O trabalho do assistente social da rede CRAS: A IMPORTÂNCIA DO acompanhamento com as famílias rurais do PAIF
Tipo de documento:Monografia
Área de estudo:Estatística
Agradeço ao meu esposo que sempre acreditou na minha capacidade e não poupou esforços para contribuir na minha formação acadêmica. Neste momento faço a exposição em palavras para agradecer a todos os docentes que, direta ou indiretamente contribuíram para o meu processo de aprendizagem. O agradecimento vai para a equipe da Secretaria Municipal de Promoção Social e Habitação de Cabeceiras-GO, principalmente a supervisora de campo Assistente Social Rosa Amélia da Equipe Volante do CRAS, que sempre acolheu e contribuiu nesta oportunidade de realizar o estágio supervisionado e aproximar com a realidade das famílias que são atendidas pela rede. Agradeço aos colegas da sala de aula pelas trocas de experiências e conteúdo, aprendi com todos, e em cordial a Orientadora Sra.
Karina pela amizade e lealdade no processo de orientação. Os principais resultados foram a articulação da intervenção do assistente social com as redes de apoio, sendo, encaminhados as demandas em prol da solução e superação. Vale ressaltar que a Política de Assistência Social é de extrema importância a sua relevância na concessão dos direitos sociais, pois, as expressões da questão social são por vez solucionadas a partir das intervenções das políticas estatais. Palavras-chave: Assistente Social. Assistência Social. CRAS. CRAS. PAIF. Public policy. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 08 2. Os encaminhamentos necessários para a resolução das demandas dos usúarios. O trabalho das redes de apoio juntamente com a rede CRAS. CONSIDERAÇÕES FINAIS 49 6. REFERÊNCIAS 50 1 INTRODUÇÃO A temática surgiu a partir dos estágios supervisionados realizados na rede CRAS do Município com a equipe volante composta dos profissionais Assistente Social e Psicóloga.
Desta forma, o interesse em realizar este estudo é através da vivencia enquanto estagiaria em que a partir da observação participante permitiu vivenciar uma experiência primordial em contato com a prática do Assistente Social na comunidade rural. Quando é observado o trabalho do profissional em seu campo de atuação se depara com várias situações, sendo, vínculos desfortalecido no seio familiar, sem informações sobre o direito cidadão, violência doméstica, abuso e exploração sexual de crianças/adolescentes, público com depressão e síndrome do pânico, trabalho infantil, enfim, são diversas demandas que se depara. Desta forma, o objetivo geral é analisar a execução do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família através do trabalho do Assistente Social desenvolvido com as famílias da comunidade rural.
Seguindo este caminho, os objetivos específicos são descrever o sistema Único de Assistência Social - SUAS; identificar o trabalho do Assistente Social frente as demandas das famílias inseridas no PAIF; conhecer historicamente o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família – PAIF, e, sistematizar o cotidiano do trabalho do Assistente Social com as famílias no CRAS. A partir da observação participante e acompanhamento nas visitas domiciliares e intervenções, aproximou o interesse de aprofundar na temática e realçar o que se torna primordial em realizar o levantamento para os principais resultados deste estudo. Em suma, a teoria se torna primordial para uma pratica eficaz perante o trabalho do Assistente Social na rede CRAS e principalmente com o público da comunidade rural, ou seja, são pessoas simplórias e muitos não sabem de seus direitos, nisso, o profissional deve atender este público com mais atenção e priorizando seus direitos à tona.
Nesta pesquisa foi utilizado o método dedutivo, onde, irá percorrer uma análise na perspectiva fundamental sobre a atuação do Assistente Social da rede CRAS com o público da comunidade rural e a inserção no PAIF. Neste estudo os instrumentos da coleta de dados foram enquanto instrumento principal, levantamento das principais fontes na internet, dados no site do IBGE, estudos de outras pesquisas bibliográfica, artigos científicos e demais fontes que possa ter êxito e fundamento em prol dos resultados que foram divulgados. Para analisar os dados, foi utilizado um relatório parcial, gráficos ilustrativos e tabelas com os resultados primários e secundários a partir do levantamento bibliográfico com base a metodologia de trabalho do Assistente Social na rede CRAS com o público da zona rural, esta análise será realizada no mês de setembro/2023.
