SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE NO AMBIENTE HOSPITALAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Campinas, 10 de junho de 2019 OLIVEIRA, Bruno Pinheiro. Segurança, saúde e meio ambiente no ambiente hospitalar: Uma revisão de literatura. p. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia de Produção – Faculdade Anhanguera, Campinas 2019. ABSTRACT The main objective of the hospital is to provide health services with quality, efficiency and effectiveness, but it is not a program that can be used to improve the quality of life with safety, health and the environment that are linked to all the physical and public area (employees and patients) of the hospital environment. Given the scenario and the paradigms there is no existing health model in Brazil, it becomes imperative as changes in the management of safety, health and environment in the hospital environment.

This is the first program for safety, in situ, and health and environment, in the environment, safety, and health, and the environment, in human health safety, and the aid. Results of the work, it becomes clear that the hospital environment is present a range of expressive risks. Thus, it is fundamental that the risks to the hospital are exposed, defining and prioritizing actions, expenditures and inspections, with the purpose of having the constant in the hospital environment and the general conditions of work and care. É sob este prisma que o presente estudo tem como objetivo geral, verificar alguns pontos de críticas com referências e informações que possam contribuir para uma melhor reflexão acerca da segurança, saúde e meio ambiente no ambiente hospitalar. Já os objetivos específicos são: Apresentar conceitos de segurança, saúde e meio ambiente do trabalho; Caracterizar a segurança e saúde no ambiente hospitalar; Abordar o meio ambiente e sua relação com a saúde e segurança nos hospitais.

Quanto a metodologia, o presente estudo caracteriza-se como descritivo, com fontes de dados documentais e abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura, cujo objetivo é realizar sínteses da literatura sobre um tema específico, mediante avaliação crítica e sumarizada das informações apuradas (SAMPAIO e MANCINI, 2007). Nesta perspectiva, construiu-se a questão que norteou este trabalho: Qual a importância da segurança e saúde do trabalho no ambiente hospitalar? 2 CONCEITOS E IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 2. SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO A Segurança e Saúde do Trabalho, segundo Meireles e Pinto (2016), pode ser definida como a ciência que tem por objetivo estabelecer princípios de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle, de possíveis perigos e riscos, existentes ou originados, no local de trabalho.

Silva, Santos e Nascimento (2013) ressaltam que a segurança do trabalho constitui um componente essencial ao processo de produção, principalmente, para uma empresa que visa não só lucros e a redução de retrabalhos, como preservar seu patrimônio humano e material, de modo a garantir a satisfação de seus clientes por meio de padrões adequados de produtividades, baseados na qualidade de serviços. Além disso, corresponde a uma obrigação legal para a empresa que possui um alto valor técnico, administrativo e econômico, capaz de promover benefícios significativos aos empregadores, empregados e a sociedade (SILVA; SANTOS, NASCIMENTO, 2013). Desta forma, as empresas que utilizam mão-de-obra como parte integrante de suas atividades e oferecem situações de risco aos seus trabalhadores devem, de acordo com a legislação vigente, criar e implementar meios e/ou dispositivos capazes de controlar, diminuir ou eliminar os riscos existentes (CAVALCANTI et al.

POR QUE INVESTIR EM SEGURANÇ A E SAÚDE DO TRABALHO? O reconhecimento da importância da implantação de princípios de Segurança e Saúde no ambiente ocupacional, constitui um fator primordial para o alcance dos objetivos, assim como das metas definidas pela organização. Além disso, seus valores tendem a contribuir para a implementação de um programa de responsabilidade social, capaz de proporcionar a melhoria do ambiente de trabalho, em termos de saúde, segurança e bem-estar dos funcionários (GRAJEW, 2001). RESPONSABILIDADE SOCIAL Atualmente, é extremamente importante que as organizações apresentem planos, processos e medidas pautadas em princípios de responsabilidade social, que visem a melhoria da qualidade de vida, em termos de saúde, segurança, bem-estar e sobrevivência, seja por meio de ações diretas ou até mesmo, indiretas.

