INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO IUE NA MULHER ATLETA E AS CONTRIBUIÇÕES DA FISIOTERAPIA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Fisioterapia

Documento 1

As mulheres acometidas pela incontinência urinária de esforço são afetadas no âmbito psicossocial, uma vez que acabam abrindo mão de suas atividades devido a constrangimentos causados pela patologia. A pesquisa foi realizada na revisão bibliográfica em livros e artigos científicos da área de saúde e fisioterapia. Existe margem para estudos e pesquisas sobre a temática, uma vez que os mecanismos que associam a incontinência urinária de esforço à prática de esportes ainda não são completamente elucidados. Para as mulheres acometidas pela patologia, é desejável maior esclarecimento especialmente sobre as formas de tratamento, especialmente a fisioterapia que além de não ser invasiva, tem se mostrado eficiente. Palavras-chave: Incontinência Urinária. De acordo com pesquisa estatística presente no estudo de Antunes, Manso e Andrade (2011, p.

“a prevalência de Incontinência Urinária em mulheres entre 15 e 64 anos varia de 10 a 55%. Os autores mencionam a IUE especificamente, informando que “entre jovens nulíparas que praticam atividade física intensa como atletas, dançarinas e militares, com idade média entre 19,9 e 31,8 anos os estudos apontam índices de 28 a 51%. Diante das estatísticas, fica claro a necessidade e o benefício de pesquisar mais a respeito da patologia IUE. Além deste motivo em especial, muitas mulheres que são acometidas pela IUE e pelos demais tipos de IU não procuram tratamento devido motivos diversos. A metodologia de pesquisa foi realizada com base na revisão bibliográfica em livros e revistas da área de ginecologia, da saúde e da fisioterapia de forma comparativa e didática, com abordagem qualitativa.

ASPECTOS GERAIS SOBRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA A incontinência urinária (UI) é uma patologia que pode, a princípio, causar certa estranheza. Isso porque talvez, antes de ser acometida pelo problema, a mulher nem sequer tenha conhecimento de tal distúrbio e, quando se vê inserida como portadora da UI pode concluir que não se trata de um problema nem tampouco de uma patologia que mereça atenção. No parágrafo introdutório a mulher foi citada como objeto de estudo, isso porque a incidência de IU em mulheres é maior do que em homens e o foco da pesquisa se debruça neste público específico: mulheres atletas. Segundo Silva e Lopes (2009, p. No estudo destes autores existe uma informação peculiar sobre a IU, a saber, que até a década de 1998 a IU era considerada apenas um sintoma, somente após esse período foi considerada uma doença.

Está inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID) elaborada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). De acordo com a pesquisa de Marino, Gomes e Burtet (2019, p. “a incontinência urinária é definida como qualquer tipo de perda involuntária de urina”. O autor Mitrano (2009, p. Qual o funcionamento adequado? Para o mecanismo de continência urinária ser efetivo, isto é, para não permitir a perda urinária, deve haver uma pressão intrauretral superior à pressão intravesical e, ainda, estabilidade no mecanismo de contração do músculo detrusor. Tais condições ideais são alcançadas quando uma série de fatores se encontram adequados. MARINO, GOMES E BURTET, 2019). De acordo com a citação, os mecanismos devem estar funcionando adequadamente e na ordem natural.

A pressão intrauretral deve ser superior à pressão intravesical. MARINO, GOMES E BURTET, 2019, p. A situação é certamente incômoda e desconfortável para a mulher, uma vez que se depara com desejo repentino de urinar. Quanto à incontinência urinária mista, com denominação bem sugestiva, caracteriza-se em mulheres que apresentam quadro de incontinência urinária de esforço e urgência. “As pacientes que apresentam ambos os sintomas (perda por esforço e urgência) demostram sintomas de incontinência urinária mista”. MARINO, GOMES E BURTET, 2019, p. No estudo de Silva e Lopes (2009, p. é apresentada uma estatística que comenta tanto a porcentagem média de mulheres que não buscam tratamento para a IU, bem como os motivos. Os autores mencionam o seguinte: “56% das mulheres com IU não buscam auxílio profissional; em 71% dos casos porque consideram o problema como algo normal e em 9,7% porque acreditam que o mesmo não tem solução”.

Ou seja, no ano de 2009, quando a pesquisa foi apresentada, mais da metade das mulheres acometidas pela IU não buscaram ajuda para tratamento. Possivelmente, o número seja maior atualmente. “cerca de 30% das mulheres não são capazes de contrair os MAP (músculos do assoalho pélvico) na primeira avaliação com o fisioterapeuta”. A ênfase que o estudo busca tratar diz respeito ao tratamento com base na ciência da fisioterapia. Esse tratamento tem se mostrado eficaz, sendo um dos mais indicados. Entre os motivos, não é invasivo e não causa efeitos colaterais. Além da fisioterapia, que será abordada em pormenores no decorrer do tópico, existem outras formas de tratamento para a IU, independente do tipo. AL. p. É conclusivo, portanto, ao contrário do que grande parte das mulheres acredita que existem sim formas de tratamento para a IU.

Basicamente, existem dois tratamentos utilizados, a saber, o tratamento clínico e o tratamento cirúrgico. A fisioterapia está inserida no tratamento clínico, conforme será considerado mais adiante. Como tratamentos clínicos, são oferecidas às mulheres algumas técnicas embasadas na fisioterapia. Este tem sido, inclusive, o primeiro caminho trilhado pelas indicações médicas. Os mecanismos que favorecem o surgimento da IUE e as demais envolvem intimamente os músculos. Como já elucidado no estudo, tudo o que está evolvido na IUE diz respeito ao assoalho pélvico. Os músculos são extremamente relevantes para que as funções da continência urinária possam desempenhar seu papel. p. “é uma opção menos invasiva para o tratamento e não causa efeitos colaterais, o que o torno o único método sem restrições para qualquer paciente”.