A comunidade rural tem o atendimento imediato, mas por vez estas intervenções são realizadas de forma para suprir a situação emergencial, onde, a realidade pode haver mudança a partir de ações de proteção e aprimoramento de ações. Os atendimentos do profissional Assistente Social na rede CRAS se torna primordial e eficaz a jus do trabalho informativo, é de extrema importância para realizar a intervenção com a comunidade rural e quando detectado as demandas providenciar as possíveis soluções e devidos encaminhamentos para outras redes, este estudo se torna eficaz ao retratar a atuação do profissional de Serviço Social na rede CRAS em atendimento com o público que residem nas comunidades rurais. Essa prática era realizada, com objetivo de ajudar os assistidos, no sentido de mascarar suas reais condições de vida.
Pode-se dizer que nesta ótica, a Assistência não era compreendida como um direito, mas sim como uma prática pragmática e imediaticista. A partir dessa década a classe operária foi reconhecida pelo Estado, por causa das péssimas condições de trabalho. As leis sociais no governo de Getúlio Vargas1 fizeram com que a presença política da classe operária fosse reconhecida e as necessidades sociais consideradas. Neste mesmo período, especificamente em 1933, o Serviço Social foi implementado no Brasil, inicialmente para consolidar o enfrentamento às questões dessa classe, de forma pragmática e direcionada à solidariedade. Mesmo com enfoque voltado a esta questão, JK desloca a sua atenção para outros segmentos sociais, principalmente àqueles ligados aos programas de desenvolvimento de comunidade.
As lutas populares e conflitos entre as classes, intensificam-se nesse período, fruto dos processos de urbanização e industrialização. O governo de Jânio Quadros4 e João Goulart5 (1961-1964) na década de 60, marcado pela estagnação econômica face ao endividamento externo e o aumento da inflação. As forças populares pressionavam o Estado no sentido de ampliar o espaço de participação tanto política quanto economicamente. Destacando-se a criação do 13º salário, do salário família para os trabalhadores urbanos e a criação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), atendendo apenas aos trabalhadores em regime de CLT, definindo o período de aposentadoria para as mulheres (60 anos) e para os homens (65 anos). A Assistência por sua vez passou a ser responsabilidade do Estado, vista como um direito social, priorizando o atendimento a todos aqueles que dela necessitam, ou seja, a todos aqueles que não possuem condições de satisfazer suas necessidades básicas e de seus familiares.
Mesmo reconhecida pela Constituição Federal como um direito, a assistência social só foi regulamentada em 1993 com a Lei Orgânica da Assistência Social (Nº 8. de 07 de dezembro de 1993), passando a ser vista como: Direito do cidadão e dever do Estado, política de Seguridade Social não contributiva, que prover os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. BRASIL, 1993) A política de assistência assume uma maior visibilidade tornando-se um mecanismo estratégico de acesso a bens e serviços aos excluídos, passando a ser vista como uma ponte que liga os programas compensatórios e os serviços sociais aos usuários. Nesse contexto, a Assistência passa a ser confundida com o assistencialismo encontrando, principalmente nas organizações filantrópicas, o espaço necessário para o desenvolvimento de ações voltadas ao imediaticismo.
chama de "castração da cidadania", ou como diz (Fleury apud Sposati,1991, p. é uma espécie de cidadania invertida já que o indivíduo passa a ser beneficiário do sistema pelo motivo do reconhecimento da sua incapacidade de exercer plenamente a condição de cidadão. O princípio da universalidade inerente à política de assistência não é devidamente cumprido. Na prática assume caráter altamente seletivo e fragmentado, estimulando cada vez mais as desigualdades sociais e exclusão dos usuários dos serviços. Um ponto que pode ser abordado como um avanço no que se refere à concretude aos princípios e diretrizes da LOAS, é quanto a aprovação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em 2004, apresentada ao Conselho Nacional de Assistência Social pela Secretaria Nacional de Assistência Social, do Ministério de Desenvolvimento e Combate à Fome, com o propósito de construir uma nova agenda para a cidadania no Brasil, que aponta para construção e a implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), propondo uma gestão descentralizada nas três esferas do governo, na provisão das ações socioassistenciais através da intersetorialidade e a participação popular.
Os serviços socioassistenciais são organizados em vigilância social, proteção social e defesa social e institucional. Vigilância Social refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social crianças e adultos, vítimas de formas de exploração, de violência e de ameaças; vítimas de preconceito por etnia, gênero e opção pessoal, dentre outros. Proteção Social estabelece a proteção social básica a idosos e pessoas com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calamidades e emergências restabeleçam vínculos pessoais, familiares. A Defesa Social e Institucional assegura aos seus usuários o direito ao atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente de procedimentos vexatórios e coercitivos; direito do usuário à oferta qualificada de serviço; direito de convivência familiar e comunitária.
