Risco e mercado de capitais na atualidade
Tipo de documento:Pré-projeto
Área de estudo:Administração
A informação 6 4. O risco 8 5. Conclusão 9 6. Referências bibliográficas 10 1. Introdução O mercado de capitais surge como uma alternativa para a captação de recursos pelas empresas. O mercado de crédito é o sistema em que as necessidades de crédito de curto e médio prazo dos agentes econômicos são atendidas, por meio das operações de tomada e concessão de empréstimos. O mercado cambial, por sua vez, se caracteriza pelas operações de compra e venda de moedas estrangeiras. Por fim, o mercado de capitais, tema central desse trabalho, pode ser definido como o mecanismo de distribuição de valores mobiliários, que tem a finalidade de gerar liquidez aos títulos emitidos pelas empresas e de viabilizar o processo de capitalização (SANTOS, 2001).
O mercado de capitais é, portanto, uma segmentação do mercado financeiro. Mais precisamente, é o segmento que atende às necessidades dos agentes econômicos produtivos, em termos de financiamentos de médio e longo prazo. • Bônus de subscrição: títulos adquiridos pelo investidor que concedem a ele o direito de subscrever uma nova ação dentro de um determinado prazo, mediante a condição de que assuma o valor complementar entre o valor pago pelo bônus e o da ação. • Commercial papers: títulos privados e de curto prazo, que representam dívidas ou direitos de recebimento. • Debêntures: títulos de dívida de médio ou longo prazos, emitidos por sociedades anônimas, por meio dos quais os investidores obtém direito de crédito contra as empresas.
• Letras financeiras: títulos de crédito emitidos exclusivamente por instituições financeiras, caracterizados por um alto investimento inicial e pela captação de médio e longo prazo. Há duas classificações para o mercado de capitais: mercado primário e mercado secundário. Em ambos os mercados, a movimentação de ativos mobiliários, desde a sua divulgação até as posteriores transferências entre investidores, dependem de dois elementos específicos: a informação e o risco. Estes são inerentes a qualquer operação dentro do mercado de capitais, uma vez que atuam sobre as expectativas dos agentes econômicos, moldando as tomadas de decisão. Diante da importância de tais elementos, os tópicos seguintes são destinados a abordar a relação que se estabelece entre eles e o funcionamento do mercado.
A informação O advento da globalização fez dos mercados financeiros, e especialmente do mercado de capitais, uma plataforma onde se transaciona acima de tudo informação. Diante das constantes inovações tecnológicas e da evolução dos meios de comunicação, as empresas se veem hoje inseridas em um cenário em que as informações se espalham com extrema rapidez e têm alcance global. Os investidores, em seus processos de deliberação e decisão sobre a alocação dos seus recursos, têm sempre em vista os seguintes aspectos: o capital disponível, o custo do capital, o risco, a rentabilidade e o prazo de retorno. Esses princípios afetam a esfera dos investimentos, não só no que refere ao total de investimentos no mercado, mas também no que tange aos retornos sobre a aplicações.
Isso porque a interpretação das informações obtidas, aliada ao grau de propensão ao risco dos investidores, tem implicações diretas sobre o próprio retorno do capital investido, uma vez que esses fatores determinam os tipos de ativos mobiliários que serão adquiridos pelo investidor, bem como a porcentagem do capital disponível que vai ser alocado em cada um deles (FERREIRA, 2016). Os investidores, utilizando de sua racionalidade, são capazes de criar carteiras de investimento eficientes, nas quais reúne-se um conjunto de ativos diversificados em prol da maximização do retorno esperado diante de um determinado risco assumido. Nem sempre, entretanto, eles se valem da racionalidade pura nas avaliações, o que se explica pelo paradigma da racionalidade do investidor, estudado no campo das finanças comportamentais (REIS, 2012).
Ao reconhecer que o componente risco está sempre presente tanto em um como no outro, é possível traçar um paralelo entre os dois ambientes no que diz respeito a estratégias de investimento: trata-se da noção de que a alocação eficiente de recursos, seja o capital ou as fichas, depende da capacidade do agente de gerir corretamente a porcentagem de suas posses a ser colocada em jogo. Nesse sentido, pode-se dizer que investimentos de risco elevados não são necessariamente ruins, mesmo que as chances de se obter retornos positivos sejam mínimas. Isso porque, se forem dosados corretamente e realizados na frequência correta, não comprometerão o montante de capital disponível dos investidores e eventualmente incorrerão lucros extraordinários que tendem a superar o total investido ao longo do tempo.
De modo geral, essa analogia faz referência à ideia de que o risco, isoladamente, não constitui elemento concreto o suficiente para influenciar efetivamente as tomadas de decisão. É importante que se tenha informações que permitam avaliar o risco, mas a sua validade depende da contraposição a outro elemento: o retorno. Porém, como a posse de informações atribui coerência às tomadas de decisão, é possível afirmar que, se comparados os resultados de mil investidores bem informados com os de mil investidores que não detém informações, os primeiros se sairão consideravelmente melhor. Referências Bibliográficas CARVALHO, Nelson; GOULART, André M. C. Evidenciação contábil do risco de mercado por instituições financeiras no Brasil. Revista de Contabilidade, Gestão e Governança, Brasília, vol.
Efficient Capital Markets Hypothesis: A Review of Theory and Empirical Work. The Journal of Finance, Vol. Nº 2, 1970. FERREIRA, Carla. A importância do dever de informação no Mercado dos Valores Mobiliários. Poker e Bolsa, o que os une?. Disponível em: <https://www. jornaldenegocios. pt/opiniao/detalhe/poker_e_bolsa_o_que_os_une> Acesso em: 01 de dez. PINHEIRO, Juliano Lima. Acesso em: 28 dez. SANTOS, Josué V. Mercado de Capitais. Revista de Contabilidade do Mestrado de Ciências Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro, vol. n.
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