A EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA DOS JESUÍTAS A ATUALIDADE: HISTORICIDADE, DESENVOLVIMENTO, ÊXITOS E DESAFIOS

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________ Profa. Dra. Silvia Helena de Sá Leitão Morais Freire Orientadora ______________________________________________________________ Prof. xxxxxxxxxxxx Membro da Banca ______________________________________________________________ Prof. xxxxxxxxxxxxxxxx Membro da Banca Mossoró – RN 2019 AGRADECIMENTOS Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. From the bibliographical research were held discussions about the transformations occurred at different times and their respective consequences for the corresponding societies. The theoretical framework was based on the studies of some authors, among which Alves (2009), Aranha (2005), Azevedo (1963), Ferreira (2010), Freire (2000 and 2007), Fernandes (1966), Filho (2005 ), Gadotti (1995), Levy (1994), Libaneus (1991), Machado (2004), Meksenas (2002), Moran (1998), Morais (2000), Munhoz (2002), Niskier (1969), Schram and Carvalho (2007), Piletti (2000), Rossi (2009), Romanelli (1999), Saviani (1994, 2003 and 2010), Scheibe (1992), Sternberg (2000) and Xavier (1994). Attention was also given to government documents, key archives in guaranteeing educational rights. From the reflections on the theories presented, it can be concluded that the Brazilian State, despite the improvements, still requires advances in ensuring the population's access to quality schooling, to offer an education concerned with meeting the demands of all segments.

of the population, thus intending to offer equitable quality education. Dessa forma, pode-se considerar o processo histórico da educação no Brasil, bem como as consequências das políticas educacionais sobre a sociedade em cada tempo, como o objeto de reflexão dessa escrita. O estudo da história da educação no Brasil é importante por possibilitar a compreensão do modelo educacional que possuímos hoje e o entendimento de como se deu a criação e a aplicação da estrutura e das políticas educacionais no país, tendo em vista a segregação em relação ao acesso à escolarização, caracterizada pela educação diferenciada entre as classes menos desfavorecidas e a elite socioeconômica. Atribui-se como questão motivadora desse trabalho a necessidade de compreender a atual conjuntura educacional no Brasil, com seus desafios e avanços, buscando no processo histórico o entendimento desse processo.

Justificar essa proposta de pesquisa requer o aprofundamento da reflexão de como se deu o processo educacional ao longo do tempo, quais foram as dificuldades enfrentadas, que mecanismos foram utilizados e como o mesmo interferiu no meio social. A história se faz de fatos negativos e positivos, não sendo diferente, portanto, o processo educacional, construído no percurso da história do Brasil, ao qual será apresentado no corpo deste trabalho. Diante ao que foi apresentado anteriormente, no contexto de uma sociedade agroexportadora, não se fazia necessário a instrução escolarizada para aqueles que produziam os bens materiais. Contudo, há um prosseguimento da política educacional do Império, assegurando condições de existência e funcionamento ao ensino superior na perspectiva da proposta Pombalina, que foi inserida no Brasil após a queda da hegemonia dos jesuítas, que durou mais de dois séculos.

Assim, para as classes dirigentes, este nível de ensino era um problema resolvido, pois garantia a formação da elite no sentido de assegurar a permanência de seus interesses. O segundo capítulo, mostra como se deu a educação no período industrial, onde ocorreram transformações no sistema econômico brasileiro. Nessa fase, além do ensino da burguesia agroexportadora, acontece, ainda, a formação da burguesia urbano-industrial, devido à efetivação do capitalismo, marcada por profundas modificações. Objetivos específicos a) Resgatar o processo histórico da educação no Brasil através de revisão bibliográfica; b) Elencar as mudanças mais significativas de políticas educacionais e legislação, relacionando-as com as mudanças de concepção da sociedade e a respeito de educação; c) Estabelecer o papel das políticas públicas na inclusão e/ou segregação de contingentes de pessoas no processo de escolarização, no Brasil, ao longo do tempo.

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA SOCIEDADE AGROEXPORTADORA E A CONSTITUIÇÃO DE UM ENSINO DE ELITE O início da colonização do Brasil foi rodeado por numerosas dificuldades, sendo uma das mais significativas o fracasso das capitanias hereditárias. Com isso, o rei de Portugal, D. João III, foi obrigado a criar um novo Governo Geral que teria por obrigação defender e dar apoio às capitanias, a fim de resgatar o objetivo da criação das mesmas e, tornar possível o processo de colonização. Dentre as dificuldades acima mencionadas, pode-se citar ainda a escassez do pau Brasil na região litorânea, a resistência dos nativos daquela terra no que diz respeito ao trabalho escravo, a falta de pedras preciosas e a ameaça da perda do território para os franceses.

