Monografia Inclusão do deficiente intelectual do deficiente auditivo na educação infantil
Tipo de documento:Monografia
Área de estudo:Pedagogia
Raimunda de Fatima Pacheco Figueiredo Urbano Santos 2018 GLAUBER RAMON LIMA DOS SANTOS A INCLUSÃO E O DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada ao Curso de Pedagogia da Faculdade do Maranhão, para obtenção de grau de Licenciado em Pedagogia. Aprovado em / / BANCA EXAMINADORA: ________________________________________________ Prof. Esp. Raimunda de Fatima Pacheco Figueiredo (Orientadora) _______________________________________________ 1º Examinador(a) _________________________________________ 2º Examinador(a) Resumo O tema inclusão vem despertando o interesse dentro da área acadêmica neste início de século XXI, tendo em vista a importância de se construir uma escola que atenda às necessidades de seu alunado. Uma vez que se trata de um tema de grande complexidade, o objetivo deste estudo é discutir sobre o processo de inclusão do aluno com deficiência auditiva dentro da Educação Infantil.
ABSTRACT The theme of inclusion has aroused interest in the academic field at the beginning of the XXI century, considering the importance of building a school that meets the needs of its student. Since this is a very complex subject, the objective of this study is to discuss the inclusion process of the hearing impaired student in Early Childhood Education. The methodology used was the literature review. Throughout the study, an analysis of the pedagogical perspective contained in the National Curriculum Framework for Early Childhood Education (RCNEI, 1998), and the ideas on inclusive education highlighted by Nogueira (2004) and Ocde (2008) were used. Regarding the process of inclusion of deaf people, arguments are presented by researchers such as Dias (2007), Dizeu and Caporali (2005), Luchesi (2003) among other researchers. Histórico sobre o atendimento conferido ao surdo 15 2.
As políticas em prol do Surdo no Brasil 17 2. Os desafios em torno da Educação de Surdos 19 3 A INCLUSÃO DESDE CEDO: ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL para atendimento ao aluno surdo 20 3. As características da Educação Infantil 21 3. A inclusão na educação infantil: da integração à inclusão 23 3. Entre os aspetos pedagógicos que inviabilizam a inclusão está a falta de preparação do quadro de pessoal: diretores, supervisores, professores, e outros servidores que ainda necessitam de maior formação para lidarem e desenvolverem um trabalho com resultados efetivos e concretos para a escolarização do deficiente auditivo. Outro ponto é a ausência de materiais necessários para garantir a acessibilidade desses alunos a uma educação de qualidade e lhes proporcione um desenvolvimento satisfatório de suas habilidades.
Torna-se de essencial importância realizar um estudo sobre o processo de adequação das escolas para receber os alunos especiais, uma vez que a partir do compartilhamento de experiências pedagógicas, as dificuldades encontradas podem ser superadas e soluções podem ser criadas para os problemas mais comumente encontrados no processo de adequação das escolas. Diante disso, o referido trabalho justifica-se na medida em que se propõe a discutir a educação inclusiva no contexto escolar, tomando o caso específico dos alunos portadores de deficiência auditiva. Com isso, espera-se aprofundar uma discussão sobre o tema e que tal discussão sirva como ferramenta de apoio às escolas que queiram implantar essa forma de educar. Assim é finalizado o embasamento teórico da pesquisa com a explanação da ideal metodologia de trabalho que deve ser fundamental no papel da escola e seus educadores, no segmento de adaptação da mesma em lecionar para os alunos surdos.
Por fim, na conclusão são feitas reflexões construídas no decorrer do trabalho que permitem verificar o atual estágio no que se refere ao processo de inclusão do surdo na sociedade a partir da primeira fase da vida educativa como base para suas experiências de vida futuras. Essa época, como explanado no decorrer da presente pesquisa, precisa de toda atenção especial na troca de ensino-aprendizado entre escola e aluno para o adaptar aos desafios da vida profissional e pessoal do estudante desde a sua infância. O ATENDIMENTO EDUCACIONAL AO DEFICIENTE AUDITIVO No decorrer desse capitulo, serão apresentadas historicidades e classificações pertinentes a pesquisa aqui apresentada, contudo, faz-se necessário desenvolver uma delimitação introdutória em como vemos desdês os primórdios o atendimento educacional aos portadores de necessidades especiais, no universo dos deficientes auditivos, mais conhecidos popularmente como surdos e como essa categoria sobrevive ao passar das décadas enfrentando o preconceito, discriminação, falta de oportunidades e desafios, tanto acadêmicos e profissionais, quanto pessoais.
