A APLICAÇÃO DA ÉTICA AMBIENTAL NO AMBIENTE ESCOLAR

Atualmente nas escolas, a Educação Ambiental deverá estar presente em todos os níveis de ensino, como tema transversal, sem constituir disciplina específica, como uma prática educativa integrada, envolvendo todos os professores, que deverão ser treinados para incluir o tema nos diversos assuntos tratados em sala de aula. Outrossim, os resultados práticos relativos ao tema mostram uma educação brasileira que engatinha nos calcanhares da educação ambiental, e seu desenvolvimento apresenta falhas, embora a pesquisa e a disseminação de seus métodos e implicações positivas quanto a influência positiva na sociedade e na formação dos educandos estejam em alto nível de crescimento, atraindo cada vez mais adeptos para sua prática. Palavras-chave: Ética. Educação Ambiental. Ecossistemas. Tudo sobre educação ambiental deve ser revisto.

A partir de um cenário realista onde não há um planejamento com ações e projetos embasados legalmente para serem aplicados e desenvolvidos nas escolas do país, desde a educação básica como prevê o MEC, sendo uma obrigatoriedade. Os objetivos da educação ambiental propostos pela conferência de Tbilisi (1977) e que se mantêm até hoje são: consciência, conhecimento, comportamento, habilidades e participação. A educação ambiental passou a fazer parte da Política Ambiental brasileira com a criação de um programa específico para tratar das questões ambientais e ecossistemas no território nacional, chamado PRONEA (Programa Nacional de Educação Ambiental). De caráter prioritário e permanente, adota como eixo orientador a perspectiva da sustentabilidade ambiental na construção de um país democrático.

Dentro de sua filosofia, agir com ética é fundamental para alcançar a felicidade, tanto a individual quanto a coletiva. A felicidade à qual o filósofo se refere não tem a ver com paixões, riquezas, prazeres ou honrarias, mas sim com uma vida de virtudes, sem pender para nenhum dos extremos. No livro “Ética a Nicômaco”, exerceu grande papel na história da filosofia, pois foi o primeiro tratado escrito a respeito da ação do ser humano em sociedade e ao longo da história da humanidade. Na Idade Média, a ética tomou outro rumo devido à grande influência da religiosidade da época e dos costumes tanto cristãos quanto islâmicos. Assim, a ética já não era mais a eudemonia, ou seja, a busca pela felicidade, mas sim a interpretação de preceitos e mandamentos da religião.

Em ato contínuo, criaram-se no Poder Executivo duas comissões voltadas ao tratamento da Educação Ambiental no país, quais sejam, o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental do MEC e a Divisão de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Apenas em 1994, com a pressão dos ambientalistas, criou-se o Ministério do Meio Ambiente (MMA), bem como, através do IBAMA, institucionalizaram-se os Núcleos de Educação Ambiental em âmbito estadual, a fim de padronizar a Educação Ambiental em todo o país. Ainda durante a Rio 92, cuja participação do Ministério da Educação foi notável a ponto de produzirem a “Carta Brasileira para Educação Ambiental”, que esta área passou a ser reconhecida como parte curricular da Educação Nacional, embora sua prática possa ser questionada em questão de eficiência.

Para que seja possível esse comportamento, infelizmente ainda não praticado por toda população, é de suma importância a participação da escola, que existe para sistematizar os ensinamentos, inclusive os de comportamento e ética para aplicá-los junto à educação ambiental. Que devido ao tamanho do nosso país e a não fiscalização das políticas públicas em relação ao meio ambiente, ainda se apresenta de forma deficiente e ineficaz em todo contexto, de informar, manter e preservar nossos ecossistemas. Foi escritor, acadêmico, filósofo e cientista. Publicou inúmeros estudos e artigos sobre a conservação da natureza. Mas foi com a obra denominada A Sand County Almanac, que lançou as bases da Ética Ambiental, principalmente com o texto The land ethic (A ética da terra).