Este será o objetivo da política portuguesa até o fim da era colonial. E tal objetivo ela o alcançaria plenamente, embora mantivesse o Brasil, para isto, sob um rigoroso regime de restrições econômicas e opressão administrativa; e abafasse a maior parte das possiblidades do país” (PILETTI, 2000, p. a 32). Vale salientar é que após a independência do Brasil, o objetivo central não mudou, apenas deixou de ter Portugal como principal responsável e interessada em construir uma nação agroexportadora, naquele momento de matérias-primas como café, borracha, minério, soja e etc. Por outro lado, o país era importador de produtos manufaturados. XAVIER, RIBEIRO E NORONHA, 1994, p. Desta forma, os padres jesuítas exerceram forte influência na sociedade, principalmente burguesa. Eles estabeleceram, no Brasil Colônia, uma ideia de educação que contribuiu para o fortalecimento das estruturas de poder hierarquizadas e de privilégios para um pequeno grupo.

Logo que chegaram ao Brasil, os padres jesuítas lançaram as bases da catequização, com a criação das primeiras casas, as casas de bê-á-bá, dando início à educação colonial em seu sentido restrito, por meio da atuação com suas escolas de ler e escrever. Os jesuítas logo que chegaram não construíram colégios, mas foram sertão adentro e em pouco tempo já falavam a língua do indígena. Santo Tomás de Aquino levou para educação a ideia de autodisciplina, sendo essa a marca da prática educativa católica, que teria melhor resultado, em termos de doutrinação, com os jesuítas. Tomás de Aquino defendia uma filosofia cuja característica principal é a abertura para o conhecimento e para o aluno, pois, segundo ele, cada ser humano tem uma essência individual, a espera de desenvolvimento.

Para o governo colonial, era muito importante a presença dos jesuítas no que diz respeito aos assuntos educacionais, pois, no sistema de ensino utilizado por eles em seus colégios prevaleciam os interesses daqueles que vinham para o Brasil e podiam oferecer aos filhos uma educação de qualidade nas estruturais europeias. Além de servir como articulação entre os interesses da corte e as atividades coloniais. Na verdade, os colégios serviram para a formação de uma elite colonial. O ideal de Pombal era formar o nobre negociante, simplificar e abreviar os estudos, encaminhando maior número aos cursos superiores; aprimorar a língua portuguesa, diversificar o conteúdo incluindo o de natureza cientifica e torná-los os mais práticos possíveis (2009, p. Deste modo, a educação, antes administrada por esses missionários, passou a ser responsabilidade do estado português.

A primeira providência de Pombal foi confiscar os bens e as escolas jesuíticas. Nessa época, segundo Azevedo (1963), somente os filhos dos senhores de engenho, da burguesia e da nobreza tinham acesso ao ensino, ministrado pelos jesuítas. Após a Reforma Pombalina, em 1759, e a expulsão dos jesuítas, o ensino passou a ser ministrado por preceptores. Contudo, mesmo com a política contrária a cultura indígena e em favor da extinção das escolas jesuítas, o governo não alcançou seu objetivo capitalista na passagem da fase do mercantil para a industrial e, em 1834, houve a reforma da Constituição que descentralizou o ensino, passando para responsabilidade das Assembleias Legislativas das Províncias.   Com a reforma, ficou a cargo das províncias o ensino elementar, secundário e de formação dos professores, enquanto a Educação Superior passou para a responsabilidade do poder central.

Nesse momento, foi inaugurado o Imperial Colégio de Pedro II, em 1837, e os primeiros liceus nas províncias. Segundo Ferreira: [. Em síntese: o Brasil permaneceu como uma estrutura social rigidamente constituída: a massa de escravos desafricanizados, de um lado, e as elites agrárias regionalizadas, do outro. Para os demais segmentos sociais, o que resta é a oferta de pouquíssimas escolas cuja atividade se acha restrita à instrução elementar: ler, escrever e contar. Observou-se que desde o período colonial, passando pelas reformas, havia uma segregação de que tipo de educação cada povo iria receber, e qual seria o objetivo que a mesma buscaria alcançar em cada maneira de ensinar, onde os nativos daquela terra e os negros e menos favorecidos teria acesso a uma educação voltada ao trabalho, ou seja, seriam instruídos para lidarem com a lavoura, com canaviais, com a mão de obra, na perspectiva de tornar à terra descoberta em império que fosse competitivo no mercado agroexportador de riquezas.