Falando sobre isso, de acordo com as orientações do Ministério da Educação (2008), a sala de recursos multifuncionais para o atendimento ao aluno surdo tem como prioridade a valorização das potencialidades artísticas, culturais e linguísticas mediadas por formas alternativas de comunicação simbólica, que encontram na Língua de Sinais seu principal meio de concretização. existem diversas abordagens de ensino para a aprendizagem de uma segunda língua: o método da gramática e tradução, o método direto, o método da leitura, o método audiolingual, o método natural e o método ou abordagem comunicativa. Esta última abordagem organiza as experiências de aprender em termos de atividades relevantes, tarefas de real interesse e/ou necessidade do aluno para que ele se capacite a usar a língua-alvo para realizar ações de verdade na interação com outros falantes-usuários dessa língua.
Para o autor Almeida Filho (1998 apud CARDOSO; NANTES, 2010), o que mais caracteriza tal abordagem é a ênfase maior na produção de significados do que nas formas gramaticais. Esse autor expõe que o professor deve criar materiais e atividades que realmente incentivem o aluno a pensar e interagir na língua-alvo para que ele aprenda e sistematize sus conhecimentos, conscientemente, aspectos escolhidos da nova língua adaptada. Na visão destes estudiosos, a fábula, por exemplo, através da caracterização de seus personagens e da interação interlocutiva na linguagem de Libras, cria condições mediadoras para que o surdo construa conhecimentos significativos. Pode-se novamente enfatizar, tendo como base a discussão realizada pelo pesquisador Lodi (2010, p. que, por intermédio da Libras, os surdos podem aprender a linguagem escrita por meio de práticas sociais nas quais a escrita entra em jogo em sua dimensão discursiva, propiciando o estabelecimento das relações dialógicas dela constitutivas.
Por ela, os surdos podem “dialogar” com a escrita, fazer suas próprias leituras, construir seus sentidos; podem “falar” sobre os materiais escritos, ao mesmo tempo em que são “falados” por eles. Tornam-se interlocutores de suas próprias histórias (de mundo e como leitores). Enquanto isso, Fairclough (1989 apud Karnopp, 2009, p. Além disso, realiza-se um histórico sobre a evolução do tratamento das pessoas com deficiência auditiva e, especificamente no caso do Brasil, são destacadas as principais políticas públicas viabilizadas por meio da legislação para garantir maior acessibilidade educacional do surdo no sistema de ensino. Por fim, na parte final deste capítulo, são apontados os desafios que ainda existem no que se refere a uma maior inclusão social do surdo, partindo da perspectiva de que, se muito já foi percorrido no que se refere à acessibilidade, também existem obstáculos a serem superados como a pouca formação pedagógica dos professores, baixa quantidade de intérpretes de Libras e pouco investimento na estruturação das escolas.
Conceito de deficiência auditiva É um dano total ou limitado da audição, originados pela má-formação, lesão na orelha ou nas estruturas que constituem o aparelho auditivo. A deficiência auditiva pode ser moderada, com intensidade menor que 50 decibéis e pode ser equilibrada com ajuda de aparelhos. Na perda auditiva severa a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibéis e na perda profunda não escuta sons emitidos com intensidade menor que 91 decibéis, aparelhos e órteses auxiliam moderadamente, mas a formação em Libras e leitura orofacial, sempre é recomendada. Ao nascer o bebê pode apresenta icterícia, prejudicando o nervo auditivo expondo-se a perca de audição. BORGES, 2006). Desta forma, diversas estruturas podem ser lesionadas ocasionando diferentes tipos de lesões. Costa (2015, p.
define que o local lesionado no ouvido, possibilita a especificar surdez como: • Condução • Percepção • Mista O ensurdecimento transmitido no decorrer do tempo no ouvido médio, ocasionado pela lesão existente no aparelho transmissor decorre de um impedimento de vibrações até o ouvido interno, essa é a chamada surdez de condução. Histórico sobre o atendimento conferido ao surdo Analisando sobre como o surdo foi tratado pela sociedade em diferentes épocas, pode-se dizer que o percurso histórico das pessoas com essa deficiência é marcado pelo preconceito que se manifestou em diferentes graus e também sob diferentes formas. Desde os tempos antigos, o surdo-mudo era concebido como uma pessoa incapaz de aprender e pensar, em civilizações antigas como a dos Espartanos, era praticado o infanticídio dessas crianças, por serem consideradas defeituosas e inúteis.
Existem duas visões a respeito da surdez na atualidade. A primeira delas, em desuso, é a concepção clínico-terapêutica, pela qual, a surdez é percebida como uma deficiência e deve ser tratada para que o surdo seja integrado na comunidade de ouvintes. Os métodos empregados nesse caso são o oralismo e a comunicação total, para que os surdos consigam dominar a fala oral e tenham condições de serem incluídos nas atividades sociais. Embora o oralismo tenha visado inicialmente a inserção do surdo na sociedade, constatou-se que esse processo era ineficaz, uma vez que a maioria dos surdos não conseguia ser oralizada e, portanto, ficava excluída da sociedade. Assim, o processo de oralismo migrou da esfera da inclusão para a exclusão, uma vez que, aquele que não era oralizado simplesmente passava a ser silenciado pelo ouvinte.
