O INCENTIVO A LEITURA A PARTIR DO LÚDICO
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Gestão ambiental
Aprovada em __________ de____________________ de 2019 BANCA EXAMINADORA _____________________________________________ Professora Doutoranda Eliana Brandão Caribé Orientadora _____________________________________________ Professor Drº. Francisco Carlos Aguiar Neto Instituto de Educação Social Tecnológico Dedico ao meu esposo Enzo Gabriel e filhos, ao meu pai Francisco Rodrigues, a minha mãe Edileuza Rocha, as minhas irmãs Flávia Rocha e Alessandra, aos meus cunhados Viviane e Wellington, a minha avó Marineuza e Maria Félix (in memorian), ao meu sogro Neto, a minha sogra Tânia, a minhas tias Dói e Elza, aos meus tios Di, Evandro e Titi (meu cururu). AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus em primeiro lugar, por me dar sabedoria e paciência para atingir os meus objetivos, Ao meu esposo Enzo Gabriel e filhos, Ao meu pai Francisco Rodrigues, A minha mãe Edileuza Rocha, A minhas irmãs Flávia Rocha e Alessandra, Aos meus cunhados Viviane e Wellington, A minhas avós Marineuza e Maria Félix (in memorian), Ao meu sogro Neto, A minhas tias Dói e Elza, Aos meus tios Di, Evandro e Titi (meu cururu), A minha orientadora professora Eliana Caribé, pela dedicação e paciência dispensados à minha pessoa.
A minha querida sogra Tânia. A todos meus amigos de graduação, que de alguma forma ajudaram na construção deste trabalho. Literatura. Educação infantil. ABSTRACT This work had as its theme the encouragement of reading from the playful and the objective was to study about the encouragement of reading in early childhood education. Thus, the problem of this study concentrated the following question: how to encourage reading through the playful? The justification for the construction of this study was due to the fact that the literature can meet the need to escape reality. The research was developed through the use of bibliographic literature in order to seek theoretical support to the teacher, so that he can contribute to the process of encouraging pleasant reading, without losing its playfulness.
INTRODUÇÃO. O USO DO LÚDICO NO INCENTIVO A LEITURA NA ESCOLA. CONCEITO DE EDUCAÇÃO INFANTIL, LEITURA E LÚDICO. O LÚDICO NA FORMAÇÃO DO HÁBITO DE LER. POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS DE INCENTIVO A LEITURA. É necessário formar leitores a partir do desenvolvimento do senso crítico, estimulando a reflexão com o outro, ajudando o leitor a criar sua própria opinião, ampliando assim a sua visão de mundo. Para isso, é importante a participação da escola a fim de cultivar leituras contínuas. O ato de ler traz uma pedagogia interna, uma forma de interpretação do mundo. Ler é se identificar com os personagens e situações; constitui a possibilidade de novas descobertas, pois as crianças têm essa capacidade, a de estarem atentas as leituras e ao mesmo tempo descobrindo novos mundos; é trazer novas aprendizagens para a sua história; é viajar pelo tempo em seu interior sem sair do lugar; é ser tocado de uma forma diferente por cada uma das histórias lidas; é brincar e aprender.
É importante incentivar as crianças e os jovens para que eles possam ter o interesse de pesquisar novas leituras. É preciso mostrar a eles sua importância desse ato e serem incentivados a refletir as atividades de escrita, pois, depois que se aprende a escrever é preciso elaborar, compreender, reescrever para que se chegue ao resultado final com uma boa produção. Quando o professor aplica atividades de fixação, com perguntas antes e após a leitura de um texto, ajuda o aluno a compreender o que o texto está dizendo. O aluno que, com a ajuda do professor aprende a se organizar, consegue analisar, entende com certa facilidade o texto e responde o que se pede na atividade proposta. O ato de decifrar ou interpretar bem o sentido do que se está lendo ajuda a formar seres pensantes, com senso crítico, competentes e preparados para a vida, pois, ao armazenar conhecimento na memória, futuramente eles podem ter um significado importante, servindo como base para se ter mais desenvoltura nas habilidades de leitura.