Aqui, ao contrário, a sua adoção expressava exatamente a desmotivação do Estado agroexportador e escravocrata em garantir as condições mínimas para o funcionamento da escola pública, ou seja, a formação e a remuneração adequada de professores. Dessa forma, acabou se transformando num fator a mais para a fragilização, em termos de qualidade, do ensino público elementar implantando no período (XAVIER, RIBEIRO E NORONHA, 1994, p. Por outro lado, tinha a educação voltada à elite, as classes mais favorecidas daquela terra, aos poderosos, que eram ensinados os conhecimentos necessários para a sua instrução social, religiosa e profissional de alto padrão daquela época, os mesmos eram mandados para fora do país para receberem a formação superior. Dessa forma, o Estado torna-se responsável por assegurar a esses brasileiros uma vida digna nas grandes cidades, tendo em vista o crescimento populacional e na oportunidade a disponibilidade também de uma “educação”, a mesma surgiria de maneira pública e gratuita, objetivando preparar as pessoas não só ao mercado de trabalho, mas também que como já vimos serviria para alavancar os planos de um Brasil industrial.

Como bem afirma Romanelli: A intensificação do capitalismo industrial no Brasil, que a Revolução de 30 acabou por representar, determina consequentemente o aparecimento de novas exigências educacionais. Se antes, na estrutura oligárquica, as necessidades de instrução não eram sentidas, nem pela população nem pelos poderes constituídos (pelo menos em termos de propósitos reais), a nova situação implantada na década de 30 veio modificar profundamente o quadro das aspirações sociais, em matéria de educação, e, em função disso, a ação do próprio Estado (ROMANELLI, 1999, p. Contudo, a industrialização, bem como o avanço do capitalismo, não aconteceu de maneira uniforme. O nosso país não se industrializou todo de uma vez, as indústrias não surgiram em todos os estados, em todas as regiões.

PILETTI , 2000, p. a 92). O homem perdia então a posse do seu senso comum, passando a viver da única coisa que lhe era necessária: sua força de trabalho, explorada ao máximo. Esse período ficou marcado pelas grandes transformações inclusive no governo provisório de Getúlio Vargas que programou diversas políticas públicas em buscas colaborar para o desenvolvimento industrial do país. Os principais acontecimentos no campo educacional ou com repercussão no setor educacional foram: a) Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública. Consolidava, ainda, a enorme diferença do atendimento educacional nas várias regiões do país durante todo o período Imperial. O governo viu então, a possibilidade de preparar a classe trabalhadora com um modelo pedagógico educacional que valorizasse a qualificação técnica sem evidenciar nenhuma linha de pensamento filosófico ou de formação educacional crítica.

Cabendo aos alunos simplesmente desenvolver habilidades voltadas à formação para a atuação, técnicas, formando alunos sem nem uma formação intelectual, muitos deles incapazes de questionar situações do cotidiano social No bojo das críticas que foram feitas à profissionalização compulsória regulamentada pela Lei 5692/71, discutiu-se profundamente não apenas o fracasso desta lei pela sua não viabilização material, mas a própria filosofia posta por uma política educacional voltada para a universalização da qualificação para o trabalho no Ensino Médio. Nesta discussão, foi central o papel da análise do trabalho moderno enquanto termo de referência para a organização do trabalho escolar. A posição que reivindica para o Ensino Médio uma "educação geral", porém associada às bases de uma "educação tecnológica e politécnica" construiu-se não apenas na denúncia ao pragmatismo presente na lei da profissionalização compulsória, ao imediatismo de uma formação instrumentalizadora, e à sua ideologia conservadora; mas também na constatação de que, cada vez mais, a exigência de qualificação para o trabalho moderno requer conhecimentos amplos, possibilidade de percepção e raciocínio, capacidade de comunicação e cooperação.