A língua de sinais somente passou a ser valorizada a partir de 1971 quando se verificou o insucesso do oralismo, a partir de então passou a valorizar o método do bilinguismo no qual existe a consciência de que a comunidade surda possui uma língua de sinais própria, capaz de transmitir sua cultura, e pela qual devem ser educados, ao passo que também devem ser levados ao domínio da língua escrita materna para serem incluídos socialmente. Outro aspecto que contribuiu para maior inclusão do surdo na sociedade foi a tecnologia. Atualmente existem técnicas muito sensíveis para diagnóstico precoce da surdez a fim de evitar suas consequências tardias; também existe uma série de próteses e intervenções cirúrgicas que podem ser feitas para melhoria da audição e recuperação dos danos causados por algumas doenças que afetam o sistema auditivo.
Segundo Mazotta (2003), o direito de educação para os cidadãos deficientes ocorreu há pouco tempo na sociedade, manifestando por meio de atos solitários, de pessoas ou comunidades, diante de conquistas e reconhecimentos de alguns dos direitos dos portadores de deficiências que foram integradas nas agendas de políticas sociais, nos meados do século XX. Ao se realizar um levantamento histórico sobre o processo de educação de surdos, nota-se que estes sempre foram tratados como pessoas incapazes de aprender. Apenas nas últimas décadas, observa-se uma tendência na legitimação do direito dos surdos à aprendizagem, fruto do desenvolvimento de leis que surgiram para incluir as pessoas com deficiência auditiva na sociedade (SOUSA, 2015). Essas leis, voltadas a resguardar os direitos das pessoas com deficiência em muito contribuem para a consolidação de uma sociedade voltada para a solidariedade, igualdade e respeito mútuo.
De acordo com dados do senso demográfico do IBGE (2010), cerca de 3,38% da população brasileira possui algum grau de deficiência auditiva. Olah e Olah (2010) apontam que apenas 3% das pessoas com surdez conseguem completar a educação básica, o que revela que ainda existe um amplo caminho a ser percorrido a fim de garantir a inclusão de todas essas pessoas na sociedade e seu direito pétreo à educação. No Brasil, com a implantação da política de inclusão, os alunos surdos têm sido inseridos em classes de ouvintes desde o Ensino Fundamental. Essas experiências permitem perceber a dificuldade de acesso à língua portuguesa enfrentada pelos alunos surdos, e as dificuldades sentidas pelos professores para a comunicação com essas crianças. MAGALHÃES, 2013, p.
Ainda de acordo com Magalhães (2013), essa defasagem do surdo quando frequenta a escola regular, vem da incapacidade do próprio sistema em produzir identidades dentro das instituições. O grande desafio desta proposta inclusiva, portanto, é considerar que a sociedade de deve adaptar formas de se comunicar com o surdo e não oralizá-lo e, com isso diminuir seu sendo de pertencimento a uma comunidade. É preciso considerar que esse processo de inclusão do surdo deve se iniciar o quanto antes. Desta forma, proceder com a devida estruturação das escolas de Educação Infantil para recepção dos alunos surdos é um aspecto de grande relevância e que foi discutido ao longo do próximo capítulo deste estudo. A INCLUSÃO DESDE CEDO: ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS E ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL para atendimento ao aluno surdo Ao longo deste capítulo, realiza-se uma análise sobre a importância da inclusão escolar iniciar-se desde as primeiras etapas de escolarização dos alunos com surdez.
Para tanto, no decorrer das discussões é caracterizado o contexto da Educação Infantil, descrevendo sobre as características do alunado matriculado neste nível de ensino e as habilidades que são mais importantes em seu desenvolvimento. Pode-se dizer que esses conceitos foram materializados em sua forma prática dentro do que se entende por atividades psicomotoras. Estas, por sua vez, tendem a desenvolver não somente os aspectos afetivos e sociais da criança como também seu desenvolvimento físico-biológico, envolvendo assim todas as esferas do desenvolvimento infantil e criando condições para que a criança tenha uma aprendizagem eficaz em sua fase de escolarização. ROLIN, GUERRA e TASSIGNY, 2008). Pode-se dizer que a Educação Infantil não é somente um espaço no qual a criança brinca.
A brincadeira deve ser cuidadosamente planejada pelos professores e ter finalidades pedagógicas que se adequem ao perfil da turma para a qual se ensina. Ao se defender a importância das atividades pedagógicas na Educação Infantil e como estas são essenciais para a formação da criança, observa-se que elas contribuem não somente para o desenvolvimento de competências que favorecem o amadurecimento de habilidades escolares posteriores, como no caso da leitura e escrita, como também auxiliam no relacionamento da criança com o novo ambiente da escola. CHAVES et al. A inclusão na educação infantil: da integração à inclusão Nogueira (2004) destaca que a inclusão é importante para todos os alunos, portadores ou não de necessidades especiais; todas as crianças se enriquecem por terem oportunidades de aprender umas com as outras e quando a igualdade é respeitada, atitudes positivas são mutuamente desenvolvidas.