É necessária a realização de leituras de mundo e não apenas de obras literárias, sempre questionando e buscando compreender o que se lê. A justificativa pela construção deste estudo deveu-se ao fato de que a literatura pode atender a necessidade de fuga da realidade, entrada num mundo de fantasias e poder estar metaforicamente em dois lugares ao mesmo tempo. Os livros e a literatura promovem novas descobertas de maneira prazerosa, de modo a aperfeiçoar a comunicação com o mundo e a formar leitores capacitados e independentes na compreensão de algum texto, contribuindo para a sua inclusão e interação na sociedade. A cada etapa da vida a criança passa a descobrir um mundo novo de percepções. Nesse campo de perfil, a literatura vem semeando valores como meio de transformar a leitura como fonte de prazer e divertimento.
A crítica literária utilizada por este estudo compreendeu a opção por estudiosos que trabalham sobre a temática como Abramovich(1995), Coelho (2000), Vygotsky (1987, 1998), entre outros. A Educação Infantil compreende crianças de 0 a 5 anos de idade, onde são estimuladas por meio de atividades lúdicas e jogos, a exercitar sua capacidade cognitiva e motora, a desenvolver suas habilidades, a fazerem descobertas sobre si e sobre o meio, antes do início do processo de alfabetização. A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente, desenvolver capacidades ligadas à tomada de decisões, à construção de regras, à cooperação, à solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e para com os outros (BRASIL, 1998, p.
Há vários problemas relacionados a educação infantil, pois constitui uma questão social. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) vem garantindo que a educação envolve os processos formativos desenvolvidos na família e na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais ou nas organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Desta forma, existe a priorização do atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 5 anos de idade. O sujeito pode abrir janelas imaginarias para o estabelecimento de um contato com o mundo. Sua função formal é de levar ou receber informações, porém, vai além da imposição científica. É preciso entender que a função da leitura está no ser humano como o mesmo está para a leitura, ou seja, existe todo um processo de leitura da vida no mundo e vice-versa.
De acordo com Foucambert: Ser leitor é querer conhecer o pensamento do outro, para compreender melhor o seu. Essa atitude implica a possibilidade de afastar-se do fato, a fim de obter uma visão de cima, apontando um aumento do poder sobre o mundo e sobre si por meio desse esforço teórico. A escola é responsável pelo incentivo, pela motivação ao hábito de leitura e por mostrar que o ato de ler é interessante. De acordo com o PCN “uma prática de leitura que não desperte e cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente” (1997, p. A criança começa a ser alfabetizada na escola, por meio das inserções das letras. Também inicia-se um processo de grande importância e incentivo ao hábito de ler.
Foucambert. Com esta definição Leon defende o lúdico com “objetivo diferente, de ensinar e aprender, levando aos educadores a proposta de diversificar sua prática pedagógica proporcionando aos estudantes atividades diversificadas” (2011, p. Apesar da aproximação entre a palavra jogo e lúdico juntos, no meio escolar o lúdico é mais do que apenas uma diversão por meio do jogo, é um aprendizado construído com o agir e interagir na relação do objeto com o ser. Constitui “uma proposta, aparentemente atraente e inovadora, possibilitando o atendimento satisfatório a essa exigência. Aprendizado de modo lúdico, ou seja, permite que o estudante aprenda se divertindo”. CRUZ, 2009, p. E aperfeiçoar-se para intervir e agir de modo adequado, visando o bem estar e a aprendizagem dos estudantes.
Apesar de haver conflito com os teóricos entre os conceitos lúdico, brincadeira e jogo, os educadores precisam estar cientes sobre a sua utilização, e estar sempre atentos quando associá-los a seu principal interesse: a aprendizagem dos seus educandos. O envolvimento de conteúdos nas brincadeiras, nos jogos, a fim de ensinar exige muito conhecimento e habilidade dos educadores, pois “é necessária a sedução pelo objeto apresentado, que busquem sentido a partir das atividades desenvolvidas, para que possam compreender os enunciados científicos e a construção da ciência”. SILVA, 2004, p. Toda criança gosta de se movimentar, brincar, manusear objetos, ou seja, é curiosa, observadora. O estabelecimento de relações entre os comportamentos dos personagens da história e os comportamentos das crianças na sociedade possibilita ao professor desenvolver os vários aspectos educativos da literatura infantil.
