A INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS NO EJA

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Orientadora Carolina Rizzotto Schirmer ___________________________________________________ Prof. Coordenador (a) do Curso Instituto RIO DE JANEIRO - RJ 2019 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a minha família, sempre uma fortaleza na minha vida; aos meus amigos e professores que fizeram parte da minha vida estudantil pelo carinho e afeto, por serem estas personalidades presentes em minha vida. AGRADECIMENTO Agradeço a realização deste trabalho a Deus em primeiro lugar, que me fortaleceu durante minha caminhada com saúde, força, coragem e determinação para não desistir frente às dificuldades que se apresentaram ao decorrer desta caminhada, a todos os professores, que fizeram parte desta graduação e cada um que participou do meu conhecimento acadêmico, e ajudou preparando-me para exercer uma profissão, ofertando o horizonte superior, aos meus familiares, por todo o suporte, carinho e ajuda que me deram e a todos que de alguma forma participaram desta realização na minha vida, o meu muito obrigado.

“O Autismo é ver o mundo de um outro jeito, e cada um de nós temos que achar um jeito de entender as diferenças”. Dr. A metodologia de inclusão pedagógica. A Educação Inclusiva versus Educação Especial. CAPÍTULO 02: A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EJA. A Educação Inclusiva. Os desáfios da Educação Inclusiva no EJA. As reformas educacionais, as leis e os decretos ao longo do tempo na sociedade brasileira reforçam a busca pela inclusão educacional para os estudantes que se apresenta com necessidades educacionais especializadas, mais a realidade encontrada nem sempre condiz com o que a legislação vigente em nosso país assegura e assim surge a discussão de como melhor trabalhar com esses estudantes em cada etapa do processo de ensino e aprendizagem (Boccato, 2006).

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação (Boccato, 2006, p. No decorrer deste trabalho conforme BOCCATO (2006) acima citado será realizado uma análise bibliográfica que busca compreender a realidade do processo de aprendizagem dos alunos autistas nas turmas de EJA ao longo do tempo, tendo como problemática saber como os estudantes com necessidades educacionais especializadas conseguem garantir seus direitos com equidade de acesso à escola e quais fatores contribuem para garantir a educação inclusiva na educação dos alunos autistas nas turmas de EJA.

UNESCO, 1960, p. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de lei nº 4. de 20 de dezembro de 1961, surgiu a partir das diretrizes da conferência da UNESCO de 1960 como forma de garantir que as pessoas consideradas especiais no ensino conforme o que determina no Art. da LDB tenha acesso à educação, portanto o sistema educacional precisa adequar-se na oferta de educação “excepcional” integrando toda a comunidade, pois os espaços especializados são necessários nas unidades escolares conforme (MANTOAN, 2017): Entende-se que nesse sistema geral estariam incluídos tanto os serviços educacionais comuns como os especiais, mas pode-se também compreender que, quando a educação de deficientes não se enquadra no sistema geral, deveria constituir um especial, tornando-se um subsistema à margem. MANTOAN, 2017; p. No ambiente escolar esse critério de uma melhor organização no que estar relacionado ao trabalho escolar é de suma importância para o cumprimento adequado do papel escolar e sempre colocando o trabalho do professor a frente de tudo.

Ao retomar o contexto da necessidade da formação constante dos professores, tornando-a destacada no exercício das novas práticas de ensino na educação de jovens e adultos com a promoção de projetos voltados para essa constante formação profissional onde eles possam administrar sua formação fazendo com que haja a participação do grupo de professores da comunidade escolar, fazendo com que todos procurem as soluções diante dessa coletividade e constante busca pela inclusão. A possibilidade dessa formação contínua é uma realidade capaz de ser praticada e proporciona a mudança nesse antigo cenário, possibilitando a eles entenderem que as dificuldades que enfrentam como a de compreender o que fazer para encará-los, assim sendo um processo sem paralisação levando as prática além do ambiente interno que devem desenvolver as aulas principalmento no periódo diurno.