Um bom planejamento educativo exige de a escola abrir um espaço nas atividades e responsabilidades cotidianas, para refletir e buscar caminhos coletivos que favoreçam o desenvolvimento de todos os seus alunos de uma forma integral, em direção a um ensino de qualidade e inclusivo. Dentro desse aspecto, a inclusão não se trata de fazer um favor para os portadores de necessidades especiais, mas constitui sim, em um dever da escola enquanto instituição que se incumbe de preparar o aluno para exercer a cidadania plena, desenvolvendo tanto seu senso crítico quanto sua capacidade de respeito pelo semelhante. MANTOAN, 2008) O objetivo maior desses ajustes na escola é possibilitar que, apesar da deficiência que limita algumas de suas atividades, aquele aluno possa obter maior autonomia diária, possa socializar-se e aprender novos conhecimentos que o permitam uma verdadeira inserção na sociedade na qual faz parte.
É preciso ressaltar, segundo as discussões de Mantoan (2008), que existem diferenças entre incluir e integrar o aluno portador de surdez na escola. Ocde (2008) afirma que o processo de integração envolve meramente a matrícula da pessoa com deficiência na rede regular de ensino. Nesse sentido, não há compromisso físico ou pedagógico do sistema em oferecer a esta pessoa as condições de acessibilidade das quais ela necessita. Concebida neste sentido, a integração envolve fazer com o que o aluno portador de necessidade educativa especial acompanhe os demais alunos. De acordo com Mantoan (2008) a definição para inclusão é a seguinte: A noção de inclusão institui a inserção de uma forma mais radical, completa e sistemática. O vocábulo integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos; a meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém fora do ensino regular, desde o começo.
As escolas inclusivas propõem um modo de constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado de acordo com essas necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral. MANTOAN, 2008, p. Entretanto, é importante lembrar que o indivíduo não é apenas algo que lhe atribuem, mas também o que faz e como faz. A escola, enquanto instituição voltada ao processo de inclusão deve ser permeada por uma filosofia de combate a discriminação e a propagação de preconceitos e contribui para que todos convivam em uma sociedade de paz e respeito às diferenças.
Mantoan (2008) ainda esclarece que não somente o aluno portador de necessidades educativas especiais se beneficia da fusão entre os dois sistemas, como também o aluno regular, uma vez que o direito ao convívio auxilia na construção de valores referentes ao respeito, à dedicação, às diferenças individuais que também devem fazer parte da formação do cidadão. Dessa forma, a escola inclusiva deve ser um instrumento de construção do sujeito cidadão, com o objetivo final de consolidar uma sociedade para todos. Nesse ponto, destaca-se que incluir é criar conceitos (saberes) nas pessoas, para que admitam a diversidade como algo natural do ser humano e, portanto, digno de respeito. É que não basta que os professores que vão receber as crianças a serem incluídas sejam sensibilizados; é preciso que a escola, como um todo, se conscientize dessa nova missão.
Observando o caráter igualitário da filosofia da educação inclusiva, nota-se que seu principal objetivo é tornar a escola pública livre para o acesso a todos, partindo do pressuposto de que se todos são cidadãos, todos têm o direito de frequentar as mesmas instituições de ensino, tendo acesso igual às oportunidades de aprendizagem. Desse modo, a educação inclusiva procura tornar a escola regular mais democrática. Para que a inclusão realmente tenha eficácia na escola, é preciso contar com uma equipe de trabalho que esteja realmente empenhada em desenvolver um trabalho inclusivo. Os professores precisam ter o devido processo de formação e receber as orientações necessárias e apoio da família do portador de necessidades especiais, para alcançarem resultados positivos nas intervenções que realizam em sala de aula.
ARROYO, 2000, p. Ao se organizar, segundo os parâmetros da educação inclusiva, a escola se compromete a oferecer uma educação com reais oportunidades de acesso à aprendizagem de todos os alunos. A adaptação das estruturas físicas e pedagógicas é demonstrativo de que a escola possui respeito à diversidade e se envolve em um amplo processo de discussão, estudo e reflexão sobre a inclusão. Não basta somente colocar o aluno na escola, mas sim dar-lhe condições de acesso e permanência com sucesso em todo fluxo de escolarização. Esse aspecto pode ser percebido no RCNEI no seguinte trecho: A instituição também se preocupa em contribuir para que o aluno saiba respeitar o outro com suas diferenças, apropriar-se de forma crítica e autônoma de linguagens e conhecimentos, respeitar a sociedade em que vive quanto a questões de raça, naturalidade, cor e crença, bem como adquirir valores que lhes serão básicos para toda a vida (BRASIL, RCNEI, 1998, p.