Experiências felizes com a literatura infantil em sala de aula são aquelas em que a criança interage com os diversos textos trabalhados de tal forma que possibilite o entendimento do mundo e que construam, aos poucos, seu conhecimento. Para alcançar um ensino de qualidade, se faz necessário que o professor descubra critérios e que saiba selecionar as obras literárias a serem trabalhadas com as crianças. Ele precisa desenvolver recursos pedagógicos capazes de intensificar a relação da criança com o livro e com seus colegas. Segundo Bettelheim: Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. e, assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas.
p. Portanto, a conquista do pequeno leitor ocorre através da relação prazerosa com o livro infantil, onde sonho, fantasia e imaginação se misturam numa realidade única e o levam a vivenciar as emoções em parceria com os personagens da história, introduzindo situações da realidade. São ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranqüilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve - com toda a amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar. Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário! (ABRAMOVICH, 1995, p.
JOLIBERT, 1999b, p. Em um ensino por projetos destaca-se a produção coletiva e colaborativa do conhecimento, implicando em a) organização, por parte do grupo, do que se quer escrever; b) o controle entre o que já está escrito e o que falta escrever; c) o acordo entre as crianças que fazem parte do grupo; d) a distribuição de tarefas e responsabilidades. Portanto, em um ensino através de projetos, segundo Jolibert: A vida cooperativa da sala de aula, e da escola, e a prioridade conferida à prática da elaboração e conduta de projetos explicitadamente definidos juntos permitem, de uma maneira exemplar, que a criança viva seus processos autônomos de aprendizado e se insira num grupo e num meio considerados como estrutura que estimula, que exige, que valoriza, que provoca contradições e conflitos e que cria responsabilidades.
Fazer viver uma aula cooperativa é efetuar uma escolha de educador. Significa acabar com o monopólio do adulto que decide, recorta, define ele mesmo as tarefas e torna asséptico o meio. É neste cenário complexo que os incentivadores da leitura devem oferecer aos pequenos a oportunidade conhecer a ferramenta que irão utilizar durante toda sua vida. O sucesso da criança está diretamente ligado aos incentivadores que possui em casa. Não importam quantos existirem em outros ambientes, sem o apoio dos familiares, dificilmente esta irá galgar de uma plena experiência com os livros. Um dos grandes fatores que prejudicam a vida escolar das crianças é o fato de não receberem o devido incentivo e estimulo familiar. O estímulo à leitura deve ser iniciado com o hábito de ler em família, fazendo da leitura algo cotidiano, pois esse é um processo que a torna algo simples e natural.
Vale ressaltar que a escola possui uma excelente ferramenta que deve ser usada em favor da educação: a Biblioteca Escolar. Esta é um bem obrigatório, como apoio às atividades de leitura e pesquisa de escola. Merece estar inserida em todos os eventos escolares e suas portas devem estar sempre abertas à curiosidade das crianças. É sempre necessário que haja um incentivo de todos sobre a importância da prática da leitura, pois essa estimulação pode ser introduzida no cotidiano das crianças através de atividades pedagógicas como jogos, recreação, entre outras. O fundamental é sempre estar inovando com atividades criativas e sempre trabalhando com a interação entre as crianças para que seu desenvolvimento com a leitura seja eficaz e positivo. É fundamental que a criança compreenda o sentido desse aprendizado, a fim de descobrir a importância da leitura em sua vida.
Desde os primórdios, a decodificação das palavras e a decifração dos signos trazem algo significativo, pois é a partir daí que uma comunidade torna-se esclarecida e informada. Percebe-se que o ato de ler envolve bem mais que o simples decifrar das letras e palavras, mas a essência profunda de interpretar e viver o que elas demonstram. A leitura é mais que arte de decifrar as palavras e está vinculada às concepções de compreender o que se lê. Isto acontece porque durante anos a leitura passou de decifração letras grafadas à absorção das representatividades estabelecidas. Um leitor pode ler e interpretar um texto para o qual ele não era o interlocutor originário. O ato de ler pode representar uma condição intelectual e uma condição de libertação: a de poder ser um leitor mais autônomo e crítico de qualquer texto, em várias linguagens, do mundo real ou de mundos diferentes.
