Educação Inclusiva: Autistas na Sociedade

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Foi possível analisar que a escola tem papel primordial na construção do sujeito, tendo como responsabilidade inserir todos em seu espaço, o que facilita a inserção em outros espaços da comunidade. Os aspectos ressaltados no trabalho levam os cidadãos a repensarem sobre os reais significados da inclusão e da necessidade urgente que as políticas públicas assumam a responsabilidade sobre a formação da comunidade, como instrumento principal em favor dos autistas. Palavras Chaves: Autismo. Inclusão. Comunidade. Os objetivos específicos são: descrever a necessidade de inclusão de pessoas autistas, verificar as dificuldades enfrentadas pela comunidade para contribuir com o desenvolvimento dos autistas e descrever as características do autismo. A escolha da temática deu-se pela necessidade de aprofundar conhecimentos sobre o assunto, oferecendo-lhes base para o convívio em sociedade, já que o ser humano é um ser social, e viver em sociedade é essencial para a realização pessoal e a felicidade.

Nesse sentido, a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista é fundamental para a manutenção do bem estar social. Desta forma, surgiram as seguintes indagações: quais os obstáculos que a comunidade tem para integrar pessoas com TEA em seus espaços? Como acontece e quais benefícios da inclusão dos autistas? Como se pode contribuir com essa inclusão? Esta perspectiva reafirma a necessidade de que todos compreendam e aceitem a diversidade humana, permitindo-lhes contribuir para a criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Assim, se faz importante evidenciar que a inclusão de pessoas com TEA proporciona benefícios nas diversas áreas, assim como se faz necessário analisar quais os direitos garantidos por lei aos autistas. Mais tarde o conceito se torna mais abrangente: A questão da dificuldade das crianças que observava em fixar o olhar durante situações sociais, mas também fez ressalvas quanto a presença de olhar periférico breve; chamou a atenção para as peculiaridades dos gestos – carentes de significados e caracterizados por estereotipias – e da fala, a qual podia apresentar-se sem problemas de gramática e com vocabulário variado, porém monótona (BOSA, 2002, p.

Bosa (2002), salienta que não havia sido ressaltado anteriormente o retraimento social, somente a forma ingênua de aproximação social, salientou também a extrema dificuldade em constatar o TEA nas crianças de até três anos de idade, por parte dos pais, devido ao relacionamento interpessoal e na comunicação. Segundo Silva (2012), uma criança que possui transtorno do Espectro Autista é possuir um transtorno global do desenvolvimento infantil que aparece antes de 3 anos de idade e persiste ao longo da vida, que se caracteriza por um grupo de sintomas que afetam as áreas de socialização, comunicação e comportamento, dentre essas áreas mencionadas, a que é mais afetada é a social. Uma criança com TEA é pura, neutra, magnífica e única em seu próprio modo de ser, apesar de existirem milhões de mundos a serem descobertos dentro dela, ainda que se exista diversos estereótipos sobre essas crianças, conhecê-las na íntegra é a oportunidade de se conhecer o mundo com outros olhos, pelos olhos dessas crianças.

Sendo o lado social o mais afetado, é ponto característico desde os primeiro casos encontrados de TEA. Sendo eles os transtornos de Rett e Aspeger, o transtorno desintegrativo da infância e o transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação. Abaixo se encontra um quadro que melhor exemplifica as principais características desses transtornos. QUADRO 1 - CARACTERÍSTICAS DOS TRANSTORNOS INVASIVOS Transtorno de Rett  Apenas no sexo feminino  Desenvolvimento progressivo de múltiplos déficits específicos após um período de funcionamento normal durante os primeiros meses de vida.  Perdas das habilidades voluntárias com as mãos (adquiridos durante os cinco primeiros meses de vida), com desenvolvimento de movimentos estereotipadas, semelhante a lavar e torcer as mãos.  Problemas de coordenação na marcha e nos movimentos do tronco.