Libâneo (2001), ao discutir sobre o processo de organização e gestão da escola, afirma que para uma gestão eficaz e democrática a escola deve inserir sua filosofia de trabalho de acordo com a realidade na qual está inserida. Pode-se dizer que tal realidade é trazida para o seio da escola por meio das necessidades educativas que os alunos apresentam. Não há como tornar o processo de aprendizagem eficaz e cumprir as metas do Projeto Político Pedagógico - PPP se a escola não se insere em um processo inclusivo de educação em suas práticas pedagógicas. Sobre esse aspecto, pode-se perceber o seguinte no RCNEI: As práticas pedagógicas aplicadas na instituição de Educação Infantil têm como eixos norteadores as interações e a brincadeira, garantindo aos seus alunos atividades que promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas e corporais, possibilitando a movimentação e a expressão de sua individualidade quanto aos ritmos e danças.
Estas práticas também favorecem a inclusão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio dos variados gêneros e formas de expressão. Por uma necessidade dos pais trabalhadores, ocorre sempre um processo intenso de socialização, onde crianças são colocadas para brincar juntas sendo organizadas de acordo com a etapa de desenvolvimento que se encontram. De acordo com o RCNEI (1998), as intervenções da escola de Educação Infantil sobre a criança são muito importantes para seu desenvolvimento, tendo em vista que um tempo considerável de seu dia elas passam em contato com o ambiente escolar. Considerando também que o tempo de permanência das crianças na escola é extenso, a instituição de Educação Infantil deve procurar, junto aos professores e monitores, explorar todos os espaços da escola, inclusive os espaços abertos, para que os alunos não se tornem desmotivados.
Este é um método adotado para que as crianças se sintam mais próximas de sua casa, já que é na escola que passam grande parte de seu dia e devem aproveitá-lo ao máximo. Beyer (2006), ao realizar um debate sobre a educação inclusiva e o processo de preparação das escolas, afirma que a escola para integrar-se completamente à filosofia da Educação Inclusiva, deve não somente receber os alunos especiais, mas buscar formas de revelar seus talentos e habilidades e tal objetivo somente pode ser alcançado, estabelecendo parcerias com os pais e demais membros da comunidade. Nas discussões realizadas por Magalhães (2013), enquanto as outras pessoas têm uma via de comunicação auditiva e visual para interagirem e se comunicarem, a via de comunicação do surdo se restringe ao aspecto visual.
Ele necessita se comunicar por meio de gestos e sinais e, considerando-se que a maioria das pessoas não domina os procedimentos adequados, a comunicação e consequentemente a aprendizagem ficam comprometidas. Segundo o que afirmam Santos e Festa (2014), a surdez não se constitui em um problema para o surdo em si, mas sim para a sociedade que se sente incapaz de estabelecer um processo efetivo de comunicação com essas pessoas. De acordo com esses autores, apesar de ainda existirem velhos discursos oralistas, o que se tem bem claro atualmente é o fato de existe a necessidade de desenvolvimento da LIBRAS como forma eficaz para estabelecer uma comunicação efetiva com o aluno surdo. Os educadores vêm vivenciando a experiência de lecionar cada vez mais para os alunos surdos, que é amparado por lei.
Poker (2010) ressalta que algumas dessas metodologias baseavam-se exclusivamente na linguagem oral, outros, por sua vez, defenderam a língua de sinais e até mesmo uma série de códigos visuais voltados para manter a comunicação com esses alunos. O que se pode afirmar é o fato de existirem muitas correntes teóricas sobre esse assunto e o educador deverá optar por aquela que considerar mais adequada à sua realidade e aos seus conhecimentos sobre cada caso. A inclusão do aluno surdo na escola regular Poker (2010), ainda argumenta que apesar de muito se ter evoluído no que se refere ao processo de instrução do aluno surdo ou portador de deficiência auditiva, poucos ainda são os trabalhos nesse sentido e isso constitui um problema grave no processo de adaptação das escolas para a recepção destes alunos.
Torna-se de essencial importância, realizar um estudo sobre o processo de adequação das escolas para receber os alunos surdos, uma vez que a partir do compartilhamento de experiências pedagógicas, as dificuldades encontradas podem ser superadas e soluções podem ser criadas para os problemas mais comumente encontrados no processo de adequação. Para a inclusão de alunos com deficiência auditiva na escola regular é preciso à escola estar adaptada para organizar o cronograma dos recursos necessários para a aprendizagem destes alunos. O objetivo principal é beneficiar estes alunos deficientes para desenvolver mudanças nas escolas e na sociedade que a cerca, a escola tem um compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico: e todo ser humano, incondicionalmente tem direito a essa introdução.