De um lado, estão colocados intelectuais liberais, socialistas e comunistas e protagonistas de reformas educacionais em torno do movimento conhecido como Escola Nova. No outro estremo, estão os católicos e conservadores de diferentes ideias ideológicas, reunidos em torno de um projeto conservador de renovação educacional. Xavier, Ribeiro e Noronha diz o seguinte: “Enquanto os setores conservadores da camada superior zelavam pela manutenção dos seus privilégios educacionais, os seus setores progressistas pregavam a modernização do sistema de ensino de elite” (1994, p. Neste mesmo período acontece a promulgação da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, que veio mudar os rumos da gestão política do país, bem como, modificar os aspectos de estrutura educacional do país.

No plano educacional, a Constituição de 1934 adota boa parte do ideário político educacional presente no “Manifesto dos Pioneiros”, consagrando todo um capítulo às questões educacionais. • O ensino religioso, antes proibido, passa a ser de matrícula facultativa, devendo ser ministrado de acordo com o credo religioso do aluno, sendo matéria do horário de aula das escolas. • O artigo 156, disciplina pela primeira vez num texto constitucional, a questão do financiamento da educação, nos seguintes termos: 1) A União e os Municípios deverão aplicar nunca menos de dez por cento em educação; os Estados e o Distrito Federal nunca menos de vinte por cento, da renda resultante dos impostos, na manutenção e no desenvolvimento dos sistemas educativos. • São ainda criados fundos que, em parte, destinarão auxílios aos alunos deles necessitados.

A União deverá também reservar pelo menos vinte por cento do que destinar à educação, para o ensino na zona rural. • Os cargos do magistério serão preenchidos mediante a realização de concursos públicos de títulos e provas (artigo 158). A atual LDB (Lei 9394/96) foi sancionada em 20 de dezembro, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da educação Paulo Renato, baseada no princípio do direito universal à educação para todos. A LDB de 1996 trouxe diversas mudanças em relação às leis anteriores, por exemplo: a inclusão da educação infantil (creches e pré-escolas) como a primeira etapa da educação básica. EDUCAÇÃO NO REGIME MILITAR Com o regime militar iniciado em 1964, houve um aumento do autoritarismo, marcado na área da Educação com o banimento de organizações estudantis como a União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1967, consideradas “subversivas”.

Em 1969, foi tornado obrigatório o ensino de Educação Moral e Cívica em todos os graus de ensino, sendo que, no ensino secundário, a denominação mudava para Organização Social e Política Brasileira (OSPB).   No ano de 1964 foram assinados os acordos MEC-Usaid, entre o Ministério da Educação e a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos, através das quais foram introduzidas algumas mudanças de caráter tecnicista. A ditadura praticamente exclui da sociedade brasileira as práticas de exercício da cidadania utilizando a violência contra todos os movimentos sociais ou de outras ordens que fossem contra as novas posturas adotadas pelo governo, utilizando meios de tortura e agressões, para coibir o que não achassem coerente com a nova realidade.

PILETTI (2000, p. assegura que No campo político-administrativo, numerosos membros do Poder Legislativo tiveram seus mandatos cassados e muitos foram presos e exilados; milhares de funcionários públicos foram destituídos dos seus cargos e submetidos a inquéritos policiais militares; o povo brasileiro viu-se impedido de escolher o presidente da República, os governadores dos Estados, os prefeitos das capitais e de mais de uma centena de municípios considerados áreas de segurança nacional. Inclusive a educação foi um dos setores que também foi marcado por uma realidade de intensas ações autoritárias. Muitas escolas foram fechadas, vários estudantes foram presos e alguns mandados para fora do país. Através do tecnicismo, o operário educado por este tipo de educação aprendia “receitas”, a fim de que pudesse atuar de maneira eficiente.

Este conhecimento pragmático era visto como necessário à aceitabilidade no mercado de trabalho. O saber para o desenvolvimento de potencialidades seria inútil. A ideia era a de que a escola deveria preparar o homem para o trabalho. Por fim, ao testemunhar a concepção de que não era necessária a instrução ao “povo” no seio da sociedade brasileira, que revigorou no período industrial, onde a educação foi colocada em segundo plano pelo poder político, a nova tendência econômica induziu profundas transformações no quadro das aspirações educacionais, no discurso e na ação do próprio Estado. Neste mesmo período a qual estamos estudando, se implantou no Brasil o Plano Nacional de Educação (PNE), e nele tentou-se inserir um pensamento concreto sobre a educação, tendo em vista que ela deveria se pautar no homem, na sua formação intelectual, profissional e social, quebrando o circulo vicioso da educação apenas para o investimento econômico, promovendo assim, a democratização e racionalidade social.

