HISTÓRIA DA SEXUALIDADE NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:História

Documento 1

pela Faculdade. CIDADE- ESTADO como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de graduado em. NOME DO ALUNO BANCA EXAMINADORA Data da aprovação: _____/____/____ Nota: __________ ­____________________________________________________ Prof. Orientador (a) ___________________________________________________ Prof. Coordenador (a) do Curso Instituto CIDADE- ESTADO 2019 Dedico este trabalho a minha família, sempre uma fortaleza na minha vida; aos meus amigos e professores que fizeram parte da minha vida estudantil pelo carinho e afeto, por serem estas personalidades presentes em minha vida. SUMÁRIO INTRODUÇÃO. O sexo e a sexualidade no contexto social. A história da religião na sexualidade brasileira. A vivência da sexualidade no Brasil. A mulher versus sexualidade na sociedade brasileira. Os vários fatores que têm objetivado transformações quanto o comportamento de uma grande parcela da população, diz respeito à sexualidade, sendo um tema ao quais vários pesquisadores têm estudado, no entanto, por conta da variedade de áreas do conhecimento cada pressuposto apresenta uma concepção diferente, mais fica bem claro e destacado pelos pesquisadores que podemos estar errados ao tratar sexo e sexualidade como sinônimos.

A compreensão em relação a sexo e sexualidade é percebida desde muito cedo, pois já nos primeiros anos de vida nos distinguem por sexo masculino e feminino, que representam respectivamente homem ou mulher, sendo assim esta faz referência aos órgãos sexuais e anatomia corporal já sexualidade que pode ser utilizada para se referir ao ato sexual. O sexo de acordo com o destacado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2006), tem características biológicas, servindo para definir os seres humanos como masculino ou feminino. O sexo pode vir a ser identificado como uma realidade que vem sendo formado com a evolução dos seres humanos como ser animal e por meio dos órgãos genitais. Por mais que seja uma realidade que tenha uma das principais funções de identificação dos seres humanos, essa tem um surgimento por volta do século XII e etimologia latina, secare, que pode ser definido como corte, secção ou divisão, sendo que essa é uma ideia explicada por platão, da qual o homem e a mulher formam uma totalidade, no entanto esses foram separados por Zeus.

Se isto acontecesse, o escroto necessariamente tomaria o lugar do útero e os testículos ficariam para fora, dos dois lados dele. O pênis torna-se a cérvice e a vagina, o prepúcio as partes pudentas femininas, e assim por diante através das várias artérias e vasos sanguíneos. A discussão e compreensão de sexualidade foi um contexto que veio surgir apenas no século XIX, vindo ser uma forma de representação sobre a significação do que seja sexual, sendo propícia a dar um maior enfoque no conceito de sexo na sociedade brasileira. O processo de descobertas da sexualidade como sendo uma realidade que estava fora do contexto de sexo foi trabalho para vários pesquisadores e estudiosos, um dos primeiros a entender sexualidade como diferente do sexo foi o pensador Sigmund Freud, ele aumentou o conceito de sexualidade para campos além do ato sexual ou de qualquer ligação com questões reprodutivas e órgãos genitais.

Segundo Freud a sexualidade é um ponto comum no dia-a-dia da sociedade desde os primeiros momentos de vida, no entanto esse era um conceito que não vinha sendo abordado por escritores em suas épocas, portanto para termos um entendimento de qualidade da sexualidade adulta devemos analisar a sexualidade infantil desse indivíduo. Segundo a Organização Mundial da Saúde(OMS) define sexualidade como : Um aspecto central do ser humano ao longo da vida e engloba sexo, identidades e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A sexualidade é vivida e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Enquanto a sexualidade pode incluir todas essas dimensões, nem todas elas são sempre vivenciadas ou expressas.

A sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais (OMS, 2006). De acordo com Werebe (1998, p. Em virtude desse direito, a Santa Sé confiava aos reis de Portugal a missão de evangelizar as novas terras, estabelecendo nelas a instituição eclesiástica (. Explorador e colonizador, o português considerava-se ao mesmo tempo homem de fé. Tratava-se, porém, de uma fé perpassada pelo espírito da cruzada, segundo o qual a cruz e a espada deveriam caminhar juntas na expansão do reino de Deus. ” (Azzi,2001) A religião foi muito importante nesse período onde focou muito sobre a sexualidade e a igreja tem um papel muito fundamental nesse assunto que é considerado sagrado, pois o ato sexual desde que seja dentro dos ritos da igreja como antigamente a igreja tinha o sexo só como procriação.

O “devassos no paraíso” (Ceccarelli,2007) esta é uma frase que os padre jesuítas usaram para questionar a forma como os índios viviam pelados e como fazia suas relações sexuais, sendo que os padres jesuítas viram como isso era um pecado muito grande e isso chamou a atenção dos portugueses. “O reconhecimento e a valorização da vida sexual e matrimonial eram completamente diferentes para negros, brancos ou índios. Entre negros e índios a fecundidade era estimulada, aceitavam-se uniões não legalizadas e famílias que muitas vezes se resumiam a mulher e filhos. Entre os brancos, o casamento devia seguir o padrão das uniões legais e monogâmicas, em que se valorizavam, sobretudo a virgindade e a fidelidade das mulheres”. Del Priore, 2001). O Brasil era dominado pelos os índios e teve uma forte mistura com negros e brancos a partir da chegada dos português onde diante da diminuição das mulheres brancas para o casamento que afetava outros país, pois nesse contexto a colônia tornou-se um estado para a satisfação sexual e afetou bastante as estruturas religiosas até em Portugal.

