A INFLUÊNCIA DO ENDOMARKETING NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Marketing

Documento 1

Coordenador Acadêmico e Professor Orientador DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus que me deu forças para seguir em frente na jornada do conhecimento e à minha família que me apoiou e incentivou em cada etapa do curso e nunca deixou de acreditar no meu potencial. AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família pelo apoio incondicional e pelo incentivo constante em continuar com meus estudos. Agradeço aos amigos que entenderam meus momentos de ausência em muitas atividades de lazer e por me incentivarem a não desistir. Agradeço ao orientador Betovem Coura que me auxiliou em todas as etapas deste projeto e soube me direcionar para um caminho de pesquisa eficaz. RESUMO Esta monografia se trata de uma abordagem a respeito dos conceitos e a importância do endomarketing ou marketing interno nas organizações empresariais, tendo como objetivos revisar a literatura especializada a respeito deste conceito.

Dessa maneira, o endomarketing procura aplicar técnicas e adaptar estratégias do marketing, contextualizando o ambiente interno das organizações, proporcionando uma satisfação e motivação do cliente interno das organizações, ou seja, os funcionários. Essa relação mais clara e de maior liberdade entre o gestor e o colaborador traz muitos benefícios para ambas as partes, como aumento de produtividade, diminuição da rotatividade do pessoal, empenho nas funções desempenhadas, confiança, senso de responsabilidade, entre outras. Além disso, com a prática do endomarketing na empresa o ambiente é favorecido, tornando-se mais agradável para o convívio de todos e para o desempenho das funções, fazendo com que o funcionário sinta-se um colaborador ativo da empresa tornando-o mais participativo, interessado, atento e se importando com todos os acontecimentos da organização, buscando contribuir com ideias e soluções que contribuirão tanto com o desenvolvimento empresarial quanto com o profissional de si próprio e da equipe a qual faz parte.

Sendo assim buscamos apresentar uma pesquisa bibliográfica caracterizada pela revisão de literatura dos principais autores que recomendam a prática do endomarketing como uma mais-valia empresarial, contribuindo para a difusão do pensamento de que o trabalho não é uma punição ou um mero desempenho de função, mas sim uma vocação com amplo potencial de qualidade de vida. METODOLOGIA A pesquisa bibliográfica é caraterizada pela procura em explicar e discutir sobre algum tema embasado em teorias publicadas em livros, revistas ou trabalhos de caráter cientifico. Para entender este método de motivação interna, Bekin (2004) afirma que é imprescindível que o gestor tenha o conhecimento entre marketing e endomarketing, visto que este último é uma subcategoria do marketing. Kotler (2000) define que a vida de cada indivíduo da sociedade é regida pelas interações sociais, por formas culturais, econômicas e políticas que podem gerar aproximação ou afastamento entre as pessoas.

Neste contexto, de acordo com Kotler (2000, p. o marketing cumpre um papel determinante sendo “um processo por meio do qual pessoas e grupos obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. ” Segundo o autor, o processo de marketing organizacional vai muito além da criação de produtos e serviços, sendo considerado uma área de ampla atuação e utilidade no contexto empresarial. Como afirma Brum (1998, p. O endomarketing é, portanto, uma decorrência da necessidade de se motivar pessoas para os programas de mudança que começaram a ser implementados, desde a década de 50, no mundo inteiro. Daí até o momento atual, as empresas tiveram tempo para encontras as mais diversas maneiras de se comunicar com o público interno, dando origem às técnicas hoje utilizadas.

BRUM, 1998, p. Este novo conceito de marketing interno, ou endomarketing, chegou ao Brasil em meados da década de 70, mas só se consolidou de fato na década de 90. Mas uma vez, isso implica a necessidade de harmonização entre os objetivos do indivíduo e os da organização. BEKIN, 2004, p. Dessa forma, segundo Bekin (2004) o objetivo do endomarketing é promover a empresa para os colaboradores, criando, mantendo e estimulando relacionamentos internos entre as pessoas do ambiente organizacional como indivíduos, independentemente de suas posições profissionais. Diante dessa necessidade organizacional de conquistar seus clientes internos, Bekin (2004, p. desenvolveu estudos orientados para tal área e conceituou o endomarketing. Essa percepção de Bekin (1995) se deu quando o mesmo trabalhava na empresa brasileira Johnson & Johnsons e percebeu que os setores da organização não estavam em sincronia, ou seja, não eram integrados, além da falta de conhecimento sobre a cultura, a missão e os valores da organização em que trabalhavam.