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) constitui-se numa unidade básica de atendimento, responsável pela oferta de atenções especializadas de apoio, orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Representou a maioridade jurídica da assistência social, na história brasileira, instituindo em seu estatuto como política pública de Estado, integrada a seguridade social. De acordo com Torres (2002, p. o assistencialismo trata-se de uma estratégia política que exclui o ser social do processo de participação política no seio da sociedade, promovendo uma cultura do silêncio e um comportamento de passividade a ordem. Entendida como um dos elementos fundamentais do populismo, tal prática permite que o poder o utilize enquanto estratégia política dentro de suas estruturas institucionais, forjando assim, a legitimação junto às classes menos favorecidas da sociedade.
Já a assistência social, corroborando com Bobbio (1992, p. Ainda persistem desafios a serem enfrentados para que se efetive a política organizada por meio de um sistema, que exija a participação de instâncias e atores diversos, nem sempre sintonizados, em tempo e interesse, com as disposições do processo. A Política Nacional de Assistência Social Conforme Simões (2010, p. a PNAS, aprovada pelo CNAS, promove sobretudo, a defesa e atenção dos interesses e necessidades sociais, particularmente das famílias, seus membros e indivíduos mais empobrecidos e socialmente excluídos. Cabe, por isso, a assistência social, segundo esta política, as ações de prevenções, promoção e inserção; bem como o provimento de um conjunto de garantias ou seguranças que cubram, reduzam ou previnam a vulnerabilidade, o risco social e eventos; assim como atendam às necessidades emergentes ou permanentes, decorrentes de problemas pessoais ou sociais dos seus usuários e beneficiários.
No artigo 204 da Constituição de 1988 encontram-se duas diretrizes da política de assistência social, relacionadas à descentralização político-administrativa e à participação da população e controle social. Terceiro por introduzir um novo campo em que se efetivam os direitos sociais. SPOSATI, 2009, p. Quadro 1: Princípios da Política de Assistência Social. Fonte: Estudo e sistematização realizados pelos autores de acordo com a legislação. Vale ressaltar que a política de assistência social foi citada no I PND como política pública de modo que o documento destacou também a necessidade de mudança na concepção das ações assistenciais, realizadas até então com forte caráter assistencialista e sem articulação com as demais políticas sociais. Conforme Simões (2010, p.
a PNAS, aprovada pelo CNAS, promove sobretudo, a defesa e atenção dos interesses e necessidades sociais, particularmente das famílias, seus membros e indivíduos mais empobrecidos e socialmente excluídos. Cabe, por isso, a assistência social, segundo esta política, as ações de prevenções, promoção e inserção; bem como o provimento de um conjunto de garantias ou seguranças que cubram, reduzam ou previnam a vulnerabilidade, o risco social e eventos; assim como atendam às necessidades emergentes ou permanentes, decorrentes de problemas pessoais ou sociais dos seus usuários e beneficiários. A intersetorialidade foi um dos pontos importantes trazidos com a PNAS, pois através da sua articulação com as demais políticas públicas visa-se o desenvolvimento de ações conjuntas destinadas ao enfrentamento das desigualdades sociais existentes e identificadas em determinadas áreas, além de realizar a proteção social básica e especial dos usuários.
Com a junção entre as políticas públicas em torno de objetivos comuns passasse a orientar a construção das redes municipais. AMÂNCIO, 2008) O SUAS organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos. Para Simões (2010, p. segundo a Lei, a assistência tem por finalidade assegurar a prestação das necessidades básicas, com base nas quais as políticas públicas, com a participação da comunidade, definem os mínimos sociais, de natureza mais ampla.
YASBEC, 2008, p. Para Paiva (2006) o desafio central posto para o SUAS é romper com o histórico de serviços precarizados e focalizados, além de formular e implementar metodologias de trabalho socioassistencial para dar subsídios às equipes que passam a integrar os espaços governamentais do SUAS, tais como CRAS. A proposta do SUAS é um avanço e concretiza um modelo de gestão que possibilita a efetivação dos princípios e diretrizes da política de assistência, conforme definido na LOAS. O SUAS aponta ainda a implantação de um sistema de vigilância sócio-assistencial, que consiste no desenvolvimento da capacidade e de meios de gestão assumidos pelo órgão público gestor da assistência social para conhecer a presença de pessoas em situação de vulnerabilidade Os alcances dos direitos são históricos, por emergirem em decorrência de determinadas lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo gradual, não todos de uma só vez nem de uma vez por todas.
