ANÁLISE DA EVOLUÇÃO E DO DESEMPENHO ECONÔMICO E FINANCEIRO DE UMA COOPERATIVA DE CRÉDITO
Banca examinadora: -------------------------------------------------Presidente/orientador Prof. Esp. Orly Casara --------------------------------------------------Examinadores ---------------------------------------------------- Trabalho apresentado e aprovado pela banca examinadora em ___/___/____ DEDICATÓRIA A meus pais queridos Gilberto e Terezinha, meu irmão Cesar, meu noivo Rudinei, e a todos meus amigos e familiares que sempre estiveram ao meu lado, me incentivando e apoiando para a realização deste trabalho. AGRADECIMENTOS Quero expressar meus agradecimentos a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho fosse realizado. Em especial ao meu orientador, Prof. Ao final do estudo chega-se a conclusão que a mesma cresceu no período, mesmo com a crise mundial de 2008. Dessa forma atuou intensamente no mercado, enquanto havia retração por boa parte dos bancos, fazendo com que suas sobras chegassem a 15 milhões em 2010.
Entende-se também que a Cooperativa evoluiu, também como o Sistema Sicredi, e deve buscar cada vez mais uma melhoria contínua nos seus processos, para poder gerar mais sobras, obter novos associados e conquistar cada vez mais uma participação maior no mercado financeiro. Palavras-chave: Cooperativa de Crédito. Índices Econômicos e Financeiros. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO. QUESTÃO DE PESQUISA. OBJETIVOS. Objetivo geral. Objetivos específicos. Diferenças entre Cooperativas de Crédito e Bancos. ASPECTOS CONTÁBEIS DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS. Capital Social. Ato Cooperativo e Ato Não Cooperativo. Distribuição das Sobras. Análise Vertical. Análise Horizontal. ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS. Liquidez Imediata - LI. Encaixe Voluntário - EV. O SISTEMA SICREDI. COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI REGIÃO SERRA. ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL.
Análise do Balanço Patrimonial do Sistema Sicredi. Análise do Balanço Patrimonial da Sicredi Região Serra. O crescimento cria novas necessidades de controle das ações na área de atuação da cooperativa. A concorrência esta cada vez mais acirrada, e as instituições buscam uma melhor gestão de seus recursos, para poder oferecer uma melhor qualidade e expansão dos serviços prestados, bem como o seu crescimento e participação no mercado. O administrador precisa ter em mãos um instrumento de fácil entendimento e que permita uma análise rápida e eficiente dos dados. Neste aspecto a contabilidade dispõe de técnicas e recursos que podem contribuir com a gestão. O tema foi escolhido devido à grande competitividade das instituições no sistema financeiro, com o avanço da tecnologia e dos meios de comunicação, as pessoas têm acesso ao conhecimento de uma maneira muito rápida, o que possibilita a comparação de produtos e serviços de diferentes instituições.
Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho é identificar a situação da Cooperativa através dos índices econômicos e financeiros, e analisar sua evolução perante o sistema onde está inserida, para poder verificar seu desempenho e propor melhorias. Objetivos específicos - Fazer uma síntese do Sistema Financeiro Nacional. Fazer uma retrospectiva histórica sobre o Cooperativismo de Crédito e analisar alguns aspectos contábeis. Analisar notícias sobre o crescimento do Cooperativismo de Crédito. Apresentar os instrumentos de análise mais importantes para a análise da Cooperativa. Para Cervo e Bervian (2002, p. “o estudo de caso é a pesquisa sobre um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo do seu universo, para examinar aspectos variados de sua vida”. ESTRUTURA DO ESTUDO No primeiro capítulo é apresentada a importância do estudo, a questão de pesquisa, os objetivos, a metodologia e a estrutura do estudo.
