RADIOLOGIA INDUSTRIAL “Partículas Magnéticas”
Tipo de documento:Revisão Textual
Área de estudo:Outro
Campo Magnético. Unidades e Grandezas no Eletromagnetismo. Permeabilidade Magnética. Ensaio Não Destrutivo. Aplicação. A Técnica De Contato Direto. A Técnica Da Bobina. A Técnica Do Condutor Central. Método De Magnetização Longitudinal. Método De Magnetização Circular. DEFINIÇÕES A Radiologia Industrial é a área onde se utiliza as radiações ionizantes para aplicações não médicas, as aplicações mais conhecida da radiologia industrial são os Ensaios Não Destrutivos que emprega doses 10 vezes mais altas que as utilizadas nos diagnósticos médicos, realizando controle de qualidade em diversos setores industriais. O ensaio de partículas serve para localizar descontinuidades superficiais e subsuperficiais em materiais ferromagnéticos. Utiliza-se em peças acabadas, semiacabadas e durante a etapa de fabricação.
Submete-se a peça a um campo magnético e, com a falta de continuidade causarão um campo de fuga devido à propriedade magnética do material. Aplicam-se as partículas eletromagnéticas causando um campo de fuga, a aglomeração destas partículas é atraída pelo surgimento de polos magnéticos. Quando um material retém parte do campo magnético após a interrupção da força magnética vem chamada de “Retentividade”, quando se anula esta magnetização vem chamada de “Força coercitiva”. Campo de fuga ocorre quando são desviadas as linhas de força surgindo assim novos polos, e dando origem ao campo de fuga (CABRAL, 2016). ENSAIO NÃO DESTRUTIVO Partículas magnéticas a submissão de peças, ou parte delas, a um campo magnético para detecção de descontinuidade das propriedades magnéticas do material com o fluxo magnético.
Quando há uma aglomeração partículas ferromagnéticas atraídas pelo surgimento de polos magnéticos. A aglomeração indicara o contorno do campo de fuga, fornecendo a visualização do formato e da extensão da descontinuidade (SENAI, 2007). Em todos os casos, as partículas são constituídas de um pó ferromagnético de dimensões, forma, densidades e cor adequados ao exame. O meio no qual a partícula é aplicada denomina-se via ou veículo. A via pode ser seca ou úmida (SENAI, 2007). VIA SECA As partículas para via seca, como o próprio nome indica, são aquelas aplicadas a seco. Neste caso é comum dizer que o veículo que sustenta a partícula até a sua acomodação é o ar. No caso de máquinas estacionárias ou manuais, os aplicadores para via úmida apresentam-se sob forma de chuveiro de baixa pressão, tipo borrifadores, que produzem uma névoa sobre a região em exame.
Contudo, nada impede que na aplicação manual a suspensão seja derramada sobre a peça. A escolha do aplicador tipo borrifador tem finalidades econômicas e de execução do ensaio, visto que a quantidade aplicada é menor; para o inspetor, a visualização das indicações é imediata, pois ocorre ao mesmo tempo em que a as partículas se acomodam; além disso, há pouco excesso para remoção. Embora já existam no mercado suspensões em forma de "spray", a aplicação mais usual é aquela preparada pelo próprio inspetor (SENAI, 2007). O método por via úmida exige uma constante agitação da suspensão para garantir a homogeneidade das partículas na região de exame. Com a finalidade de promover melhor visualização das partículas, foi desenvolvido o líquido de contraste, que é uma tinta branca em embalagem "spray", aplicada de modo uniforme sobre a superfície de teste; o líquido de contraste garante um fundo uniforme para contrastar com a cor da partícula, aumentando a sensibilidade da visualização.
A tinta de contraste é aplicada de maneira a criar um fundo branco sem, no entanto, interferir na mobilidade das partículas ou mesmo na intensidade dos campos de fuga (SENAI, 2007). MAGNETIZAÇÃO Para realizar um ensaio por partículas magnéticas é imprescindível que a peça seja magnetizada. O processo de magnetização é gerado por uma corrente elétrica que tanto pode passar por dentro da peça, que faz parte do circuito elétrico do equipamento de magnetização, quanto por fora dela, por meio de uma bobina. As fontes de corrente elétrica utilizadas na magnetização são a corrente contínua, a corrente alternada e a corrente alternada retificada (SENAI, 2007). A técnica dos eletrodos induz um campo magnético que é dependente da distância entre os eletrodos e a corrente elétrica que circula por eles.