Quais são alguns métodos ou técnicas usadas pela fisioterapia? Alguns deles serão considerados na sequência: 2. Cones Vaginais Um dos métodos usados pela fisioterapia para tratar a IUE, considerado uma intervenção simples, é o uso de cones vaginais. O objetivo desta técnica é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. os “índices de sucesso variam de 14 a 78%”. A proposta dos cones é fazer com que a mulher contraia os músculos do assoalho pélvico evitando que o cone colocado no introito vaginal escape. Desta forma, ela trabalha a musculatura. Marino, Gomes e Burtet (2019) detalham estratégias ou técnicas oferecidas pela fisioterapia como alternativa de tratamento, sendo elas: Cinesioterapia, eletroterapia, biofeedback, cones vaginais, estrogenoterapia e injeção periuretral com colágeno. O estudo detalha a seguir cada um desses processos.

No estudo de Marino, Gomes e Burtet (2019, p. é apresentada a estatística quanto à eficiência do método usando eletroterapia: “taxa de sucesso entre 30 e 60%”. Os autores informam que é sugerido a aplicação da eletroterapia em associação ao biofeedback. Este método está abaixo. Biofeedback O biofeedback trata-se de um método que envolve treinamento psicofisiológico. A prática diária de exercícios físicos somados à alimentação adequada é essencial para evitar problemas de saúde e contribuem para o bem-estar das pessoas de modo geral. A prática regular de exercícios físicos aeróbicos, de fortalecimento muscular e de flexibilidade promove benefícios na prevenção e tratamento de doenças cardíacas, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, osteoporose, entre outras. Os exercícios também influenciam nos aspectos emocionais, proporcionando bem-estar psicológico e reduzindo sintomas como ansiedade, estresse e depressão.

ANTUNES, MANSO E ANDRADE, 2011, p. É fato que atualmente cada vez mais pessoas, incluindo as mulheres, buscam praticar algum tipo de atividade física ou esporte, nem sempre no viés de garantir boa saúde e sim com a preocupação estética. O PERFIL DA MULHER ATLETA O acontecimento mais comum e presente na rotina de mulheres atletas, obviamente, é o exercício físico. Esse tipo de atividade impacta ou possibilita a ocorrência de IUE. Segundo Marino, Gomes e Burtet (2019, p. “os sintomas de esforço ocorrem quando há perda urinária após qualquer manobra de aumento da pressão abdominal (tosse, espirro, atividade física)”. Muitas mulheres praticam exercícios de forma continua, mas não profissionalmente. Estes impactos afetam outras áreas na vida da mulher. De acordo com os autores Silva e Lopes (2009, p.

confirmam a afirmativa do parágrafo anterior ao mencionarem: Além dos problemas físicos, pesquisas demonstram que a incontinência urinária afeta a autoestima das mulheres, assim como suas atividades sociais e suas habilidades em manter um estilo de vida dependente. Como apresentado na citação, não são poucas as consequências enfrentadas por mulheres que sofrem com a IU e chega até mesmo incapacitar essas mulheres de realizar suas atividades cotidianas. Muitos outros pesquisadores e estudiosos mencionam o impacto na qualidade de vida das mulheres que sofrem desta patologia. No caso das mulheres atletas, o acometimento da IUE pode fazer com que elas optem por deixar de praticar esportes tendo como objetivo que a IUE cesse. Este tipo de atitude pode causar problemas ou frustrações profundas, uma vez que a busca de prazer na prática de esportes acaba sendo desprezada na tentativa de fazer cessar a IUE.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo discorreu sobre a temática incontinência urinária, especificamente a incontinência urinária de esforço que acomete o público das mulheres atletas e a contribuição da fisioterapia neste cenário. A incontinência urinária se apresenta mediante disfunção do assoalho pélvico. Este é responsável pela função de sustentação dinâmica por meio de seus músculos. Explica-se que alguns exercícios causam impacto em determinadas partes do corpo e consequentemente afetam o funcionamento do assoalho pélvico. A título de exemplo, as praticantes de corrida. O impacto dos pés no solo pode afetar o assoalho pélvico causando desequilíbrios e posteriormente resulta na IUE. A hipótese de pesquisa informou como a presença da IUE afeta a qualidade de vida das mulheres atletas.

Os efeitos são devastadores. redalyc. org/html/260/26019329007/> Acesso: 22/02/2019. BARBOSA, Victor Augusto Pessoa. Incontinência Urinária em jovens adultas praticantes de exercícios físicos: uma revisão sistemática. Campina Grande, 2018, 23p. bvs. br/upload/S/0100-7254/2012/v40n4/a3373. pdf> Acesso: 22/02/2019. FERREIRA, Margarida; SANTOS, Paula Clara. Impacto dos programas de treino na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária de esforço. Ginecologia. ª edição, vol. São Paulo: Medcel, 2019, 181p. MITRANO, Presciliana. Fisiopatologia e classificação da incontinência urinária. p. Disponível em: <http://www. revistas. usp. br/smad/article/view/49574/53650> Acesso: 26/02/2019. SILVA, Lígia; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Incontinência urinária em mulheres: razões da não procura por tratamento. Revista da escola de enfermagem da USP, vol.

n. p.

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