Novo Currículo Paulista
Tipo de documento:Monografia
Área de estudo:Pedagogia
A intenção é que os docentes passem os conteúdos disciplinares de uma maneira significativa para os alunos, que os alunos tenham prazer em ir para escola e aprender, que possam ter suas dúvidas sanadas, não somente em relação ao conteúdo disciplinar, mas também no contexto da vida em sociedade, que entendam que a escola é um local de aprendizagem para a vida em sociedade, de como ser um cidadão com ética e criticidade, exercendo a sua cidadania, argumentando seus valores morais e sociais. A UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), faz a articulação entre os direitos que estão na Base com a integração das pessoas envolvidas, para que os currículos sejam articulados de acordo com a cultura de cada local, que os alunos tenham os mesmos aprendizados em qualquer lugar do país.
HISTÓRICO DA ELABORAÇÃO DO CURRÍCULO A ideia geral dos currículos é subsidiar o futuro professor na organização da sua proposta de trabalho dentro da escola e também na reflexão junto ao coletivo docente no que diz respeito aqueles assuntos compreendidos pelo currículo. Em linhas gerais esse conteúdo abordará as mudanças nas concepções de currículo ao longo do tempo, como objetivos de pesquisa, vamos conhecer e analisar criticamente as principais concepções curriculares, onde as ideias de currículo mudam conforme o tempo e se alinham a uma determinada ideia de sociedade, inclusive do próprio componente na responsabilidade que a escola assume com o passar do tempo; compreender a relevância das políticas curriculares na atualidade. Nos últimos anos temos enfrentado diversos debates com relação ao currículo, produtos de determinadas correlações de força e intenções que visam formatar, moldar e subjetivar o cidadão que ocupará um determinado lugar na escola.
No Brasil, as concentrações da Escola Nova foram inseridas em 1882 por Rui Barbosa (1849-1923). Quem promoveu o movimento na América foi o filósofo e pedagogo John Dewey (1859-1952). Ele influenciou o Brasil com o movimento da Escola Nova. Para John Dewey a Educação, é uma obrigação social. NOVO CURRÍCULO PAULISTA Pensando no novo currículo paulista como um momento de reflexão acerca de um currículo que desejamos, de como esse currículo se comunica com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), lembrando que a Base Curricular não é currículo e sim uma referência nacional do conteúdo que todos os alunos devem aprender no interior das escolas, é o reflexo vocal e as construções que demandamos no sentido de dar significado no entendimento do ensino e aprendizagem que consideramos necessários para os alunos.
A primeira versão contou com mais de 12 milhões de contribuições, que apoiaram a produção da segunda versão, novamente colocada em debate em 27 seminários, um em cada (UF) Unidade Federativa, a Base recebeu colaborações de mais de 9 mil professores e especialistas, esta etapa foi realizada com a parceria do CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e da UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), com isso foi consolidada a versão final. Esse produto coletivo foi entregue ao CNE (Conselho Nacional de Educação), que discutiu o documento em 5 audiências públicas, uma em cada região do país, homologada em 2017 pelo MEC (Ministério da Educação), a Base orienta a elaboração do currículo e das propostas pedagógicas das escolas públicas e privadas e também políticas para a formação de professores, produção de material didático e a avaliação.
A UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), é uma associação civil sem fins lucrativos, que a mais de 30 anos articula, mobiliza e integra os dirigentes municipais de educação de todo o país para construir e defender a educação pública sobre a responsabilidade dos municípios com qualidade social, com sede em Brasília e seccionais em todo o estado, a UNDIME trabalha de forma articulada para o cumprimento de sua missão, objetivos, princípios e diretrizes. As principais atividades da UNDIME e suas seccionais são: formação dos dirigentes; realização de fóruns, seminários e congressos; participação nas formulações de políticas educacionais; ações de advogasse e articulação com órgãos da sociedade civil e movimentos sociais organizados.
A UNDIME está representada no FNE (Fórum Nacional de Educação), na comissão intergovernamental do FUNDEB (Financiamento para a Educação Básica) de qualidade, no conselho nacional de acompanhamento e controle social do FUNDEB, no CNE (Conselho Nacional de Educação) e no conselho técnico e científico da educação básica da CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), entre outros comitês, comissões e grupos de trabalho, principalmente no Ministério da Educação. Com isso espera-se alcançar um alinhamento maior na educação brasileira e o país vai ter a chance de definir o que é essencial que todas os alunos aprendam para que consigam realizar seus diferentes projetos de vida. Governos estaduais irão estabelecer seus próprios currículos de acordo com as suas cidades.
Para que não seja construído um currículo em cada cidade, não contribuindo para a formação de uma única prioridade. Essa determinação foi um dos primeiros atos empenhados após a comprovação da versão “1” do novo currículo estabelecido pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em Dezembro de 2017. Os estados brasileiros, que são vinte e seis e também o Distrito Federal, concordaram e se uniram à construção em coletividade. A Base sempre coloca a criança no centro do processo de aprendizagem e estabelece seis direitos de aprendizagem: conviver; brincar; participar; explorar; expressar e conhecer-se, o professor precisa tê-los em mente para garantir que as atividades das crianças e bebês cubram esses direitos de aprendizagem. Os campos de experiência também são uma novidade, eles são: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, cores, sons e formas; escutas, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações, esses campos mudam o foco do currículo para a perspectiva da criança, em cada um deles é proposto um conjunto de objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
As aprendizagens essenciais se baseiam nas interações das crianças e das brincadeiras. O documento entra agora na fase de implementação, que é considerada a etapa mais crítica do processo, pois deve ser elaborado um texto com as principais diretrizes e orientações do que cada criança no Brasil deverá aprender nas salas de aula e fazer com que essa aprendizagem seja efetivada. O sucesso dessa fase dependerá de uma ação devidamente articulada e planejada entre as três esferas de governo, MEC (Ministério da Educação), CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e UNDIME (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), realizando o planejamento de todas as ações que serão implementadas. A mesma situação com as operações matemáticas, o professor ensina as contas, mas os alunos não sabem resolver os problemas da vida cotidiana, os problemas diários simples e complexos que a vida apresenta.