MANTOAN, 2004, p. A legislação educacional brasileira é moderna, pois facilitou para os alunos com deficiência o acesso à educação. Contudo, para desenvolver a educação inclusiva precisa de um professor qualificado e investimentos para que a proposta seja desenvolvida na prática. Os desafios são evidentes. O ideal sobre a inclusão é que as escolas de ouvintes se preparem para dar aos alunos surdos os conteúdos pela língua de sinais, por meio de recursos visuais, tais como Língua Portuguesa escrita, mímica/dramatização, figuras, recursos tecnológicos (vídeo/TV, slides, computador, retroprojetor) e leitura, desenvolvendo nos alunos a memória visual e o hábito de leitura; recebendo apoio de professor especialista conhecedor de língua de sinais, além de proporcionar intérpretes para acompanhar as aulas.
QUEIROZ; BENITE, 2009) Essa realidade ainda está distante das escolas brasileiras, pois poucos docentes e instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior têm conseguido incluir de maneira efetiva, em sua dinâmica cotidiana, alunos surdos. Excluídos do processo educativo em função da falta de estratégias pedagógicas específicas na escola, os surdos encontram dificuldades em participar e dar continuidade a seus estudos e, historicamente, ficam alheios aos processos decisórios da sociedade que exigem conhecimentos científicos e tecnológicos. SOUSA; SILVEIRA, 2009, p. Apesar de existirem estudos como o de Dias (2007), que apontam que a diminuição ou perda da audição dificulta a compreensão das palavras, os mesmos apontam que a aprendizagem não precisa passar pela oralidade. Essa visão distorcida a respeito da língua de sinais ainda trata-se de um resquício da corrente oralista, segundo a qual o surdo deveria se adequar ao universo ouvinte, sendo uma imposição social de uma maioria linguística sobre uma minoria (SKLIAR, 1999, p.
Esse tipo de imposição deixou sérias marcas sobre o conceito de surdez, uma vez que o surdo acaba não participando do processo de integração social e, portanto, sendo considerado como incapaz. A mudança de trabalho com o surdo deve ter como centro a questão do desenvolvimento da linguagem. Nesse processo, o gestualismo não deve ser considerado inferior à linguagem oral. Um ponto importante sobre esse processo é conceber a língua de sinais como uma língua natural e não meramente uma linguagem. A língua de sinais também é considerada como natural porque a criança surda a adquire de forma espontânea, sem que seja considerada como treinamento. Assim, o que se deve considerar no processo educacional é que existem crianças que usam uma outra língua e que devem ser respeitadas dentro desta língua e de todo o aparato cultural que ela carrega.
DIZEU e CAPORALI, 2005, p. Para que compreendamos sobre o processo de inclusão do surdo nas diferentes esferas sociais, é preciso que exista o discernimento a respeito da cultura da comunidade surda e como ela é dotada de uma identidade própria e de uma história que também sofre variações de realidade para realidade. Inseridas nessas comunidades de surdos, estão as línguas de sinais, que não se tratam apenas de mímicas ou gestos, possuem sim uma estrutura linguística, uma morfologia e sintaxe que criam um conjunto de regras gramaticais que são atualizados no repertório do falante. Na concepção de Brito (1993), a comunidade de surdos tem uma cultura própria, portanto, deve-se priorizar a língua de sinais com o intuito de valorizar essa cultura e estimular também a comunicação entre surdos para que sua forma de pensar e agir sejam respeitadas.
Contudo, para que isso seja feito, é necessário que o professor seja fluente na língua de sinais. Dessa maneira, observa-se que, para acontecer a inclusão na escola regular segundo este método, é necessário contar com profissionais do ensino com alto grau de especialização e compreensão da cultura da comunidade surda. O que se pode perceber com essas definições é o fato de que, as línguas de sinais servem mais do que apenas para a comunicação em diferentes circunstâncias, mas também é fundamental para a transmissão de valores culturais. Desta forma, o indivíduo que aprende essa língua, tem em si provocadas respostas que conduzem para determinadas condutas diante das mais diversas experiências. GOES, 1999, p. É importante ressaltar que a aquisição de uma língua possibilita que o indivíduo construa sua subjetividade.
Com essa habilidade, a pessoa terá condições de estabelecer um processo dialógico de sua comunidade e, a partir da interação com seu meio, expressar seus sentimentos influenciando e sendo influenciado pelas informações que circulam em seu meio. O surdo já encontra essa dificuldade de interação com o ambiente desde o seu nascimento, tendo em vista que, quando é filho de pais ouvintes, a modalidade linguística utilizada na interação dos pais com a criança não será facilmente adquirida pela criança surda. Existe, portanto, a necessidade de que a criança surda seja colocada próxima a seus pares e, em contato com pessoas fluentes em LIBRAS, haverá possibilidade para que essa criança domine a língua de sinais. Desta forma, de acordo com Santos e Festa (2014) outras línguas de sinais que existem são a Língua de Sinais Francesa (LSF) ou a Língua Americana de Sinais (ASL).