Para Paulo Freire, leitura boa é a leitura que nos empurra para a vida, que nos leva para dentro do mundo que nos interessa viver. E para que a leitura desempenhe esse papel, é fundamental que o ato de leitura e aquilo que se lê façam sentido para quem está lendo. Ler, assim, para Paulo Freire, é uma forma de estar no mundo (LAJOLO, 2003. Ela assume um papel tão significativo na sociedade que que cria novas identidades e formas de inserção social. Assim, faz-se necessária a conscientização enquanto educadores, da grande responsabilidade diante da importância da leitura para a vida individual, social e cultural do ser humano. É obrigação da escola valorizar o livro como objeto para ser manuseado e lido, indicar diretrizes, estimular e incentivar a prática da leitura.
De acordo com Ziraldo, “. a tônica da escola deveria ser a leitura, num trabalho que fizesse do hábito de ler uma coisa tão importante como respirar. Porém, para que haja êxito na formação do leitor, é preciso efetuar uma leitura estimulante, reflexiva, diversificada, crítica, ensinando os alunos a usarem a leitura para viverem melhor. O professor no trabalho com a leitura, segundo Neves é: Aquele que apresenta o que será lido: o livro, o texto, a paisagem, a imagem, a partitura, o corpo em movimento, o mundo. É ele quem auxilia a interpretar e a estabelecer significados. Cabe a ele criar, promover experiências, situações novas e manipulações que conduzam à formação de uma geração de leitores capazes de dominar as múltiplas formas de linguagem e de reconhecer os variados e inovadores recursos tecnológicos, disponíveis para a comunicação humana presentes no dia-a-dia (NEVES, 1998, p.
O educador deve saber o quanto sua prática e ação em sala de aula são importantes e que sua mediação motivará ou não o aluno à prática da leitura. Esse trabalho estará facilitando o entendimento de leituras posteriores. Uma leitura chama o uso de outras fontes de informação, de outras leituras, possibilitando a articulação de todas as áreas da escola. Uma leitura remete a diferentes fontes de conhecimentos, da história à matemática. Nesse sentido, leitura e escrita são tarefas fundamentais da escola e, portanto, de todas as áreas (SEFFNER, 1998, p. Enfim, a formação de um leitor deve apresentar vivências sistemáticas de leitura com significado e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo. Os textos em sala de aula podem ser tirados de jornais, de livros, podem ser contos, enfim, podem ser de qualquer gênero.
Porém, é preciso levar o aluno a pensar e argumentar. Pensar certo é entender e descobrir o que pode estar escondido nos fatos e nas coisas, naquilo que se analisa e observa. Freire (1988, p. acrescenta que “um texto para ser lido é um texto para ser estudado. MARTINS 1986, p. Assim, é primordial que o professor fale a seus alunos sobre o autor, o motivo de lê-lo e contextualizar a história, poder compará-lo com a época e o cotidiano em que vivem. Mostrar que todo livro traz na capa, nas primeiras ou últimas páginas o nome do autor, do ilustrador, da editora, do ano em que foi publicado e das imagens, enfim, observar o livro em sua totalidade, levando o aluno a perceber que tais informações são essenciais e que essa é a primeira leitura realizada de um livro.
Com isso, o professor está criando situações que estimulam os alunos a gostar de ler e esses educandos jamais esquecerão de procurá-las toda vez que buscar uma leitura. A leitura tem que dar sentido ao mundo, assim como as aulas tem que ter sentido para os alunos. O ensino de língua portuguesa na escola tem sido o centro da discussão sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação no País. No ensino fundamental, o eixo da discussão referente ao fracasso escolar tem sido a questão da leitura e da escrita nos anos iniciais. Nos últimos dez anos, a quase totalidade das redes de educação pública desenvolveu, sob a forma de reorientação curricular ou de projetos de formação de professores em serviço, um grande esforço de revisão das práticas tradicionais de alfabetização inicial.
