O Homem e o Sagrado

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

A experiência transcendental é advinda pelos fenômenos religiosos. O autor ainda diz que o homem tem a necessidade de buscar algo para transcendente. Pois sendo alguém incompleto e inacabado, sempre terá que completar a lacuna dessas questões. Busca no sagrado o preenchimento do vazio. Nesse sentido, quando o homem consegue ter contato maior com reações transcendentes, sacraliza inúmeras coisas como experiências, pessoas e situações. Reis (2017) diz que apesar de que no pensamento humano o sagrado está ligado a religião intrinsecamente pode oferecer uma definição equivocada aos mais pessoais. Isso porque o autor diz que tanto um quanto outro assumem funções e definições distintas. Muitas vezes as questões religiosas não dão contam de abarcar conceitos do que é sagrado para o ser humano, que em sua razão de existência histórica traduz sagrado algo muito mais do que religião, sendo algo transcendente, pessoal e uma razão que não se pode explicar movida pelo sentimento de paz, de respeito ou de busca de caminhos para enfatizar o homem em harmonia com o mundo sagrado.

Mas Reis (2017) aponta que o sagrado é algo incompleto na formação humana, que vai ganhando uma caracterização mais ampla com as relações vivenciadas por ele ao longo de seu caminho de vida, sobretudo essa construção é influenciada por muitos fatores pertencentes a cada indivíduo. A busca pelo sagrado é movida pela inquietação, pela curiosidade e de buscar em algo um sentido para a existência humana. Algumas religiões oferecem o caminho da salvação, através de um ser poderoso que é capaz de perdoar e de mostrar um caminho de paz e harmonia. Segundo Nizer (2013) As diferentes religiões do mundo oferecem um sistema de significados complexos, sustentados por mitos, ritos, normatizações e funções que configuram uma organização social com base em caminhos espirituais.

Algumas oferecem a salvação para seus adeptos, enquanto outras apenas dialogam com a totalidade de forças materiais e imateriais que constituem o universo e os movimentos da vida. Podemos afirmar que as diferentes religiões oferecem normas de conduta para seus seguidores, o que garante a vida social dentro de determinados limites, favorecendo a vida em comunidade (NIZER, et al, 2013, p. Os autores ainda demonstram que geralmente as pessoas seguem a religiões já vividas por seus pais, entretanto muitos mudam e consideram outros símbolos, ritos e mitos como algo sagrado. O homem como ser curioso nato busca constantemente definir o conceito da vida e o que está por detrás dela. Em certos momentos nessa busca o homem estabelece uma relação da vida e da morte.

O simbolismo entre esses dois elementos tecem a ele, regras de comportamento, de temor e de obediência ao sagrado como caminho de salvação. Para o autor: Na verdade todo homem permanece em si e para si mesmo um problema insolúvel, obscuramente percebido. E em algumas ocasiões, sobretudo nos mais importantes acontecimentos da vida, ninguém consegue fugir de todo a estas perguntas. Taoismo O Yin-Yang é o símbolo do Taoísmo, uma das mais conhecidas religiões dharmicas. Um círculo dividido ao meio por uma linha ondulada; uma metade é negra (yin) e a outra é branca (yang). Cada metade tem também um pequeno círculo da cor oposta, ou seja, a metade branca tem um círculo negro e a negra tem um círculo branco.

Esse símbolo representa o equilíbrio das forças positivas e negativas do universo: a metade negra representa o negativo, o escuro, a noturno e o feminino e a metade branca representa o suave, o iluminado, o diurno e o masculino. O círculo menor representa a presença de cada um no outro. Fonte: Wikipédia, 2000 Geertez (1989) diz que os símbolos vistos pelos povos são carregados de sentimentos, espiritualismo, relação com algo transcendental entre outros, que resumem a ideologia, o pensamento e a fé do povo de certa religião. Na apresentação de qualquer símbolo posto a alguém, por ele é imediatamente construído inúmeros referencias daqueles que o seguem em suas determinadas religiões. Eliade (2010) diz o símbolo pode exercer ações fundamentais para a vida religiosa.