O principio da responsabilidade social relaciona-se, portanto, com os impactos provocados pela empresa na vida das pessoas a partir de duas perspectivas: a interna e a externa (SILVA; QUELHAS, 2015). A perspectiva interna está diretamente relacionada com os aspectos físicos e psicológicos do ambiente de trabalho, que envolvem as preocupações direcionadas a promoção da saúde e segurança do trabalhador, a igualdade de oportunidades, os treinamentos e a relação trabalho-família. Enquanto que a perspectiva externa, direciona-se as atividades da organização que estejam ligadas a comunidade local, aos fornecedores, clientes, autoridades e meio ambiente (SILVA; QUELHAS, 2015). De acordo com Borger (2011), uma organização deve apresentar um processo contínuo de reavaliação do ambiente organizacional (interno e externo), que seja capaz de identificar como a sua atuação poderá vir a impactar ou ainda, afetar a qualidade de vida de seus funcionários, comunidades vizinhas, organizações e sociedade, de modo geral.

as atividades relacionadas aos serviços de saúde, do ponto de vista inicial, não eram consideradas de alto risco à segurança do trabalhador, entretanto, com o desenvolvimento de inúmeros estudos científicos e estatísticos, notou-se que os profissionais desta área, especialmente, os de unidades hospitalares, se encontram sujeitos a um maior número de riscos, de origem ocupacional, em comparação à outras categorias. Silva, Santos e Nascimento (2013) evidenciam que os acidentes e as doenças ocupacionais têm se tornado frequentes no ambiente hospitalar, afetando em maior grau às equipes de enfermagem, visto que, tendem a estar em contato direto com o paciente. Sendo assim, acredita-se que os profissionais de saúde sejam aqueles que mais estejam submetidos aos riscos ocupacionais, seja por meio de ferimentos, erupções e outras dermatoses, ou ainda, pela ausência de medidas preventivas, que visem preservar, bem como proteger a saúde do trabalhador (CABRAL; SILVA, 2013).

Além disso, compreende um segmento responsável por sobrecarregar seus profissionais com longas jornadas de trabalho, sendo capaz de promover uma situação ocupacional insatisfatória (condição de insalubridade precária no ambiente laboral), devido a presença de instrumentos inseguros, má higiene e/ou ausência de equipamentos de proteção individual adequados (BAKKE; ARAÚJO, 2010). De acordo com Silva, Santos e Nascimento (2013), pela natureza de suas atividades e funções, os profissionais da área de saúde se encontram, geralmente, expostos a inúmeros riscos ocupacionais, resultantes de fatores químicos, físicos, mecânicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais do meio, que tendem a contribuir para o surgimento de doenças ocupacionais, bem como para o desenvolvimento de inúmeros acidentes. Além disso, segundo o mesmo autor, as infecções de maior ocorrência em trabalhadores podem ser resumidas em: Tuberculose pulmonar, Ccytomegalovirus (CMV), Hepatite virais (B, C, G), Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS), Difteria, Febre tifoide, Gastroenterite infecciosa, Herpes simplex, Meningites, Infecções respiratórias por vírus, Parotidite, Rubéola, e Varicella zoster (ABEN, 2006).

De acordo com Oliveira (2002), os riscos biológicos estão associados a infecções cruzadas, ao contato com sangue e/ou fluidos corporais, a manipulação de amostras patológicas, a deficiência de higiene e de limpeza na lavagem de mãos, a práticas falhas de processos de desinfecção, esterilização e assepsia. Assim como a proliferação de doenças transmissíveis agudas e crônicas, parasitoses, reações tóxicas e alérgicas à plantas e animais. Já os riscos químicos, de acordo com Balthazar et al. estão diretamente relacionados aos produtos e substâncias químicas (quaternários de amônio, biguanida polimérica, chumbo, manganês, mercúrio, glucoprotamina, ácido peracético, cádmio, entre outros) utilizadas pelos profissionais da área da saúde, que são capazes de atingir o organismo por diversas vias de absorção.

Cavalcanti et al. evidencia que os hospitais constituem o principal local de trabalho em que os profissionais atuam em contato direto e contínuo com o paciente, em um ambiente em que os riscos e as exposições tendem a ser maiores e mais frequentes. Deste modo, nota-se a expressiva relevância em investir em segurança, tendo como base as normas regulamentadoras para serviços hospitalares. As normas supracitadas foram criadas pelo Ministério do Trabalho com o objetivo de oferecer melhores condições de trabalho dentro da empresa, diminuindo as chances de acidentes, promovendo o bem-estar e aumentando a produtividade dos colaboradores, além de outros aspectos que impactam na redução de custos (GOMEZ; LACAZ, 2005). Com o objetivo de eliminar e/ou controlar os riscos, os mesmos devem ser analisados e fundamentados em etapas.

