Os Benefícios da Música na Arteterapia como Importante Instrumento no Trabalho do Psicólogo
Tipo de documento:Monografia
Área de estudo:Psicologia
O Musicoterapêuta deve aplicar técnicas com embasamento e comprovação científica em seus pacientes/clientes, que podem ser trabalhados de forma individual ou em grupos, de forma que pode promover relaxamento, expressão, aprendizagem, coordenação motora, entre outras funções. A Musicoterapia é internacionalmente reconhecida como parte da Terapia Integrativa e Complementar no âmbito da saúde e apenas recentemente foi reconhecida como profissão no Brasil, sendo devidamente registrada de acordo com o Ministério do Trabalho. Entretanto, infelizmente ainda é muito pouco difundida entre os profissionais da saúde e pacientes. Desta forma, através deste trabalho, serão utilizados dados científicos disponíveis na literatura de forma a valorizar a importância da Arteterapia no tratamento e na prevenção de doenças psíquicas na visão da Psicologia, visando a ampliação da divulgação desta área como importante ferramenta de trabalho para esta classe profissional.
Sumário INTRODUÇÃO 6 JUSTIFICATIVA 9 OBJETIVOS 10 DESENVOLVIMENTO 11 4. INTRODUÇÃO A arte com foco terapêutico teve grande avanço no Brasil nos últimos anos, embora ainda constitua uma parte muito pequena das abordagens terapêuticas. A Arteterapia é uma área de especialização da área da saúde que, segundo a União Brasileira de Associações de Arteterapia, engloba recursos artísticos com finalidade terapêutica, utilizando-se de linguagem artística entre cliente e profissional como principal forma de contato. Esta prática pode ser realizada por diversos profissionais da área da saúde como Psicólogos, Enfermeiros ou Fisioterapeutas. As principais intervenções terapêuticas utilizadas na Arteterapia são o desenho, a pintura, a música, a poesia, a dramatização e a dança. Essas intervenções podem ser realizadas com os intuitos de reabilitação, prevenção ou tratamento de alguma enfermidade ou condição genética inata.
De acordo com a estimativa do Ministério de Saúde, estas práticas devem atender a cerca de 5 milhões de pessoas por ano, o que representa um número ainda muito baixo, visto que o país possui mais de 211 milhões de pessoas (IBGE, 2020). Dentre os números apresentados acima, a grande maioria trata-se de tratamentos relacionados à medicina oriental, como a acupuntura, sendo a Arteterapia representada por um número significativamente inferior. Partindo deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo ressaltar a importância da arteterapia focada na musicoterapia como ferramenta de trabalho para o psicólogo, mostrando através de embasamento científico, os benefícios comprovados desta área de atuação na promoção da saúde de diversos pacientes em diferentes cenários. JUSTIFICATIVA A musicoterapia já possui efetividade terapêutica comprovada no tratamento de diversos distúrbios neurológicos e psíquicos, como a depressão, a esquizofrenia, entre outros.
Desta forma, através deste trabalho, serão utilizados dados científicos disponíveis na literatura de forma a valorizar a importância da arteterapia no tratamento e na prevenção de doenças psíquicas na visão da Psicologia, visando a ampliação da divulgação desta área como importante ferramenta de trabalho. O arteterapêuta pode optar pelo uso de qualquer uma das formas de linguagem artística nos atendimentos dos pacientes desde que esteja capacitado para tal, porém, é importante ter em mente que cada material ou abordagem escolhida apresenta um objetivo terapêutico diferente do outro, e deve ser escolhido de acordo com o que é necessário ser trabalhado com cada indivíduo. Os tópicos a seguir abordam algumas das principais manifestações artísticas utilizadas.
Música A música está relacionada a muitos momentos em nossa vida e altamente presente em nosso cotidiano, trazendo lembranças, alegrias, tristezas, entre outros, portanto, dentro do ramo da Arteterapia, representa uma das principais manifestações artísticas utilizadas, e é responsável por desempenhar um papel muito importante na vida de cada um dos indivíduos, mesmo que com diferentes intensidades. O processo musical pode ser capaz de resgatar um potencial criativo de forma leve e espontânea, deixando que a inspiração surja de dentro para fora naturalmente ou por meio de estímulos. A comunicação transmitida através da música pode ser estabelecida de diversas maneiras, gerando novas possibilidades, como a comunicação não verbal, que pode ser uma forma de contato profundo que muitas vezes não aconteceria na comunicação verbal.
