A INFLUÊNCIA DO MARKETING NA PEGADA ECOLÓGICA

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Marketing

Documento 1

A crença de que a sociedade de consumo era benéfica para todos, ancorada no pensamento liberal que defendia que a riqueza gerada poderia ser investida para melhorar a qualidade de vida dos menos favorecidos ou de países que estavam à margem das economias industrializadas, foi abaixo devido à limitação dos recursos naturais, explorados à exaustão para manter a produção de massa. Diante disso, começaram a despontar pensamentos críticos sobre o modelo de desenvolvimento que era propagado, pois além de ser prejudicial ao planeta, aumentava as desigualdades sociais e econômicas. Assim, surgiram as necessidades de que houve maior preocupação com as questões ambientais, da preservação dos recursos para as gerações futuras e da redução das desigualdades. Uma das formas de se medir os impactos é pode meio da pegada ecológica, que indica qual a carga consumida para produzir algo e se o ecossistema consegue suportar a extração de recursos com a devida recuperação.

Este artigo aborda esses temas, desde como surgiu o marketing e de suas influências para o consumismo, passando pelas preocupações com a sustentabilidade e a necessidade de se ter uma educação ambiental, e, por fim, apresentando o conceito de pegada ecológica, de responsabilidade social e o marketing verde. As empresas devem estabelecer suas estratégias de marketing a partir do mix de marketing, também conhecido como “4 Ps”, que é derivado da sistematização de termos e conceitos do inglês: product, price, place e promotion (tradução: produto, preço, ponto de venda e promoção). Ou seja, as empresas devem suprir as necessidades dos clientes colocando o seu planejamento de marketing em prática, primeiramente pela escolha de que tipos de produtos ou serviços serão oferecidos aos clientes, em seguida devem definir os preços dos produtos ou serviços, escolher em quais os locais ou pontos de venda estarão disponíveis para compra e de qual forma os clientes ficarão sabendo da existência desses produtos ou serviços, por meio da promoção que está mais vinculada à propaganda das empresas.

Para Zenone e Buairide (2005, p. “Enquanto a publicidade e a propaganda oferecem uma razão para a compra, a promoção de vendas e o merchandising oferecem o incentivo/estímulo à compra”. Então, a propaganda é apenas uma parte do marketing e pode ser transmitida de diversas formas aos potenciais clientes, por meio das ferramentas de comunicação, entre as quais estão propaganda, publicidade, promoção de vendas, merchandising e comunicação dirigida, ou marketing direto. As principais mídias são: rádio, televisão, cinema, jornais, revistas, outdoors, cartazes, e, ultimamente, a internet. Dentre as vantagens em utilizar a internet está a possibilidade de alcançar os mais diversos públicos conectados e entregar conteúdos publicitários personalizados, devido às ferramentas de mineração de dados e com o conhecimento dos hábitos de navegação e buscas na rede mundial de computadores, bem como a divulgação pelas mídias sociais.

Então, os profissionais de marketing trabalham as variáveis mercadológicas das empresas com base nas tendências econômicas, sociais, políticas e culturais de mercado e procuram influenciar as decisões de compra dos consumidores, incentivando-os a optar pela compra do seu produto ou serviço ao invés dos produtos e serviços dos concorrentes. Consumo e Consumismo Como visto anteriormente, o marketing procura suprir as necessidades humanas com diferentes produtos e serviços e de forma lucrativa para as empresas (KOTLER; KELLER, 2006). Sabe-se que os seres humanos sempre tiveram necessidades que precisavam ser supridas, como por exemplo, de se alimentar e se proteger do frio com roupas, mas foi somente depois da Revolução Industrial que aumentou enormemente a quantidade de produtos e serviços para satisfazer tais necessidades.

Por isso, as críticas têm sido sobre o “fazer desparecer” (MARTIRANI et al, 2006) principalmente recursos naturais, como água e florestas, quanto mais produtos são fabricados e consumidos. Já a palavra consumismo, “designa excesso de consumo, consumo acelerado ou até desperdício [. é um mal da sociedade de consumo” (GIACOMINI FILHO, 1991, p. Assim, começaram a surgir preocupações sobre como resgatar a soberania do consumidor sobre a oferta de produtos e em buscar uma compra consciente. O resgate das ações e das escolhas individuais motivadas por preocupações sociais e ambientais são consideradas essenciais para a sobrevivência das gerações futuras. Educação Ambiental e Sustentabilidade O debate sobre educação ambiental e sustentabilidade passou a ser mais forte a partir da noção de que os recursos naturais são escassos e que o planeta já não suportaria o desenvolvimento econômico e aumento da produção nos mesmos moldes que vinham ocorrendo desde o início da Revolução Industrial.