No segundo capítulo será apresentada uma breve definição e organização do sistema financeiro nacional, a história e evolução do cooperativismo de crédito, e alguns aspectos contábeis diferenciados das cooperativas. No terceiro capítulo será apresentado o conceito e a aplicação no que se refere aos índices econômicos e financeiros, bem como a estrutura das demonstrações contábeis. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O Sistema Financeiro Nacional foi criado a partir da Lei da Reforma Bancária n° 4. de 31 de dezembro de 1964, e da Lei de Mercado de Capitais n° 4. de 14 de julho de 1965, quando foram criados, também, o Conselho Monetário Nacional – CMN e o Banco Central do Brasil – BACEN, além de diferentes instituições de intermediação financeira, entre as quais, as integrantes do Sistema Financeiro da Habitação – SFH.
Segundo Filho e Ishikawa (2003) o sistema financeiro é o conjunto de instituições e operações com o fluxo de recursos monetários entre os agentes econômicos. Podemos dizer que é o mercado de emprestadores e tomadores de empréstimos, de transferência de recursos de agentes superavitários para agentes deficitários. Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo.
A Caixa Econômica Federal é uma instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Ele fundou a “Caixa de Economia e Empréstimos Amstad”, depois rebatizada como “Caixa Rural de Nova Petrópolis” e, hoje, denominada Cooperativa de Crédito Rural de Nova Petrópolis Ltda.
– Sicredi Pioneira RS. Cooperativa de crédito é uma instituição de crédito organizada sob forma de sociedade cooperativa, mantida pelos próprios cooperados, que exercem ao mesmo tempo o papel de donos e usuários. Pagnussatt (2004) mostra o conceito de Cooperativa de Crédito: Cooperativas de Crédito são sociedades de pessoas, constituídas com o objetivo de prestar serviços financeiros aos seus associados, na forma de ajuda mútua, baseada em valores como igualdade, equidade, democracia e responsabilidade social. Além de prestação de serviços comuns, visam diminuir desigualdades sociais, facilitar o acesso aos serviços financeiros, difundir o espírito da cooperação e estimular a união de todos em prol do bem-estar comum. Legislação No Brasil, a Lei 5. instituiu o regime jurídico das sociedades cooperativas e caracterizou-as como sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados.
Atualmente o Cooperativismo de Crédito está regulamentado de acordo com a seguinte legislação: 1) Lei 4. Lei que instituiu a Reforma Bancária em 1964; 2) Lei 5. Lei do Cooperativismo Brasileiro; 3) Lei Complementar 130/2009 - Lei Complementar à Lei 5. Para funcionarem, as cooperativas precisam de recursos, pois necessitam de capacidade própria de capitalização. O incremento do capital ocorre pela adesão de novos associados. Conforme Santos (2008), é proibido às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício ou estabelecer vantagens e privilégios referente as quota partes do capital de quaisquer associados, exceto os juros que incidirão até o máximo de 12% ao ano sobre a parte integralizada. Dessa forma o capital social não garante influência do associado na votação das assembléias e nem lhe oferece vantagem financeira em razão de sua participação.
Ato Cooperativo e Ato Não Cooperativo Toda movimentação feita entre associado e cooperativa e entre cooperativas chama-se ato cooperativo. Pode ser considerado um diferencial oferecido pelas entidades cooperativas aos associados, sendo que não é tributado por ser relacionado ao objeto fim da sociedade. As transações realizadas pelas cooperativas de crédito e seus associados, como empréstimos, seguros, depósitos à vista e a prazo, recolhimento de luz, água, telefone, dentre outros são atos cooperativos. E é o ato cooperativo que garante menores tarifas e taxas de juros aos associados, tornando as cooperativas de crédito atraentes aos usuários destes serviços. Distribuição das Sobras As sobras resultantes no final de cada ano são distribuídas aos associados na medida em que os mesmo realizaram operações financeiras.