No referente estudo sobre sexualidade brasileira, precisa ser destacado o encargo de cunho patriarcal que estão promovendo reflexos brutais nas relações de gênero, sendo que por mais que tenha sido percebida no contexto da família brasileira uma diminuição quanto a clássica configuração patriarcal, ainda assim esta promove muita influência no pensamento da sociedade, a forma de como os brasileiros têm a percepção de sua vida a construção de suas histórias e que modo será adotado para atuar no contexto social. A sexualidade pode ser relacionada, de acordo com Parker 1991, a uma sustentação de moralidade sexual, vindo a proporcionar ao homem uma completa liberdade sexual, do mesmo modo que impõem limites quanto a vida sexual das mulheres para o Parker 1991: Esses mesmos entendimentos tanto postulam as forças potencialmente perigosas que poderiam interpelar a estrutura hierárquica, como fornecem um conjunto de canais altamente específicos (e muitas vezes bem concretos) para o controle de, virtualmente, qualquer coisa que ameace a aceitação inconsciente da ordem estabelecida.

É preciso, para que se tenha um entendimento mais aprofundado e verídico sobre sexualidade brasileira deixar de seguir os referenciais dados pelas religiões formais, e sim ter um foco voltado diretamente ao catolicismo, pois todos esses processos desde divisão de sexos, construção da dominação masculina e até mesmo fatores da virgindade são pontos reconhecidos exclusivamente pela igreja católica e com isso temos um déficit, visto que o contexto do sexo é algo um tanto quanto mais complexo. A respeito dessa prática o contexto de legal e ilegal se organizam por meio de três ideias básicas o casamento, a monogamia e a procriação. O que somente, as atuações sexuais que se inclui dentro desse conceito são consideradas legítimas, sendo já as que se encaixa fora desses são considerados uma realidade relacionados a ilegalidade.

A mulher versus sexualidade na sociedade brasileira As pessoas no contexto social tem encarado a realidade da sexualidade de uma forma que causa inquietação e tem construído polêmicas, sendo que temas como gênero e o corpo humano diante da sexualidade são alvo de discussões sobre as dúvidas geradas neste contexto, pois as vivências diversificadas de sexualidade é um cenário que necessita ser entendido para produzir melhores resultados na convivência em sociedade. De acordo com Louro (2008, p. a compreensão sobre gênero e a vivência da sexualidade deve-se embasar que: A construção do gênero e da sexualidade dá-se ao longo de toda a vida, continuamente, infindavelmente. Quem tem a primazia nesse processo? Que instâncias e espaços sociais têm o poder de decidir e inscrever em nossos corpos as marcas e as normas que devem ser seguidas? Qualquer resposta cabal e definitiva a tais questões será ingênua e inadequada.

A construção dos gêneros e das sexualidades dá-se através de inúmeras aprendizagens e práticas, insinua-se nas mais distintas situações, é empreendida de modo explícito ou dissimulado por um conjunto inesgotável de instâncias sociais e culturais. A liberdade alcançada após a revolução industrial proporcionou a mulher a viver a sexualidade de uma forma que não se destine apenas para procriação, mas viver as relações sexuais com prazer e satisfação, sendo que gradativamente está ocorrendo uma liberdade sexual em relação aos padrões sociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS A história da sexualidade ao longo do processo histórico brasileiro passou por momentos de avanços na forma como se tratava esse tema e até mesmo de abertura para se viver a sexualidade, porém também se vivenciou momentos de rigidez extrema e até perseguição pela forma como cada indivíduo deveria viver a sexualidade e não se admitia descumprir as orientações religiosas no território brasileiro.

No processo histórico brasileiro verifica-se que durante muito tempo os homens tiveram o domínio sobre as mulheres e eram subjugadas pela sociedade e somente poderia viver sua sexualidade após o casamento, porém ao longo do tempo a mulher está ganhando espaço no âmbito social e mesmo ainda existindo muito preconceito sobre a sexualidade a sociedade contemporânea em sua maioria já concebe a sexualidade antes do casamento com certa naturalidade. A igreja católica através da fé dos seus fiéis expandiu-se carregando a obrigatoriedade dos seus seguidores respeitarem a vivência da sexualidade no matrimônio, porém conforme esta análise bibliográfica muitos homens e mulheres praticam a sexualidade de forma escondida para não serem repreendido, contudo desrespeitaram as orientações da religião cristã.

A mulher em relação ao período em que Portugal colonizou o Brasil está numa situação bastante aceitável na sociedade, sendo que ganhou certo espaço no mercado de trabalho, mas quando fala-se em sexualidade verifica-se que as famílias apresentam um cuidado diferenciado quando se trata da mulher, sendo uma realidade preconceituosa que existe desde a chegada dos portugueses ao Brasil. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Vol. VII, Rio de Janeiro: Imago, 1905/1972. FREUD, S. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro- Posições. v. n. maio. R. M. Org. Sexualidade, Diversidade e Cultura Escolares: contribuições ibero-americanas para estudos de educação, gênero e valores. Araraquara: FCL-UNESP Laboratório Editorial; Alcalá de Henades: Universidad de Alcalá, 2008.

Abuso sexual e as contribuições da psicologia no âmbito judiciário. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. p. jul. dez. Tradução de Maria Therezinha M. Cavallari. São Paulo: Best Seller, 1991. PLATÃO. Diálogos / Platão. VAINFAS, Ronaldo. Casamento, Amor e Desejo no Ocidente Cristão. Ed. Ática, 1992. ZIKAN, Idalina da Silva.

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