PROCESSO DE LOGÍSTICA REVERSA EM TRATAMENTO DE ÁGUA
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharias
Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Santa Bárbara D´ Oeste, dia de mês de 2019 SOARES, Bianca Bento. Processo de Logística Reversa em Tratamento de Água. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara D´ Oeste, Santa Bárbara D´ Oeste, 2019. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) – Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara D´ Oeste, Santa Bárbara D´ Oeste, 2019. ABSTRACT Water is an essential resource for the survival of virtually all types of organisms on the planet, is responsible for establishing ecological balance, promoting quality and maintenance of life and, by underlying development economic and social economics of the country. However, due to the current scenario of scarcity and degradation of water bodies, the need to seek tools that can help in the treatment and proper disposition of this resource has been emerging, as well as prioritizing its reuse, when possible, especially in companies and/or industries, where its use tends to be more severe.
In this context, reverse logistics emerges, which is an instrument capable of proposing the return of products or effluents to production cycles, and thus reducing the impacts inherent in its activities, in order to contribute to the preservation of resources Natural. BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS 22 4. Redução de custos 23 4. Competitividade empresarial 23 4. Melhoria da imagem corporativa 24 4. Benefícios ambientais e respeito às legislações vigentes 25 5. Sendo os objetivos específicos: i) contextualizar o tratamento de água; ii) compreender os impactos decorrentes do descarte de água não tratada, por parte das empresas; e iii) analisar e conceituar o sistema de logística reversa no tratamento de água. A metodologia utilizada consistiu na revisão bibliográfica, elaborada a partir de artigos, dissertações, monografias e teses, disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e no Google Acadêmico, publicadas nos últimos 20 anos.
Para a pesquisa do material foram empregadas as seguintes palavras-chave: “Logística Reversa”, “Reuso de Água”, “Tratamento de Água”, “Tratamento de Efluentes”, “Recursos Hídricos”, entre outras. OS RECURSOS HíDRICOS E O TRATAMENTO DE ÁGUA A água constitui, de acordo com Baum (2011), um recurso fundamental para o desenvolvimento da vida e, consequentemente, para o setor econômico do país. A sobrevivência dos processos industriais e empresariais, assim como a manutenção da qualidade de vida e da biodiversidade, dependem diretamente da disponibilidade e qualidade deste recurso. Uma vez que, o Brasil possui 13,7% da água doce superficial disponível no planeta e conta com uma distribuição irregular de seus recursos hídricos, o que tem favorecido o surgimento de crises de abastecimento (MACAGNAN, 2011). A crise hídrica representa, atualmente, um dos mais graves problemas ambientais no mundo, sendo reflexo do esgotamento de recursos hídricos e, consequentemente, do baixo nível de água em reservatórios.
A escassez deste recurso é, geralmente, proveniente do consumo exagerado e inadequado, do desperdício, da perda da qualidade de mananciais (pela crescente poluição), do abastecimento público ineficiente e das consequências provocadas pelo agravamento do efeito estufa (SILVEIRA; MOURA, 2015). Segundo Sousa et al. a problemática dos recursos hídricos configura uma grande preocupação da sociedade, que vêm, a partir dos anos 2000, tentando buscar meios e/ou métodos capazes de estabelecer segurança a preservação e conservação destes, bem como garantir a sua disponibilidade no meio ambiente, para as atuais e futuras gerações. O que tende, consequentemente, a reduzir o consumo e a exploração exagerada de água, assim como garantir maior proteção ao meio ambiente e saúde pública (MACAGNAN, 2011).
O tratamento da água constitui um conjunto de técnicas e procedimentos direcionados a alterar ou retirar as características perigosas (com potencial degradador ou risco a saúde pública), como a periculosidade, letalidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade (ANDRADE, 2014). É responsável, portanto, por modificar as propriedades de um determinado corpo hídrico, de modo a neutralizar assim, os seus efeitos nocivos. Bem como reduzir a quantidade de água disposta, evitando o descarte inadequado e viabilizando o reuso deste recurso, para o mesmo e/ou diferente fim (MACAGNAN, 2011). De acordo com Carvalho, Barcellos e Henz (2014), o tratamento de água compreende, portanto, a um conjunto de procedimentos físicos e químicos aplicados na água, com a finalidade de torna-la adequada para consumo (potável) ou para uso em outras atividades e processos produtivos (não potável).
