Análise de lesões musculoesqueléticas em praticantes de corrida

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Fisioterapia

Documento 1

Objetivo: Evidenciar por meio de uma revisão da literatura as lesões musculoesqueléticas mais frequentes relacionadas à prática de corrida. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, descritiva com abordagem qualitativa mediante artigos indexados nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, nos últimos 08 anos, entre 2012 a 2020. Esta pesquisa foi realizada nos meses de agosto e novembro de 2020. Resultados: Mediante a leitura dos periódicos científicos selecionados emergiu-se três categorias: principais lesões musculoesqueléticas em praticantes de corrida, fatores que contribuem para o aparecimento de lesões e a importância do profissional fisioterapeuta como forma de prevenção. Conclusão: Foi evidenciado a articulação do joelho como área anatômica mais afetada, bem como seus impactos na qualidade de vida e a importância do acompanhamento do profissional fisioterapeuta para redução e prevenção de lesões em praticantes de atividade física corrida.

Dentre as modalidades esportivas, a corrida apresenta importante destaque ganhando cada vez mais espaço entre os praticantes de atividade física (CRUZ et al. A realização de exercício físico regular possui diversos benefícios para a população como o controle da composição corporal, redução da pressão arterial e melhoria na percepção da qualidade de vida. No entanto, o sedentarismo ainda é prevalente em aproximadamente 45,9% dos brasileiros (ROJO et al. No Brasil, conforme dados estatísticos da Federação Paulista de Atletismo (2019), houve uma elevação de 10,9% no quantitativo de praticantes de corrida no ano de 2015 quando comparado a 2014. Este aumento nas taxas pode ser justificado devido ao fácil acesso a prática, ao baixo custo econômico envolvido e aos inúmeros benefícios que corrida promove para a saúde do indivíduo.

OBJETIVOS 1. OBJETIVO GERAL Evidenciar por meio de uma revisão da literatura as lesões musculoesqueléticas mais frequentes relacionadas à prática de corrida. OBJETIVOS ESPECIFICOS • Abordar a prática da corrida enquanto instrumento de atividade aeróbica para qualidade de vida; • Discorrer acerca das lesões musculoesqueléticas e seus impactos na qualidade de vida do indivíduo; • A atuação da fisioterapia na redução e prevenção de lesões musculoesqueléticas em praticantes da atividade física corrida. REVISÃO DA LITERATURA 2. ATIVIDADE FISICA PARA QUALIDADE DE VIDA A mudança dos hábitos dos dias atuais voltados a facilidades oriundas da evolução tecnológica, contribuiu negativamente para o sedentarismo favorecendo a ocorrência de doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, estresse e diversos agravos no decorrer da vida do homem.

A busca pela corrida de rua advém de inúmeros interesses, como promoção da saúde, estética, integração social, fuga do estresse diário, ou mesmo a busca por atividades prazerosas ou competitivas. Carmo et al (2017) referem: “O tempo utilizado para percorrer cada distância varia bastante entre os diversos praticantes. Para correr 10km, alguns levam menos de 30 minutos, enquanto outros precisam de mais de 90 minutos. Enquanto o recorde da maratona é hoje poucos minutos superior a 2 horas, organizadores de provas usualmente esperam corredores na linha de chegada por até 6 horas depois da largada. Assim, entre os participantes de uma prova, o termo competir assume diferentes significados: pode ser correr percursos mais longos, pode ser reduzir o tempo para determinada distancia ou ainda fazer menos esforço para terminar um trajeto, acompanhar um amigo, além do significado tradicional, chegar na frente dos demais concorrentes (CARMO et al, 2017, p.

No que concerne às lesões tendinosas, estas ocorrem por ruptura parcial ou total do tendão, ainda é possível observar inflamação do tendão ou das bainhas dos tendões devido ao acumulo de líquido sinovial causando edema da bainha e dor na movimentação do tendão. Há ainda casos em que a articulação se apresenta edemaciada, o que pode sugerir que a cápsula e os ligamentos romperam e portando podem ocasionar a perda anatômica de alinhamento normal da articulação (LIMA, VIEIRA, SILVA, 2017). Relacionado a lesão no osso, este ocorre de ação violenta do agente traumático, causado por pressão, tração ou ainda penetração capaz de ultrapassar a resistência do osso e produzir desintegração, esta chamada de fratura (SARAGIOTTO et al, 2016).

A fratura recebe diversas classificações como simples, compostas, expostas, fechadas, cominutivas e múltiplas. Independente da forma que a lesão for ocasionada, é necessário observar se a dor intensa ou incapacidade funcional total ou parcial, hematoma ou deformidade de angulação do membro (FERREIRA et al, 2012). Os critérios de inclusão foram estudos de coorte prospectivos e retrospectivos originais publicados nos idiomas português, espanhol e inglês enquadrados no período proposto pela pesquisa, os critérios de exclusão foram artigos editoriais, resumos de congressos, teses, artigos repetidos e artigos que não satisfaziam a temática da pesquisa. A análise dos resultados fundamentou-se na análise de conteúdo de Bardin. Esta análise constitui-se de um método especifico para elaboração de forma esquemática do conteúdo e descrição dos resultados através de categorias (BARDIN, 2011).

