Formação de professores e presença da família na educação de crianças autistas no ensino regular

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Além disso, mostrou a importância de o professor estar preparado para lidar com a inclusão de crianças autistas, incluindo o apoio da família para encontrar as melhores formas de educar esses sujeitos para que eles ampliem ou melhorem suas habilidades. Na seção materiais e métodos indicou que a pesquisa seria uma revisão integrativa, usando artigos da base de dados SciElo dos últimos cinco anos que trataram da formação do professor, participação da família na educação de autistas. Os artigos selecionados contribuíram para a coleta de dados em que foram sintetizados os procedimentos e resultados encontrados pelos pesquisadores dessas produções. Os resultados e discussões se embasaram nesse trabalho de síntese realizado com esses textos e foram muito úteis para atender aos objetivos propostos, uma vez que os procedimentos e resultados nos artigos pesquisados evidenciaram que para a escola regular incluir os estudantes autistas, ele precisa de professor preparado para lidar com transtorno do espectro autista e a participação da família é fundamental.

Palavras-chave: Autismo; Família; Formação de professores e Inclusão. Todo cidadão, independentemente de sua condição física, psicológica, moral, econômica e social, tem o direito de acesso ao ensino como exercício de cidadania garantido por lei. Conforme o Decreto nº 6. ele tem o direito de usufruir dos espaços municipais, estaduais, e federais de educação (Brasil, 2007). Entretanto, a existência de leis que garantem o acesso de indivíduos com autismo e outras deficiências à educação, não oferecem ou exigem conhecimentos especializados dos docentes para mediar o processo educativo desses estudantes. O autista encontra nas escolas regulares uma realidade precária no trabalho do educador, que não sabe como conduzir o processo educativo desse sujeito, para o cumprimento do direito a educação cumprido efetivamente (Selau e Hammes, 2009).

Por isso, este estudo se justifica, pois a sociedade está cada vez mais consciente de que a escola deve ser um espaço para todos, com uma prática educativa que considera as especificidades de cada estudante (Cunha, 2017). O que exige professores preparados para o trabalho pedagógico com esses educandos e a participação da família na vida escolar da criança. Essa pesquisa se justifica por se fazer necessário compreender e encontrar caminhos para educar os indivíduos com TEA, atendendo às especificidades e demandas significativas para o contexto desse ser de inclusão. A escola deve promover reuniões com as famílias de crianças com TEA para capacitá-las e receber apoio no processo de aprendizagem dos filhos em uma parceria, para fazer escolhas e tomar decisões para evitar a dependência dos profissionais (Reis et al, 2016).

Dessa forma, é de fundamental importância que a escola faça um programa educacional com a participação da coordenação pedagógica, dos professores da criança, para estimular a aprendizagem e o desenvolvimento da criança autista, levando em conta suas limitações, mas que permita a ampliação de suas potencialidades para acompanhar seus pares (Teixeira, 2018). Essa base de dados foi escolhida por possuir artigos referentes às ciências humanas campo deste objeto de pesquisa. As outras bases são mais voltadas para as ciências da saúde, fugindo assim do foco dessa pesquisa que é voltada para a educação. Depois de verificar nos artigos selecionados, foi constatado que 7 deles trabalhavam com dados de outros autores e por isso, também foram excluídos, restando 9 artigos para a realização dessa pesquisa.

No que tange à fundamentação bibliográfica foram utilizados alguns livros, o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-V, importante para saber a concepção atual do transtorno do espectro autista e os artigos da Scielo utilizados na pesquisa de dados. Tanto os dados captados nos artigos, quanto a fundamentação foram selecionados para atender aos objetivos traçados para a pesquisa. crian. Avaliar os efeitos do primeiro ano de Intervenção Comportamental Intensiva no desenvolvimento 2018 Spinazola et al. crian identificar e comparar as necessidades familiares e o suporte social das famílias de crianças autismo. Correa; Simas; Portes 20 crian. Investigar as metas de socialização e estratégias de ação de mães de crianças com suspeita de Transtorno do Espectro Autista. No primeiro artigo listado na tabela, 3 crianças autistas com dificuldades de comunicação com grau leve/moderado passaram por sessões experimentais de leitura com poucos estímulos e que duravam 50 minutos uma vez por semana em um total de 15 a 26 semanas.