Não se pode descartar a realização de reuniões, formações especiais, disponibilização de espaços para discussão dos assuntos colocados em pauta e acompanhamento adequado seguindo as instruções de profissionais capacitados e com especialização na área, no entanto, a educação de professores é barrada quanto aos obstáculos impostos pela educação inclusiva. Formação teórica sólida ou uma formação adequada no que se refere aos diferentes processos e procedimentos pedagógicos que envolvem tanto o “saber” como o “saber fazer” pedagógico; formação que possibilite analisar, acompanhar e contribuir para o aprimoramento dos processos de escolarização das mais diversas diferenças, entre elas, as crianças deficientes que foram incorporadas no processo educativo regular; formação específica sobre características comuns das crianças com necessidades educativas especiais, como expressões localizadas das relações contraditórias entre a sociedade em geral e a as minorias; formação sobre as características, necessidades e procedimentos pedagógicos específicos a cada uma das necessidades educativas especiais.

um processo que visa a promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas ou altas habilidades, e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado. O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus superiores de ensino. Sob esse enfoque sistêmico, a educação especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos conscientes e participativos (BRASIL, MEC/SEESP,1994, p. No cenário educacional brasileiro esse processo de definição a educação especial que é entendida como uma realidade modificadora de quem a pratica, porém de acordo com Mazzotta (1996) educação especial é entendida como: [.

Na inclusão, as pessoas com deficiência estudam na escola que frequentavam se não fossem deficientes. SASSAKI, 1998, p. A realidade educacional mesmo depois de vários avanços nessa área de inclusão apresenta que estamos com o mesmo pensamento hipócrita de tratar as diferenças como coisa fora do normal, pois o que faz com que nunca consigamos sair do velho mundo de preconceito e discriminação tornando as sociedades inclusivas uma realidade distante da nossa vivência, coisa que só uma reestruturação no modo de pensar, agir e manifestar-se pode resolver. Para Carvalho (2005): O que se pretende na educação inclusiva é remover barreiras, sejam elas extrínsecas ou intrínsecas aos alunos, buscando-se todas as formas de acessibilidade e de apoio de modo a assegurar (o que a lei faz) e, principalmente garantir (o que deve constar dos projetos político pedagógicos dos sistemas de ensino e das escolas e que deve ser executado), tomando-se as providências para efetivar ações para o acesso, ingresso e permanência bem sucedida na escola (CARVALHO, 2005, p.

O Brasil é um dos únicos países onde os pais estão distantes da escola e das lutas pela inclusão de seus filhos, visto que em outros lugares a participação dos pais nas escolas e organizações tem se tornado frequente, sendo fatores para que muitos pais consigam garantir o cuidado com segurança. O Brasil apesar de tudo vem encontrando formas de melhorarem o ensino dos brasileiros com deficiência, pois campanhas com o apoio do governo federal são propostas de algumas instituições dentre essas a Campanha para Educação do Surdo Brasileiro (CESB) de 1957. A Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes da Visão (1958), que tem vínculo com o Instituto Benjamim Constant e o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP).

Após o ministério da educação, implementar novas reformas onde CENESP em 1990 foi completamente aniquilado, tendo os conteúdos referentes à educação especial mudados para Secretaria Nacional de Educação Básica (SENEB) que somente em por volta de 1992 é que a secretaria de educação especial foi criada. a) As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência; b) As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem (Art. Os conteúdos sobre educação especial no Brasil tiveram maior relevância quando foi criada a legislação da educação especial e a conhecida como Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação Nacional que reafirma o direito a educação pública e gratuita para todos.

Em um dos textos que o MEC divulgou ressalta que as pessoas que são inseridas em algum tipo de contexto referente às camadas de inclusão, essas enfrentam consequências quanto às transformações que passam os órgãos educacionais, portanto deve-se alertar sobre os problemas de exclusão, necessitando de ajudas pedagógicas Batista (2006). No referendo sobre legislação (1993), os primeiros relatos referentes a esse termo começaram a surgir em artigos da Declaração de Salamanca 1994, onde tudo começou após reformularem as políticas públicas que tinham sistemas voltados para educação inclusiva. A Declaração de Salamanca acena para a defesa de que toda escola regular deve permitir o acesso aos estudantes que apresentam-se qualquer que seja a necessidade especial, adequando-se a elas, porque são esses que podem desmistificar a discriminação e tornarem a educação em espaço de inclusão para todos.