Além disso, pode proporcionar melhora na segurança hídrica, abastecendo áreas frágeis e semiáridas, bem como fortalecer o conceito de uso racional (ANDRADE, 2014). Em alguns casos, se o sistema bem dimensionado e com matérias/equipamentos ideais, é possível tornar a água descartada em potável (CANDEIAS, 2014). IMPACTOS PROVENIENTES DO DESCARTE DE ÁGUA NÃO TRATADA De acordo com Abrahão (2006), a água constitui o recurso mais utilizado em processos, especialmente, industriais, estando presente em quase todas atividades e procedimentos. Apesar de ser vital para as organizações, quando inserida em um ciclo produtivo, para executar uma determinada função, fica submetida a sofrer alterações, de suas características físicas, químicas e microbiológicas, que dependerão, geralmente, do processo e/ou produto a ser fabricado, assim como de seu respectivo setor.
A água pode ser utilizada como matéria-prima ou substância complementar e, por esta questão, ao final do processo, quando perde sua utilidade e fica, portanto, passível de ser descartada, pode vir conter uma complexa mistura de constituintes, como íons metálicos e metais pesados (chumbo e mercúrio), comumente encontrados em efluentes industriais (DANTAS; SALES, 2009). A disposição inadequada de efluentes e/ou águas residuárias pode proporcionar inúmeros impactos sobre o meio ambiente e saúde pública, devido ao seu nível de periculosidade, associado, normalmente, a características de toxidade (BAUM, 2011). Uma vez que, estes materiais tendem a conter elementos químicos em sua composição (CHISSINI, 2015). Quando os efluentes são descartados sobre o solo são responsáveis por alterar as propriedades físicas, químicas e biológicas deste, assim como por provocar a contaminação de águas superficiais próximas e subterrâneas, favorecendo fenômenos de erosão.
Desta forma, são capazes de contaminar o solo e assim, demorar dezenas ou até centenas de anos para serem degradados no meio, o que tende a modificar o habitat das espécies (fauna e flora) e trazer sérios riscos, para o equilíbrio dos ecossistemas e, consequentemente, capacidade de suporte do planeta (FUNGARO; IZIDORO; BRUNO, 2009). Caixeta (2011) ressalta que o descarte inadequado de efluentes não tratados, no solo, obriga que a natureza absorva produtos químicos e outras substâncias que não fazem parte de sua composição geológica original, o que pode promover até a contaminação de lençóis freáticos. A presença de metais tóxicos pode vir a afetar o equilíbrio da biota aquática, através da contaminação ambiental, que tende a permitir que estes elementos se acumulem ao longo da cadeia trófica.
Os peixes, por exemplo, constituem espécies facilmente afetadas, que tendem a concentrar íons metálicos nos músculos e vísceras abdominais, afetando a cadeia alimentar (CHISSINI, 2015). O aumento da concentração de metais tóxicos e sólidos em suspensão, tendem, portanto, a prejudicar o ciclo de nutrientes e assim a possibilitar o desenvolvimento, geralmente, de condições anaeróbias, e a favorecer o assoreamento dos corpos receptores e aspecto visual desagradável (FUNGARO; IZIDORO; BRUNO, 2009). Segundo Baum (2011), o lançamento de efluentes sem tratamento ou parcialmente tratados no meio ambiente, pode proporcionar graves impactos ambientais, econômicos, sanitários e sociais, desde a degradação de ecossistemas, do solo e de corpos hídricos, até a proliferação de doenças (diarreia infecciosa, cólera, leptospirose, infecções, hepatite, esquistossomose e problemas de pele) que, consequentemente, podem contribuir para a ocorrência de epidemias e aumento de índices de mortalidade.