As atividades usavam letras para formar palavras e palavras, para associar a uma figura e foi avançando para aplicação em frases verbais. Os pesquisadores concluíram o procedimento de ensino foi efetivo para a realização de leitura combinatória com compreensão dos participantes nessas poucas sessões. No entanto, destacaram que esse experimento pode não funcionar para autista com autismo grave e não falantes. O estudo mostrou que os participantes com os graus leves e moderados podem ser alfabetizados em uma escola regular. Nenhum estudante desistiu do programa ao longo de seu desenvolvimento. Evidenciou-se que os programas de trampolim promovem a melhoria da coordenação bilateral, equilíbrio, velocidade, agilidade, força e coordenação dos membros superiores (Lourenço et al, 2016). No tocante ao terceiro artigo, trata-se do estudo com a opinião de 244 professores sobre a inclusão de estudantes com necessidades educativas especiais, após receberem um decreto a respeito de igualdade de oportunidades e valorização da educação e promoção da qualidade de ensino.

Conforme essa pesquisa,124 professores trabalham na educação infantil e 130 com o 1º ciclo, 53,3% são do ensino privado e 46,7% do público, sendo 95,5% do sexo feminino e 15,6% possuem formação em educação especial, mas somente 5,7% trabalham com crianças de inclusão. Quando esses professores foram perguntados se trabalhariam com crianças autistas, 7,79% disseram que não, 86,07%, disseram sim, mas com apoio e 6,15% disseram sim, sem a necessidade de apoio. Essa intervenção foi realizada com crianças de 6 meses a 12 anos de idade ela foi adaptada e validada para uso com crianças brasileiras (Leon et al. Esse O quinto texto refere-se às demandas e suporte para as famílias de crianças com deficiência física, síndrome de Down e autismo em uma pesquisa com 60 mães, 20 para cada situação.

Desse modo, as mães de autistas são 20 que responderam a um questionário em suas residências ou nas dependências de uma universidade e em escolas municipais. O questionário versava sobre as necessidades das famílias e suporte social, sendo que a parte de necessidades havia 6 tópicos: necessidade de informação; de apoio; serviços da comunidade e funcionamento e foi aplicado para todas mães, independente do problema do filho. Já a parte relacionada a suporte, possuía 27 questões sobre suporte emocional (Spinoza, 2018). Por fim, esperam que os filhos conquistem a autonomia e a independência ao longo de suas vidas (Correa; Simas; Portes). O texto a seguir, o sétimo, considera que os pais são importantes para o desenvolvimento de crianças com deficiência entre 0 e 6 anos, pois eles precisam de suporte para favorecer o desenvolvimento das crianças, participaram da pesquisa pais de crianças com deficiências intelectuais, físicas, autismo e atraso do desenvolvimento infantil, sendo 15 casais de cada um desses grupos por deficiência.

Dessa forma, são 15 crianças com autistas. O estudo teve o objetivo de correlacionar o relacionamento conjugal com a rotina das famílias, tais como qualidade de vida, necessidades parentais e satisfação com o suporte social que recebiam (Azevedo; Cia; Spinazola, 2019). Os pesquisadores desse estudo usaram um questionário de relacionamento conjugal, inventário de recursos no ambiente da família, necessidades, qualidade de vida e suporte social. A inclusão escolar e as interações sociais específicas acontecem em contextos desse tipo, partindo de características de neurodesenvolvimento, de sócio comunicação e de comportamento das crianças com TEA. Para a realização da pesquisa os autores do artigo filmaram 4 crianças com autismo e 42 crianças com desenvolvimento regular (Lemos; Nunes; Salomão, 2020). Os estudos de caso realizados por esses pesquisadores estão sintetizados a seguir.

Criança autista com 4 anos e 6 meses A filmagem na sala de aula registrou uma atividade dirigida, pintura em folha de papel, usando tintas guache e conta-gotas com as crianças sentadas em suas cadeiras e a professora andando pela sala de aula, instruindo os educandos para realização da atividade, eles conseguiram realizar a atividade completamente. A professora ofereceu ajuda física ao estudante com TEA. As crianças estavam sentadas no chão com a professora. Entretanto, a criança com autismo estava andando e manipulando os objetos diferentes encontrados pela sala. Depois de 7 episódios interacionais observados, a criança demonstrou interesse por objetos, manipulando os objetos relacionados à atividade proposta pela professora. Desse momento em diante, o menino começou a responder adequadamente a poucas informações e instruções que recebeu das crianças ou professora.