 Regressão em múltiplas áreas do funcionamento, após um período de desenvolvimento aparentemente normal (interação social, comunicação e do comportamento).  Irritabilidade, ansiedade e hiperatividade.  Perda do controle intestinal ou vesical.  Está associado com retardo mental severo.  Sinais neurológicos inespecíficos, incluindo transtorno convulsivo. Além disso, a criança podia não apresentar mudanças em sua expressão facial ou posição corporal quando os pais voltavam para casa, se aproximavam e falavam com ela. A maior parte desses sinais precocíssimos era identificada retrospectivamente, de modo que os problemas na aquisição da fala costumavam ser os primeiros sinais inequívocos de que algo estava errado. As crianças também tinham dificuldades em generalizar conceitos, tendendo a usá-los de modo literal e associados ao contexto no qual foram ouvidos pela primeira vez.

Mudanças – fossem de residência, nos trajetos a serem percorridos, na sequência de ações cotidianas ou na posição dos objetos da casa– provocavam-lhes crises de ansiedade e desespero. Não olhavam os outros no rosto, não se interessavam pelo que os adultos conversavam e se eram por eles interpeladas, elas não respondiam, a não ser que se insistisse muito. Silva, Gaiato e Reveles (2012), discorrem que na época, os estudos de Kanner e Asperger eram tudo o que se sabia sobre o autismo, e só em 1960 surgiua psiquiatra Lorna Wing, mãe de uma menina autista, que começou a escrever e publicar trabalhos relacionados ao tema, contribuindo com a importância do mesmo. Nesta época o autismo ainda é classificado como uma forma de psicose infantil, isso começou a mudar em 1980, quando passou-se a receber diagnóstico adequado e classificado como uma síndrome, em vez de uma psicose.

A classificação dos transtornos mentais em psiquiatria continuou sendo um desafio desde o seu início em 1798, não só pelas histórias, mas também pelo movimento político que desempenhou um papel no seu desenvolvimento. O professor German E. Berrios enfatiza que, a partir do século XIX, as ideias de classificação psiquiátrica podem ser agrupadas: De acordo com o critério de elas assumirem ou não que os princípios da classificação ´científica´ são universais e 1) se aplicam à psiquiatria diretamente; 2) se aplicam à psiquiatria guardadas proporções; 3) eles são em absoluto aplicáveis. Nesse mesmo ano, surge o DSM-I. É uma coincidência, mas há relação entre a importância crescente dos tratamentos psicofarmacológicos e o sistema classificatório dos sucessivos DSMs (IZAGUIRRE, 2011, p.

A Educação Inclusiva de crianças com Autismo De acordo com Ielo (2014), a participação de todos os indivíduos em um processo de interação, linguagem e participação social, constitui a inclusão, mesmo que essa palavra denote muitos significados, em seu primeiro contexto, a inclusão é relativamente nova, tendo sido ouvida pela primeira vez — no Brasil — em meados da década de 1990, no entanto, em seu sentido amplo, muitas vezes é confundido com integração; no entanto, enquanto a integração prioriza os direitos das pessoas com deficiência, buscando o envolvimento parcial e condicional dessas pessoas, na inclusão há o direito de todos serem incluídos ou envolvidos, sem condições ou limitações. Toda inclusão é um procedimento que socializa, interage e desenvolve todas as habilidades do indivíduo, respeitando suas características únicas.

A inclusão não somente é bem vista, mas como também é essencial, segundo a Declaração de Salamanca: Inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo e exercício dos direitos humanos. BRASIL, 2014, p 1) O processo de inserção de alunos com TEA nas salas de aula cria uma mudança de paradigma para as escolas tradicionais e conservadoras. Segundo Ropoli: A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas. Para haver inclusão é necessário que haja aprendizagem, e isso traz a necessidade de rever os nossos conceitos sobre currículo.

Este não pode se resumir às experiências acadêmicas, mas se ampliar para todas as experiências que favoreçam o desenvolvimento dos alunos normais ou especiais. Sendo assim, as atividades de vida diária podem se constituir em currículo e em alguns casos, talvez sejam “os conteúdos” que serão ensinados (ROPOLI, 2010, p. É preciso repensar a forma de viver na comunidade, a fim de que esta seja capaz de trabalhar em diferentes situações e possa assumir um papel chave nos programas de necessidades educativas de inclusão. Práticas de respeito e diversidade devem ser desenvolvidas por toda a comunidade. REFERÊNCIAS BERRIOS, German E. Psiquiatria, História e Arte. Classificações em psiquiatria: uma história conceitual. R. Baptista, & C. Bosa, (Eds. Autismo e educação: Reflexões e propostas de intervenção (pp.

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