Mas a verdade é que ainda há muito a fazer. O índice de repetência e de abandono nas escolas brasileiras resulta, principalmente, da dificuldade que a escola tem de ensinar a ler e a escrever. O seu avanço está ligado a uma mudança nas motivações e incentivos, por exemplo: aquilo que é de interesse para um bebê não o é para uma criança um pouco maior. A criança satisfaz certas necessidades no brinquedo, mas estas vão evoluindo durante o desenvolvimento. Assim, como as necessidades das crianças vão mudando, é fundamental conhecê-las para compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade. Para Oliveira, “o comportamento de crianças pequenas é fortemente determinado pelas características das situações concretas em que se encontram. Uma criança muito pequena sempre deseja algo de imediato” (1995, p.
Dessa forma, é possível concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas a priori; o brincar está envolvido em regras da sociedade. Por exemplo: a criança imagina-se como mãe de uma boneca; nesse brincar ela irá obedecer às regras do comportamento maternal. O papel que a criança representa e a relação dela com o objeto sempre derivarão das regras. Crianças muito novinhas ainda estão privadas de envolver-se em uma situação imaginária. Isso ocorre porque o comportamento dessa criança é determinado pelas condições em que a atividade ocorre: ela ainda se limita ao que o ambiente imediato lhe proporciona. O brincar de ser motorista, envolvendo ônibus e passageiros, por exemplo, e não pelos elementos reais concretamente presentes, como as cadeiras da sala onde está brincando, o tapete, o vaso, entre outros.
Concordando com as concepções de Vygotsky, a criança se relaciona com o significado, com a idéia, e não com o objeto concreto que está ao seu alcance. O brinquedo fornece uma situação de transição entre a ação da criança com objetos concretos e as suas ações com significados. Fator importante para o desenvolvimento da criança. Essa separação do significado do objeto ocorre de maneira espontânea: a criança não percebe que atingiu esse desenvolvimento mental. Para Vygotsky, “aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida" (1998, p. Assim, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar experiências.
Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. Dessa forma, é imprescindível a utilização de brincadeiras no meio pedagógico. Ferreira, Misse e Bonadio consideram que “o brincar deve ser um dos eixos da organização escolar: a sala de aula fica mais enriquecida de desenvolvimento motor, intelectual e criativo da criança” (2004, p. Esse fato se ainda mais importante hodiernamente, tempo em que as crianças vivem mais isoladas em seus apartamentos pequenos, onde os pais estão mais envolvidos com seus trabalhos e raramente têm tempo para praticar alguma recreação com seus filhos. As crianças estão vivenciando pouco as brincadeiras, sobretudo, as coletivas, em parte, devido a uma agenda diária cheia de tarefas, como inglês, natação, música etc.
O domínio da leitura é algo mais que aprender a ler: pressupõe dominar a leitura para o uso social, o que significa adquirir gosto pela leitura, carregando para toda a vida o prazer que essa tende a proporcionar. O ensino e a aprendizagem, por meio de atividades lúdicas, contribuem para essa humanização, pois em um espaço de ensino que utiliza essa metodologia pode favorecer a imaginação e ganhar meios e condições para o desenvolvimento, aumentando tanto a capacidade de ensino quanto a de aprendizagem. A atividade lúdica facilita o ensinar e é um instrumento de apoio, divertido e alegre, em que o aluno é estimulado no seu desenvolvimento e realiza as atividades de forma prazerosa, construindo o conhecimento com sucesso. Segundo Kleiman, “a leitura é uma maneira de construir conhecimento de mundo é um eixo que liga os bens culturais e através desse aprendizado o aluno adquire visão crítica” (2001, p.