A nível nacional a LIBRAS apenas foi regulamentada como meio legal de comunicação entre os surdos em 24 de abril de 2002 com a regulamentação da Lei 10. que reconheceu a LIBRAS enquanto língua oficial da comunidade de surdos. Esse reconhecimento foi fundamental para a formação do profissional intérprete da Língua Brasileira de Sinais, oferecendo ao surdo uma série de oportunidades o mercado devido à maior acessibilidade que passaram a ter a partir desse momento. Nesse caso, a LIBRAS, por meio de uma concepção socioantropológica, passou a ser concebida como uma modalidade de língua visuo-espacial, tendo uma estrutura gramatical própria e sendo utilizada para a transmissão de ideias e fatos, originados em comunidades de pessoas surdas no Brasil. As práticas pedagógicas constituem o maior problema na escolarização das pessoas com surdez.
Torna-se urgente, repensar essas práticas para que os alunos com surdez, não acreditem que suas dificuldades para o domínio da leitura e da escrita não advindas dos limites que a surdez lhes impõe, mas principalmente pelas metodologias adotadas para ensiná-los. SILVA, 2007, p. Embora seja um direito garantido por lei, ainda há muito que ser feito para efetivação do direito do surdo em frequentar a escola regular. Quanto ao surdo, é preciso principalmente uma preocupação com as questões linguísticas, uma vez que a falta do profissional intérprete em LIBRAS, tem sido um dos fatores que mais compromete a aprendizagem desses alunos, pelo fato de não existir uma efetiva comunicação. Uma vez publicado esse decreto, houve exigência, para a formação do intérprete de LIBRAS, a formação em curso superior de Interpretação e Tradução, com habilitação em LIBRAS/Língua Portuguesa.
SILVA, MACEDO JÚNIOR e LIMA, 2010) Um ponto importante que deve ser discutido e que pode originar sérios problemas quanto à atuação do intérprete de LIBRAS que atua na escola refere-se à formação desses profissionais. Souza (2007), em seus levantamentos, revela que 95% dos profissionais que atuam em sala de aula, não possuem a devida formação para atuar e desenvolver um trabalho de mínima qualidade. Contudo, ainda há falta desses profissionais no mercado, principalmente devido à sua grande requisição para trabalharem em escolas da educação básica. Olah e Olah (2010) ainda discutem que apesar da Lei 10. O que pode ser observado na análise da Lei 12. é o fato de que, em todas as circunstâncias em que atua, o intérprete de LIBRAS age melhorando a comunicação entre as pessoas.
Cabe ressaltar que, no cenário da escola, é imprescindível que aconteça a comunicação efetiva entre aluno e professor. Assim, a figura do intérprete de LIBRAS é algo essencial para disponibilizar as informações com as quais o aluno surdo necessita interagir. Ainda de acordo com a interpretação da Lei 12. Ainda segundo os argumentos de Silva e Oliveira (2014), o intérprete realiza a transmissão das informações disponibilizadas pelo professor aos seus alunos surdos. Embora haja sempre a necessidade de não se envolver e apenas transmitir por meio dos sinais as informações dadas de forma oral, ao trabalhar na área educacional, é muito difícil para o intérprete de LIBRAS quando atua em uma sala de aula, não se envolver com o contexto, uma vez que os alunos sempre perceberão a figura do intérprete como um professor e acabam dirigindo a ele questões e conteúdos trabalhados em sala de aula.
De acordo com Quadros (2004), é preciso que o intérprete de LIBRAS não confunda sua função dentro de uma sala de aula. Se esse profissional assumir as funções de professor, acabará ficando sobrecarregado e confundindo seu papel no contexto da sala de aula. Deve-se ficar bem evidente que o responsável pelo planejamento, ensino e avaliação é o professor. É tão importante quanto isso, contar com um professor qualificado, que saiba avaliar seus alunos e desenvolver o ensino de acordo com suas necessidades. Silva, Macedo Júnior e Lima (2010) definem o seguinte sobre a importância a LIBRAS para a aprendizagem dos alunos surdos: A língua de sinais é um instrumento que aumenta as possibilidades de acesso ao conteúdo das aulas, além de possibilitar o fortalecimento das relações sociais entre os sujeitos surdos e não surdos.
Nesse sentido, o intérprete de LIBRAS desenvolve um papel de grande importância, uma vez que se responsabiliza por intermediar a comunicação entre as pessoas, quebrando barreiras e promovendo a inclusão. SILVA, MACEDO JÚNIOR e LIMA, 2010, p. O que se observa no Brasil, contudo, é que apesar de os alunos surdos estarem sendo matriculados cada vez mais no sistema regular de ensino, ainda não há um acompanhamento sobre as necessidades didáticas e pedagógicas das quais os professores necessitam para promover a devida aprendizagem aos alunos. Em outras palavras, para ajudar efetivamente o professor, o intérprete necessita sempre estar integrado ao contexto em que atua. Para estabelecer uma comunicação adequada, o intérprete necessita sempre ter uma formação adequada e sempre praticar a LIBRAS (SOUSA, 2015).