Para Silva (2001), as sobras são as diferenças entre os ingressos e receitas líquidas e os dispêndios, custos dos produtos vendidos e serviços prestados. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Pode-se definir demonstrações contábeis como um tipo de representação, parcial ou global, de diversos componentes patrimoniais ou de variações do patrimônio, extraídas de livros ou registros contábeis. O registro dos fatos contábeis, realizado de forma analítica e em ordem cronológica, não é suficiente para atingir a finalidade informativa a que se destina a Contabilidade, dada a heterogeneidade dos fenômenos patrimoniais. Daí a utilização, pela Contabilidade, de uma técnica expositiva que compreende a elaboração das chamadas demonstrações contábeis, por meio das quais é feita a demonstração expositiva dos componentes patrimoniais e de suas variações.
FRANCO, 1989, p. Balanço Patrimonial - BP O Balanço Patrimonial reflete a posição das contas patrimoniais em determinado momento. Na evidenciação de resultado, não poderá haver compensação entre receitas, custos e despesas, essas deverão constar integralmente na demonstração. O lucro do exercício resultante do Ato Não Cooperativo deve ser destinado integralmente para a Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social (RATES), não podendo ser objeto de rateio entre associados. O prejuízo decorrente do Ato Não Cooperativo será absorvido pela Reserva Legal. RISCOS FINANCEIROS As cooperativas de crédito estão sujeitas aos riscos inerentes à atividade de intermediação de recursos, de forma semelhante aos demais tipos de instituições financeiras. As instituições financeiras têm, por objetivo principal, gerenciar ativamente os riscos financeiros.
O controle deve ser realizado através do estabelecimento de uma política clara e eficiente, alinhada com a cultura de crédito da instituição, da definição de uma adequada estrutura de gerenciamento de risco de crédito, da mensuração adequada das perdas esperadas e não esperadas e do gerenciamento dos indicadores de exposição ao risco de crédito e de rentabilidade. Risco Operacional Risco Operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas diretas ou indiretas decorrentes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas, infra-estrutura tecnológica ou de fatores externos que prejudicam o alcance dos objetivos do negócio. INSTRUMENTOS DE ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL Para Franco (1989, p. “analisar uma demonstração é decompô-la nas partes que a formam, para melhor interpretação de seus componentes”.
A análise de balanços faz com que a contabilidade venha a ter um teor mais analítico, tendo como se obter conclusões econômicas e financeiras de uma empresa, através dessa análise. Em relação ao Balanço Patrimonial, calcula-se esse percentual tomando-se por base o total do ativo ou passivo. AV = Conta ou grupo de contas X 100 Ativo ou passivo Já na Demonstração do Resultado do Exercício, calcula-se o percentual de cada conta com relação a receita líquida, seja esta de vendas ou de serviços. AV = Conta X 100 Receita Líquida 3. Análise Horizontal O propósito da análise horizontal é verificar a evolução histórica de cada uma das contas que compõem as demonstrações financeiras. Assaf Neto (2010) descreve: “A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.
De acordo com o mesmo autor, para uma efetiva análise de balanço, inicialmente analisa-se a situação financeira separadamente da situação econômica; no momento seguinte, juntam-se as conclusões dessas duas análises. Existe uma infinidade de índices desenvolvidos ao longo dos anos para aprimorar a interpretação da análise de balanços, porém salienta-se que o importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de um conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa, de acordo com o grau de profundidade desejada da análise. Assaf Neto (2010) descreve alguns índices específicos para a análise de bancos. Ele nos diz que é importante entender os indicadores de avaliação como medidas que embutem uma tendência de desempenho, indicando os potenciais pontos fortes e débeis da instituição, e despertando a atenção do analista para os aspectos que demandam maior avaliação.
As Cooperativas de Crédito são instituições financeiras, por isso serão utilizados indicadores específicos para análise 33 de bancos de acordo com Assaf Neto (2010), os quais serão descritos a seguir, julgados suficientes para identificar os principais aspectos econômicos e financeiros da cooperativa em análise. Participação dos Empréstimos - PE Esse índice revela o percentual do ativo total da instituição que se encontra aplicado em operações de crédito. Quanto mais elevado os índices de empréstimos em relação aos ativos, mais baixo é o nível de liquidez da instituição e, ao mesmo tempo, uma indicação de incremento de seus resultados operacionais. PE = Operações de Crédito Ativo Total 3. Custo Médio de Captação - CMC Relação entre as despesas de captação no mercado apropriadas em cada exercício, e o total dos depósitos a prazo mantidos pelo banco.