Além disso, de acordo com a alínea “a” do item 5. da NR-05, com redação dada pela Portaria nº 25 de 29/12/1994, a CIPA é responsável pela elaboração do Mapa de Riscos, “identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de servidores, com assessoria do SESMT, onde houver” (PIZA, 1997). O mapa de risco constitui uma representação gráfica, que tem por finalidade estabelecer o reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho, permitindo a conscientização e o fornecimento de informação aos trabalhadores, por meio da fácil visualização dos riscos existentes no ambiente hospitalar (PIZA, 1997). Os riscos, no mapa referido acima, serão simbolizados por círculos de três tamanhos: pequeno, médio e grande, de acordo com sua gravidade.

E, por cores conforme o tipo de risco, sendo: Verde (Agentes físicos), Vermelho (Agentes Químicos), Marrom (Agentes Biológicos), Amarelo (Agentes Ergonômicos), Azul (Agentes Mecânicos), Laranja (Riscos Locais) e Preto (Riscos Operacionais) (OLVEIRA, 2002). Até a década de 1980, estes resíduos oriundos dos serviços de saúde eram popularmente nomeados como “lixo hospitalar”. Entretanto, atualmente, essa expressão foi substituída pelo termo Resíduos de Serviços de Saúde, denominação considerada mais adequada e abrangente (RSS) (OLIVEIRA, 2002). Ainda há, também, diversas nomeações para estes resíduos, porém costumam ser utilizados apenas como sinônimos, sendo, por exemplo: lixo hospitalar, resíduo biomédico, resíduo infeccioso ou infectante (CAMPOS, 2015). Os hospitais produzem uma grande variedade de resíduos (líquidos, sólidos ou semissólidos) resultantes de atividades de pesquisa, prevenção, diagnóstico, tratamento e de procedimentos cirúrgicos, que, geralmente, produzem resíduos contaminados.

Além disso, há resíduos provenientes de áreas administrativas, de refeitórios e práticas de varrição, semelhantes aos domiciliares (FERBER, 2014). O correto gerenciamento pode reduzir o custo da disposição do resíduo, sem perder a qualidade dos cuidados com o paciente e a garantia a segurança dos trabalhadores (CONFORTIN, 2011). Desta forma, ao mesmo tempo que proporciona uma maior segurança, possibilita uma melhor organização dos serviços prestados e incentiva a redução do volume de resíduos produzidos, ações que promovem, principalmente, uma menor extração de matéria-prima e volume de resíduos descartados, que contribuem para a minimização de custos (CONFORTIN, 2011). O instrumento que disciplina e orienta o gerenciamento dos RSS consiste no Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), documento exigido a todos os prestadores de serviços de saúde e definido segundo a Resolução CONAMA 283/01, como um documento que contempla todas as ações adotadas pelo estabelecimento, em consoante com a legislação e com a proteção da saúde, bem como do meio ambiente.

Este documento é baseado em medidas que envolvem a minimização ou a não geração de resíduos, e na descrição de atividades a serem aplicadas no manejo destes materiais, como: segregação, acondicionamento, identificação, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento, armazenamento externo, coleta e transportes externos, e disposição final (CARVALHO, 2010). O PGRSS deve ser elaborado de acordo com as características particulares de cada estabelecimento, seguindo as regulamentações e normas vigentes. Nota-se que são hospitais preocupados em criar valor à longo prazo, com sua inserção no meio onde operam, buscando levar em conta as necessidades e preocupações de todos os seus públicos de interesse: clientes, funcionários, comunidade, governo, parceiros e fornecedores. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme os resultados obtidos neste trabalho, torna-se claro que o ambiente hospitalar é um dos mais complexos para gestão de segurança e saúde do trabalho, pois nele estão presentes uma gama de riscos expressiva.

Sendo assim, é fundamental que sejam avaliados os riscos aos quais o hospital está exposto, definindo e priorizando ações, gastos e fiscalização, com objetivo de que hajam melhorias constantes no ambiente hospitalar e nas condições gerais de trabalho e atendimento. Além disso, foi possível concluir com esta pesquisa que o tema sustentabilidade no setor hospitalar remete, principalmente, pela qualidade, segurança e satisfação do cliente, ocasionando, uma ampliação de responsabilidade da capacidade de gestão dos hospitais para outros âmbitos. Mas, vale ressaltar que meio ambiente no hospital não impõe limite ao crescimento, pelo contrário, o torna mais competitivo e, ao mesmo tempo, minimiza seus impactos ambientais, contribuindo assim, como instrumento para o desenvolvimento sustentável. Acidentes de trabalho com profissionais de saúde de um hospital universitário.

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