Dinâmica do desmatamento, estudo de caso do parque estadual de Guajará Mirim

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Gestão ambiental

Documento 1

Unidades de Conservação. Áreas protegidas do estado de Rondônia. Criação do Parque de Guajará Mirim. Avaliação do desmatamento na área de estudo. Base de dados. Unidades de conservação de uso sustentável no estado de Rondônia. Figura 6. Mapa de localização do parque estadual de Guajará Mirim. Figura 7. Mapa das vegetações presentes no parque estadual de Guajará Mirim. Km², compreendendo os estados do Amazonas, Amapá, Acre, Pará e Roraima, e parte dos estados do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins (IBGE, 2004). A região Amazônica é limitada pela bacia do rio Amazonas, que apresenta 25. Km de rios navegáveis em uma área de 6. Km², dos quais 3. Km² estão em território brasileiro. Nesta floresta reside uma grande variedade de seres vivos, vegetal e animal.

São registrados na Floresta Amazônica, uma variedade de 1. espécies de aves, 2. de peixes, 320 mamíferos e dezenas de espécies de répteis, anfíbios e insetos. Estes números não apresentam muita precisão devido à falta de pesquisas na região. A interpretação de imagens feita de forma analógica ocorreu entre os anos de 1988 a 2002, sendo substituída pelo método digital no ano de 2003. Os trabalhos de processamento das imagens de satélite, desde o georreferenciamento, classificação, edição e confecção do mapa final foram realizados pelo Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas (SPRING), órgão pertencente a DPI (INPE, 2013). O monitoramento realizado pelo sistema PRODES-INPE (2013) gerou dados importantes para a análise das taxas de desmatamento ao longo dos anos.

Na década de 1990 o desmatamento atingiu em média uma área de 16. Km² por ano, na década de 2000 a média foi ainda maior, com 17. Figura 2. Mapa ilustrando o desmatamento em associação as rodovias pavimentadas nos territórios pertencentes a Amazônia Legal. Unidades de Conservação A conservação do Bioma Amazônico é de grande relevância para o mundo, devido ao seu papel tanto no equilíbrio ecológico, quanto no equilíbrio climatológico do planeta. Para a preservação destes territórios se tornou imprescindível a criação de áreas protegidas por lei, nestas áreas o uso de recursos naturais deve ser feito de forma sustentável, evitando-se assim a geração de danos irreversíveis na região. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) foi estabelecido pela lei n° 9.

Km² (Tabela 1). Esta predominância de parques nacionais no contexto das unidades de conservação de proteção integral se deve ao fato de que nessas áreas ocorrem atividades de pesquisas científicas, educação ambiental, recreação e turismo e a preservação de ecossistemas naturais. As Unidades de conservação de uso sustentável permitem a exploração de recursos renováveis de maneira consciente, para que seja garantida a perenidade dos recursos e processos ecológicos locais. As unidades de conservação de uso sustentável são divididas em sete classes (Tabela 2). Tabela 2. A menor presença das unidades de proteção integral ocorre devido ao uso de recursos naturais de forma mais restrita nestas regiões, logo, se torna mais viável para o interesse público, a criação de unidades de conservação de uso sustentável, em detrimento das unidades de proteção integral.

Com a finalidade de expandir, consolidar e manter uma parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no Bioma Amazônia, o governo federal criou o Programa ARPAS (Áreas Protegidas da Amazônia). Este programa promove o desenvolvimento sustentável da região por meio da identificação de áreas prioritárias na manutenção da diversidade ecológica, estabelecendo estratégias quanto a efetividade, monitoramento e sustentabilidade financeira das unidades de conservação de uso sustentável e proteção integral (MMA, 2016). Áreas protegidas do estado de Rondônia Os ciclos da borracha atraíram populações de diversas partes do país para o estado de Rondônia, com um forte aporte no século 19 e posteriormente durante a Segunda Guerra Mundial. Recentemente empréstimos advindos do Banco Mundial proporcionaram um novo episódio de ocupação, com o financiamento junto ao governo federal para a pavimentação da BR-364 (Pedlowski et al.

