UBS - A HUMANIZAÇÃO NA EDIFICAÇÃO EM U.B.S UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Arquitetura e urbanismo

Documento 1

B. S Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado como requisito parcial para obtenção do diploma de Graduação de Arquitetura e Urbanismo, apresentado à Universidade Paulista – UNIP – Campus de Araçatuba (SP). Orientador (a): Prof. ° Esp. Ricardo Utimura Sueta ARAÇATUBA 2019 DA PAZ, Tiago A Humanização na Edificação em U. Coordenador: Gislaine Bianchi 1. Humanização 2. Unidade Básica de Saúde 3. Edificação. I. Le Corbusier RESUMO A saúde humana é direito fundamental, previsto na Constituição Brasileira de 1988, tal qual a mesma tem por funções orgânicas, físicas e mentais em situação normal, equilibrada, ou seja, saúde é o estado regular de suas funções orgânicas, onde por sua vez quando deixar seu estado regular e passar a sofrer alterações fisiológicas pode-se denominar estado passivo a doença.

Através desta premissa, este instrumento passa a voltar seu foco na humanização arquitetônica de Unidades Básica de Saúde, através de recursos como: aspectos ambientais, o uso de vegetação interna e externa, e entre outras ferramentas de cunho arquitetônico, visando na contribuição no processo de cura do paciente. O presente estudo visa implantar uma Unidade Básica de Saúde no município de Mirandópolis – SP, onde o mesmo tem uma receptividade de demanda alta em determinados postos de saúde, com o objetivo de conceber um projeto arquitetônico mais eficiente que integrem os princípios funcionais, ambientais, proporcionando ao mesmo tempo conforto e bem-estar físico aos usuários da mesma. Palavras-chave: Humanização; Projeto Arquitetônico; Unidade Básica de Saúde; ABSTRACT Human health is a fundamental right, foreseen in the Brazilian Constitution of 1988, as it has for organic, physical and mental functions in normal, balanced situation, that is, health is the regular state of its organic functions, where in turn when Leave their regular state and undergo physiological alterations, a passive state may be denominating the disease.

Through this premise, this instrument starts to return its focus on the architectural humanization of basic health units, through resources such as: environmental aspects, the use of internal and external vegetation, and among other tools of architectural nature, Contributing to the patient's healing process. Hospitais do Renascimento 22 2. Hospitais da Era Industrial 23 2. Hospital do Pré-contemporâneo 24 3 HUMANIZAÇÃO 26 3. Humanização hospitalar 26 3. Espaços himanizados 28 4 FENOMENOLOGIA 31 5 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA 35 5. Programa de Necessidades 56 7. Fluxograma 56 7. Estudos Preliminares e Plantas 56 CONSIDERAÇÕES FINAIS 56 REFERÊNCIAS 58 1 INTRODUÇÃO Designação adotada desde 2007 no Brasil, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC – as Unidades Básicas de Saúde – U. B. S – vem gradualmente substituindo os antigos Postos de Saúde, desempenhando os mesmos papeis, porém com uma oferta maior e mais abrangente quanto ao corpo clinico e atividades, como acesso a ações de promoção, prevenção e tratamento relacionadas a saúde da mulher, da criança, saúde mental, planejamento familiar, prevenção a câncer, pré-natal e cuidados com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

Reabilitar, retornar as práticas de, após lesão ou enfermidade, a suas atividades físicas e/ou mentais anteriores. A questão da humanização é muito atual. Segundo o Mistério da Saúde (apud NOGUEIRA, 2015, p. humanizar é: [. resgatar a importância dos aspectos emocionais, indissociáveis dos aspectos físicos na intervenção em saúde. Assim sendo, visando uma melhoria no ambiente de saúde, e com o objetivo de que o espaço bem projetado e humanizado faça também parte da terapêutica, apresenta-se neste, um modelo conceitual teórico em que se aborda a organização técnica dos espaços, para a criação de ambientes que favoreçam sempre a melhoria do paciente, a eficácia da equipe multiprofissional, além do conforto e da confiança dos acompanhantes no processo de tratamento.