O símbolo é capaz de transformar os objetos que hoje são comuns aos olhos de uma pessoa, mas para outra exerce inúmeros signos e significados, entretanto vale reforçar que o mesmo símbolo que é sagrado para uma pessoa nem sempre tem o mesmo valor para outra pessoa. Silva (2013) diz que é a linguagem simbólica é fundamental para a compreensão da vida, do culto, das interpretações religiosas e todos os símbolos representados. Na sua busca do divino, o Homem escolheu lugares e neles construiu espaços aos quais atribuiu significado sagrado. Sendo sagrados, esses lugares destinavam-se a resistir ao desgaste do tempo e, por isso, neles aplicou alguns dos materiais mais resistentes que encontrou na natureza ou que soube inventar. O segredo da preservação de tanto património religioso, por contraste com as duas outras grandes áreas tradicionais do património (o militar e o civil), poderá estar nesta sábia utilização de materiais duráveis e na atribuição de um significado que inspire respeito, congregue os homens e eleve a alma.

PEDRA E CALL, 2008, p. Elíade (1992) diz que o espaço sagrado é traz ao homem vários sentimentos, informações de tudo o que é verdadeiro, real e para o autor, o lugar sagrado torna-se ao homem o centro de referência da busca pela amplitude das coisas através de algo transcendente, tornando-se o centro do mundo, que é capaz de orientar o homem religiosa nas doutrinas estabelecidas e por ele seguidas. O devoto, movido pela sua prática devocional, manifesta as suas experiências de fé em meio a esses ambientes que possuem em cada religião características peculiares. Para ASSINTEC (2010): Nos lugares sagrados de peregrinação o devoto realiza sua experiência de fé por meio de práticas devocionais que conferem à paisagem desse lugar uma característica peculiar, que tem no sagrado a sua expressão e significado, mas também pode ter outras funções, como o comércio e o turismo.

Religiões como o Catolicismo, o Budismo, o Hinduísmo, o Islamismo e Fé Baha’í estimulam seus adeptos a empreenderem peregrinações aos sítios sagrados, porque segundo essas tradições, a prática da peregrinação religiosa pode trazer resultados positivas para a vida espiritual dos seguidores (ASSINTEC, 2010, p. Os espaços sagrados definidos por ASSINTEC (2010) não se resumem somente as igrejas ou templos, mas outros elementos também fazer parte desse contexto sagrado como os lugares turísticos e comerciais dentro desses espaços. Esses dois lugares apresentam uma extensão do que é sagrado e vivido dentro de templos e outros espaços físicos. Essa junção de estilos permitiu uma rica construção de detalhes em todo o prédio. Por muito tempo foi passado pelo catolicismo que os fiéis que chegassem a esse espaço sagrado estariam em contato direto com o paraíso.

IMAGEM 02 ESPAÇO SAGRADO DE BASÍLICA DE NOSSA SENHORA APARECIDA – BRASIL Fonte: Blog Vida Sem Paredes, 2020 Segundo o Jornal Gazeta do Povo (2019) o Santuário de Nossa Senhora Aparecida é o segundo maior monumento religioso cristão, ficando atrás apenas a de São Pedro em Roma. Sua arquitetura apresenta quase 72 mil metros2 de construção. Com mais de 25 milhões de tijolos, a grandiosa construção tornou-se um espaço sagrado visitado por inúmeros peregrinos brasileiros e estrangeiros. Tradução de Sonia Cristina Tamer. São Paulo: Martins Fontes, 1991 ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano: a essência das religiões. Trad. Rogério Fernandes. Dissertação de Mestrado em Antropologia Social e Cultural. Acervo Biblioteca de Antropologia - Universidade de Coimbra. FOLHA DE SÃO PAULO.

Os lugares sagrados do Catolicismo. Disponível em https://www1. O Homem e o ser Religiosa. Disponível em https://formacao. cancaonova. com/diversos/o-homem-ser-religioso/. Acesso em 04 de junho de 2020. com. br/entreoceueaterra/episodio/espacos-sagrados. Acesso em 05 de junho de 2020. LUGARES SAGRADOS DE PERIGINAÇÃO, ASSINTEC, 2010. Disponível em http://www. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Curitiba : SEED/PR. – 309 p. ilus. Disponível em https://domtotal. com/noticia/1117952/2017/01/o-humano-diante-do-sagrado-uma-experiencia-de-busca/. Acesso em 29 de maio de 2020. RIES, J. O homem é religioso desde o tempo do australopiteco Lucy, 2012. Porto: Porto Editora, 2003-2020. consult. Disponível na Internet: https://www. infopedia. pt/$sagradoprofano SILVA. Acesso em 04 de junho de 2020.

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