O MARKETING POLÍTICO NA ERA DIGITAL
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Marketing
Desta forma, concluiu-se que o desenvolvimento tecnológico e as redes sociais contribuem com a volatilidade do eleitor e, portanto, o monitoramento constante, por meio de pesquisas e estudos como este, é relevante e necessário para a compreensão da sociedade como um todo. Palavras-chave: Marketing político. Era digital. Tecnologia. Internet. Algumas das hipóteses são de que a internet proporcionou novas formas de se relacionar socialmente e aproximou o candidato do eleitor, aumentando a empatia entre os dois; ao mesmo tempo, a internet democratizou a informação, dificultando as campanhas enganosas; por outro lado, pode também ter potencializado a divulgação de campanhas enganosas, já que não há um órgão fiscalizador; de qualquer forma, o consumidor hoje está disponível para receber informação o tempo todo, com novos pontos de contato das campanhas eleitorais.
A evolução tecnológica, aliada às novas mídias digitais, são parte do cenário em que o eleitor está cada vez mais informado, exigente e empoderado para escolher seu candidato. De acordo com dados do estudo Target Group Index, da Kantar IBOPE Media, o uso da internet, em 10 anos, aumentou 50 pontos percentuais, por jovens brasileiros, nas principais regiões metropolitanas. Entre eles, 93% costuma acessar redes sociais. Vale destacar que 17% desses jovens possuem um tablet em sua casa, 47% tem smartphone e 61% usam mais de um meio simultaneamente. Como resultado esperado, as mídias digitais estão muito presentes no dia-a-dia dos eleitores e são de extrema importância no momento do planejamento de uma campanha eleitoral. A era digital 2. Tecnologia e redes sociais A evolução da tecnologia não alterou o fluxo da decisão do eleitor necessariamente, mas o uso da mesma pode influenciar em diferentes estágios, principalmente àqueles que envolvem mídias.
Para melhor compreender essa relação, é necessário entender o ecossistema da mídia, bem como a influência da tecnologia em seu funcionamento. No ecossistema midiático, a televisão é fundamental no Brasil, em que a TV aberta alcançava 96% e acumulava 53% da compra de anúncios publicitários em 2013, segundo dados da Kantar IBOPE Media. Já as campanhas feitas para revistas são mais segmentadas, uma vez que cada publicação tem um público bem direcionado e a qualidade da impressão é melhor. Em dez anos, a internet cresceu 135% nas principais regiões metropolitanas do Brasil, como afirmam os dados do estudo Target Group Index da Kantar IBOPE Media, e hoje já cobre 61% das pessoas nessas regiões. Vale destacar que a internet não é necessariamente um meio para competir com os outros, mas sim uma plataforma de ampliação, adaptação e complemento dos outros meios.
Com a internet 2. as barreiras entre produtores e seus consumidores de conteúdo foram quebradas, o que transformou a cadeia de comunicação, de forma que a presença digital se tornou uma obrigação nos dias de hoje, tanto para a mídia quanto para os anunciantes. De acordo com Lecinski (2011), essa expressão se refere ao “momento quando você pega seu laptop, celular ou algum outro dispositivo conectado à Internet e começa a se informar sobre um produto ou serviço (ou namorado) que você está pensando em experimentar ou comprar. Isso pode acontecer também com um candidato, isso pode ocorrer em diferentes fases do processo de escolha, como na busca, na avaliação das alternativas e no debate político nas redes sociais. A respeito desta última fase, segundo ISAACS (2008) “O impulso de compartilhar informações produz maior confiança comunitária e, com isso, uma rede de recomendações [.