Objetivos 1. Objetivo Geral O objetivo deste é desenvolver uma Unidade Básica de Saúde, que atenda às necessidades da população, tão qual a demanda da região do município como Lavínia e Guaraçai, sem deixar de inserir as especificações técnicas do ambiente hospitalar, usando determinados princípios e ferramentas que a arquitetura oferece, onde o acolhimento do usuário no ambiente de saúde seja de forma mais humanizada, a fim de ofertar qualidade do atendimento no acolhimento e colaborando de forma indireta na cura aos pacientes. Objetivos especificos O projeto tem por “objeto” de estudo a Unidade básica de Saúde, que por sua vez desenvolve ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, atuando direta e indiretamente no processo de premissas básicas nos cuidados médicos para com o paciente e o controle social com vistas a vigilância à saúde na defesa da qualidade de vida das pessoas, dentro do seu raio de atuação.

A hipótese / problema levantado nesse trabalho é a oferta do uso do projeto arquitetônico em unidades básicas de saúde, com o intuito de contribuir no processo de cura, haja vista que o uso da temática para os hospitais de hoje é a humanização dos edifícios hospitalares. Isso se deve a três fatores: a invenção da anestesia, a evolução dos procedimentos de assepsia e a profissionalização da figura da enfermeira” (COSTA, 2014, p. Início dos hospitais Na antiguidade o tratamento dispensado aos doentes era dado por médicos em suas próprias casas, nas casas dos pacientes ou em locais públicos. Alguns tratamentos de saúde eram realizados em templos destinados a deuses relacionados com a doença do paciente. Os sacerdotes utilizavam de banhos, jejuns e rituais para promover a cura (MARINELLI, 2006, p.

Segundo Marinelli (2006, p. Segundo Ornellas (1998, p. a invenção do hospital se deu “através das primeiras formas de aliviar as dores, tratar os doentes e tentar curá-los”. O hospital é um estabelecimento “que reúne pessoas doentes para serem tratadas, onde os meios terapêuticos disponíveis para tratar os doentes são concentrados e onde a medicina se instala como instituição hegemônica” (ORNELLAS, 1998, p. Para Ornellas (1998, p. “o surgimento do hospital como cenário privilegiado da tecnologia de tratamento e cura é fato relativamente recente e tem como marco da transformação de suas atribuições o final do século XVIII”. “a primeira Santa Casa foi fundada em 1543 por Brás Cubas em São Vicente com colaboração de moradores”. As Santas Casas eram, portanto, um lugar antes de tudo para bem morrer.

Sua função principal era acolher os pobres, peregrinos e doentes. Seguiam os preceitos da Igreja Católica e estavam em conformidade com o movimento de criação de hospitais na Europa. Os ricos preferiam ser tratados em casa e isso só se reverteu depois das mudanças ocorridas no século XIX quando o hospital se transformou num instrumento de cura (LAPREGA, 2015, p. O restante da população ou procurava um médico particular ou outros profissionais como cirurgiões, barbeiros, sangradores, curandeiros, parteiros e curiosos (MORAES, 2005, p. Moraes (2005, p. relata que “os surtos epidêmicos [. encontraram o Império Brasileiro completamente desprovido de leitos hospitalares, para atendimento à enorme demanda de doentes”. A partir de 1850, o Estado Imperial, “inaugurou os primeiros hospitais de isolamento e enfermarias destinados à atenção e segregação dos enfermos das epidemias na corte” (MORAES, 2005, p.