Além disso, apenas em 2013, foi realizada a inscrição da profissão de Musicoterapêuta no Ministério do Trabalho, na Classificação Brasileira de Ocupações (sob o código de registro CBO 2263-05). Musicoterapia no corpo humano Um estudo publicado em 2019, mostrou que os cérebros do paciente e do terapeuta podem estar sincronizados durante a sessão de Musicoterapia. Este resultado foi possível através de uma tecnologia de 'hiper escaneamento', em que o aparelho é capaz de monitorar a atividade de dois cérebros ao mesmo tempo. Durante a sessão, músicas clássicas foram tocadas enquanto o paciente falava sobre uma doença séria na família. Ambos paciente e terapeuta estavam utilizando sensores ligados a um eletroencefalograma que capturava os sinais do cérebro de cada um deles.
Desta forma, como resultado, a música também pode ser uma substituta para outros suplementos, como por exemplo, para ajudar fumantes a pararem de fumar, uma vez que tanto o cigarro quanto a música estimulam os mesmos receptores dopaminérgicos. O estudo de Conrad e colaboradores (2007), mostraram que pacientes muito críticos que ouvem às sonatas de Mozart possuem níveis mais elevados de hormônio do crescimento e diminuição de interleucinas 6 (IL); Ou seja, a música pode indiretamente aumentar a síntese protéica celular e pode também resultar em menor utilização de glicose pelas células para produção de energia, devido ao aumento do hormônio do crescimento; Assim como pode, consequentemente, diminuir a inflamação no corpo, devido à diminuição das IL-6.
Musicoterapia como ferramenta de trabalho do Psicólogo O Psicólogo profissional de Musicoterapia deve trabalhar baseando-se em quatro diferentes metodologias, como a audição musical, a performance musical, a composição musical e a improvisação musical. Para isso, são utilizados recursos e elementos musicais de forma a desenvolver a musicalidade de cada paciente seguindo diferentes padrões de acordo com a necessidade ou idade de cada indivíduo (BRUSCIA, 2016). A formação do Musicoterapeuta deve embasar-se em três pilares, como: possuir formação específica em Musicoterapia, podendo ela ser graduação ou pós graduação; possuir algum tipo de formação musical, assim como possuir formação ou experiência clínica. A Musicoterapia também pode apresentar resultados positivos no tratamento do estresse. Um estudo realizado com profissionais de saúde no Rio de Janeiro publicado no ano de 2013, mostrou que houve redução de 60%, estatisticamente significativa, no nível de estresse dos participantes quando comparados momentos antes e após 12 sessões de Musicoterapia de 50 minutos cada realizadas em um período de 3 meses (TAETS et al.
Um estudo francês realizado com 34 pacientes hospitalizados com traumatismo craniano, teve como objetivo estudar os benefícios da Musicoterapia neste cenário, avaliando o humor, ansiedade e depressão. As sessões foram realizadas de forma semanal de 1 hora cada durante um período de 20 semanas. Cada sessão foi dividida em duas sessões de 30 minutos, sendo um período para escutar a música (terapia receptiva) e o outro para tocar um instrumento (terapia ativa). Em pacientes adultos, a Musicoterapia pode auxiliar na reabilitação de alguma habilidade perdida ou capacidade motora devido a algum acidente, por exemplo. Este cenário também pode ser aplicável a idosos, relacionado ao fator de senescência. A criatividade que se encontra em manifestações artísticas é necessária à sobrevivência humana, principalmente para a sanidade mental.
O processo criativo com objetivo de terapia promove o bem-estar dos pacientes ao mesmo tempo que possibilita que o terapeuta possa desconstruir emoções, situações, sentimentos, conteúdos sombrios e reconstruir diferentes experiências vividas pelos pacientes, desta forma, permitindo que o profissional aponte novos caminhos e possíveis soluções. Esta abordagem envolve um processo de emoção transformadora e reveladora de autoconhecimento e de externalização do sentimento. Terapias expressivas. São Paulo: Vetor, 2000. BRUSCIA, K. Definindo Musicoterapia. Dallas, EUA: Barcelona Publishers, 2016. Disponível em: <http://www. wfmt. info/WFMT/President_presents. files/President%20presents. pdf>. CD004381. DOI: 10. CD004381. pub3. GUÉTIN S, SOUA B, VOIRIOT G, et al. Molecular Cell Biology. a Ed. Nova Iorque, NI: W. H. Freeman and Company; 2000. MOLNAR-SZAKACS I, HEATON P. Music: a unique window into the world of autismo.
Anais da New York Academy of Sciences. OLIVEIRA SR. A potência simbólica e expressiva da pintura na Arteterapia. Acesso em 02 de Maio de 2020. PONTIERI F, TANDA G, ORZI F, Di CHIARA G. Effects of nicotine on the nucleus accumbens and similarity to those of addictive drugs. Nature. REIS, A. Entrevista com Nise da Silveira. Psicologia: Ciência e Profissão. SIHVONEN AJ, SARKAMO T, LEO V, et al. Music-based interventions in neurological rehabilitation. The Lancet Neurology. enferm. Brasília. UNIÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE ARTETERAPIA (UBAAT). Disponível em: <https://www. ubaatbrasil.
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