Para que ocorra uma boa leitura é preciso que o leitor interaja com o texto. Não só na escola mas também no cotidiano do indivíduo, o hábito da leitura é algo fundamental, para que possa ampliar a visão do mundo para que assim aconteça uma melhor compreensão da mesma, e que através da leitura o aluno possa atravessar as fronteiras da imaginação. Para que a escola possa favorecer a prática de leitura, é preciso oferecer aos alunos uma boa biblioteca que disponha de uma variedade de livros e também de outros materiais de leitura. Para isso, é fundamental organizar rodas de leitura, possibilitando a participação tanto dos professores quanto dos alunos, fazendo com que os mesmos discutam seus pontos de vista. Cunha diz que: O brincar é a forma mais natural de uma criança agir e expressar-se; preservar suas espontaneidade é colaborar para sua saúde emocional.
Através do brinquedo ela estabelece contato com o mundo ao seu redor e se apropria dele dentro dos limites de suas possibilidades; explora,descobre, transforma, exercita suas capacidades e constrói seu conhecimento (2004, p. O brincar é uma das maneiras de estimular a criança a aquisição do saber envolvendo-a na construção do conhecimento. O incentivo à leitura e a construção do objeto conceitual ler ocorre ao longo dos anos escolares e fora dela também, principalmente com a participação da família da criança. É notório que o incentivo deve ser compartilhado pela escola e pela família, pois ambos são cenários importantes neste contexto. O conhecimento de mundo, também auxilia na leitura, bem como na escolha do estilo literário. Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoa-se na escola e continua pela vida inteira.
Existem diversos fatores que influenciam o interesse pela leitura. Há muitos que pensem que o livro é coisa do passado, que na era da Internet, ele não tem muito sentido. Mas, quem conhece a importância da literatura na vida de uma pessoa, quem sabe o poder que tem uma história bem contada, quem sabe os benefícios que uma simples história pode proporcionar, haverá de dizer que não há tecnologia no mundo que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamento. Se o professor acreditar que além de informar, instruir ou ensinar, o livro pode dar prazer, encontrará meios de mostrar isso à criança. E ela vai se interessar por ele, vai querer buscar no livro a alegria e prazer.
Tudo está em ter a chance de conhecer a grande magia que o livro proporciona. Os gestos na primeira fase da criança, portanto, tornam-se úteis, pois cada atividade corresponde ao desenvolvimento de uma função a fim de que ela consiga alcançar para si funções mais complexas como o andar e o falar. O jogo apresenta uma ordem séria, não sendo para a criança um simples entretenimento. Ela, ao brincar, por exemplo, de “papai-mamãe”, leva tão a sério que não admite as interferências ou zombarias de adultos. Na educação Infantil, a criança, a cada instante, identifica-se com quem representa, encarando de modo perfeito o seu papel. O jogo, na Educação Infantil é caracterizado pela atitude que envolve a sua utilização, portanto o jogo é ferramenta de análise, ação e avaliação, mas é necessário que aconteça, pela criança, a compreensão deste.
A linguagem é desenvolvida nas brincadeiras e jogos, criando-se um sistema de comunicação e expressão inerentes ao grupo, na interação entre as crianças. A aprendizagem da leitura permite à criança a utilização de alguns códigos dos adultos, a fim de entender este universo. Este processo de aprendizagem baseia-se em três pilares, professor, aluno e conteúdo. É um processo interativo que considera o papel ativo do aluno em buscar refletir sobre o significado das ideias e do pensamento. Nesta fase, o processo da aprendizagem é uma construção pessoal, que não pode acontecer de forma isolada, e a ajuda nesse momento é fundamental, sendo, portanto, a função do educador, mediar à compreensão da realidade. Ela não pode ficar satisfeita com uma leitura mecânica e desestimulante, mas deve formar leitores para a vida, capazes de viver em sociedade.
As crianças aprendem desde o momento em que vêm ao mundo. Uma criança aprende ouvindo conversas de sua mãe, dentro e fora de casa. Ela aprende quando seu pai dá-lhe uma chance para trabalhar com pregos e martelo. Ela aprende quando acha necessário verificar o preço de um equipamento esportivo num catálogo. No discurso escrito, somos obrigados a recriar a situação, a representá-la para nós [. A ação de escrever exige também da parte da criança uma ação da análise deliberada. Quando fala, a criança tem uma consciência muito imperfeita dos sons que pronuncia e não tem consciência das operações mentais que executa. Quando escreve, ela tem de tomar consciência da estrutura sonora de cada palavra, te de dissecá-la e reproduzi-la em símbolos alfabéticos que tem de ser memorizado e estudado de antemão.