“Em 1930 foi criado o Ministério de Educação e Saúde composto por dois departamentos, um de Educação e outro de Saúde. Em 1934 são criadas várias diretorias e serviços como a Diretoria de Assistência Hospitalar” (LAPREGA, 2015, p. Segundo Moraes (2005, p. “a primazia da saúde pública sobre as políticas de saúde deveram-se às demandas urbanas [. com o processo de imigração, industrialização e o surgimento das classes médias urbanas”. foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social e já a partir de 1976 é possível identificar no discurso e nas medidas de governo o reconhecimento da crise no setor saúde” (LAPREGA, 2015, p. No ano de 1981, o governo federal criou o Conselho Consultivo da Administração da Saúde Previdenciária (CONASP) “com o objetivo de estudar e propor soluções para a assistência à saúde no âmbito da previdência, que acabou gerando o Plano de Reorientação de Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social, em 1982” (LAPREGA, 2015, p.

Em 1987 o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), foi criado por decreto e como estratégia de transição para a implantação do Sistema Único de Saúde e que iniciou a transferência para os Estados e Municípios dos serviços e estruturas de saúde ligados à Previdência (LAPREGA, 2015, p. De acordo com Laprega (2015, p. “em 1988 é criado o SUS que começa efetivamente a ser implantado a partir de 1990 com as Leis Orgânicas da Saúde”. Arquitetura hospitalar A chegada do Cristianismo nos coloca a um ponto de vista mais humano, modificando assim a estrutura social e imbuindo o ser humano a novas obrigações; evolui então rapidamente a ideia de ajuda aos necessitados e aos doentes.   Assim como a humanidade é tão antiga, o hospital passou a existir desde seus primórdios, no sentido de centros de caridades, contudo para entendimento do histórico, dá-se ênfase a partir do século XVII.

Segundo Foucault, o século XVII desde a Idade Média na Europa o hospital era um “morredouro”, não tinha papel de curar pacientes, mas de promover sua salvação espiritual, tido como um estabelecimento de assistência aos pobres cumprindo um papel religioso. Os responsáveis por esses aprestos eram as ordens religiosas da época, e isso refletia na criação arquitetônica, o cuidado com a alma antes do cuidado com o corpo. O personagem ideal do hospital, até o século XVIII, não é o doente que é preciso curar, mas o pobre que está morrendo. E uma vez dentro havia pouca esperança de recuperação” (MARINELLI, 2006, p. Figura 2 - Hospital Santo Espírito de Lubeck Fonte: MARINELLI apud Miquelin, 2014. Hospitais do Renascimento “As construções renascentistas são mais complexas utilizando duas formas básicas: o elemento cruciforme e o pátio interno ou claustro rodeado por galerias e corredores, sendo o claustro utilizado como elemento organizador na distribuição destes edifícios” (MARINELLI, 2006, p.

Este conceito apresentou variações morfológicas (plano em “T”, “L”,”U” e quadrado) “A preocupação com aspectos de salubridade e saneamento do edifício é manifestada através de soluções como área para lavagem de roupas sob os alojamentos e sanitários junto aos leitos e sistema de esgoto para as fossas” (MARINELLI, 2006, p. Figura 3 - Hospital Maggiore de Milão Fonte: MARINELLI apud Miquelin, 2014 2. Figura 5 - South East Metropolitan Regional Hospital Fonte: MARINELLI apud Miquelin, 2014 De acordo com Marinelli (2006), o edifício hospitalar “reflete em sua concepção sua época, o modo de pensar da sociedade e os avanços tecnológicos”. Na Idade Média era “um edifício destinado a caridade e a salvação da alma” passando no Renascimento “para as mãos da sociedade médica”, em decorrência da “mudança de mentalidade e valorização cientifica” (MARINELLI, 2006, p.

