UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO RCD EM PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
Objetivos 4 1. Geral 4 1. Específicos 4 2 JUSTIFICATIVA 5 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 6 3. Sustentabilidade na construção civil 6 3. Resíduos de construção e demolição (RCD) 7 3. Os RCD quando destinados e armazenados de forma inadequada podem vir a contaminar, poluir e trazer riscos tanto ao meio ambiente, quanto à saúde pública, devido suas propriedades. Estas ações ainda, proporcionam perdas, uma vez que, grande parte destes resíduos podem ser reaproveitados, servindo como matéria-prima para a fabricação de novos produtos ou sendo empregados em novas funções (INOJOSA, 2010). O sistema de transporte brasileiro possui uma extensa matriz rodoviária, que conta com uma malha de 213. km de rodovias pavimentadas, sendo referência na movimentação de produtos (atende cerca de 61% do transporte de produtos) e pessoas (95% no transporte de indivíduos) no Brasil (HILÁRIO, 2016).
Desta forma, conforme ressalta o mesmo autor, há uma grande quantidade de obras direcionadas a projetos de pavimentação, que tendem a propor tais impactos no território nacional. Sendo assim, o presente trabalho será de extrema importância para apresentar este novo método de reaproveitamento, bem como fornecer informações direcionadas aos RCB e aos pavimentos rodoviários. De modo assim, a contribuir para ampliar os conhecimentos a respeito deste método. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3. Sustentabilidade na construção civil O primeiro conceito de desenvolvimento sustentável foi definido em 1987 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, por meio do relatório Brundtland, também conhecido como Nosso futuro comum, responsável por abordar questões referentes ao meio ambiente e ao desenvolvimento econômico. Este relatório foi elaborado após quatro anos de estudos e de grandes debates realizados pela Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (World Commission on Environment and Development - WCED) (CMMAD, 1991).
As distinções entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais, foram divididas em três pontos: materiais e componentes, edificação e meio ambiente interno, e meio ambiente urbano (BAKENS, 2003). Esta publicação, também, evidenciou que a indústria da construção civil representa o setor que mais consome recursos naturais e provoca impactos sobre o meio ambiente, além de utilizar recursos energéticos de forma intensa (CABRAL; MOREIRA, 2011). Os elementos apontados neste documento consistiram, portanto, na minimização do consumo energético e da extração de recursos naturais, conservação das áreas naturais e biodiversidade, manutenção da qualidade do ambiente a ser construído e qualidade do ar interior (BAKENS, 2003). Segundo Tavares et al. a indústria da construção civil abrange o setor industrial (fabricação de materiais) e o setor habitacional (fase de uso das edificações) sendo responsável por consumir valores entre 30% a 40% de energia total no Brasil.
Além disso, a composição destes resíduos pode ser diversa, variando de acordo com a procedência, o nível econômico e a própria natureza das atividades geradoras, assim como como a qualidade da mão de obra e as técnicas construtivas utilizadas (RIBEIRO, 2008). De acordo com a Resolução CONAMA n° 307/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCD, estes resíduos são caracterizados, normalmente, pela presença de restos de materiais como: tijolos, concretos, blocos cerâmicos, rochas, madeiras, compensados, metais, telhas, plásticos, pavimentos asfálticos, argamassas, areias, vidros, entre outros. Desta forma, a composição química dos RCD depende de cada um de seus constituintes, entretanto, a maior fração destes é formada, geralmente, por material não mineral (madeira, metais, papel, plásticos e matéria orgânica) (RIBEIRO, 2008).
Os resíduos provenientes da construção, apresentam-se em forma sólida, com características físicas variáveis, em função do seu processo gerador. Por esta questão, podem ter formatos, dimensões e geometrias, tanto comuns, quanto irregulares (pedaços) (ZORDAN, 2002). Estes resíduos devem ser armazenados, transportados e destinados conforme a norma estabelece (MASS, 2017). Enquanto que a classe D reúne os resíduos que, de acordo com suas características e propriedades, possuem alto grau de periculosidade, sendo enquadrados como “perigosos (MASS, 2017). Tais resíduos compreendem assim, substâncias químicas ou tóxicas, como: tintas, solventes, óleos, agentes patogênicos (provenientes de reparos ou demolições em clinicas) e amianto (RESENDE, 2016). Assim como os de classe C, estes resíduos requerem cuidados e técnicas especificas de armazenamento, transporte e destinação (MASS, 2017).
Impactos ambientais, econômicos e sociais A disposição inadequada de RCD é capaz de proporcionar graves impactos sobre o meio ambiente e sobre a qualidade de vida, em razão, do nível de periculosidade destes resíduos (INOJOSA, 2010). Tais impactos são, muitas vezes, resultantes do incorreto gerenciamento resíduos, o qual prevê atividades e processos falhos de manejo, relacionados a disposição final destes materiais. Seja por falta de interesse, incentivo e/ou fiscalização (PONTES, 2007). No Brasil, os entulhos são lançados, em sua grande maioria, em locais clandestinos, vias públicas, terrenos baldios, margem de córregos e até submetidos ao processo de queima. Além disso, não são coletados pelo serviço público de limpeza, visto que este atua apenas na coleta de lixo domiciliar, sendo de responsabilidade total de seus geradores (FEIJÃO NETO, 2010).