De acordo com Freire (2007, p. “se o meu compromisso é realmente com o homem concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação, não posso por isso mesmo prescindir da ciência, nem da tecnologia, com as quais me vou instrumentando para melhor lutar por esta causa”. Dessa forma, antes de aplicar os conteúdos das disciplinas curriculares, é necessário antes de tudo, ver os alunos como seres humanos, que têm particularidades e demandas educacionais próprias. Depois disso, é que se faz necessário o uso de todos os mecanismos da ciência e tecnologia para ajudar esses seres a evoluírem cognitivamente. O grau de educação é que faz a diferença; não é você ter coisas, não é o capital físico” (SAVIANI, 2010, p.  224 e 225).

Diante deste contexto é que buscamos enxergar a educação na atualidade, seja o socioeconômico ou o cultural, muito se tem falado em globalização e exatamente neste contexto, que se percebe que surgem conceitos novos, histórico-geográfica, culturais, é neste rastro que a escola deve ampliar seus horizontes, onde a mesma saia da teoria e seja mais engajada na comunidade, bem como, permeada pelos documentos que regem a educação brasileira, sendo utilizados como norte para um desenvolvimento adequado do processo de ensino-aprendizagem. Todo esse percurso histórico veio a chegar à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) passando também pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), que buscaria garantir os recursos necessários para que a educação atingisse um patamar civilizado.

Pois, com o aumento de recursos para a educação era plenamente viável, a implementação de uma estratégia de desenvolvimento político, econômico, educacional, cultural e social do país. É um reforço financeiro para a educação brasileira, formado por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados. É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual, formado por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, vinculados à educação por força do disposto no Art. da Constituição Federal. A educação é vista em todos os aspectos e estarem atrelados a princípios ideológicos, culturais, econômicos, e todos eles são carregados de intencionalidade, fatos fáceis de observar desde o Brasil das oligarquias rurais onde o predomino dos fazendeiros, fazia com que a educação fosse restringida a uma minoria.

Devido a tantas diferenças existentes entre o que é ensinado nas escolas públicas e privadas, bem como o que cada ciclo escolar estava buscando atingir, assim como a dificuldade de certas regiões aplicarem conteúdos, aos quais neste caso, são únicos em âmbito nacional, o que dificulta os educadores em trabalharem a realidade do aluno, o Ministério da Educação, buscando unificar o currículo, lançou em 2017, um documento que regulamenta uma educação agregada, onde os conteúdos e as aptidões a serem atingidas pelos discentes sejam as mesmas, independente do tipo de escola que frequentem ou série que estudam. BRASIL,2017, p. A Base Nacional Comum Curricular visa à implantação de uma política articulada entre o governo federal e suas ramificações _ estaduais, regionais e municipais, de maneira a ofertar um mesmo objetivo de ensino a todas as crianças e jovens.

Essa implementação requer tempo e dedicação não só dos entes federativos, mas principalmente das escolas, das universidades, e principalmente dos professores. No entanto, é preciso frisar que sejam disponibilizados todo o suporte e mecanismos necessários à realização desta unificação, especialmente às escolas, que é onde realmente se concretiza o processo de ensino aprendizagem. É um caminho longo e desafiador, mas necessário para a conquista de um ensino mais igualitário e promissor as novas gerações. Esclarecendo equívocos oriundos da promessa de modernização das organizações através da adoção das tecnologias de informação e comunicação, Morais afirma que (2000, p. Lidar com a pluralidade é o grande desafio que se apresenta ao homem do futuro. As novas tecnologias da informação e da comunicação, se bem utilizadas, poderão auxiliar o cidadão deste novo milênio a encontrar os caminhos das novas relações interpessoais e novas relações com o conhecimento que a denominada era da informação exige de todos.