“Quanto ao desenho da planta hospitalar fica claro uma evolução da promiscuidade e da falta de privacidade da Idade Média com leitos com até seis pessoas para os dias de hoje os leitos abrigam um único paciente e as enfermarias possuem cada vez menos leitos, para populações mais abastadas quartos com um único leito” (MARINELLI, 2006, p. HUMANIZAÇÃO Conforme o dicionário Aurélio o significado de humanizar é: atribuir caráter humano a; conceder ou possuir condição humana; tornar-se benéfico; fazer com que seja tolerável; humanizar-se: humanizar um ofício, uma doutrina; o governo humanizou-se quando ouviu o povo. Humanização, portanto, é a intenção de procurar igualar os diferentes aspectos à altura do homem, tornar algo mais humano, socializar, respeitar, civilizar e reverenciar com educação ou oferecer dignidade, respeito e entendimento das partes em diversas áreas e processos.

Foi então em 1946, com a adesão da Lei Hill Burton que aparecem em locais exclusivos que visavam à prestação de serviços de assistência domiciliar. Desta forma, na busca da consolidação e valorização destes serviços; passa-se a absorver a essência do principal argumento que viria a consentir a aceitação popular da nova modalidade de serviço de saúde, é o atendimento de saúde levada para dentro dos domicílios. No decorrer da década de 50, várias julgamentos e estudos foram realizados a respeito do assunto, argumentou-se efetivamente esta modalidade que traria benefícios ou se enquadraria apenas como método de redução de custos na assistência médica. Em 1990 a França institui a “Reforma Hospitalar pelo Bem Estar da Saúde” que valorizava os direitos dos pacientes, para em seguida, em 1995 ser publicada a “Carta do Paciente Hospitalizado”, referência de diversos programas de humanização em várias regiões do mundo.

No Brasil, um dos instrumentos de humanização de maior progresso é o “Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento”, elaborado pelo Ministério da Saúde voltado a atenção à mulher e à criança” Vários instrumentos e projetos que visam defender a humanização dentro do ambiente de saúde tem surgido ao longo dos anos no Brasil, assim como inúmeros fóruns e conferencias tem ocorrido com a finalidade de criar discussões sobre o assunto. Os arquitetos pós-modernistas e contemporâneos assumiram o pensamento de que projetos arquitetônicos devem ser dotados de significância e, para tanto, é preciso ir além de considerações estritamente funcionalistas. Ainda neste contexto, o filosofo Alain de Botton afirma que a arquitetura hospitalar atinge novos horizontes, desmistificando a ideia de que esses ambientes são sempre frios e tristes.

Essa nova linguagem pode ser usada como importante ferramenta de contribuição na recuperação da saúde, quando projetada levando em importância não apenas a função, mas a humanização, ou seja, a capacidade de estimular a vida, garantir valor e sentido ao momento. A arquitetura hospitalar, quando tirando partido das análises do contexto, do entorno, das necessidades do cliente, tecnologia, sustentabilidade e fenomenologia pode influenciar na recuperação dos pacientes em tratamento. Conforme a OMS — Organização Mundial da Saúde (apud NOGUEIRA, 2015, p. os projetistas precisam de conceitos que sejam significativos para a forma física e o comportamento humano. Muitas coisas da arquitetura influem nas pessoas, embora nem tudo isso chegue à sua consciência". Outra constatação de Ulrich se refere ao uso de jardins internos destinados aos pacientes.

Áreas verdes em unidades hospitalares proporcionam benefícios aos seus usuários, como: "redução do stress, da ansiedade, da depressão e da quantidade de medicamentos utilizados pelos pacientes", além de reduzir as queixas relacionadas à saúde (apud NOGUEIRA, 2015, p. Na imagem 2, projeto desenvolvido pelo escritório de arquitetura Foster + Partners, para a unidade da Maggie's em Manchester, conhecida como 'casa longe de casa', pode-se perceber os ambientes margeados por jardins, isso torna o lugar uma espécie de refúgio para as pessoas em processo de tratamento de câncer tornando este, um instrumento de estímulo à reabilitação. O “caráter do ambiente” se faz pela organização espacial, e a arquitetura cria a “[. arte dos lugares” (Svensson, 2001, p. Segundo Heo (1998), de forma perceptivba, o ser humano cria seu próprio ambiente psicológico, que está relacionado ao envolvimento do ser com o seu próprio meio ambiente.