O autor relata que havia funcionários com mais de vinte anos na casa e que não sabia citar sequer um valor da empresa. Assim o autor afirma que o “que faltava era o marketing dentro da própria empresa. ” (Bekin, 1995, p. Dessa maneira, Bekin (2004 p. Assim, funcionários devem ser tratados como clientes e valorizados como pessoas; 3) Excelência de serviços para os clientes e gerenciamento de recursos humanos significam muito mais do que sorrisos e tapinhas nas costas. Significam envolver e comprometer os funcionários com os objetivos e decisões da empresa. Estas três premissas trazem como conseqüência um princípio: este processo de envolvimento, comprometimento e valorização do funcionário deve preceder o marketing externo. O autor enfatiza que o conceito de endomarketing permite que a organização gere satisfação e motivação para a sua equipe de trabalho e assim compreendam sua importância no contexto empresarial e transmitam isso para o consumidor final.

Dessa forma o desafio enfrentado pelas organizações é de como implantar o endomarketing com valores agregados, como ética, cooperação, empatia, unidade, compromisso. Neste contexto, para sobreviverem no mundo dos negócios, as organizações precisam aplicar estratégias de marketing para conquistar seu público externo e de endomarketing para gerar comprometimento e satisfação do seu público interno. Neste cenário de uma economia orientada para o cliente, a prioridade está em atender as demandas do consumidor, do cliente. Não se trata mais de se entregar um produto com determinadas qualificações técnicas ao consumidor, mais de adequar esse produto às expectativas de qualidade do consumidor final. BEKIN, 1995, p. Compreender a importância do endomarketing para uma organização implica em entender todos os benefícios que esta prática traz para a empresa.

Este já é um motivo suficiente para buscarmos sentir prazer na atividade que executamos”. Nesse âmbito, além das empresas, os profissionais perceberam os benefícios do trabalho motivado e assim passaram a selecionar as vagas disponíveis em empresas com essa prática motivacional. Dessa maneira a procura por empregos em empresas que agregam valor aos seus funcionários e estabelecem princípios motivacionais e de recompensa para sua equipe, passaram a ser almejados por profissionais que entendem que trabalhar feliz e motivado é um direito e privilégio a qualquer indivíduo. Bekin (2004) enfatiza que: Funcionário motivado e mobilizado tem motivos de sobra para entrar em 16 ação, e a comunicação é justamente o que o abastece e o mantém jogando ‘com amor à camisa’, para usar uma expressão do futebol.

Assim, o Endomarketing é um coadjuvante com intensa participação na motivação do público interno. a comunicação interna promove o “equilíbrio interno” da organização. O autor enfatiza que é por meio do fluxo de comunicação, seja de baixo para cima ou de cima para baixo, são os responsáveis por conduzir as informações por todas a organização e dessa forma se algum canal estiver obstruído, o fluxo acaba. Dessa maneira a responsável pela fluidez das informações organizacionais é a comunicação. Kunsch (2009 p. destaca que o processo de comunicação organizacional é definido e processado em redes formais e informais. Para o autor, estes fluxos caracterizam a comunicação em empresas tradicionais, não tendo um fluxo que priorize a voz do subordinado para que este expresse seus desejos e anseios profissionais.

De acordo com Kunsch (2009) empresas orientadas para o endomarketing utilizam mais dois fluxos de comunicação: o transversal e o circular. O fluxo transversal se trata de uma linha de comunicação flexível, que incentiva a participação e integração do funcionários nos processos organizacionais. O fluxo circular se trata de um canal de comunicação informal, e segundo o autor, proveitoso para organização se esta souber se beneficiar desta linha de comunicação estabelecendo práticas de endomarketing, pois, é por meio da comunicação que um funcionário transmite o seu senso de motivação ou não. A comunicação interna é um instrumento necessário para se aplicar as ações de endomarketing na organização, pois, é o meio de se chegar ao cliente interno.

Alguns programas, por serem menores, possuem um folder de divulgação que acompanha o kit de instrumentos de comunicação interna; • Folderes, cartazes, vídeos, urnas: no folder: o que é, para que serve, com que objetivo foi criado, como deve ser implantado e sistema de avaliação; • Manuais técnicos e educativos; • Revistas de histórias em quadrinhos; • Jornal Interno. BRUM, 1998, p. Cabe a cada empresa ver o que pode ser oferecido e também melhorado no ambiente de trabalho, para que o endomarketing seja aplicado, lembrando que as idéias também devem partir do funcionário a fim de que haja uma continuidade no programa e um maior comprometimento de ambos (BRUM, 1998). As vantagens e desvantagens da comunicação De acordo com Mendes (2004), a comunicação assumiu um papel que vai além de passar informações, ele deve transcender o processo de comunicação administrativa que se amplia no sentido horizontal (entre as pessoas do mesmo nível hierárquico) e vertical descendente (parte das chefias ou superiores hierárquicos até chegar ao nível operacional) e ascendentes (parte do nível operacional e chegam aos altos escalões).