Os avanços tecnológicos estão presentes em toda a parte. Não há como ficar indiferente a isto, pois, está presente no dia-a-dia de todos os indivíduos, trazendo novas informações como uma nova forma de comunicação. Nesse sentido, aprender é reorganizar as estruturas do conhecimento, interagindo os estilos de pensamento e o saber realizarem, que ocorre em um processo dialógico intersubjetivo, subjetivo e também com o universo em que se encontram inseridas e contextualizadas. Assim, a Internet possui dimensões gigantescas e com grandes potencialidades e variedades, ocorrendo muitas vezes uma falta de estrutura, de orientação e de instrução para seus usuários. Assim, seu uso e desenvolvimento na educação promovem a interação do professor, computador e aluno, sendo possível verificar e organizar melhor este sistema, esclarecendo dúvidas e direcionando o aluno a pensar e a aprender a aprender.

Dessa forma, tendo a educação como elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado, o governo vem criando diversos projetos e estimulando parcerias que envolvem a informatização do ensino, a capacitação de docentes e a prática do ensino a distância. O MEC criou no dia 9 de abril de 1997, através da Portaria n. Sem ela, até mesmo as sociedades mais avançadas retornariam ao estado primitivo em pouco tempo. Ela oferece uma base de conhecimento para todas as pessoas. A educação reproduz a sociedade, pois, a contradição e o conflito não são tão manifestos na sociedade, porque a reprodução é dominante, observando-se que a educação acaba por fazer o que a classe dominante lhes pede.

Como a sociedade, a educação é um campo de luta entre várias tendências e grupos. Ela não pode fazer sozinha a transformação social, pois ela não se consolida e efetiva-se sem a participação da própria sociedade (GADOTTI, 1995). Essa nova forma de educar e, ao mesmo tempo, aprender a lidar com essas situações estão presentes no dia-a-dia de cada um. O educador tem que constatar que não pode ficar indiferente a esta situação, pois, ela está presente em toda a parte e em todas as áreas, podendo contribuir, e muito, para o ensino tanto dentro como fora da sala de aula (MORAES, 2000). Tanto o professor quanto o aluno tem apenas que saber usar as tecnologias, voltando-as para a educação, pois, elas não são nem a favor nem contra a educação, mas podem ser direcionadas para tal, trazendo inúmeros benefícios.

Ao fazer usos das tecnologias na educação, referindo-se a tudo que o homem já inventou até agora, ela não é apenas a informática, e sim todos os métodos e técnicas usados pelos seres humanos até hoje, os quais vêm contribuir para um desenvolvimento mais amplo da humanidade em suas potencialidades. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após esse breve panorama sobre a história da educação no Brasil, conclui que tal reflexão se faz pertinente e necessária para os indivíduos envolvidos no processo de ensino aprendizagem, desde daquela pessoa que recebe os alunos nos portões das escolas, passando por todo corpo de funcionários, apoio pedagógico, professo e alunos, não isentando deste grupo a sociedade como um todo, pois, esse estudo vem contribuir para a compreensão das coisas que acontecem atualmente no meio educacional.

O professor detém conhecimentos específicos, sendo totalmente pertinente que ele realize uma aula proveitosa para com os alunos, utilizando-se da tecnologia para deixar as aulas mais dinâmicas. As dificuldades de acesso e permanência no processo de escolarização se faz presente em todos os níveis de ensino, especialmente na educação superior. Antes, eram grandes as dificuldades para que o estudante pudesse integrar ao ensino superior, principalmente aqueles que moravam no interior, em razão do deslocamento das suas cidades. Hoje com a evolução da educação, os mesmos podem ingressar em uma faculdade facilmente, com aulas à distância, através da internet, ou cursos semipresenciais. Segundo dados do site Brasil Escola, o Brasil ocupa o 53. Disponível em: http://www. unisalesiano. edu. br/biblioteca/monografias/47650.

pdf. ed. Brasília: UnB, 1963. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Congresso. Brasília, DF, 2010. Disponível em: http://portal. mec. gov. br/ dmdocuments/rceb007_10. Base Nacional Comum Curricular – Documento final. MEC. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec. mec. gov. br/index. php?option=com_docman&view=download&alias=79611-anexo-texto-bncc-aprovado-em-15-12-17-pdf&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 08 Set. Secretaria de Educação Básica. Manual do secretário escolar. Fortaleza: SEDUC, 104p, 2005. Disponivel em: https://www. cee. São Carlos: EdUFSCar, 2010. FERNANDES, F. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dominus Editora, 1966. FREIRE, P, Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas a outros escritos. organizador). Pedagogia Cidadã. Cadernos de Formação. História da Educação. PROGRAD/UNESP- p. São Paulo: Cortez, 1991.

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