O primeiro conjunto de metas denominou-se Conservação, Manejo e Proteção Ambiental, e teve como objetivo promover a conservação da biodiversidade e a criação de base para o uso sustentável dos recursos naturais em Rondônia. O segundo conjunto era o de Desenvolvimento Agroflorestal, com três instrumentos de política agropecuária: Pesquisa, Extensão Rural e Crédito subsidiado. O terceiro conjunto é o de Infraestrutura econômica e social, com investimento em transporte e estradas. O quarto conjunto se referia a administração do projeto (Araujo et al. No território de Rondônia existem 7 unidades de proteção integral (Figura 4), e 30 unidades de conservação de uso sustentável (Figura 5). hectares (Tabela 3). Tabela 3. Reservas Particulares de Patrimônio Natural do estado de Rondônia.

RPPNs Parque Natural Leonildo Ferreira 2 Parque Natural Leonildo Ferreira 3 Fazenda Bosco Seringal Assunção Gibeão Irmãos Satelis Nova Aurora Vale das Antas Proprietário Município Leonildo Ferreira Pimenta Bueno - RO Leonildo Ferrreira Pimenta Bueno - RO Lidia Nara Altoé Alto Alegre do Parecis RO Instituto de Pasquisa e Estudo Dr. Ary Tupinambá Penna Pinheiro - Ipary Deneton Vitorino da Silva Reginaldo de Brito Satelis,Ronaldo de Brito Satelis, Renato de Brito Satelis, Rosely de Brito Satelis, Francisca de Brito Satelis Wilson Luiz Perboni Marliz Henrique do Lago Área (ha) 981,18 995,48 486,72 623,24 Porto Velho - RO Presidente Médici - RO 31,29 41,09 Presidente Médici - RO Presidente Médici - RO Teixeirópolis - RO 18,52 65,66 Criação do Parque de Guajará Mirim O parque estadual de Guajará Mirim se localiza na porção centro-oeste do estado de Rondônia, abrangendo os municípios de Guajará Mirim e Nova Mármore (Figura 6).

Na porção sudeste, a vegetação é formada por área de Floresta Tropical Aberta Aluvial de superfície aplainada, sendo a área próxima ao rio Ouro Preto formada por áreas de Tensão Ecológica Arbórea periodicamente inundadas. Figura 7. Mapa das vegetações presentes no parque estadual de Guajará Mirim. A fauna do parque envolve espécies endêmicas como o Tiriba Pyrrhura Perlata, o Barbudo Capito Dayi e o Araçari Selenidera Gouldi. Outras espécies raras encontradas no parque são o João-Congo Gymnomystax Yuracares, o João-bobo Malacoptila rufa e a cotinga-roxa Querula purpurata. Em estudo realizado pela coordenadoria de geociências da secretaria de estado do desenvolvimento ambiental, realizou-se o mapeamento da região aos arredores do parque de Guajará Mirim, denominada de Zona de Pressão Antrópica (ZPA).

A Zona de Pressão Antrópica, que foi criada para o Parque de Guajará Mirim, engloba parte da Resex de Jaci Paraná, da Terra indígena Iages, da Terra indígena Karipunas, da Terra indígena Uru-Eu-WauWau e da Reserva Biológica Rio Ouro Preto (Tabela 3). Em comparação ao desmatamento no parque de Guajará Mirim, os outros parques estaduais de Rondônia sofrem maior pressão antrópica. O parque estadual da Serra de Parecis, com uma área de 425 Km², apresentou um desmatamento de 27% de sua área (101,8 Km²) até o ano de 1997, entre 2000 e 2016 o total desmatado chegou a 66% da área do parque, correspondendo a 251,09 Km². No parque estadual de Candeias, criado em 1990, o desmatamento até o ano de 1997 atingiu 45% de sua área, entre os anos de 2000 e 2016 a área afetada pelo desmatamento subiu para 60% do total.

No âmbito do parque estadual de Guajará Mirim, ações governamentais de proteção devem ser implantadas, para que se evite que a biodiversidade local, sofra impactos irreversíveis gerados pelas pressões locais. Bibliografia AB’SABER, A. N. Os Domínios Morfoclimáticos na América do Sul: primeira aproximação. Geomorfologia, v. ed. Rio de Janeiro: Eduerj, 2006, v. p. BRITO, K. Desmatamento em áreas protegidas no esrado de Rondônia. M. L. Situação do mosaico de unidades de conservação na região de buritis – Rondônia. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - MMA. Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPAS). A criação de áreas protegidas e os limites da conservação ambiental em Rondônia. Ambiente de Sociedade, ano II, nº 5. PRODES-INPE. Projeto de Monitoramento da floresta amazônica por satélite - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

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