PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM ESPAÇOS PÚBLICOS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Esta combustão, segundo Gomes (2014), ocorre apenas na presença simultânea de três elementos, em suas devidas proporções, sendo: o combustível, o calor e comburente (oxigênio do ar), como ilustra a Figura 1. Esta inter-relação é fundamental para que ocorra qualquer tipo de incêndio, sendo denominada como “triângulo de fogo” (ALVES, 2014). De modo que, a ausência de qualquer um destes três componentes torna impossível a combustão (GOMES, 2014). Fonte: Gomes (2014, p. O combustível constitui toda e qualquer substância capaz de queimar e alimentar a combustão, representando o elemento que propaga o fogo; o calor pode ser considerado a forma de energia responsável por aumentar a temperatura, gerada a partir do processo físico ou químico; o oxigênio representa o elemento que reage com o combustível, possibilitando vida às chamas e intensidade à combustão (DIAS FILHO, 2016).

Suas principais causas podem ser divididas em três grupos, nomeados como: causas naturais, causas acidentais e causas criminosas. As causas naturais compreendem o grupo que não dependem da vontade do homem como, por exemplo, raios, vulcões, terremotos, calor solar e combustão espontânea. Causas acidentais podem ser variáveis, correspondendo a chamas expostas, a eletricidade, balões, fósforos, cigarros, uso de fogões, líquidos inflamáveis, entre outros. Já as causas criminosas são aquelas provenientes de ações premeditadas do homem (GOMES, 2014). Já de acordo com Pollum (2016) as causas de um incêndio são bem variáveis, uma vez que, pode ser resultante de um fato isolado ou por um conjunto consecutivo de fatos (falhas). Figura 1 – Classes de incêndio Fonte: Enquanto que o incêndio de classe B, envolve o fogo referente a líquidos e/ou gases inflamáveis ou combustíveis, plásticos e graxas, que se liquefazem por ação do calor e queimam somente em superfície.

A extinção deste fenômeno ocorre por meio do abafamento ou inibição da reação em cadeia. Já o incêndio de classe C, o fogo resulta de equipamentos e instalações elétricas energizadas, a extinção ocorre por meio de abafamento ou inibição da reação em cadeia (VIRGINIO, 2013). O incêndio de classe D constitui o fogo resultante de metais combustíveis, como magnésio, alumínio, zircônio, sódio, potássio e lítio. O princípio de extinção pode ser executado por abafamento ou método de isolamento. Seito et al. cita os principais fatores que podem influenciar o desenvolvimento do incêndio, resumidos em: forma geométrica e dimensões do local; a superfície dos combustíveis envolvidos; quantidade do material combustível; distribuição dos materiais combustíveis no local; local inicial do acidente; características de queima dos materiais envolvidos; condições do clima (temperatura e umidade); aberturas de ventilação; projeto arquitetônico do ambiente; medidas de prevenção e proteção instaladas.

Além disso, de acordo com Dias Filho (2016), este fenômeno pode ocorrer devido falhas nas instalações elétricas, sistemas de ar mal instalados, lixeiras (despejo inadequado de cigarros) e suprimento de gás. Segundo Serpa (2010), um incêndio inicia-se, normalmente, com intensidade pequena, entretanto, o seu crescimento depende: do primeiro elemento ignizado, das características do comportamento ao fogo, dos materiais na proximidade do material em chamas e sua distribuição no ambiente. Desta forma, o desenvolvimento de um incêndio ocorre, do ponto de vista geral, da seguinte maneira: o material combustível entra em contato com uma fonte de ignição, sendo decomposto pelo calor (pirólise), que contribui para a geração de gases. O acesso às moradias ocorre, também, por meio de vias estreitas, becos e escadarias, que tendem a dificultar a ação dos bombeiros no combate ao incêndio e dificultar as rotas de fuga para evacuação.