A GÊNESE DO SERVIÇO SOCIAL: PERSPECTIVAS E AVANÇOS NA POLÍTICA PÚBLICA A gênese do Serviço Social no Brasil, inicialmente se deu com um caráter tradicional e assistencialista, focado no atendimento e “solução” dos problemas sociais. Para gerir trabalhos através da globalização Mundial com ajuda do capital financeiro e a aliança entre o capital financeiro e a aliança entre o capital bancário e o capital industrial. A execução social econômica, política cultural de jovens e crianças e adultos se faz através dos desenvolvimentos do trabalho coletivo com dos desenvolvimentos também da tecnologia e da ciência, dos meios de comunicação e produção do mercado. A acumulação do capital liga-se a igualdade o crescimento é possível devido com o consumo ampliações do mercado de trabalho com concentração de renda, capital, poder, a melhoria dos serviços sociais das políticas públicas.
Para exercitar a política do assistente social é preciso exercer uma função formadora crítica e competente, libertar-se das prisões, os indivíduos que estão nas perspectivas de desenvolvimentos sociais, no sentido de atender a realidade deles. O movimento das classes sociais e do Estado e suas relações sociais tentam diluir as particularidades do atendente da profissão de assistente social, ir além da história de vida da sociedade, extrapolar os serviços sociais no sentido de qualificar o assistente social identificando essas particularidades e criar alternativas de ações para a sociedade emergente e ávida por mudanças e transformações. Através da evolução da trajetória histórica do serviço social, o código de ética profissional obteve uma evolução na síntese do papel do assistente social mediante os conflitos sociais que as pessoas perpassaram para conquistar seus direitos.
Com base, neste trâmite cada caminho percorrido era uma vitória ganha em prol de ajustar o compromisso do profissional com a sociedade em prevalecer a dignidade humana. A partir do movimento de reconceituação que o profissional assistente social teve um olhar vislumbrante sobre sua atuação frente as demandas da sociedade, e a partir do projeto ético-político que direcionou as estratégias e mecanismos de trabalho para que se tenha uma intervenção qualitativa ligada aos direitos daqueles que necessitam. O compromisso do Projeto Ético Político do Serviço Social, pauta-se na liberdade como valor ético central, na emancipação e expansão dos indivíduos sociais e com a autonomia dos sujeitos e do próprio profissional, enfim, nos seus onze princípios. Cabe ressaltar que os princípios do Código de Ética não é o único determinante do projeto, mas cabe o destaque do mesmo devido ao impacto que sua leitura, análise e atuação em diferentes perspectivas favorecem projetos societários diferentes.
ou seja, deve-se vê-la como uma propriedade constitutiva da profissão construída e reconstruída sócio historicamente, para que assim se constitua em condição de reconhecimento social da profissão. O assistente social tem ampliado sua ação profissional, transcendendo a ação direta com usuários e atuando também em planejamento, gestão, assessoria, investigação, formação de recursos humanos e nos mecanismos de controle social (conselhos e conferências). As atribuições a serem explicitadas podem ser desenvolvidas nos diversos espaços, havendo, entretanto, predominância de determinadas ações a partir das áreas de trabalho. Capacidade de mobilização e articulação dos instrumentos necessários à consecução das respostas às demandas postas pela sociedade, resultante de múltiplas determinações histórico-sociais que se apresenta devido à realidade concreta pensada teleológica, diante de um contexto critico de totalidade, baseada em um conjunto de saberes específicos, composto do desenvolvimento das competências técnico-operativa, ético-política e teórico-metodológica, estas vinculadas ao contexto sócio histórico que as envolvem, que dão bases materiais e intelectuais para o exercício profissional no Serviço Social.
CASSIMIRO, 2011, p. Dentro dessa visão, Sousa (2008) afirma que a competência teórico-metodológica exige um profissional atento a realidade social, política, econômica e cultural em que trabalha e que seja capaz de apreender a dinâmica e a essência da sociedade para além dos fenômenos aparentes, a fim de construir sua possibilidade de intervenção, para tal, é necessária uma capacitação continuada do profissional. Segundo Sousa (2008) a dimensão ético-política é referente à capacidade que o profissional de Serviço Social tem de analisar a sociedade e se posicionar politicamente, frente às contradições além de ter consciência da direção social que esta dimensão irá imprimir em sua intervenção. A dimensão técnico-operativa, de acordo com os estudos de Sousa (2008) refere-se aos elementos técnicos e instrumentais para o desenvolvimento da intervenção.