São 10 as competências gerais citadas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular): • Conhecimento: desenvolver um repertório de conhecimentos sobre o mundo físico, digital, ciências humanas, matemática, fazer com que os alunos se apropriem desse conhecimento que a humanidade produziu ao decorrer do tempo; • Pensamento cientifico, crítico e criativo: ser capaz de pensar cientificamente, elaborando hipóteses, construindo teses, investigando e também desenvolver o pensamento crítico e criativo, ou seja, elaborar a pesquisa e ter criticidade para argumentar, problematizar o conhecimento adquirido e pensar sobre novas soluções para o problema com perspectivas diferentes. • Repertório Cultural: a importância do repertório cultural, criar oportunidades para que os estudantes tenham acesso aos bens culturais, as artes, dança, música, exposições em uma proposta que eles não só desenvolvam a capacidade de apreciar a arte, mas também serem produtores da arte e cultura.
• Comunicação: ter a capacidade de escutar, compreender o que o outro diz, argumentar, expressar suas ideias, seus sentimentos, suas opiniões, fazendo uso de múltiplas mídias, empregando não só a linguagem escrita e verbal que é a tradicional da escola, mas utilizando também outros meios de comunicação, como blogs, vídeos e rádios. • Cultura Digital: desenvolver nos alunos o conhecimento sobre o mundo da tecnologia, acrescer o senso crítico, ético, reflexivo, e não apenas reproduzindo ou apertando botões, mas aprendendo como essas tecnologias são programadas, fazendo um uso mais significativo. Segundo Alicia Fernandez (1990) para aprender as pessoas não acionam somente o cognitivo, precisamos incluir as habilidades socioemocionais como intencionalidade na escola, não deixar essa responsabilidade para o aluno em fazer as interligações do cognitivo e a vivência e sim a escola provocar isso como ponto principal no ensino/aprendizagem, somente quando o conteúdo é significativo para o aluno ele pode ter encanto em aprender, aprendendo, vivenciando e realizando o aprendizado, tudo acontecendo de maneira prazerosa, tanto para o aluno quanto para o docente.
Com as novas tecnologias o mundo está mudando, a educação tradicional não cabe em um mundo tão veloz, de mudanças cotidianas, técnicas novas a cada instante, precisamos preparar o aluno para esse futuro que não temos ideia de como vai acontecer, mas principalmente prepara-los para mudanças rápidas, trabalho em equipe, cada vez mais exigidos por empresas trabalhistas, desenvolver habilidades para a vida adulta. As habilidades socioemocionais ou não cognitivas, para os educadores, podem ser melhor compreendidas, como uma ligação com a própria atitude ou forma de relação que as pessoas implementam em suas vidas, elas são divididas em cinco grupos: consciência social, a responsabilidade que o sujeito tem sobre o próprio desenvolvimento, ter persistência, resiliência, abertura para o novo, a maneira de lidar com os erros, o enfrentamento dos acontecimentos com a ausência de medo do fracasso, a amabilidade no trato com as pessoas, solidariedade, empatia, estabilidade emocional e a extroversão que está ligada a sociabilidade.
Temos consciência que alguns professores já trabalham essas habilidades em sala de aula, e elas servem para acelerar e melhorar o cognitivo, dão base e sustentação para o aprendizado. Os alunos que o novo currículo pretende formar com isso são aqueles que conseguem interação com os demais colegas, que além do aprendizado das disciplinas tradicionais na escola, conseguem se relacionar socialmente. Tereza participou da preparação de outro guia de implementação viabilizado pelo Movimento pela Base, que reúne conhecedores e organizações em volta do assunto. Na construção do novo currículo paulista aconteceram várias reuniões na cidade de São Paulo, com profissionais da educação, com a comunidade e com alunos. A circular 288/2018 chegou no final de Agosto e trouxe a notícia da versão “0” do currículo e a intencionalidade de que seja divulgada amplamente.
Refletindo sobre as adequações necessárias para sua construção. Na análise do currículo, documento curricular da rede de ensino, tem se buscado as formações dentro da Diretoria de Ensino que é uma prática recorrente nos estudos tanto com os professores quanto com os coordenadores, diretores e equipe de supervisão. Quando falamos em Educação, estamos tratando da formação de pessoas, por esse motivo é tão importante a elaboração de um currículo nacional onde todos possam ter um mesmo ensino e aprendizado, com dignidade e sem preconceitos. A Educação é uma só, independente de cultura e costumes e lugares. Todos tem direito a aprender com respeito aos seus ideais. Uma Educação igualitária para todos e com conteúdo significativo, é o objetivo do novo curriculo paulista para o ano de 2020, e temos a esperança que não pare por ai, sempre inovando com as sugestões que irão surgir ao longo do tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Democracia e educação. Breve tratado de filosofia de educação. Tradução de Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1952. FERNÀNDEZ, Alicia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. ed. São Paulo: Cortez, 2001 SILVA, Tomaz Tadeu.
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