Revela o custo financeiro do capital investido na instituição por poupadores (custo de captação). Revela quantas vezes o ativo do banco é maior que o capital próprio investido. LEV = Ativo Patrimônio Líquido 3. Retorno Sobre o Investimento Total - RIT Esse índice mostra os resultados das oportunidades de negócios acionadas pelo banco. É uma medida de eficiência influenciada principalmente pela qualidade de gerenciamento da lucratividade dos ativos e juros passivos. Mostra o retorno apurado sobre o capital total investido. Encerramos 2010 com 1. cooperativas e 4. pontos de atendimento. Essa performace nos leva a uma situação tal que, se atualmente o cooperativismo de crédito compartilhasse as estruturas de atendimento, ele seria a segunda maior rede de atendimento do País, atrás apenas do Banco do Brasil (5. e na frente do Itaú (3.
º Lugar SICOOB Cooperforte (sede Brasília/DF) 920. º Lugar SICOOB Cocred (sede Sertãozinho/SP) 915. º Lugar Viacredi (sede Blumenau/SC) 816. º Lugar SICREDI Região Serra (sede Nova Petrópolis/RS) 668. º Lugar Sicredi União RS (sede Santa Rosa/RS) 631. As Centrais Sicredi difundem o cooperativismo de crédito e coordenam a atuação das cooperativas filiadas, apoiando-as nas atividades de desenvolvimento e expansão. A Sicredi Participações S. A. é responsável pela coordenação da definição dos objetivos estratégicos, econômico e financeiros do Sicredi e pela deliberação de políticas de compliance, ética e auditoria. A Confederação tem por objetivo prover serviços às suas associadas e às demais empresas e entidades integrantes do Sicredi, nos segmentos de informática e administrativo, especialmente nas áreas tributária, contábil e de folha de pagamento.
COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI REGIÃO SERRA A Cooperativa de Crédito Sicredi Região Serra (nome fictício) é uma das 120 cooperativas que integram o Sistema Sicredi. É a maior cooperativa do Sistema com sede em Nova Petrópolis/RS. É composta por 31 unidades de atendimento, tendo 68 mil associados e abrangendo os municípios de : Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Caxias do Sul, Picada Café, Nova Petrópolis, Linha Nova, Presidente Lucena, Feliz, Vale Real, Estância Velha, Novo Hamburgo, Alto Feliz, São José do Hortêncio, Gramado, Ivoti, Dois Irmãos, Portão e São Leopoldo. Área de Atuação Figura 2 – Região de Abrangência da Sicredi Região Serra Fonte: Site Portal do Cooperativismo de Crédito Os associados no caso das cooperativas de crédito são os donos das mesmas, através da integralização de cotas partes, onde participam na tomada de decisões através de seus votos.
Já para as demais instituições financeiras, são os usuários dos produtos e serviços de um banco. Ser cliente e dono ao mesmo tempo, pois todos os associados têm os mesmos direitos, independentemente do valor de sua cota capital. Direito à distribuição das sobras, proporcional a sua rentabilidade. Enquanto as despesas com taxas de serviço em bancos convencionais não retornam ao cliente, na cooperativa parte delas é compensada por meio da divisão das sobras, como se o associado atuasse como correntista e acionista ao mesmo tempo. Maior proximidade e o relacionamento mais próximo com a diretoria, o que facilita o acesso e aprovação aos serviços, como linhas de crédito, por exemplo. Modelo Agregador de Renda propicia que os recursos financeiros captados junto aos associados sejam disponibilizados através de empréstimos e outros 43 serviços financeiros aos demais membros da cooperativa, gerando renda e benefícios à própria comunidade.