A análise constituiu-se por 03 etapas: pré-analise através do levantamento dos achados, seleção dos artigos a partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos e análise dos artigos selecionados por meio da leitura criteriosa. Após a coleta de dados e pré-analise, foi realizada a seleção dos artigos para esta pesquisa. Observacional Quantitativo Verificar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em participantes de corrida de rua. As lesões musculoesqueléticas estão associadas ao sexo e ainda o volume de treino de corredores com lesões é maior quando comparado aos indivíduos que não apresentam as referidas lesões. Incidência de lesões em praticantes de corrida de rua no município de criciúma, brasil RANGEL, FARIAS, 2016 Descritivo Qualitativo Verificar a incidência de lesões em praticantes de corrida de rua do município de Criciúma, SC e a existência de acompanhamento profissional.

Foi evidenciado relação direta entre distância percorrida e lesão, bem como o tempo de prática. Prevalência de lesões em corredores de rua amadores CAMPOS et al. Análise de lesões musculoesqueléticas em praticantes de musculação e corrida OLIVEIRA et al. Descritivo Qualitativo Caracterizar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de musculação e corrida considerados experientes. Evidenciou que houve correlação entre o peso corporal e o número de lesões ocorridas nos participantes corredores e praticantes de musculação. Prevalência de lesão e fatores associados em corredores de rua da cidade de Juiz de Fora (MG) ROTH et al. Observacional Qualitativo Investigar a prevalência de lesões e os fatores associados em corredores de rua da cidade de Juiz de Fora.

Todos as publicações selecionadas são de pesquisa original de aspecto descritivo, realizadas no Brasil e descreveram acerca de lesões musculoesqueléticas em praticantes de corrida. DISCUSSÃO Mediante a leitura dos periódicos científicos selecionados emergiu-se três categorias: principais lesões musculoesqueléticas em praticantes de corrida, fatores que contribuem para o aparecimento de lesões e a importância do profissional fisioterapeuta como forma de prevenção. Na primeira categoria, Hespanhol (2012) evidenciou que as lesões mais frequentes foram as tendinopatias e musculares, em relação a articulação, a do joelho apresentou maior incidência de lesões em praticantes de corrida. Lima e Durigan (2017) concordam com os referidos achados afirmando que o joelho foi a área corporal com elevada proporção de queixas relatadas, tantos em homens como mulheres.

O autor ainda referiu que lesões no quadril foram relatadas predominantemente por mulheres. Outros fatores são os distúrbios biomecânicos, falta de fortalecimento dos membros inferiores e ausência de adaptação do aparelho locomotor, estes fatores influenciam consideravelmente na maior sobrecarga dessa região, maximizando possibilidades para a ocorrência de uma lesão (SOUSA, SANTOS, COSTA, 2019). Neste sentido, Araújo et al (2015) e Vieira e Markus (2019) ressaltaram mediante seu estudo a partir de grupo controle que o grupo lesionado apresentava sobre peso quando comparados ao grupo sem lesão, nota-se que no grupo que não foi acometido por lesão o Índice de Massa corporal (IMC) mais encontrado foi referente ao que remete a parâmetros de normalidade, indicando assim, forte indicio de que o sobrepeso ou obesidade em praticantes de corrida é considerado um fator desencadeante de lesões.

Quanto a importância do profissional fisioterapeuta como forma de prevenção, Fernandes, Lourenço e Simões (2014) enfatiza que o acompanhamento profissional contribui para a redução de surgimento de lesões musculoesqueléticas. No entanto, Rangel e Farias (2016) evidenciou em seu estudo que apenas 46% faziam acompanhamento profissional, este dado pode justificar a grande frequência de ocorrência de lesões na atividade prática corrida. É de suma importância aos profissionais que prescrevem a prática de corrida e aos corredores, desmistificar cada vez mais tal modalidade, visando aperfeiçoar o rendimento e ainda minimizar riscos para possíveis lesões contribuindo de forma positiva para a qualidade de vida de indivíduos praticantes de corrida. p. Disponível em: http://revistaseletronicas. pucrs. br/ojs/index. php/fae nfi/article/vie w/24530/1560.

br/pdf/rbort/v50n5/1982-4378-rbort-50-05-00537. pdf. Acesso em: 20 out. ARCANJO, G. N. Perfis motivacionais de corredores de rua com diferentes tempos de prática. Revista brasileira de ciências do esporte, v. n. p. BARDIN Laurence. com/doi/full/10. Acesso em: 11 nov. BOTELHO, L. L. R. Prevalence of injuries in Brazilian recreational street runners: meta-analysis. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. n. p. mar. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, Valparaíso, v. n. p. Disponível em: http://revistas. icesp. L. et al. Prática de atividade física nos logradouros públicos da cidade de Fortaleza/CE. Coleção Pesquisa em Educação Física, Várzea Paulista, v. n. Static stretching alters neuromuscular function and pacing strategy, but not performance during a 3-km running time-trial.

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R. bras. Qual. Vida, Ponta Grossa, v. p. VIEIRA, Lucas Felipe Machado, MARKUS, Julio Cesar. Incidência de lesões associadas a prática de corrida de rua em um grupo de corredores de bagé-rs. Congrega.

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