Apesar de seu comportamento de isolamento de seus pares, ele atendeu as mediações e instruções. No final, ela chamou a atenção do menino para que ele olhasse seus colegas pelas frestas do brinquedo, quando eles estavam abaixo (Lemos; Nunes; Salomão, 2020). Menino Autista de 4 anos e 10 meses A filmagem na sala de aula registra a realização de atividade que consta no livro. Trata-se da colagem de bolinhas de papel em um número. As crianças estavam sentadas em suas cadeiras, divididas em grupos de quatro ou cinco educandos; a professora andava pela sala de aula orientando sobre a atividade. A professora ia dando feedback para eles, fazendo elogios. A criança autista estava se esquivando da atividade e foi necessário realizar muitas atividades de episódios interacionais.

A professora caminhava pela sala chamando a atenção dos educandos para que realizassem a atividade. O menino autista foi para o chão e deitou-se nele e a professora o convidou a voltar para mesa para fazer a atividade. Apesar da esquiva, respondeu as mediações e instruções adequadamente. Essa esquiva da criança pode ser pela presença da observação sobre ele. Os professores constantes na amostra são quase todos do mesmo artigo, o terceiro, que pesquisou o perfil dos professores que participaram da pesquisa. Tabela 3 – Descritores Inclusão Formação de Professores Participação da Família 7 4 5 Fonte: Dados da pesquisa Os 9 artigos tratam do TEA, mas neles não aparecem todos os descritores simultaneamente, mas todos tratam de um ou dois deles. Na tabela 3 não há todos os descritores em cada artigo, por isso a quantidade para cada descritor é diferente, mas em alguns desses trabalhos acadêmicos há os 3 descritores, e outros 2 ou apenas 1.

Tabela 4 – Informações Gerais sobre os autistas pesquisados Gênero Limitação Prevalente Procedimentos Aplicados Masculino Feminino Total. Motora Ativ. Resultados e Discussão O procedimentos utilizados nos artigos pesquisados mostram que intervenções experimentais podem melhorar as dificuldades de comunicação e socialização da criança com TEA. As atividades de comunicação junto com outras crianças que não têm esse transtorno, provocam o interesse do autista, fazendo com que ele tome iniciativa e interaja com seus pares. Essas condições são abordadas por (Bosa 2007; Gomes e Souza, 2016; Lemos, Nunes e Salomão, 2020). No tocante ao caso de dificuldade motora, as crianças participaram da intervenção e conseguiram melhorar a motricidade, com a colaboração do professor e de seus pares. Esse tipo de intervenção inclui educandos com necessidades educacionais especiais, inclusive o autista (Brasil, 2007; APA, 2014, Lourenço et al, 2016).

Além disso, evidenciou-se que as intervenções realizadas pelos pesquisadores estudados permitem melhorar as condições de vida, tanto dessas crianças, quanto de suas famílias. Por fim, os dados mostraram que o TEA ocorre mais em indivíduos do sexo masculino. Referências APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. DSM-V. Psicologia: Reflexão e Crítica. Correa, B. Simas F. Portes, J. R. ed. Rio de Janeiro: Wak. Gomes, C. G. S. G. S. et al. Intervenção comportamental precoce e intensiva com crianças com autismo por meio da capacitação de cuidadores. Rev. L. Salomão, N. M. R. Transtorno do espectro autista e interações escolares: sala de aula e pátio. Lourenço, C. C. V. et al. A eficácia de um programa de treino de trampolins na proficiência motora de crianças com transtorno do espectro do autismo.

Características e Especificidades da Comunicação Social na Perturbação do Espectro do Autismo. In: Rev. Bras. Ed. Esp. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva. Silva, M. D. Soares, A. Spinazola, C. C. et al. Crianças com Deficiência Física, Síndrome de down e autismo: compa ração de características familiares na perspectiva materna na realidade brasileira. Rev. M. M. Sanches-Ferreira, M. M. P.

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