INFUSÃO DE CÉLULAS NATURAL KILLER APÓS SEGUNDA RECAÍDA DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGIDA EM SISTEMA NERVOSO CENTRAL: RELATO DE CASO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Medicina

Documento 1

Somente em 2015, estima-se que 20. novos casos foram diagnosticados, e mais de 10. pacientes morreram dessa doença (DE KOUCHKOVSKY; ABDUL-HAY, 2016). O Transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH), procedimento de alta complexidade, é o único tratamento curativo para a maioria dos casos, contudo uma proporção significativa de pacientes com LMA irão recidivar após o TCTH. O prognóstico para esses pacientes é desanimador, com uma probabilidade de sobrevida a longo prazo de menos de 20% em pacientes com recidiva precoce após TCTH (TAKAMI, 2018). Não ocorreram doença do enxerto contra leucemia (DECH) nem pancitopenia prolongada. As células do doador foram detectáveis por até 4 semanas (MILLER et al. Nesse estudo será discutido um relatado um caso de um paciente com LMA refretária após TCTH, com blastos no sistema nervoso central que recebeu células NK haploidenticas como tratamento.

RELATO DE CASO Um homem de 23 anos com diagnóstico de Leucemia Mielóide Aguda NOS M4, com t(6,9) aos 15 anos de idade, em Novembro/2010. Feito esquema de indução seguido de transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas aparentado com doador fullmach em primeira remissão. Em Dezembro/2017 apresentou rebaixamento de nível de consciência e quadro convulsivo, com melhora após anticonvulsivantes. Ressonância magnética (RNM) de crânio com extensas áreas com sinal hipertenso, não sendo possível afastar atividade da doença de base (figura1 - A). Iniciado protocolo de infusão de células NK em Janeiro/2018, essas células foram doadas do pai do paciente e foram expandidas e ativadas com IL-2 em laboratório, foram administradas seis doses por via endovenosa.

Após 14 dias ao início do tratamento com NK apresentou piora neurológica com sinais de hipertensão intracraniana, sendo refeito RNM crânio (figura1 - B), com sinais de piora de edema em lesões previamente existentes, parecendo uma reação inflamatória, sendo tratado com corticoterapia em altas doses com importante melhora clínica. RNM Fevereiro/2018 com redução do edema em SNC (figura1 - C). Contudo, o mais interessante nesse caso foi o fato de as células NK aparentemente terem ultrapassado a barreira hematoencefálica (BHE) e ter combatido as células tumorais no SNC. Provavelmente a reação inflamatória tenha sido causada pelas células NK, por isso ele apresentou uma piora inicial no quadro neurológico, porém depois da administração de corticoide houve o combate a inflamação, e consequentemente a melhora clínica.

Segundo Poli, apesar da BHE, as células imunes são detectadas no parênquima cerebral e no LCR, onde predominam as células T CD4+ de memória, demonstrando uma hipótese de vigilância imunológica do SNC. Em condições patológicas, a integridade da BHE pode ser perturbada, tornando-se permissiva para a entrada de células inflamatórias. Entre elas, as células NK mostraram ser recrutadas para o SNC após várias condições patológicas (POLI et al. A. et al. Selection and expansion of natural killer cells for NK cell-based immunotherapy. Cancer Immunology, Immunotherapy, v. n. ‘Acute myeloid leukemia: A comprehensive review and 2016 update’. Blood Cancer Journal, v. n. MILLER, Jeffrey S. et al. p. –5362, 17 maio 2013. REZVANI, Katayoun; ROUCE, Rayne H. The application of natural killer cell immunotherapy for the treatment of cancer.

Frontiers in Immunology. TAKAMI, Akiyoshi. Hematopoietic stem cell transplantation for acute myeloid leukemia. International Journal of Hematology. S. l.

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