Tais instrumentos não são uma “receita de bolo” que se segue passo a passo, eles são construídos juntamente com a população usuária e as instituições contratantes, de maneira que responda ás demandas da realidade social. Quando se trata em que a intervenção do assistente social é utópico se direciona que este profissional tem metodologia, mecanismo e estratégia para atuar de forma clara e traçando metas para serem alcançadas a chegar um resultado predominante. A questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção, sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética dos direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete igualdade e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de poder e dominação.
Para Iamamoto, (1997, p. define o objeto do Serviço Social nos seguintes termos, em que, os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. A “questão social” contemporânea nas sociedades capitalistas mantém a característica de ser uma expressão concreta das contradições e antagonismos presentes nas relações entre classes, e entre estas e o Estado.
As relações capital-trabalho, no entanto, não são invariáveis, como tampouco o é a forma de organização do capital e do trabalho: por isso, concordamos com a ideia de que existem novidades nas manifestações da “questão social”, o que é muito diferente de afirmar que a “questão social” é outra, já que isso pressuporia afirmar que a “questão social” anterior foi resolvida e/ou superada. PASTORINI, 2004, p. A política de assistência social regulada pela Lei Orgânica/1993 vem sendo implementada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) formatado em 2005, que regula a execução dos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica, afetando nas situações de vulnerabilidades (pobreza, ausência de pertencimento, fragilização de vínculos, dentre outros) e Proteção Social Especial desenvolvida nas situações de risco ou de violações dos direitos.
FRANÇA e FERREIRA, 2012, p. ressaltam que, a Questão Social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo o seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do estado. É a manifestação no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e da repressão. O Estado passa a intervir diretamente nas relações entre o empresariado e a classe trabalhadora, estabelecendo não só uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho através da legislação social e trabalhista específica, mas gerindo a organização e prestação de serviços sociais, como um novo tipo de enfrentamento da Questão Social.
A contribuição do assistente social para a resolução das demandas dos usuários A articulação dos serviços, programas e projetos sociais está entre as competências a serem desenvolvidas pelo assistente social, principalmente visando à formulação de respostas profissionais para o enfrentamento das expressões da questão social (CFESS, 2009). Nesse sentido, o desenvolvimento de ações profissionais no eixo de intervenção do planejamento e gestão objetiva a criação de protocolos entre serviços, programas e instituições, no conjunto das políticas sociais que servem de base tanto para o trabalho do assistente social, como para a equipe da qual é parte. É atual, não potencial, ou seja, o que pode ocorrer ou fazer aqui e agora, culminando na transformação de uma matéria prima num produto natural e/ou social.
SANTOS, 2006, p. Segundo, Iamamoto (2015) diz que o trabalho do Serviço do Social nem sempre foram centralizado e nem atingiu resultados múltiplos em suas demandas. E que são diferenciadas nas demais especializações do trabalho social útil que corresponde às necessidades sociais existenciais. O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA REDE CRAS FRENTE A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade de proteção social básica, que tem por objetivo previnir a ocorrência de situações de vulnerabilidade e riscos sociais nos territórios, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e da ampliação do acesso aos direitos da cidadania. Para Fagundes e Nogueira (2011, p.
a integralidade, tomando o exemplo dado na PNAS, traz um caráter mais profissional para o Serviço social, fazendo com que a profissão transcenda para além da ajuda, pois traz a orientação por concepções teóricas e propicia a universalização dos direitos. Quanto mais democratização, mais participação popular. Quanto mais participação popular, melhor e mais abrangente será a proteção social brasileira e a ampliação da cidadania social no Brasil. No que se refere à discussão do trabalho do Assistente Social e suas perspectivas notamos que Freitas, (2001, p. O desenvolvimento do trabalho do assistente social se baseia em realizar visitas domiciliares, acompanhamento mensal, palestras socioeducativas, encaminhamentos para outras políticas públicas, trabalho em grupo, enfim, são diversas ações que o profissional pode desenvolver com o público da zona rural e urbana.
