al (2016) é uma modalidade destinada a facilitar o acesso aos conhecimentos e conselhos de um perito remoto; o trabalho cooperativo, modalidade que surge quando se estabelece uma conexão em rede entre grupos de profissionais que compartilham recursos de conhecimento, bases de dados e informações para auxiliar na tomada de decisões (Drummond, 2020); e a telepresença, modalidade da telemedicina também conhecida por robô de telepresença, onde que um totem eletrônico no formato de um robô com uma tela onde aparece o video do médico, e que consiste na assistência daquele profissional de saúde à distância a um paciente, como no caso do diagnóstico à distância através de sistemas de videoconferência em tempo real.

MORSCH, 2019). Um outro contexto comum da telemedicina também é a consulta remota em patologia, além de dermatologia e oftalmologia. A assistência domiciliar é uma área de crescimento importante com aplicações de telemedicina que se concentram principalmente em facilitar o cuidado de idosos e pacientes crônicos. SBP, 2019). O processo de telemedicina não é passivo e nele atuam diferentes comportamentos individuais e institucionais em diferentes cenários de assimilação, com possibilidade de diferentes estratégias de atuação por parte das instituições e fornecedores de tecnologia. Atendendo ao exposto, clínicas particulares e também o sistema de saúde pública, no Brasil, chamado SUS, mas também em outros países, disponibilizam ao público um serviço de assistência ao doente através de plataforma eletrônica, de acordo com os termos e condições indicados pelos seus respectivos órgãos responsáveis.

MANDETTA, 2020). No Brasil o serviço está em conformidade com o disposto na Lei nº 13. que dispõe sobre o uso da telemedicina enquanto durar o periodo em que o coronavirus (SARS-CoV-2) estiver causando crise de saúde no país. A lei é desenvolvida por Caetano et al (2020), onde explicam que esta trata de atender aos requisitos de informação para que o consentimento do paciente a ser tratado remotamente e por meio eletrônico seja entendido como materializado na conexão ou contato telemático ou remoto. É dever essencial do paciente, portanto, identificar-se adequadamente e fornecer ao profissional de saúde todos os dados, informações e ações que sejam necessárias, e que possam ser prestadas remotamente. ROCA, 2018). Qualquer informação, recomendação, indicação, diagnóstico, prescrição ou tratamento emitido ou recebido através da consulta de Telemedicina provém e é exclusivamente atribuível ao profissional que realiza a consulta e nasce das informações que o paciente fornece a este numa relação direta profissional-paciente.

SANTOS, 2019). A Consulta de Telemedicina não inclui em seus benefícios de saúde exames médicos complementares, procedimentos e/ou tratamentos de enfermagem, curas avançadas, manuseio de sondas, ostomias e qualquer outro atendimento presencial. Nesse cenário, a telemedicina é vista como uma importante ferramenta para enfrentar os desafios contemporâneos dos sistemas universais de saúde. É bem possível que a maioria dos serviços de telemedicina que incluem diagnóstico e gerenciamento clínico sejam oferecidos rotineiramente em países mais desenvolvidos. Além disso, dispositivos de medição biomédica, como frequência cardíaca, pressão sanguínea e monitores de glicose no sangue, são cada vez mais usados ​​para acompanhar e gerenciar remotamente pacientes com condições agudas e crônicas. Nos países em desenvolvimento, parece que a telemedicina tem potencial para resolver grandes desafios de saúde, em particular, expandir o acesso a serviços de saúde especializados para regiões que não os possuem, melhorando a qualidade da saúde, reduzindo o tempo entre o diagnóstico e o tratamento, racionalizando custos e apoiando a vigilância, auxiliando na identificação e rastreamento de problemas de saúde pública.

O exame clínico via telemedicina, pois, é uma grande oportunidade para melhorar os sistemas de apoio à saúde. BRANT, W. E. HELMS, C. A. Fundamentos de radiologia. Med. Hum. Lima, v. n. DRUMMOND, K. BARBOSA, P. COSTA, L. A dinâmica do sistema produtivo da saúde: inovação e complexo econômico-industrial. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2017. JAKOBI, H. SILVA, P. E. DA; KLAJNER, S. A revolução digital na saúde: como a inteligência artificial e a internet das coisas tornam o cuidado mais humano, eficiente e sustentável. São Paulo: Editora dos Editores, 2019. MACHADO, L. Psicologia positiva e psiquiatria positiva: a ciência da felicidade na prática. São Paulo: Manole, 2019. MANDETTA, L. H. com/pt-br/1876-graham-bell-obtém-a-patente-do-telefone/a-441123#:~:text=Muitos%20cientistas%20conseguiram%20desenvolver%20aparelhos,14%20de%20fevereiro%20de%201876.

Acesso em: 03 set 2020. MORSCH, Dr. José Aldair. Telemedicina radiológica: o que é, como funciona e benefícios. OLIVEIRA, Aline de; FERNANDO, Denner; MAGNO, Igor; MARTINS, Natasha. Robô móvel de telepresença. fls. Trabalho de conclusão de curso (Técnico em mecânica). Instituto federal de educação, ciência e tecnologia de São Paulo, São José dos Campos, SP, 2014. Mai/Jun, 2015. ROCA, O. F. Telemedicina. Madrid: Panamericana, 2018. Telemedicina na patologia, 2019. Disponível em:<http://www. sbp. org. br/wb/wp-content/uploads/2019/02/Telemedicina. Guerra civil americana: o que foi, principais motivos e suas consequências. Disponível em:<https://conhecimentocientifico. r7. com/guerra-civil-americana/>. Acesso em 03 set 2020. ZUGAIB, M. BUNDUKI, V. Atlas de ultrassom fetal normal e malformações. Rio de Janeiro: Atheneu, 2017.

483 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download