Dependendo de sua posição no espaço, no tempo, e de sua combinação de experiências, necessidades, interação e comportamento social. A experiência humana embora dinâmica, é raramente medida, e como o mundo também não é estático, assim sendo a fenomenologia arquitetônica leva a explorar o espaço imensurável, que está em constante mudança e evolução, através das interpretações individuais. É frequentemente utilizada em espaços comerciais e/ou de negócios, como agências bancárias, escritórios e empresas. Amarelo: Conduz à ideia de otimismo, curiosidade, jovialidade e ambiente-luz. Utilizado frequentemente em espaços comerciais ou restaurantes sob a finalidade de aguçar a atenção do pedestre. Vermelho: A cor evidencia energia, excitação, impulso. Por isso, é regularmente empregada em espaços comerciais, como lojas ou fast foods, por exemplo, buscando a ideia de compulsividade e desejo ao consumo.

Na Índia é respeitada como uma cor sagrada. O uso da cor, nas situações que envolvem tratamento de saúde, é bastante comum, podendo assim então, fazermos uma relação entre uma situação em que se deseja o sentimento de esperança e dos arquétipos a ela ligados, como no caso de hospitais, e a utilização do uso da cor verde nos ambientes, tanto interno quanto externo, como apoio às atividades ali exercidas. Legislação e Normas vigentes O presente trabalho procurou seguir as exigências das seguintes normas, decretos e portarias, tais como: Código sanitário do Estado de São Paulo, Normas de Proteção Contra Incêndio, ABNT - NBR 9050 (Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaço e equipamentos urbanos), Norma RDC n° 50, 02/2002 – ANVISA, Decreto n° 12.

– Governo do Estado de São Paulo, Portaria n° 1. – Ministério da Saúde. o conforto ambiental tornou-se indispensável em projetos arquitetônicos, pois “o uso de estratégias bioclimáticas que garantam a máxima utilização dos condicionantes naturais (orientação solar, ventilação e iluminação natural), minimizando, assim, o emprego, por exemplo, de equipamentos de condicionamento de ar mecanizados”. A relação entre a arquitetura e o clima visa à preservação do meio ambiente e à economia de energia. Assim, “a arquitetura bioclimática corre em busca de soluções adequadas para a integração do homem com o meio, propondo mudanças no processo de criação e execução dos espaços habitáveis” (MELLO et al. p. Mascarello (2005, p. Garrocho (2005), explica que a sua intensidade e distribuição no ambiente dependem de fatores, como: [.

da disponibilidade da luz natural (quantidade e distribuição variáveis com relação às condições atmosféricas locais), de obstruções externas, do tamanho, orientação, posição e detalhes de projeto das aberturas (verticais e/ou horizontais), das características óticas dos fechamentos transparentes, do tamanho e geometria do ambiente e da refletividade das superfícies internas (GARROCHO, 2005, p. Para Garrocho (2005, P. “um bom projeto de iluminação natural usufrui e controla a luz disponível maximizando suas vantagens e reduzindo suas desvantagens”. Para conseguir suas vantagens e seus benefícios é necessário conhecer o comportamento da luz, com a finalidade de distribuí-la conforme as atividades desenvolvidas em cada ambiente. Sombreamento “O estudo das trajetórias solares serve para identificar a melhor posição do edifício em relação ao sol nas quatro estações do ano, [.