A educação inclusiva no Brasil vem com destaque a partir das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), assim como a demais essa determina que os estudantes devem ser incluídos em salas de aulas de ensino regular independente de condições físicas, mentais e intelectuais, que todos devem ter direito à educação gratuita, essa traz no seu quinto capítulo: Art. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O tema de inclusão passou por contrário às práticas de exclusões vividas e vivenciadas historicamente, despertando não só a atenção de professores e profissionais da educação, mas de todos que tinham como objetivo acabar com as práticas de exclusão, como empresários, representantes políticos e demais profissionais, no entanto mesmo com essas reformas e participações ainda estamos longe de encontrarmos um ensino inclusivo.

O outro ponto importante que deve ser citado, que se concretizou como obstáculo vencido na vida de pessoas deficientes foi o Estatuto da Pessoa com Deficiência (2015) ou Lei brasileira de inclusão – LBI. Esse instrumento reforça a condição de cidadão de direito, um dos objetivos foi trazer a tona dificuldades antes desconhecidas. A respeito das várias transformações ocorridas é destacado por, Glat (2007), que. Nas últimas décadas, em função de novas demandas e expectativas sociais, aliadas aos avanços das ciências e tecnologias, os profissionais da Educação Especial tem se voltado para a busca de novas formas de educação escolar com alternativas menos segregativas de absorção desses educandos pelos sistemas de ensino. destaca que: Os Direitos Humanos, do ponto de vista histórico, carregam e traduzem na realidade uma utopia.

Nesse sentido, se convertem numa plataforma emancipatória em reação e em repúdio às formas de exclusão, desigualdade, opressão, subalternização e injustiça. A educação em Direitos Humanos combina sempre o exercício da capacidade de indignação com o direito a esperança e admiração da ∕ pela vida, a partir do exercício da equidade que nasce da articulação dos princípios de igualdade e diferença. A educação quando voltada às perspectivas dos direitos humanos, trata o aluno com olhar diferenciado, sendo que este deve ser inserido na mesma para conseguir ter desenvoltura crítica em frente as desmoralização social, que tem como base concreta a igualdade na democracia, fazendo exercer o exercício de pleno da cidadania. Esse então citado é um dos enfoques defendidos pelo Plano Nacional da Educação em Direitos Humanos (2003) para educação regular, é de fundamental importância que a educação tenha um direcionamento voltado aos direitos humanos e que seja parte dos eixos a educação básica devendo estudar todo o currículo, esquecendo os critérios de preocupação específica com disciplinas ou áreas curriculares específicas, transformando a educação em educação de qualidade.

No contexto da EJA para que coisa contraria a inclusão não ocorram, seria necessário que os grupos de professores e encarregados analisassem os históricos escolares dos alunos, que prestassem mais atenção na realização de trabalhos, junto com a família e/ou pessoas que acompanham esses alunos, para que se saiba quais limitações e habilidades condições físicas e intelectuais desse educando, sempre promovendo a esse aluno uma participação com produtividade de aprendizagem. Uma forma de ajuda que deve se dar a esse aluno para que ele tenha conforto e segurança, seriam as conversas com toda a turma debatendo e explicando as necessidades de cada aluno em particular, seriam os processos que produzem no ser o sentido de cooperação. A importância da turma de EJA saber as especialidades de cada um do grupo e como colaborar para que esse aluno se sinta parte da turma é fundamental e os docentes precisam desenvolver estratégias para melhor trabalhar essas realidades conforme a realidade local.