O Desenvolvimento Educacional da Criança Surda na Educação Infantil A literatura mostra que algumas crianças surdas vem para a escola, na educação infantil, com muitas dificuldades. Isso devido, muitas vezes, pela dificuldade da família em aceitar a surdez do filho, pois esperam que o filho “sare” pela visão de que surdez é doença e, por isso, dificultam o uso dos sinais. O resultado é a criança não domina a língua de sinais, o que é importante para seu desenvolvimento. Strobel (2008, p. diz que: A comunidade surda, de fato não é só sujeitos surdos, há também de sujeitos ouvintes, membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros que participam e compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização. Segundo Borges (2006, p.
citando um sujeito de sua pesquisa, afirma que “os surdos têm na linguagem o diferencial relativamente aos ouvintes, o que influi relativamente na convivência e nas relações com outras pessoas. Os seus interesses, porém, são comuns aos de qualquer jovem da mesma idade”. Quando discutimos a respeito da educação, nos referimos ao desenvolvimento, e como ele proporciona oportunidades para vários caminhos, porém, para que haja este desenvolvimento, tem que haver amplos espaços educacionais, recursos que possam favorecer tanto a vida do aluno e o torne um cidadão crítico e participante. Borges (2006, p. destaca que há um melhor desenvolvimento quando há relações interdisciplinares, pois as aulas podem ficar mais interessantes, provocando no aluno o maior despertar para o conhecimento. Lembramos outro aspecto também importante: que os pais incentivem e orientem os seus filhos a vivenciarem as situações diversas que os cercam, estimulando, por exemplo, a sair e comprar coisas para facilitar a vida social destas crianças.
Muitas vezes, no meio familiar as crianças surdas sentem-se menosprezadas pelos demais, devido as dificuldades de comunicação e não aceitação da deficiência e acabam se tornando muito dependentes no dia a dia. Foi a primeira vez que eu comprei alguma coisa sozinha. Na loja, fiquei olhando, procurando nas prateleiras a mamadeira para apontar, mas não havia nenhuma a mostra. O lojista me pediu para escrever o que eu queria, mas aos seis anos eu ainda não sabia escrever. Então desenhei a mamadeira no papel, o homem entendeu e eu voltei feliz da vida para casa. STROBEL, 2008, p. dar opções [. Nesta visão, é preciso considerar o objetivo da escola de preparar o aluno não somente para uma vida diária, mas, enquanto docentes, pode-se trabalhar com uma construção de vida garantida pela apropriação do conhecimento sistematizado que venha fazer a diferença e contribuir para a formação integral.
Outro aspecto abordado na pesquisa foi “que para o aluno aprender as disciplinas, ele precisa de três coisas: ter vontade, ter calma e treinar”. BORGES, 2008, p. Isso remete ao fato de que a educação de alunos surdos tem profunda relação com a motivação deste para a aprendizagem. É preciso entender que o aluno precisa de respeito assim como os demais alunos e tem direito ao conhecimento. É necessário preocupar-se um pouco mais com a vida do aluno sobre os diversos aspectos que permitam o sucesso desse estudante surdo e a possibilidade de vivenciar todas as experiências que a infância lhe permite. O intuito do ensino é também trazer à tona os valores de cada pessoa, e que se os docentes tiverem em seu trabalho também essa finalidade poderão mudar algo na história de vida dos alunos surdos, haja vista o tempo que o professor passa com eles em sala de aula.
CONCLUSÃO A educação inclusiva vem sendo uma filosofia cada vez mais discutida e apoiada no cenário educacional tendo em vista seu objetivo de construir uma escola aberta para a participação de todos os alunos não importando as necessidades educativas que apresentem. Ao serem realizadas discussões no âmbito da Educação Inclusiva, tomando-se como recorte o contexto específico da educação de surdos, pode-se dizer que atualmente têm sido feitas alterações de rota metodológica, buscando-se alternativas que remetam a um maior respeito à cultura da comunidade surda e adequando as intervenções para a realidade sensorial do aluno. Ao que se pode perceber é o fato de que o contato do surdo com a LIBRAS deve acontecer o mais cedo possível. Esse contato ocorre tardiamente, devido ao fato de que as pessoas da família com quem a criança convive não dominam a LIBRAS ou devido ao fato de que se demora matricular a criança na escola.
A escola também deve possuir professores qualificados no trabalho com essa língua. Ainda é muito precária a estrutura pedagógica da maioria das escolas quanto à presença de profissionais qualificados para o trabalho de inclusão sendo este o principal empecilho para o desenvolvimento do aluno surdo. Pode-se dizer que, apesar das evoluções no campo da inclusão do surdo, há ainda um caminho longo a ser percorrido principalmente para maior estruturação das escolas com profissionais e recursos voltados para o aluno com surdez. p. BEYER, O. H. Da integração escolar a educação inclusiva: implicações pedagógicas. In: BAPTISTA, C. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados sobre quantidade de pessoas com deficiência auditiva na população brasileira. Disponível em: http://ibge.
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