minimizando a carga térmica nas fachadas das aberturas, e mostrar como trabalhar os elementos do envoltório da edificação” (MASCARELLO, 2005, p. Segundo Lamberts (2016, p. estão sendo desenvolvidos vários tipos de proteções solares para sombreamento das aberturas no interior das edificações, com as principais funções de “filtrar o ganho solar, proteger do ofuscamento, proteger contra raios UV e permitir a entrada de luz natural”. As proteções solares internas são utilizadas para aberturas nas paredes ou nas aberturas zenitais, sendo encontrados para vários níveis de sombreamento desejáveis. e entre elas são dispostas fileiras paralelas de brises horizontais. Desse modo, os ambientes internos ficam resguardados dos raios diretos do sol” (FRACALOSSI, 2012, on-line). “O fechamento interno da abertura é feito por dois módulos verticais de esquadrias: o inferior é, em geral, uma veneziana metálica, e o superior, uma basculante de vidro”, em determinados ambientes, os dois módulos “são basculantes de vidro, permitindo a completa interrupção da ventilação, mas sem privar o espaço de iluminação” (FRACALOSSI, 2012, on-line).

Figura 9 - Shed - módulos verticais das esquadrias Fonte: ARCHDAILY, 2012 Os ambientes internos estão conectados aos jardins externos no entorno do edifício, ou por grandes panos de vidro, ou por corredores externos, ou os jardins adentram e recortam sua volumetria, ou os leitos se estendem em pequenas varandas (FRACALOSSI, 2012). Figura 10 - Jardins conectando os ambientes Fonte: ARCHDAILY, 2012 O sistema de climatização utilizado é “integralmente passivo, com dutos de instalações e ventilação natural, evitando o uso de ar condicionado e, consequentemente, isolando as doenças transmissíveis pelo ar” (GUERRA; MARQUES, 2015, on-line). Figura 20 - Cortes longitudinal e transversal Fonte: ARCHDAILY, 2014 Figura 21 - Rampa de acesso Fonte: ARCHDAILY, 2014 Figura 22 - Iluminação natural Fonte: ARCHDAILY, 2014 O edifício foi projetado em estrutura de concreto com uma cobertura metálica inclinada, “melhor solução encontrada dadas as condições climáticas da região, com severas tempestades de neve durante o inverno” (BARATTO, 2014, on-line).

Figura 23 - Concreto e cobertura metálica Fonte: ARCHDAILY, 2014 Conforme a figura 23, “os materiais escolhidos foram o concreto e a telha de zinco, que garantem durabilidade, baixos custos de manutenção e possibilidade de posterior reciclagem”, proporcionando uma personalidade distinta ao edifício, integrando-o as vilas do entorno (BARATTO, 2014, on-line). O edifício tem dois acessos diferentes para garantir o bom funcionamento do centro de saúde, apresentando uma conexão entre si, utilizada quando necessário. As áreas de emergências e a de visitas regular são acessadas de modo independente. Figura 24 - Planta pavimento térreo Fonte: Elaborado pelo autor a partir de ARCHDAILY, 2014 Figura 25 - Planta 1º pavimento Fonte: ARCHDAILY, 2014 A humanização está presente no projeto deste Centro de Saúde, por meio da acessibilidade proporcionada para os pacientes nos acessos ao edifício, além da iluminação natural em todos os ambientes por causa das aberturas posicionadas conforme a orientação solar, auxiliando no conforto dos pacientes, conforme a figura 26 e 27.

Figura 30 - Cores e luz natural Fonte: ARCHDAILY, 2016 A abordagem da arquitetura da cura que “reduz o estresse e a ansiedade dos pacientes e melhora a experiência dos visitantes é aprimora pelo conceito de hospital aeroporto, baseado em uma circulação otimizada, organogramas e conexões visuais melhoradas pelo uso da cor” (PEDROTTI, 2016, on-line). Após uma pesquisa e estudos realizados dos diferentes fluxos de pacientes, seus familiares, médicos e conexões entre serviços, “a privacidade dos pacientes foi melhorada, incluindo a proximidade com as unidades médicas, área de emergência e UTI” (PEDROTTI, 2016, on-line). Segundo LVA, o hospital é modular, “eficiente, fácil de usar e permite o crescimento futuro” (LVA, 2016, on-line). A arquitetura de LVA é marcada pelo uso de cores primárias fortes e seus tons derivados, com o objetivo de destacar a legibilidade, de evidenciar certas formas de organização e, simultaneamente, de criar um ambiente acolhedor com um sentimento de lugar (PEDROTTI, 2016).