O que se torna preocupante, uma vez que, a destinação final de RCD constitui um dos problemas mais complexos do setor da construção civil, em meio ao desordenado processo de urbanização, que tende a estimular e aumentar, cada vez mais, o número de reformas e construções (FEIJÃO NETO, 2010). A reciclagem e o reaproveitamento de RCD visam evitar a extração de recursos naturais e eliminar etapas do ciclo produtivo, reduzindo, consequentemente, o consumo de energia (FERNANDES; LEITE, 2007). Assim como reduzir o nível de poluição (solo e corpos hídricos) nos municípios brasileiros, uma vez que, diminui a quantidade de resíduos dispostos nos aterros por meio do reaproveitamento de materiais que seriam descartados (BORELLI JÚNIOR, 2008). Sendo assim, por meio destas reduzem-se os problemas ambientais e de saúde pública, assim como os problemas econômicos-sociais decorrentes da sua disposição inadequada (FERNANDES, 2012).
Segundo Borelli Júnior (2008), na reciclagem primária, o produto descartado retorna ao ciclo para ser utilizado de forma secundária, diferente de sua função e composição original. Enquanto que na secundária, o produto retorna ao ciclo após uma operação de beneficiamento, que atua na limpeza de impurezas, e pode proporcionar um custo elevado dependendo do tipo de material a ser recuperado. Utilização de RCD De acordo com Tavares et al. os pavimentos rodoviários podem ser fabricados por meio do uso de RCD e conforme ressalta os mesmos autores, este método de reaproveitamento mostra-se viável, do ponto de vista ambiental, econômico e social. Pereira e Vieira (2013) ressaltam que os RCD apresentam condições favoráveis de utilização em pavimentação, desde que sejam convenientemente reciclados.
Acredita-se que todas as estruturas envolvidas em uma obra rodoviária possam ser construídas com materiais recicláveis, em especial, os RCD, incluindo neste grupo: o revestimento, a base, a sub-base, o reforço de subleito, as drenagens sub-superficiais e as barreiras anti-ruído (PEREIRA; VIEIRA, 2013). Os pavimentos rodoviários podem utilizar RCD de duas formas. O método de coleta consistirá em escolher o tipo de documento (artigo, livro, revistas ou dissertações) e o meio de pesquisa (internet, biblioteca ou acervo) a ser utilizado para o levantamento dos dados. Já a análise das informações representará a etapa responsável por selecionar, reunir e avaliar as informações coletadas, com a finalidade de apresentar um trabalho de qualidade. A última etapa, consistirá em entender e reunir as informações obtidas, e, apresenta-las de forma clara e coerente, para um melhor entendimento do leitor.
Na busca do material a ser utilizado para desenvolver o presente projeto, serão utilizadas as seguintes palavras-chave: pavimento; pavimento rodoviário; reaproveitamento de RCD; resíduos da construção; resíduos da construção e demolição; resíduos de demolição; reaproveitamento pavimento. Os materiais a serem utilizados serão trabalhos técnico-acadêmicos publicados nos últimos treze anos, uma vez que, o presente projeto irá priorizar a qualidade das informações. Brasília: SEBRAE/DF, 2007, 48p. BORELLI JUNIOR. Proposta de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para o Município de Caçapava. f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais). CABRAL, A. E. B. MOREIRA, K. M. SAMPAIO, T. S. ALBERTE, E. P. Caracterização do entulho de Salvador visando a produção de agregado reciclado.
Acesso em: 10 de junho de 2019. CMMAD. Nosso futuro comum. ª ed. Tradução de Our Common future. F. L. Utilização de Resíduos de Construção e Demolição como materiais de Construção de Pavimentos Rodoviários – Estado da Arte. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). S. Planos de gerenciamento da construção civil e atenuação de impactos ambientais em canteiros de obra. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental0. Universidade Federal de Santa Catarina. f. Dissertação (Mestrado em Geotecnia). Universidade Federal de Ouro Preto. Outro Preto, 2016. INOJOSA, F. MASS, B. H. Resíduos de construção civil na obra de uma edificação e seus impactos: Estudo de caso de uma residência em Light Steel Framing e simulação de uma em alvenaria. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção Civil).
M. VIEIRA, C. S. Resíduos de Construção e Demolição: Um estado de arte visando a sua valorização em trabalhos geotécnicos. f. RAMOS, B. F. Indicadores de qualidade dos resíduos da construção civil do município de Vitória - ES. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental). Diagnóstico do Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil da Região Metropolitana de São Paulo. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Estadual Paulista. Bauru, 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade de Brasília. Brasília, 2010. TAVARES, P. L. ALMEIDA, M. J. M. Utilização de agregados de resíduos de construção e demolição (RCD) em bases e sub-bases de pavimentos rodoviários. In: 1° Congresso Sul-Americano de Resíduos Sólidos e Sustentabilidade, Gramado, 2018.
Disponível em: <http://www. resol. com. br/trab_tec/trab_tec3. php?id=3199>.
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