Aldo Leopold faleceu em 1948, um ano antes da publicação de sua grande obra. Aldo Leopold escreveu: Outro estudioso e filósofo de grande significado para a Ética Ambiental foi o alemão Hans Jonas, nascido na década de 20 e morto em 1993. É essencial que as regras criadas sejam impositivas, obrigatórias e eficazes. Atualmente a organização dos nossos valores é pautada numa ética Antropocêntrica, ou seja, ela orienta nossa perspectiva de mundo. O homem resiste à ideia de que para garantir a sobrevivência da espécie, precisa mudar radicalmente sua relação com o meio ambiente. Cada um de nós é parte integrante do contexto, e para tanto é necessário que possua racionalidade, por mais simples que seja, sua formação cultural e social, da sua importância nesse mundo e de suas responsabilidades na preservação das espécies e ecossistemas.

Tornando sustentável nosso meio ambiente. Ecossistema Ecossistema é um termo cunhado pelas ciências biológicas que se refere ao agrupamento de seres e componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (fatores químicos, físicos e geológicos) formadores da comunidade de determinada região. Já comunidade será o conjunto de populações que habitam a área. Existem ainda os ecossistemas aquáticos e terrestres, formadores da biosfera. Um ecossistema é um complexo esquema, significa onde se vive, o conjunto de características físicas, químicas e biológicas que influenciam a existência de uma espécie animal ou vegetal. É uma unidade natural constituída de parte não viva (água, gases atmosféricos, sai minerais e radiação solar) e de parcela viva (plantas e animais, incluindo os microrganismos) que interagem ou se relacionam entre si, formando um sistema estável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Depois de explicitados todos os aspectos relativos a formação conceitual e à aplicação consciente da ética ambiental no ambiente escolar, podemos chegar ao consenso de que a mesma é a mais adequada para atingir um dos problemas mais graves e importantes para as gerações futuras, a preocupação com o meio ambiente, o uso sem responsabilidade dos recursos naturais, a falta de informações e conscientização dos educadores quanto das famílias e seu despreparo para transmitir nas escolas brasileiras, métodos de ensino, capazes de promover um real interesse pela educação ambiental, promovida com ética como assim prevê a PNEA. Outrossim, das premissas básicas da ética ambiental, as atitudes dos homens devem ser medidas de acordo com a relação que estabelece consigo, com seus iguais e com todos os seres vivos, sem nenhuma hierarquia.

A importância latente de abordar-se o tema da educação ambiental e sua complexidade e repercussões são oriundas da percepção sobre o processo de reflexão acerca das práticas existentes e das múltiplas possibilidades de, levando-se o educando a encarar a realidade de modo complexo, definindo-a como uma nova racionalidade e um espaço onde articulam-se natureza, técnica e cultura. Ocasionar a reflexão sobre a complexidade do ensino da educação ambiental abre oportunidade única e estimulante de compreensão e gestação de novos cidadãos, que mobilizar-se-ão para a recuperação, cuidado e prevenção da natureza, para criar um processo educativo articulado e compromissado com a sustentabilidade. Visando sempre a união da comunidade (escolar e social) a fim de aumentar a participação, apoiada em uma lógica que visa o diálogo e a interdisciplinaridade, bem como questiona os valores norteadores das práticas sociais e educacionais atuais, trazendo mudanças em seu desenvolvimento.

Rio de Janeiro: Quartet, 2007. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Educação Ambiental no Brasil. Salto para o Futuro. Brasília, XVIII Boletim 1 março, 2008; BRASIL. Educação ambiental: princípios e práticas. Gaia/Global, 1993; Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo, Cortez, 2ª. ed. FERRY. org. Lei 9. – Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília: MMa, 1999; KINLAW, Dennis C. Empresa competitiva e ecológica: desempenho sustentado na era ambiental; tradução Lenke Peres Alves de Araújo; revisão técnica Heitor José Pereira. O que é educação ambiental. Cortez, São Paulo, 1994. SANTOS, B. S. RUSSELL, Bertrand (1956).