Figura 31 - Uso de cores primárias internamente Fonte: ARCHDAILY, 2016 Conforme LVA, o hospital foi “projetado seguindo as diretrizes de sustentabilidade, medidas passivas e ativas foram implementadas desde os estágios iniciais para a eficiência energética e para minimizar o impacto ambiental”, como: a implantação do jardim hospitalar, o controle da luz natural e ventilação, a criação de uma planta de cogeração (LVA, 2016, on-line). O partido arquitetônico tem como seu principal fator o uso de iluminação natural e paisagismo, colocando pessoas ao contato direto a esses fatores. Sua aplicabilidade é recorrente em edifícios de natureza semelhante, sempre que se pretende priorizar a agilidade de construção e, sobretudo, evitar desperdícios. Define-se o partido com o uso do sistema construtivo misto, composta por pilares e vigas em aço laminado e lajes de painéis treliçados.

Por questões econômicos, a geração de resíduos é reduzida, já que a estrutura é fabricada com as dimensões definidas a partir do projeto, dispensando o corte de peças, consequentemente gerando uma construção mais barata, rápida e limpa. O uso de vidros e esquadrias metálicas para a composição de aberturas enriquecendo a luminosidade natural e o uso de brises em chapa de aço perfurada, pintadas em cores distintas, para resguardar a privacidades dos pacientes, promover a adequada ambientação qualitativa de conforto nos espaços internos e conferem unidade e identidade ao projeto. Norma Brasileira (NBR) 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. BADALOTTI, C. M. BARBISAN, A. com. br/br/01-168780/centro-de-saude-em-babia-slash-virginiaarq>. Acesso em: 29 mar. BARATTO, R. Centro de Saúde em Babia.

Estabelece incentivo financeiro para a reorganização da atenção à saúde bucal prestada por meio do programa saúde da família. Diário Oficial da União, Brasília, 29 dez. seção 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. J. G. Direito constitucional e teoria da constituição. ed. Coimbra: Almedina, 2000. Rio de Janeiro: UFRJ, 2000. COSTA, Natália Rocha Nascimento. Aspectos projetuais da unidade de internação. f. Monografia (Arquitetura de Sistemas de Saúde) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2014. Conforto Lumínico e Acústico em edificações hospitalares: uma APO qualitativa da unidade de tratamento intensivo neurovascular do Hospital da Beneficência Portuguesa. f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. S. Luz natural e projeto de arquitetura – Estratégias para iluminação zenital em centros de compras. f. Dissertação (Mestre em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de Brasília, Brasília, 2005. GUERRA, A. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. LAMBERTS, R. Desempenho Térmico de edificações. Florianópolis: LABEEE, 2016. LAPREGA, M. luisvidal. com/en/pdfs/hospital-can-misses-y-centro-de-salud-ibiza. pdf>. Acesso em: 29 mar. MARINELLI, A. et al. A importância de estratégias bioclimáticas aplicadas no projeto arquitetônico. Revista de Administração da UFSM, Santa Maria, v. Edição Especial, p. ago. A importância do ambiente físico hospitalar no tratamento terapêutico do paciente hospitalizado. ORNELLAS, C. P. Os hospitais: lugar de doentes e de outros personagens menos referenciados. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.

br/br/782165/hospital-can-misses-luis-vi dal-plus-arquitectos>. Acesso em: 29 mar. PEDROTTI, Gabriel Santiago. Hospital Can Misses / Luis Vidal + Arquitectos. Vitruvius. com/index. php?seccion=5&idioma=0>. Acesso em: 29 mar. ROCHA, M. E. SVENSON, Frank. Visão de Mundo: Arquitetura. Brasília: Edição ALVA, 2001. p. TOLEDO, L. ANEXOS Elemento opcional refere-se a um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e respectivos títulos.

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