O aumento da inadimplência pode representar um alto impacto nos resultados operacionais da cooperativa, devido ao aumento das provisões de risco e crédito, que resultam em um menor resultado financeiro. Dentre os fatores que podem contribuir para esse aumento podemos destacar o desaquecimento da economia, com a diminuição da renda e impacto nas cadeias produtivas. Além disso, problemas climáticos que afetem o agronegócio, em regiões específicas, também podem gerar impacto na cooperativa dado a sua forte atuação junto a esse setor. Recursos para crédito rural escassos obrigaria a cooperativa a empregar recursos próprios em crédito rural, diminuindo assim a sua rentabilidade visto que estas operações são financeiramente menos rentáveis. A demanda por produtos de créditos voltados para o agronegócio é crescente e a Cooperativa têm uma forte atuação neste setor.
Operações de Crédito Geral 4. Operações de Crédito Rural 3. Provisões p/ oper de Crédito Geral de Liq. Duvidosa (292. Provisões p/ oper de Crédito Rural de Liq. EMPRÉSTIMOS/REPASSES EMPRÉSTIMOS EXTERIOR OUTROS PASSIVOS EXERCÍCIOS FUTUROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO Quadro 3 – Análise do Balanço Patrimonial - Sistema Sicredi Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da Cooperativa 46 O Ativo Total do Sistema Sicredi a partir de 2008 cresceu 25,08% em 2009 e 56,47% de 2008 a 2010. A conta disponibilidades que é o ativo de maior liquidez, representa no período de 2008 a 2010 não mais que 0,87% do ativo. Nas aplicações interfinanceiras de liquidez pode-se destacar seu crescimento, passando de 13,11% dos ativos em 2008 para 19,39% em 2010, com o crescimento principalmente das aplicações de mercado aberto.
As operações de crédito tiveram redução no período, caindo de 59,86% em 2008 para 54,15% em 2010. O Passivo apresentou um crescimento que foi financiado, basicamente por capitais de terceiros. AV AH 552. A análise do Balanço Patrimonial do Sicredi Região Serra mostra que as operações do ativo encontram-se basicamente no ativo circulante, sendo este na média de 78% do ativo total. O ativo cresceu 15,97% em 2009 e expressivamente 77,17% de 2008 a 2010. Tal crescimento foi devido principalmente ao aumento da conta relações interfinanceiras, que são os resultados dos serviços de compensação de cheques, de créditos vinculados e repasses interfinanceiros, sendo que em 2009 teve uma elevação de 15,46% e de 2008 a 2010 de 80,52%. Outra conta responsável também pelo aumento do ativo foi às operações de crédito, que cresceram de 2008 a 2010 71,68%.
Receitas de Operações de Câmbio Receita de Operações com Derivativos 37. Despesas de Captação (1. Despesas Empréstimos (108. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (173. DISPÊNDIOS DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA RECEITA DE SERVIÇOS 322. Ingressos e Receitas de Prestação de Serviços 7. Rendas de Tarifas Bancárias 1. Dispêndios e Despesas de Pessoal (9. Outros Ingressos e Receitas Operacionais 28. Outros Dispêndios e Despesas Operacionais (9. Grande parte esta concentrada nas despesas de captação de mercado, aumentando apenas 38,70% em 2010, sendo muito baixo em relação ao aumento dos depósitos à prazo, que tiveram elevação de 77,23% nesse mesmo período. Outra despesa que também teve um grande aumento foi a despesa de pessoal, enquanto em 2008 era de R$9. milhões em 2009 era de R$12. milhões e em 2010 passou a R$20.
milhões. Em outras palavras, somente pouco mais de 1/3 dos ativos da cooperativa encontra-se aplicado em crédito, atividade básica do negócio. Quanto ao Sistema Sicredi esse índice se revela mais alto, atingindo em 2008 o percentual de 59% e em 2010 54%. O custo de captação do Sicredi Região Serra é bem inferior ao Sistema Sicredi. As duas cooperativas tiveram redução desse custo no período analisado. Da mesma forma o Sicredi Região Serra possui um maior retorno nas operações de crédito, sendo que enquanto em 2010 tinha um retorno de 30% o Sistema Sicredi tinha um retorno de 18%. Feito a comparação das duas Cooperativas e depois de analisado os balanços patrimoniais, as demonstrações de sobras ou perdas e os indicadores, chega-se às seguintes conclusões a respeito da Cooperativa Sicredi Região Serra: - Vê-se que seu nível de liquidez imediata é baixo em relação ao Sistema Sicredi.
