O CRESCIMENTO DE MATRÍCULAS DE ALUNOS SURDOS NA REDE ESTADUAL: Impactos e desafios no aprendizado do aluno deficiente auditivo

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

Formação do Professor(a) Profa. Formação do Professor(a) Prof: ______________________ Formação do Professor(a) Cidade, ___ de ___________ de ____. RESUMO Este estudo teve o objetivo de analisar o crescimento no número de matrículas de alunos com necessidades especiais relacionadas à audição na rede de ensino público estaudal, demonstrando parte dos efeitos de tal crescimento. Presou-se ainda por mostrar os desafios no processo de aprendizagem, integração do ambiente escolar e inclusão na sala de aula. Dentre os autores pesquisados para a constituição conceitual deste trabalho, destacaram-se Maria Teresa Eglér Mantoan, pedagoga, mestre e doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Capinas; Mirlene Ferreira Macedo Damázio, mestre em educação para a Diversidade Humana pela Universidade de Salamca e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e Lucimara Sirigatti, autora do livro Inclusão do deficiente auditivo em sala de aula de ensino regular.

Esse aumento demonstra que mesmo com limitações encontradas pelos alunos, há uma tentativa de proporcionar o mesmo aprendizado à eles. Dentre as limitações observadas em muitos desses alunos, nosso estudo procurou destacar a deficiência auditiva e a surdez, que, apesar de apresentarem certas distinções, ocasionam uma limitação para o desenvolvimento do aluno, tendo em vista o fato de que a audição é de grande importância para o aprendizado da lingua e para a interação entre os individuos, que faz parte das relações sociais. Integrar o aluno que possui deficiência auditiva vai muito além de ensinar-lhe simples conceitos das mais diversas matérias trazidas em sala de aula. É transformar o aluno em um ser capaz de aprender e interagir com outras pessoas, auxiliando-o a participar proativamente de uma coexistência social, aprendendo em uma classe comum, com alunos comuns, o que o ajuda a sentir-se parte de algo maior.

Contudo, para que isso possa acontecer, é preciso orientar o aluno, incentivando também docentes da rede pública de ensino, já que a dinâmica entre aluno e professor, através da linguagem e comunicação criada por eles, é responsável pela melhor integração dos deficiêntes auditivos no processo de aquisição de conhecimento. É esperado que este trabalho auxilie em uma conscientização maior a respeito da integração dos alunos com algum tipo de dificuldade específica que não só a relacionada a surdez, garantindo uma maior reflexão quanto ao respeito e garantia de uma educação à todos, sem qualquer distinção. O ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SUA INTEGRAÇÃO NA SALA DE AULA Para que o aluno com deficiência auditiva, parcial ou completa, possa comunicar-se em sala de aula, o uso da linguagem de sinais é o principal e mais importante meio que deve ser empregado.

Assim, verificasse que, para que uma inserção dentro da sala de aula seja feita da melhor maneira possível, é preciso um envolvimento global, tanto por parte de quem é responsável pela educação, quanto por quem faz parte da rotina dos alunos dentro da escola. A educação já deixou de ser neutra há algum tempo, seus valores vem mudando com o passar dos anos, tornando essencial que os educadores assumam uma postura que interaja com as necessidades do alunos com surdez, permitindo que eles tenham acesso à uma aprendizagem completa, seja por meio da escrita da lingua portuguesa ou mesmo pela comunicação de sinais. Essa perspectiva encontra, apesar de poucos terem ciência disso, um aparo constitucional, atráves de nossa Carta Magna de 1988, que traz em seu preceito o dever que o Estado possui em atender educacionalmente os cidadãos que possuem necessidades especiais, com preferência para a rede regular de ensino, onde a integração desses cidadãos deve acontecer.