A participação dos estudantes é importante para a inclusão do aluno com NEE, entretanto para que isso ocorra é preciso abrir espaços para que os alunos possam falar a respeito de suas dificuldades, suas rotinas, falar a respeito dos mitos e verdades das suas limitações, e abrindo para que os outros alunos se exponham. No cotidiano da turma de EJA a atuação do professor facilita positivamente no processo de ensino-aprendizagem, pois na medida em que o convívio com alunos especiais aumenta, tem se notado que esses indivíduos necessitam da educação para serem contemplados com benefícios que servem para todos. Na realidade em que mesmo as formações e capacitações sendo reconhecido pelas políticas da educação, o real é que esses professores não foram e nem estão sendo formados respeitando as práticas inclusivas, sendo o que eles fazem é apenas trabalhar com uma espécie de reproduzir o que foi aprendido (SKLIAR, 1997).

Os princípios que nossa sociedade busca para educação no país são para tornar as diferenças integradas e vistas como algo normal, e não dar prioridade as práticas inclusivas. As práticas com métodos pedagógicos mostram que os direitos de crianças com necessidades especiais deve-se tornar presente na realidade onde houver estudos e mudanças em todos os ângulos da sociedade e das escolas. As mudanças para tornarem os alunos das turmas de EJA iguais não dependem de si próprio para conseguirem seus direitos, visto que cada um de nós somos um só, porém diferente, isso explica que por mais que tenhamos semelhanças entre nós, não nos comportamos ou interagimos iguais uns aos outros.

O simples fato de a educação especial ter sido excluída dos debates educacionais è a maior forma de discriminação com esse sistema, de onde se vem a proliferar todas as outras discriminações, das civis às culturas, sendo que o direito essencial à educação. Nas turma de EJA a muito tempo, algumas coisa vem sendo mudadas e muitas passaram por revisões, ao que se refere ao aprendizado que não desmerece ou esquece qualquer trabalho já antes realizado, é importante acima de tudo que se faça isso pela objetividade individual ou em coletivos. Na educacional das turmas de EJA os currículos são adaptados à realidade das salas de aula com o cotidiano do aluno na sociedade contemporânea, por isso é importante reforçar e sempre questionar como está se dando a formação de professores, com isso se torna engrandecedor o ensino do país.

CAPÍTULO 03: A INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS NA EJA 3. A compreensão de autismo O transtorno neurológico que caracteriza-se como autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) conforme Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais denomina-se como DMS -5, sendo que durante muito tempo conheceu-se com DSM –IV no contesxto social. O Autismo representa um transtorno onde o indivíduo tem sua interação social comprometida principalmente no âmbito verbal e não verbal, além de comportamentos repetitivos e restrito, pois de forma gradativa os sinais do autismo vão se desenvolvendo e torna-se perceptivel (ORRÚ, 2012). é uma disfunção orgânica e não um problema dos pais[. e é de origem biológica (Orrú, 2012, p. Silva (2012), apresenta o autismo em uma nova perspectiva deve ser concebido como uma realidade que tem seu desenvolvimento respaldados nas neurociências e salienta: Que indivíduos com autismo aparentam ter dificuldades na área cognitiva de funções executivas.

Essas funções são um conjunto de processos neurológicos que permitem que a pessoa planeje coisas, inicie uma tarefa, controle-separa continuar na tarefa, tenha atenção e, finalmente, resolva o problema. Silva 2012, p. A inclusão dos estudantes autistas é defendido no cenário escolar como a ideia de uma escola onde todos os alunos estejam inseridos, sem qualquer condição que os limitem de participar do direito as tarefas escolares, segundo sua dificuldade, não interfiram para que esses sejam excluídos do contexto de sala de aula. Essas afirmações de ORRÚ (2012) traz para a sociedade um questionamento de que se tem a necessidade de uma compreensão do processo de inclusão escolar, como produto de lutas das minorias excluídas, como defesa sobre as exclusões.