Em geral estes valores são tabelados e disponíveis nas normas técnicas de inspeção aplicáveis ao produto ensaiado (ANDREUCCI, 2014). O espaçamento entre os eletrodos não deve ultrapassar a 8 polegadas. Espaçamentos menores podem ser utilizados para acomodar limitações geométricas na área que está sendo examinada, porém espaçamentos menores que 3 polegadas devem ser evitadas. Os polos de contato dos eletrodos devem estar limpos, e revestidos com uma malha de cobre para minimizar faíscas (FERRARESI, 2018). Para peças outras que não redondas, a corrente elétrica pode ser determinada pelo diâmetro maior da peça na seção perpendicular ao fluxo da corrente elétrica. Se o nível de corrente elétrica não pode ser obtido por limitações técnicas dos equipamentos utilizados, então deve ser empregado o padrão indicativo de campo magnético para certificação de que a máxima corrente elétrica aplicada é satisfatória (FERRARESI, 2018).
A TÉCNICA DA BOBINA: Nessa técnica a peça é colocada no interior de uma bobina ou solenoide, ocorrendo um campo longitudinal na peça. A bobina ou solenoide é formada por um enrolamento de fios condutores da corrente elétrica alternada ou contínua, que originam o campo magnético de intensidade que dependerá da corrente elétrica que passa pela bobina e o número de voltas que o enrolamento da bobina foi formado (amperes-volta) Fonte ANDREUCCI 2014 pag. A TÉCNICA DO CONDUTOR CENTRAL A técnica do condutor central é caracterizada pela passagem de um fio condutor ou conjunto de cabos condutores pelo centro da peça a inspecionar. Os yokes de pernas articuladas são mais eficientes porque permitem uma série de posições de trabalho com garantia de bom acoplamento dos polos magnéticos.
A vantagem está em não aquecer os pontos de contato, pois a técnica usa corrente elétrica magnetizante que flui pelo enrolamento da bobina do yoke, e não pela peça (SENAI, 2007). Para simplificar e permitir a comprovação periódica da intensidade do campo magnético durante os trabalhos de campo, as normas estabelecem que a verificação da força de magnetização do yoke pode ser comprovada através de sua capacidade mínima de levantamento de massa, equivalente a 4,5kg de aço no máximo espaçamento entre os polos, quando se utiliza corrente alternada, e de 18,1 kg com corrente contínua. Segundo normas, o campo magnético formado na área útil deve estar entre 77 e 65A/cm (FERRARESI, 2018). MÉTODO DE MAGNETIZAÇÀO CIRCULAR A magnetização circular, que tanto pode ser por indução quanto por passagem de corrente elétrica através da peça, é um método em que as linhas de força geradoras do campo magnético circulam através da peça em circuito fechado, sem fazer uma ponte através do ar.
Este tipo de equipamento difere dos eletrodos porque é aplicável a sistemas de inspeção automáticos ou semiautomáticos, para barras e eixos, principalmente nas indústrias automobilísticas ou em fábricas de produtos seriados de pequeno porte (FERRARESI, 2018). MÉTODO DE MAGNETIZAÇÃO MULTIDIRECIONAL Também conhecida como combinada ou vetorial, a magnetização multidirecional é um método em que dois campos magnéticos são aplicados simultaneamente na peça: um pelo método longitudinal e o outro pelo método circular. É, portanto, a combinação de dois métodos que produz um vetor rotativo, permitindo observar, de uma só vez, as descontinuidades com diversas orientações. O método multidirecional pode ser feito por indução de campo e por passagem de corrente elétrica; utiliza os equipamentos do método longitudinal e do método circular (SENAI, 2007).
As vantagens do método de magnetização multidirecional são a facilidade de inspeção de componentes seriados onde se reduz substancialmente o tempo de inspeção; a economia de partículas magnéticas; cada peça ou componente é manuseado apenas uma vez; menor possibilidade de erros por parte do inspetor, uma vez que é possível observar ao mesmo tempo, tanto as descontinuidades longitudinais quanto as transversais; menor tempo de execução (FERRARESI, 2018). Editora Abendi, edição online disponível em: http://www. abendi. org. br/abendi/Upload/file/US_maio-2014%20(1). pdf, acesso em: 04 mar. CARNEVAL R. O. MOREIRA A. B. RICHTER M. FERRARESI V. A. PARTÍCULA MAGNÉTICA Curso: Ensaios Não Destrutivos. Disponível em: ftp://mecanica. ufu. Acesso em: 02 jun 2017. VILLATE J. Física 2 eletricidade e Magnetismo. Porto – Portugal, edição online, Faculdade de engenharia do Porto, p.
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