O mesmo autor ressalta ainda, que os assentamentos precários, formados a partir da ocupação espontânea e desordenada do território, caracterizam-se pela presença de edificações construídas sem nenhum padrão normativo, o que consequentemente, torna estas estruturas vulneráveis a diversos tipos de sinistros, em especial, a aqueles que envolvem a ação do fogo. Este fato, aliado a grande densidade de ocupação nos assentamentos, tem sido uma das causas do alastramento de incêndio nestes locais (LUCENA et al. Consequências ambientais, sociais e econômicas A ocorrência de incêndios proporciona diversas consequências, desde perdas humanas, ambientais, à prejuízos financeiros (SEITO et al. A fumaça, resultante do processo de combustão, pode ocasionar sintomas físicos nos indivíduos como, por exemplo: irritação, aceleração cardíaca, sonolência, náuseas, entre outros.

Dentre os métodos de extinção de incêndios, segundo Lucena (2014), há três principais técnicas, que são: a retirada do material combustível (RMC) ou isolamento, o resfriamento e o abafamento. Pires (2015) ressalta que o abafamento e o arrefecimento são técnicas fundamentais para o controle de incêndios. A técnica de retirada é responsável por remover ou diminuir todo e qualquer material combustível, não atingido, à uma margem segura da área de propagação do fogo, de modo assim, a interromper a alimentação da combustão. Já o resfriamento constitui a técnica mais utilizada, que visa minimizar a temperatura do material combustível que se encontra em combustão, reduzindo, também, a emissão de gases e vapores inflamáveis na área, por meio da aplicação de água, que corresponde ao agente extintor mais empregado neste tipo de método.

Enquanto que o abafamento tem por finalidade evitar ou diminuir o contato do oxigênio com o material combustível, de modo a quebrar a inter-relação do tetraedro de fogo. Já de acordo com Pires (2015), as medidas de prevenção, que buscam eliminar a probabilidade de ocorrência de um incêndio, compreendem: a aplicação de estudo de análise de risco, a implantação de plano de gerenciamento de materiais inflamáveis e combustíveis, cuidados na instalação e manutenção de sistemas elétricos e fonte de calor, concordância com normas e regulamentos e criação de um hábito, com base em atitudes preventivas. Desta forma, a prevenção e a proteção contra incêndios podem ser consideradas um conjunto de providências, que englobam desde ações simples (conservação, lubrificação e limpeza), até as mais complexas (instalações automáticas de combate, sistemas automáticos de detecção de gases ou fumaça) (CARNEIRO, 2010).

Por esta questão, as ações relacionadas ao combate de incêndios (de proteção) são classificadas em: medidas ativas e medidas passivas (PIRES, 2015). Pires (2015) ressalta que, a segurança contra incêndio deve visar a implantação tanto de medidas de prevenção, quanto de proteção, uma vez que, atuam em complemento. Caso as medidas de prevenção falhem, as de proteção tendem a limitar o crescimento e a propagação do incêndio, reduzindo suas consequências. Já o sistema acionado por detectores automáticos, representam os dispositivos que, quando sensibilizados por fenômenos físicos ou químicos, são capazes de detectar princípios de incêndio e enviar sinal a central receptora. O princípio de funcionamento é semelhante aos acionadores manuais, entretanto, agem de forma automática, e podem ser divididos em três grupos: detectores de fumaça (identificação de gases ou partículas produzidas pela combustão), detectores de temperatura (identificação de temperaturas elevadas, encontradas acima de um valor determinado) e detectores de chama (identificação de radiação visível ou não) (GOMES, 2014).

Sistema de sinalização de emergência O sistema de sinalização de emergência tem por objetivo orientar as ações de combate, bem como facilitar a localização de equipamentos e das rotas de saída, para o abandono seguro da edificação em caso de incêndio (GOMES, 2014). Desta forma, correspondem a sinais visuais importantes (Figura 2), que tem por função orientar os ocupantes, proporcionando informação de forma rápida e eficaz da existência, localização e dos procedimentos que envolvem as saídas de emergência, os equipamentos de segurança e os riscos potenciais da edificação (DIAS FILHO, 2016). Fonte: Gomes (2014, p. Estes equipamentos são utilizados, também, de acordo com classes de incêndios (DIAS FILHO, 2016). Uma vez que, há um tipo de extintor adequado para cada categoria de incêndio, que poderá ser usado, dependendo dos materiais presentes no local a ser protegido (GOMES, 2014).