Desse modo, o marketing do boca-a-boca ganha importância crescente. A análise dessas redes sociais passa a ser uma ferramenta importante para o marketing político, uma vez que o que é diferencial nos sites de redes sociais é que eles são capazes de construir e facilitar a emergência de tipos de capital social que não são facilmente acessíveis aos atores sociais no espaço off-line. Figura 4: Importância do Smartphone Em relação a novas mídias, as redes sociais são unânimes: todos os entrevistados acessam o Facebook. A segunda rede mais acessada é o Instagram (70%) e a terceira, Google+ (28%). Figura 5: Redes Sociais acessadas Entre esses usuários das redes sociais, dois terços costumam acessá-las mais do que cinco vezes ao dia. As principais atividades são relacionadas à interação, como o hábito de visualizar as atualizações de outros usuários e publicar conteúdo.
Vale ressaltar que cerca de três quartos utilizam as mídias sociais para pesquisa de informações e metade segue páginas no Facebook. O fator crucial é o tempo. MUNIZ, 2005) Após esclarecidos os conceitos, serão abordados ambos os casos, marketing político e eleitoral, uma vez que para colocar em prática o marketing político, de longo prazo, é necessário se utilizar do eleitoral a curto prazo. Entretanto, essa relação é mais complexa e envolve outros fatores. Quando analisado do ponto de vista científico, o marketing político configura-se como uma atividade multidisciplinar. Ele tem interfaces com a administração, quando procura sistematizar e hierarquizar procedimentos a serem adotados por candidatos e/ou partidos [. A opinião pública forma-se e conforma-se na leitura dos fragmentos de fatos e versões construídos a partir de narrativas jornalísticas.
Mediada por múltiplas fontes e veículos, a mensagem é plena de sentidos, cuja interpretação depende da percepção e do processo de produção da informação De acordo com dados do estudo Digital News Report, da Reuters (2017), 60% dos brasileiros confiam nas notícias, média bem acima dos 36 países pesquisados (47%), atrás apenas da Finlândia (Figura 9). Vale ressaltar que 78% dos brasileiros acompanham notícias pela televisão, 37% pela mídia impressa, 33% pelo rádio e 90% por alguma mídia on-line. A mídia social é usada por dois terços da população para este fim. Figura 9: Confiança em notícias na mídia Fonte: Digital News Report, Reuters Institute (2017) Com esse alto alcance, as novas mídias digitais podem ter influenciado em diversas etapas no modelo de comunicação eleitoral tradicional apresentado anteriormente, assim como na linguagem e estratégia utilizadas atualmente.
no que se refere a convocar e pressupor a participação dos internautas na produção dos conteúdos e nos procedimentos de difusão viral de informações e de mobilização. As redes sociais são os principais veículos utilizados para a difusão viral de informações. Como citado anteriormente, segundo estudo da Reuters Institute (2017), 66% dos brasileiros usam as mídias sociais para acompanhar notícias. As principais são Facebook (57%) e WhatsApp (46%), como demonstra a Figura 10. Figura 10: Principais redes sociais utilizadas para acompanhar notícias Fonte: Reuters Institute (2017) O estudo da Reuters Institute (2017) também analisou a proporção de usuários que seguem políticos nas redes sociais (Figura 11) em seis países selecionados. Essa inconstância pode ser, de forma direta ou indireta, relacionada ao desenvolvimento tecnológico e das novas mídias.
Da tecnologia, pois esta possibilita a busca e consumo de informação, a comunicação e o acesso ao conteúdo midiático de forma não linear e dispersa, com interferências na mensagem e na forma como o receptor a interpreta; das novas mídias porque estas permitem a difusão da informação por diversos pontos de vista dos próprios, bem como a troca de ideias e opiniões, de forma nunca antes vista. A pesquisa quantitativa permitiu identificar que as ferramentas digitais influenciam os hábitos dos eleitores em diversas esferas, visto que a maior parte deles passa mais de 20% do seu dia conectado à rede. Esses eleitores realizam atividades virtuais que antes eram físicas. Um dos aparelhos que contribuem para essa mobilidade virtual é o smartphone, item de grande importância para os eleitores, já que sem ele não conseguiriam realizar tantas atividades ao longo do dia.
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