A degradação permanente e desenfreada do meio ambiente e do seu ecossistema formaram as bases para que fosse refletida em uma educação ambiental, de forma a conscientizar as gerações atuais e futuras sobre questões de natureza primordial para a manutenção da vida no planeta (JACOBI, 2003; MARTIRANI et al, 2006). A educação ambiental tem como desafio superar as diferentes visões de mundo sobre a compreensão da vida, do mundo e qual o lugar ocupado pelo homem. Assim, são necessárias novas propostas educacionais para estimular o pensamento e a ação ambiental, contribuindo para a construção de uma nova lógica de civilização e para superar os desafios da transformação necessária do modelo de desenvolvimento dominante atual que está próximo de um colapso ambiental.

Para que isso ocorra, deve ser estabelecida uma nova relação entre homem-natureza-sociedade (JACOBI, 2003; MARTIRANI et al, 2006). No entanto, as estratégias propostas para substituir os processos de crescimento econômico para o desenvolvimento sustentável estão relacionadas a mudanças nas políticas de desenvolvimento e nos processos de desenvolvimento econômico da sociedade moderna, mas não questionam o modelo de desenvolvimento em si. Assim, a “sustentabilidade” é uma forma de crescimento econômico das nações que considera o uso de recursos naturais para as gerações futuras, ou seja, refere-se apenas a uma nova ordem que controla a exploração dos recursos naturais em níveis mais suportáveis ​​em todo o mundo. Trata-se, portanto, de uma proposta de crescimento econômico com controle ambiental em que a desigualdade é considerada um erro, algo a ser superado pela universalização do desenvolvimento econômico, mas com a sustentabilidade.

Assim, a ideia de sustentabilidade implica a prevalência da premissa de que é preciso definir limites às possibilidades de crescimento e delinear um conjunto de iniciativas que levem em conta a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos por meio de práticas educativas e de um processo de diálogo informado, o que reforça um sentimento de co-responsabilidade e de constituição de valores éticos. Isto também implica que uma política de desenvolvimento para uma sociedade sustentável não pode ignorar nem as dimensões culturais, nem as relações de poder existentes e muito menos o reconhecimento das limitações ecológicas, sob pena de apenas manter um padrão predatório de desenvolvimento (JACOBI, 2003, p. Os princípios subjacentes ao conceito de pegada ecológica são três: sustentabilidade, equidade e overshoot (CIDIN; SILVA, 2004).

O princípio da sustentabilidade, conforme foi mencionado na seção anterior, tem como objetivo suprir as necessidades humanas atuais sem comprometer o futuro das próximas gerações. Portanto, “a carga humana” deve estar “em consonância com a capacidade de suporte do ecossistema” (CIDIN; SILVA, 2004, p. Assim, os recursos naturais não podem ser consumidos com uma rapidez maior do que sua capacidade de regeneração. Esse primeiro princípio é interdependente ao segundo, que é o princípio da equidade, porque “não há meios de haver sustentabilidade sem o princípio da igualdade concernente ao uso que se faz do meioambiente por todos no cenário mundial” (CIDIN; SILVA, 2004, p. Como críticas também estão que o indicador usa uma abordagem simplificada, que não captura todos os aspectos da realidade, mas em contrapartida se fossem incluídas todas variáveis de impacto como itens de consumo e descartes, além das funções do ecossistema, o sistema seria muito complexo e encontraria dificuldades para o processamento de todas as informações.

Além disso, é difícil, senão impossível de quantificar a biodiversidade, a estabilidade climática, entre outros fatores (SANTOS; XAVIER; PEIXOTO, 2008). Diante dessas preocupações sobre a sustentabilidade do meio ambiente, muitas empresas tem aplicado estratégias de diferenciação como responsabilidade social e ambiental, marketing verde e marketing social. A responsabilidade social e ambiental nas empresas é uma forma de gestão que prioriza uma relação ética e transparente da empresa com os stakeholders e pelo estabelecimento de metas que incentivem o desenvolvimento sustentável, com a preservação dos recursos ambientais para as gerações futuras, respeito à diversidade e formas de promover e reduzir as desigualdades (INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL, 2018). Os principais desafios para as empresas, atualmente, não dizem respeito apenas com a preservação do meio ambiente, tais como o efeito estufa ou a escassez de água, mas também com a desigualdade social, principalmente nos países de primeiro mundo tem crescido a proporção de pobres.

Porém, se cada empresa perguntasse, e se cada consumidor realmente pensasse antes de cada compra, a sociedade de consumo capitalista teria sido superada por outra, algo que ainda é utopia na cabeça de visionários ou sonhadores REFERÊNCIAS AMBRÓSIO, V. Planos de marketing: passo a passo. São Paulo: Prentice Hall, 2007. CIDIN, R. da C. Disponível em: <http://www. ifba. edu. br/professores/armando/eng531/Unid%20I/Artigo_Pegada_ecologica. pdf>. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. p. mar. Disponível em: <http://www. scielo. L. VIEIRA, F. G. D. Marketing verde: estratégias para produtos ambientalmente corretos. N. LIMA, S. T. S. Sociedade de consumo e ambiente: valores sociais, necessidades psicológicas e nova educação. R. F. R. dos; XAVIER, L. de S. pdf>. Acesso em: 27 abr.

ZENONE, L. C. BUAIRIDE, A.

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