Tais dizeres externam a importância de se estabelecer um compromisso com uma melhor educação para quem possui qualquer tipo de necessidade especial, pois, além de proporcionar uma aprendizagem aos alunos que detenham algum tipo de limitação, o exercício da cidadania, elemento essencial na construção de uma sociedade democrática, enxerga nas diferenças uma simples característica, e não um motivo de exclusão de outro ser humano, promovendo assim um convívio harmônico entre as diversidades, ideológicas, culturais, raciais e físicas. Visualiza-se dessa forma esforços, tanto nacional como internacionalmente, em trazer para as instituições de ensino um número maior de alunos portadores de necessidades especiais, seja por meio de leis, programas e projetos. Em nosso país, tal fato apresenta-se através de uma política para a efetividade de uma educação especial, procurando estabelecer alternativa para um atendimento educacional às pessoas que apresentem alguma limitação.

Á exemplo do que acima foi dito temos o Estatuto da Criança e do Adolescente, trazido pela Lei Federal nº 8069 de ano de 1990, que assegura o dever que o Estado detém de garantir o direito à educação, tanto à criança quanto ao adolescente, além da Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional, descrita na Lei nº 1996 de 1996. Esta última dá um maior destaque para o aprendizado dos alunos que precisem de uma atenção diferenciada dentro de sala de aula. Isso se dá pelo fato de que pouco se faz, seja por parte de responsáveis do governo, ou mesmo por aqueles que desempenhem uma função de gestão na escola, para que seja proporcionada uma educação de qualidade, inserindo o aluno em uma classe regular.

Na sala de aula, a inserção eficaz do aluno com de limitações auditiva, seja pela surdez em si ou por uma diminuição significativa na audição se dá através um processo que envolva não apenas seu ingresso em uma sala comum é preciso trabalhar com a permanência deste aluno juntamente aos outros, para que, além do aprendizado completo, o deficiente auditivo sinta-se parte de um meio social com toda a comunidade escolar. Porém, o que muito se tem visto em nossas escolas é uma defasagem no modelo de ensino, além da dificuldade em fazer com que o educando com alguma necessidade especial faça parte da sociedade. “Nosso modelo educacional mostra há algum tempo sinais de esgotamento, e nesse vazio de ideias, que acompanha a crise paradigmática, é que surge o momento oportuno das transformações” (MANTOAN, 2003, p.

Pelas palavras de Maria Teresa Eglér Mantoan, pedagoga, mestre e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas, que a muito se dedicam as pesquisas relacionadas à docência e ao direito incondicional de todos os alunos terem acesso à educação escolar básica, podemos perceber que momentos como esse, pelo qual nosso país passa, pode ser o ponto propício para que uma mudança mais profunda seja implementada, através de novas conexões entre diferentes redes de relacionamento, providas por uma comunicação exercida de diferentes modos, buscando-se melhorá-la de modos distintos. De lá para cá, o número de estudantes com alguma limitação auditiva que estão sendo inseridos dentro da rede de ensino comum ainda vêm crescendo. O reflexo disso pode ser visto em uma maior abordagem do tema, que vai ganhando destaque e importância tendo em vista sua relevância dentro da sociedade.

Um exemplo deste reflexo pode ser visto no destaque que o tema ganhou ao ser tema da redação do ano 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, que tratou dos desafios para a formação educacional de surdos no Brasil. Ao fazer isso, estimula-se o debate referente à relevância de proporcionar aos estudantes surdos um aprendizado completo. Trazendo o tema para um contexto mais atual, no ano de 2016, ao falar sobre a importância do ensino de livras para garantir uma educação mais inclusiva, o Ministério da Educação (MEC) apontou o número de alunos que possuem limitações auditivas. Tais dados apontam para a importância de lutar por uma sociedade que, cada vez, mais discuta sobre a inclusão, compreendendo que para construir um espaço mais democrático, é preciso pensar em formas de superar obstáculos, principalmente aos que tratam da dificuldade em estabelecer uma comunicação efetiva.