Seria aconselhado a Cooperativa trabalhar com um nível de liquidez mais elevado, pois o mesmo tem por objetivo atender ao fluxo de pagamento de despesas operacionais, cobrir resgates de seus depositantes, manter reservas compulsórias e atender solicitações de empréstimos e financiamentos; - Em contrapartida a Cooperativa mantém cerca de 83% de seus depósitos em aplicações a prazo, o que lhe traz uma folga no caso de saques imediatos da conta corrente; - A Cooperativa está conseguindo captar mais recursos a um custo menor em comparação ao Sistema Sicredi. No período de 2008 a 2010 aumentou os depósitos à prazo em 81,32% sendo que o custo com captação subiu apenas 38,70%; - Deve-se focar no controle da inadimplência, pois se aumentou as provisões para crédito de liquidação duvidosa numa proporção muito maior do que as operações de crédito.
Enquanto as operações de crédito tiveram uma elevação de 71,68%, as provisões subiram 262,41%; - Mesmo tendo o Sicredi Região Serra um crescimento inferior ao Sistema Sicredi no final de 2010, ele consegue gerir seus recursos de forma que as sobras chegam a representar 23,75% dos ingressos, enquanto no Sistema Sicredi esse percentual é de 9,75% em 2010; 56 5 CONCLUSÃO A contabilidade surgiu como forma de controlar e identificar o patrimônio das entidades. Com o passar do tempo a contabilidade foi se aprimorando diante das necessidades de seus usuários em ter informações úteis e objetivas no auxilio à tomada de decisões, informações estas que garantem sua sobrevivência no mercado global que é altamente competitivo. As Cooperativas de Crédito não visam o lucro, mas buscam cada vez mais um aumento em suas sobras, o que levaria a uma maior remuneração aos associados através da distribuição das mesmas.
Assim uma eficiente gestão se baseia nos dados do passado, para o entendimento do presente e para a projeção do futuro. Com a realização deste trabalho, foi possível ampliar meu conhecimento em alguns indicadores específicos para a análise de instituições financeiras, além de aplicá-los e extrair informações que sem dúvida são de extrema importância para os gestores da Cooperativa e para os associados. Tem-se a certeza que este trabalho também será de muita utilidade para quem busca realizar uma pesquisa nessa área, aplicada às Cooperativas de Crédito já que o assunto é pouco discutido e utilizado pelo meio acadêmico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACEN. República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 dez. Disponível em < http://www.
planalto. gov. br/ccivil_03/leis/L5764. Análise de Investimentos e Demonstrativos Financeiros. Curitiba: Ibpex, 2007. CARVALHO, Fábio Augusto Junqueira de Carvalho. As Cooperativas de Crédito Brasileiras no Governo Lula. São Paulo. Aprova a NBC T 10 - Dos Aspectos Contábeis Específicos em Entidades Diversas, o item: NBC T 10. – Entidades Cooperativas. Brasília, DF, 19 dez 2001. Disponível em: <http://www. portaldecontabilidade. Cooperativas de Crédito Crescem 30% em 2010. Disponível em:< http://www. ocb. org. br/site/agencia_noticias. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica. Ed. Petrópolis: Vozes, 2010. LAKATOS, Eva Maria. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. PAGNUSSATT, Alcenor. Guia do Cooperativismo de Crédito: Organização, Governança e Políticas Cooperativas. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004. SCHARDONG, Ademar. Cooperativas de Crédito: Instrumento de Organização Econômica da Sociedade.
Ed. Porto Alegre: Rigel, 2003. SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Sociedades Cooperativas: Resumo Prático. Ed. Curutiba: Juruá, 2003.
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