Além disso, a contaminação, principalmente, de corpos hídricos (rios e lagos) pode exigir altos custos a empresa, podendo implicar em multas e penalidades mais severas, que podem vir a suspender suas atividades (CAIXETA, 2010). O Rio Sinos já tinha apresentado um alto um cenário de degradação em 2006, uma vez que, constitui um dos mais importantes da Região Metropolitana de Porto Alegre, e consequentemente, possui uma intensa atividade industrial na região, a qual é pólo de produtor de couro e calçados. Nesta época, foram registradas entre 10 a 15 toneladas de peixes mortos (NAIME; FAGUNDES). LOGÍSTICA REVERSA NO TRATAMENTO DE ÁGUA Em decorrência da grande degradação ambiental, de crises energéticas e hídricas, bem como do esgotamento/exaustão de recursos naturais e da proliferação de doenças, que vêm caracterizando o atual cenário do território brasileiro, os governos, sociedades e organizações passaram a ter interesse em questões de caráter ambiental (BRAGA, 2012).
E assim, a criar medidas que pudessem reduzir os danos ambientais, econômicos e sociais, provenientes das ações antrópicas e, consequentemente, dos ciclos produtivos (DIAS, 2011). De acordo com Braga (2012), o início da década de 1970 foi marcado pelo surgimento das primeiras legislações ambientais, que tinham por finalidade estabelecer responsabilidade aos governos, pelos respectivos impactos ambientais ocorridos em seus perímetros, resultantes, principalmente, do descarte inadequado de materiais, que configurava o maior desafio a ser enfrentado. Este instrumento é responsável por viabilizar a coleta e o reaproveitamento de resíduos sólidos e/ou efluentes líquidos que apresentam características prejudiciais a vida e ao meio ambiente, permitindo assim, o reuso do material no seu ou em outros ciclos produtivos, sendo reaproveitado como fonte de matéria-prima.
A logística reversa estabelece, ainda, um sistema de responsabilidade compartilhada para o destino dos resíduos e efluentes, em que os governos, empresas e consumidores passam a ser responsáveis pelos materiais descartados (SILVEIRA; MOURA, 2015). Além disso, conforme ressalta Novaes (2007), é responsável por planejar, implementar e controlar de forma eficiente e efetiva o fluxo direto e reverso, a estocagem de bens, serviços e informações, relacionadas entre o ponto de origem e o ponto de consumo, no sentido de satisfazer as necessidades dos clientes e da empresa (lucratividade e rentabilidade). No campo dos recursos hídricos, a implantação de princípios de logística reversa permite a utilização de água recuperada (reuso), o que evita a disposição em corpo receptor e, consequentemente, possibilita a preservação de fontes de maior qualidade, a melhoria da proteção ambiental e, diversos benefícios econômicos e sociais.
Além disso, a aplicação deste conceito na gestão das águas em empresas e/ou indústrias oferece uma ferramenta útil à prática de reutilização de efluentes líquidos, após tratamento de seus poluentes (SOUSA et al. Segundo Novaes (2007), a técnica de tratamento deve ser aprovada previamente pelo órgão ambiental, assim como operada e mantida em conformidade com os critérios e padrões de exigência adequados a finalidade de reuso. Além disso, é necessário controlar e monitorar com frequência a qualidade da água tratada em conformidade a legislação ambiental, de modo a garantir a segurança no reuso e, consequentemente, evitar danos ao processo produtivo (SOUSA et al. Portanto, para o processo de logística reversa ser eficiente, é necessário a escolha apropriada do sistema de tratamento de efluentes/água residuária, o qual deve levar em consideração as características da solução e a viabilidade econômica do procedimento.
De modo a proporcionar qualidades (físicas, químicas e microbiológicas) adequadas ao processo e/ou atividade a que irá se destinar (DANTAS; SALES, 2009). A água de reuso pode ser aplicada como: fluido de resfriamento ou aquecimento, sendo aplicada como fluido de transporte de calor ou com a finalidade de remover este; como matéria-prima em processos industriais; como fluido auxiliar, utilizado no preparo de misturas, entre outros; na geração de energia; descarga de vasos sanitários e limpeza de piso; rega de jardins e/ou áreas florestadas (NOVAES, 2007). Há, também, a redução de encargos ambientais e de custos associados a responsabilidade ambiental e descarte de efluentes (GUBERT, 2017). A redução de custos pode ainda estar relacionada a incentivos fiscais como a facilidade de créditos e a isenção determinados impostos (MELO, 2014).