VYGOTSKY apud SILVA, 1990, p. Assim, é dever da escola e dos autores de livros didáticos proporcionarem aos alunos uma leitura prazerosa, despertando o gosto pela leitura. Isso gera uma dificuldade de compreensão do texto e se o aluno não entende o que lê logo desiste de praticar a leitura. Os primeiros fracassos levam rapidamente o aluno a fugir a novas oportunidades de ler. Ele não chega a descobrir, em suma, que o livro (ou o material escrito em geral) pode ser fonte de informações úteis, para a escola ou para a vida. Ora, a qualidade dos textos didáticos examinados ultimamente se tem revelado, com freqüência, lamentável. ” (SOARES, 2003, p. Assim, é possível afirmar que Letramento é saber ler sob condições diversas e em vários espaços.
O leitor leva lembranças do vivido no momento da leitura para depois ou para fora do momento imediato – isso torna a leitura uma experiência. “Sendo mediata ou mediadora, a leitura levada pelo sujeito para além do dado imediato permite pensar, ser crítico da situação, relacionar o antes e o depois, entender a história, ser parte dela, continuá-la, modificá-la. Desvelar”. A passagem da forma oral primitiva da língua a uma forma gráfica codificada nunca é imediata e é útil perguntar-se por que, mesmo em sociedades completamente alfabetizadas e em que o escrito é constantemente colocado em evidência, a aprendizagem da leitura e da escrita requer ensino. O fato de nosso ambiente estar hoje repleto de escrito não torna menos surpreendente a possibilidade da leitura.
Fenômeno cultural, portanto, e realmente pouco natural: não podemos prescindir de um ensino para ter acesso à leitura. BRESSON, 2001. p. E as brincadeiras e jogos são elementos indispensáveis para que haja uma aprendizagem com divertimento,que proporcione prazer no ato de aprender. E que facilite as práticas pedagógicas em sala de aula, buscando alcançar os objetivos e metas durante o desempenho de ensino leitura e escrita. A brincadeira revela-se como um instrumento muito importante para o desenvolvimento da criança. Sendo uma atividade normal da fase infantil, merece atenção e envolvimento. A infância é uma fase que marca a vida do sujeito e o brincar deve ser estimulado, pois é responsável pelo auxílio nas evoluções psíquicas. Para que tanto, se faz necessário que a escola esteja atenta quanto à importância do uso dos brinquedos, dos jogos, e das brincadeiras, pois são eles os principais agentes de socialização e desenvolvimento infantil em sua totalidade.
Assim como ocorre com as outras habilidades, a ludicidade também fornece ao processo de alfabetização ferramentas de incentivo e exploração do sistema de escrita e de leitura, proporcionando atividades dinâmicas, construtivas e que estabelecem conexões com o cotidiano da criança, pois o brinquedo e brincadeira, assim como os jogos fazem parte da realidade de cada criança, e devem ser aliados da escola, e não enxergados como meros objetos de recreação. A discussão sobre as contribuições que a cultura lúdica oferece enquanto ferramenta pedagógica de apoio ao desenvolvimento do trabalho em sala de aula, tem sido cada vez mais constante. Isso se deve à necessidade de criar estratégias que facilite o aprendizado do educando, porém, esta ferramenta ainda não vem sendo tão utilizada no ambiente escolar.
Um fator que inviabiliza o uso da ludicidade em sala de aula, é a resistência por parte de uma grande maioria das escolas bem como de alguns docentes, os quais apegam-se aos métodos tradicionais, que não despertam interesse e motivação nos alunos, mas que perduram até hoje. Preparação para leitura: 1º ano. Belo Horizonte: PABAEE, 1959. p. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2010. p. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, parecer n. CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura, v. n. p. São Paulo: Moderna, 2000. CRUZ, J. de A. da. O lúdico como estratégia didática: investigando uma proposta para o ensino de física.
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