As assistentes sociais formaram a sua identidade profissional fundamentados na concepção de que proteção social era um direito vinculado à ideia de justiça social e profundamente integrado à própria ideia da justiça como valor maior, ao qual deveria estar direcionado seu trabalho. Dentro desta perspectiva, podemos entender o esvaziamento subjetivo vivenciado no burnout que agora se dissemina no interior das redes institucionais em que atuam estes profissionais, considerando que surgiram ameaças e ataques à preservação do sentido de seu trabalho. SELIGMANN-SILVA, 2011, p. As demandas sociais atendidas na rede CRAS e possíveis soluções Para Iamamoto (2007, p. Mais ainda, ações que estejam conectadas a projetos profissionais aos quais subjazem referenciais teóricos e princípios ético-políticos. Nesta realidade contemporânea as demandas que os assistentes sociais podem atender diariamente são direcionadas aos direitos sociais, sendo, os benefícios, e a partir disso a resolução de conflitos sociais familiares, prevenção na questão de evitar a violência, dentre outros fatores, desta forma, o profissional deve conhecer seu público e realizar o acompanhamento em prol da prevenção.
O Estado respondia as demandas sociais com medidas mínimas, voltadas à área de trabalho e previdência, as demais áreas, conforme Pereira (2000), “tiveram um tratamento residual”. Ainda a autora coloca que a educação estava a serviço da elite; na habitação as empresas industriais construíam vilas operárias, creches, restaurantes, como mecanismos extra econômico de reforço à reprodução da força de trabalho e às estratégias de rebaixamento do salário do trabalhador. As políticas sociais deste período são resumidas a poucas leis relacionadas ao trabalho e previdência, direcionadas a apenas alguns segmentos da classe trabalhadora. IAMAMOTO, 2008, 163). Gráfico 1: Quantitativo de atendimentos particularizados por mês que são realizados no CRAS. Fonte: SIGAFWeb – março de 2017. Com base no gráfico 1, percebe o quantitativo de atendimentos particularizados que no mínimo um CRAS de porte pequeno, médio ou grande realiza mensal, ou seja, o CRAS tem um fluxo de atendimentos bem rotativos, ou seja, o fluxo do teor das demandas e atendimentos que possam obter de acordo com a necessidade do usuário.
Gráfico 2: Quantitativo de visitas domiciliares mensal. Sendo assim, Yazbek (1996, p. exemplifica claramente o que se resume a luta cotidiana do Assistente Social nas múltiplas questões que implicam e permeiam o seu cotidiano, no conjunto destas reflexões emerge a necessidade de repensar o serviço social profissional enquanto uma das mediações fundamentais na prestação de serviços assistenciais aos subalternos. Para que sua crítica acerca da política social e assistencial e de sua própria intervenção não se configure como discurso genérico e abstrato, sobretudo no que se refere à cidadania dos assistidos, é necessário em primeiro lugar reconhecer seus limites. Ultrapassar as aparências que escamoteiam o fato de que entre as políticas assistenciais e seu objeto há um enorme fosso, que é o próprio caráter estrutural da geração da pobreza, exclusão e subalternidade de seus usuários.
Assim sendo, a “Rede de Proteção” pressupõe a atuação dos diversos componentes do “Sistema de Garantias” de forma articulada, ordenada e integrada, de modo a permitir o rápido e eficaz atendimento das necessidades básicas das crianças, adolescentes e suas respectivas famílias como um todo, evitando assim a omissão ou a superposição de ações. O trabalho das redes de apoio juntamente com a rede CRAS O conceito tradicional de Rede está relacionado a um conjunto de serviços similares, organizados de forma hierarquizada e, portanto, atrelado a uma gestão centralizada. Já as Redes modernas mantêm-se num processo contínuo de busca de legitimação através de fluxos ativos de informação e interação. GUARÁ, 1998, p. O Conselho Tutelar pode requisitar serviços públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, previdência, trabalho e segurança, expedir notificação, providenciar medidas de proteção ao adolescente autor de ato infracional, requisitar certidão de nascimento e óbito de crianças e adolescentes.
BRASIL, 2006, p. A intersetorialidade é um instrumento de otimização de saberes, competências e relações sinérgicas, em prol de um objetivo comum e prática social compartilhada. PEREIRA, 2014, p. É uma nova forma de gestão de políticas públicas que está necessariamente relacionada ao enfrentamento de situações concretas. Supõe vontade, decisão, que tem como ponto de partida o respeito à diversidade e às particularidades de cada setor ou participante. Envolve, portanto estruturação de elementos de gestão que materializem princípios e diretrizes, a criação de espaços comunicativos, a capacidade de negociação e também trabalhar os conflitos para que finalmente se possa chegar, com maior potência às ações. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Ney T. ALENCAR. Mônica M. T. Serviço Social, Trabalho e Políticas Públicas.
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