De acordo com o mesmo autor, é possível ainda observar que cada tipo possui uma aplicabilidade diferente, segundo o tipo de material a ser combatido, como ilustra a Figura 3. Fonte: Virginio (2013, p. Estes equipamentos costumam ser instalados em locais visíveis e sinalizados, de fácil acesso e protegido de intempérie, onde há probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso (VIRGINIO, 2013). A implantação deste sistema é regulamentada pela Norma Brasileira NBR 10897, que estabelece as condições e diretrizes de instalação, composição, manutenção e manuseio dos componentes do sistema (DIAS FILHO, 2016). Sistema de chuveiros automáticos Os chuveiros automáticos, também denominados como sprinklers, podem ser definidos como aparelhos termicamente sensíveis, instalados em vários pontos da tubulação e projetados para entrar em funcionamento quando submetidos a temperaturas pré-determinadas (VIRGINIO, 2013).

De acordo com Gomes (2014), quando alcançam esta temperatura fixada, fundem-se ou rompem-se, permitindo a passagem livre da água, proveniente da rede de distribuição. Está água, ao chegar a base do sprinkler, é distribuída em forma de um chuveiro sobre o foco do fogo, como ilustra a Figura 4. Fonte: Gomes (2014, p. Brigadas de incêndios comunitárias Apesar da instalação de medidas passivas e ativas (em especial, de equipamentos de proteção) contribuírem de forma positiva para o combate a incêndios, este fato não garante que, na ocorrência de um sinistro, este seja extinto em seu princípio (início). É necessário, portanto, que os ocupantes da edificação e/ou da região tenham, no mínimo, conhecimentos básicos sobre a operação de tais equipamentos, uma vez que, constituem fatores fundamentais para a eficácia do método de combate, principalmente, perante uma situação de emergência (VIRGINIO, 2013).

De acordo com Santos (2010), a utilização de equipamentos de proteção deve ser realizada por uma equipe especializada, denominada como Brigada de Incêndio. Segundo Virginio (2013), a brigada de incêndio representa um importante instrumento, que pode ser definida como um grupo organizado de pessoas treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, no abandono e combate de focos, bem como princípios de incêndio. De modo, também, a auxiliar na evacuação do local e na prestação de primeiros socorros a possíveis vítimas. Comportamento humano em incêndios Há inúmeros estudos que abordam e estudam o comportamento humano durante a ocorrência incêndios. Os resultados de tais experimentos, segundo Mendes (2014), demonstram que apesar da grande maioria dos indivíduos apresentarem um comportamento dentro dos padrões normais, a ocorrência deste sinistro e de suas características particulares (presença de chamas, temperaturas elevadas e, presença de fumaça e gases tóxicos) podem contribuir para o surgimento de comportamentos nomeados como “não adaptativos”.

De acordo com Mendes (2014), este tipo de comportamento pode se expressar em atitudes e/ou ações de fuga induzidas pelo medo irracional, não adaptativo e anti-social, que pode vir a reduzir as possibilidades de escape de um individuo e/ou grupo. Tal comportamento pode, também, dificultar o abandono de inúmeras pessoas que estão tentando sair da edificação e/ou da região que se encontra em combustão ou ainda, atrapalhar e bloquear a entrada de equipes de socorro (SANTOS, 2010). Acredita-se, segundo o mesmo autor, que há fatores que podem aumentar a probabilidade de ocorrer um comportamento não adaptativo (SANTOS, 2010). n. Santa Maria. DIAS FILHO, G. A. Adequação das instalações de combate a incêndio da escola de música para atender ao TAC entre a UFRN e corpo de bombeiros.

A. SANTOS, C. C. Avaliação de risco de incêndio em centros históricos – o caso de Castelo Branco. Agroforum, n° 34, v. f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal de Santa Cataria. Santa Maria, 2014. LUCENA, R. M. A. PASSUELLO, A. PAULETTI, C. SILVA FILHO, L. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2015. PIRES, N. M. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2016. MENDES, C. M. R. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Faculdade de Engenharia – Universidade do Porto. Porto, 2010. SEITO, A. I. P. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2015, p. SERPA, F. B. C. MELO, M. B. F. V. S. Avaliação dos sistemas de combate a incêndio em uma instituição de ensino superior localizada no município de Mossoró.

Monografia (Graduação em Ciência e Tecnologia). Universidade Federal Rural do Semiárido. Mossoró, 2013.

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