Competitividade empresarial Apesar do instrumento de logística reversa estar associado, muitas vezes, apenas ao conceito ambiental, cada vez mais, vem sendo vinculado à questão econômica (SILVA et al. Podendo ser utilizado como uma estratégia de marketing nas organizações, uma vez que, empresas que apresentam um sistema logístico bem estruturado passam a ter grande vantagem competitiva, devido atingir lucros e buscar minimizar prejuízos (SILVA; ANDRÉA, 2009). A logística reversa proporciona a ampliação de serviços ao cliente, sendo capaz de satisfazer suas exigências e expectativas (SILVA; ANDRÉA, 2009). Outra grande vantagem é que quando a empresa passa a oferecer produtos e serviços, ou adotar atitudes diferenciadas, este fato contribui diretamente para a conscientização de seus funcionários e clientes, se tornando um exemplo a ser seguido.
A aplicação deste novo conceito à organização empresarial fortalece sua imagem no mercado, bem como reflete a busca ética e o compromisso com seus processos e produtos, na luta contra a degradação ambiental e consequentemente, da qualidade de vida. O que a torna diferenciada, mais competitiva e visada no mercado, passando, muitas vezes, a ser a preferência dos consumidores (SILVA et al. Benefícios ambientais e respeito às legislações vigentes A implantação da logística reversa é responsável por reduzir a exploração de recursos hídricos (mananciais) e consequentemente, atuar na conservação e preservação da água, bem como do equilíbrio de ecossistemas. Além disso, atua na solução de dois dos maiores problemas atuais: a disposição de efluentes e o desperdício de água (CAIXETA, 2010).
Sendo assim, o tratamento de água para fins de reuso proporciona a redução do consumo na rede pública e a exploração dos sistemas de abastecimento, assim como evita a utilização de água potável para usos incompatíveis com a sua qualidade (BAUM, 2011). O que proporciona o uso racional e reduz, também, a demanda por este recurso sobre os mananciais (MACAGNAN, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio dos dados levantados, bem como apresentados no presente trabalho é possível concluir, do ponto de vista inicial, que a água constitui um recurso fundamental para o desenvolvimento da vida e, consequentemente, das atividades econômicas (administrativas e industriais) do país, visto que, representa um elemento essencial aos ciclos produtivos, dos mais diferentes ramos. Entretanto, a água gerada (efluente) e descartada, por grande parte das organizações brasileiras, pode conter constituintes ou até mesmo, características físicas, químicas e biológicas, danosas ao meio ambiente e a saúde pública.
Neste contexto, é possível concluir que a implantação de métodos de tratamento nas empresas, refere-se a uma ferramenta importante e indispensável, uma vez que, visa tratar o efluente e assim, descarta-lo de forma ambientalmente adequada, de modo a reduzir, neutralizar e/ou mitigar impactos provenientes desta ação. REFERÊNCIAS ABRAHÃO, R. Impactos do lançamento de efluentes na qualidade da água do Riacho Mussuré. f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente). Universidade Federal da Paraíba. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011. BARBOSA, L. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas). Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo, 2012. BRASIL. Lei n° 12. Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2010. CANDEIAS, A. L. B. Universidade Federal de Pernambuco.
Recife, 2008. CARVALHO, N. L. BARCELLOS, A. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Ciências Ambientais). Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2015. DANTAS, D. In: Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. Rio de Janeiro: Atlas, 2011. FUNGARO, D. A. IZIDORO, J. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, 2017. LEITE, P. R. MELO, M. M. D. Divulgação de Informações da Sustentabilidade Empresarial e sua relação com os investimentos socioambientais e a governança corporativa das empresas listadas no índice de sustentabilidade empresarial. f. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. PEREIRA, P. L. Logística reversa na Mercedes-Bens – Juiz de Fora: Evolução e oportunidades. SILVA, M. C. G. HATAKEYAMA, K. PILATTI, L. ANDRÉA, T.
Q. G. Logística reversa, logística verde do conceito à prática. f. MOORI, R. G. A Logística Reversa e a Sustentabilidade Empresarial. Anais do Seminário em Administração, São Paulo, 2010. Disponível em: <http://web-resol. S. ARAUJO JUNIOR, A. H. REIS, R. A. n. p.
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