É necessária uma conversa diária. Mendes (2004) apresenta essas barreiras agrupadas de acordo com suas origens, separando-as da seguinte forma: a) mecânicas ou físicas, relacionadas aos aparelhos de transmissão; b) fisiológicas, problemas genéticos; c) semânticas, uso inadequado da linguagem; d) psicológicas, representados por preconceitos; e) pessoais, a personalidade de cada indivíduo; f) administrativos/burocráticos, a maneira que a organização atua; g) excesso e sobrecarga das informações; e h) informações incompletas e parciais, fragmentadas ou distorcidas. O endomarketing como forma de gestão O capital humano, atualmente, tem sido visto como um diferencial entre as organizações, pois, produtos e qualidade todos têm ou podem vir a ter acesso, mas humanização, atendimento e a forma de gerenciar pessoas são únicos nas empresas.

De acordo com Chiavenato (2004, p. “as pessoas passam a significar um diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional: elas passam a constituir a competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva. ” Contudo, a utilização de estratégias de recursos humanos faz com que a empresa possua uma competitividade maior em relação à concorrência, dando, assim, suporte aos funcionários no cumprimento da missão organizacional (CHIAVENATO, 2004). Dessa maneira será possível realizar um gerenciamento de pessoas eficaz de acordo com as necessidades e motivações da equipe de trabalho. A cultura organizacional Para compreendermos a relação existente entre endomarketing e a cultura organizacional, primeiramente é necessário a compreensão do conceito de cultura organizacional. De acordo com Lacombe (2003) a cultura organizacional consiste no: Conjunto de crenças, costumes, sistemas de valores, normas de comportamento e formas de fazer negócio, que são peculiares a cada empresa, que definem um padrão geral para as atividades, decisões e ações da empresa e descrevem os padrões explícitos e implícitos de comportamento e as emoções que caracterizam a vida na organização.

LACOMBE, 2003, p. Dessa maneira, inferimos que por meio da definição acima a cultura organizacional de uma empresa corresponde aos comportamentos implícitos que contribuem para a forma de produção e pela individualidade de uma organização, gerando sua identidade próprio frente aos seus concorrentes e ao mercado. Nesse contexto, a pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta que, de acordo com Brum (2005, p. oferece à empresa um cenário real apontando os problemas existentes, as falhas, qual a opinião e a visão dos seus colaboradores, ou seja, indicando qual o quadro correspondente à realidade vivenciada nos processos organizacionais preservando o sigilo e garantindo o anonimato dos funcionários. Ainda de acordo com Brum (2005), a pesquisa de clima deve ser realizada com um mix de grupos, ou seja, deve ser aplicada numa junção de grupos homogêneos e de grupos heterogêneos de funcionários para que discutam e apresentem apontamentos relacionados diretamente com o perfil comportamental da empresa e do ambiente em que está inserida.

De acordo com Brum (2005), a empresa que realiza pesquisa de clima organizacional deve estar ciente de alguns pontos chaves sobre o uso desta ferramenta, que são: - clima é o que pensa a grande massa. A massa é composta de indivíduos e, dentro de cada um, existe um coração; - para a aplicação dos questionários, o público deve ser dividido de acordo com o plano de cargos e salários da empresa. BIBLIOGRAFIA BEKIN, Saul Faingaus. Endomarketing: como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. S. F. Gestão de Pessoas. ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CERQUEIRA, W. Endomarketing: educação e cultura para a qualidade. PERESSIN, G. L. Comunicação empresarial: a importância da comunicação dentro da organização. Monografia (Bacharel em Administração) - Faculdade Cenecista de Capivari - FACEAP.

Capivari – SP. edição, São Paulo, Atlas, 2004. GRÖNROOS, Christian. Marketing: Gerenciamento e Serviço: a competição por serviços na hora da verdade. Rio de Janeiro: Campus, 2003. KOTLER, P. catho. com. br/carreira-sucesso/gestao-rh/endomarketing-significado-e-propositos. Acesso em: 11/11/2018. MANZO, José Maria Campos. ª ed. São Paulo, Manole, pp. MENDES, R. S. A. São Paulo: Saraiva, 1998. TAVARES, Maurício. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrando teoria e prática. ed. São Paulo.

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