A realidade dos autistas nas instituições escolares enfrentam diversos desafios, sendo que os educadores como responsáveis pelo desenvolvimento do aprendizado precisam contribuir com essas práticas inclusivas respeitando todos os tipos de alunos em um único contexto, levando essa causa para as reuniões de classe, formações e planejamentos. As relações que são estabelecidas nesse local fornece o apoio necessario para que consiga ter a continuidade do aluno no ambiente escolar, como também as práticas públicas que são essenciais na garantia de acesso, permanência e promoção de um ensino de qualidade que todos os alunos nas turmas de EJA têm direito. As buscas feitas não são para considerar os professores como os únicos responsáveis por mudança no ensino-aprendizagens dos autistas nas turmas de EJA, porém ao se mencionar na criação de políticas públicas educacionais é preciso ter o conhecimento de que esses profissionais têm muito a contribuir, pelo simples fato de todos estes estarem inseridos nas instituições e reconhecem os desafios trazidos pelos alunos para a sala de aula.

A formação dos profissionais de educação precisa ser centrada no ensino de pessoas com NEE para atender os estudante em um mesmo patamar, introduzidos no sistema educacional um atendimento de qualidade nas turmas EJA, portanto, os autista terão uma educação com maior qualidade. No âmbito das turmas de EJA em um momento de reflexão sobre o processo formacional do docente e as ligações deste com seus objetivos, Tardif (2013) menciona que: A relação que os professores mantêm com os saberes é a de transmissores, de portadores ou de objetos de saber, mas não de produtores de um saber ou de saberes que poderiam impor como instância de legitimação social de sua função e como espaço de verdade de sua prática.

Noutras palavras, a função docente se define em relação aos saberes, mas parece incapaz de definir um saber produzido ou controlado pelos que a exercem. TARDIF, 2013, p. Na perspectiva analisada o caminho a ser percorrido deve ser mais longo, sendo que a sociedade contemporânea possibilitou o surgimento de novas maneiras de transmissão de informação, assim os sujeitos não apresentam um conhecimento tão restrito, o sentido da dúvida e do questionamento ficou mais aguçado da mesma forma que busca por novas ferramentas de ensino que também aumentou extrapolando os muros da escola onde esses buscam estar ligados a questões apropriadas a suas vidas. Na representação da educação do país existem pessoas sem habilidade de absorver as características essenciais de cada nível de ensino, sendo que estão colocando a educação apenas com sentido mecanizado, pois não existe o reconhecimento do aluno como um sujeito construtor da sua própria aprendizagem Andrade (2006).

No cenário trabalhista contemporâneo a mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, sendo assim as pessoas de baixa renda, menos favorecidas, trabalhadores, não são encontrados nessa prática educativa que promove um crescimento social transformador. A precariedade nas condições educacionais expostas na pesquisa apresentada nos remete diretamente à educação de jovens e adultos, isso porque, revela uma condição marcada por profundas desigualdades sociais. Nas classes de EJA estão os jovens reais, os jovens para os quais o sistema educacional deu as costas. Percebê-los significa a possibilidade de dar visibilidade a esse expressivo grupo que tem direito à educação, contribuindo para a busca de respostas a uma realidade cada vez mais aguda e representativa de problemas que perpassam o sistema educacional brasileiro (ANDRADE, 2006, p.

Alfabetização e cidadania: revista de educação de jovens e adultos. – Brasília: RAAAB, UNESCO, Governo Japonês, 2006. BATISTA, Cristina Abranches Mota. MANTOAN, Maria Teresa Egler. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para a deficiência mental. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9. de 20 de dezembro de 1996. BRASIL. BUENO, J. G. Educação Inclusiva e Escolarização de Surdos. In: Revista Integração: MEC/Secretaria de Educação Especial, nº 23. BOSA, Cleonice. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. n. p. Rio de janeiro: 7 letras, 2007. FERREIRA, Windyz B. Educação Inclusiva: Será que sou a favor ou contra uma escola de qualidade para todos? Revista da Educação Especial - Out/2005, Nº 40. MANTOAN, Maria Tereza Egler; Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MANTOAN, M. p. MONTEIRO, Aida. PIMENTA. Selma Garrido. Educação em direitos humanos e formação de professores (as). Distúrbios de comunicação: estudos indisciplinares. São Paulo: Cortez, 1981. Coleção Educação Contemporânea. Série educação Especial). SASSAKI, Romeo. SKLIAR, C. B. Uma perspectiva socio-histórica sobre a educação e a psicologia dos surdos. Org. Educação & Exclusão.

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