O crescimento no número de matrículas de alunos surdos na rede estadual de ensino, além de demonstrar uma maior participação dos educandos possuidores de privações auditivas, mostra também alguns desafios a serem superados, dificuldades encontradas nos anos anteriores que ainda acompanham o ensino regular brasileiro, algo extremamente danoso para um país que se comprometeu em oferecer um aprendizado democrático em seu documento maior, a Constituição Federal. Nenhuma ação com o objetivo de eliminar ou ao menos diminuir as barreiras físicas, comunicativas ou mesmo pedagógicas que assegurasse o efetivo acesso e permanência das pessoas com deficiência fora visto no decorrer dos anos. Apenas dos diversos levantamentos e dados obtidos por pesquisas anuais, os recursos para a educação dos alunos surdos não sofreram grandes alterações, tampouco se viu um grande movimento para que os docentes fossem preparados de um modo a especializar-se na educação e comunicação com quem não consegue ouvir.

O impacto com aumento nas matrículas de alunos surdos precisa ser sentido pela sociedade como um todo, para que se visualize a importância de estabelecer uma educação verdadeiramente inclusiva, que ofereça as mesmas oportunidades para todos os alunos, independentemente de suas limitações, fundamento essencial na construção de uma população consciente da existência de diferenças, mas que combata as desigualdades. Entende-se então que a formação do professor é um ponto fundamental na construção de conhecimento do aluno surdo, onde o educador precisa estar preparado para novas situações que certamente ocorrerão dentro de sua sala de aula. Tudo isso depreende-se do fato de que a construção do conhecimento do aluno com deficiência auditiva não acontece da mesma forma que a criança ouvinte, onde este último tem uma facilidade maior de comunicar-se em detrimento do primeiro, por nem todos terem conhecimento da linguagem de sinais, uma das formas mais eficazes encontradas para estabelecer uma comunicação entre os não ouvintes.

Sendo assim, saber qual o processo de aquisição de conhecimento do surdo é de suma importância na evolução de seu conhecimento e potencialidades. A pessoa acometida pela surdez possui as mesmas capacidades e possibilidades de desenvolvimento em razão daqueles que ouve normalmente, diferenciando-se apenas pelo fato de necessitar ter suprida algumas necessidades, obstáculos que podem ser superados através de políticas de capacitação especifica do docente, debatendo-se a importância da construção de conhecimento dos surdos, considerando todos os aspectos relacionados à pessoa em si. A linguagem é algo inerente ao ser humano, que a desenvolve durante eras para que se estabeleça a comunicação entre o emissor e o receptor da informação. Damázio (2007) aponta em seu trabalho para o valor de um professor que possua uma formação em libras, para que, desse modo, tenha um melhor desempenho no conteúdo a ser trazido em sala, compreendendo que não há barreiras para que uma comunicação seja estabelecida.

Tudo isso ao dizer que “o professor que é fluente em Libras é a pessoa mais habilitada para transmitir seus conhecimentos aos alunos usuários da Língua de Sinais. Uma vez que o domínio do conhecimento a ser trabalhado é exclusivo desse professor, não existe a barreira da comunicação e, assim sendo, o intérprete será desnecessário” (DAMAZIO, 2007, p. Neste sentido, além da própria escola, a família apresenta-se como um dos principais expoentes na educação do surdo. Tratando-se da aprendizagem de questões básicas sociais para o deficiente auditivo, sua primeira e maior influência virá de seus pais. Primeiramente, a escola deve integrar o aluno em uma classe de ensino regular, como já vem sendo feito na rede de ensino estadual, como aponta o crescimento no número de matrículas.

Por meio desta integração, o aluno deficiente auditivo terá acesso a escola e todas as possibilidades educacionais que a mesma proporciona, sendo, em seguida, incluído em uma sala de ensino regular. Ao apontar que as crianças com necessidades especiais devem frequentar escolas comum, o Governo precisa antever a situação do atual sistema de ensino, bem como as dificuldades que serão encontradas por este aluno no decorrer do ano letivo, bem como os obstáculos pelo qual o processo de aprendizagem terá de passar. De fato, existem educadores que não estarão devidamente preparados para atuar pedagogicamente com tais necessidades, o que irá fazer com que o aluno que é acometido por surdez isolar-se dos demais, a não ser que, como em alguns casos, haja a presença de um intérprete, que irá auxiliar em sua formação, porém sem integrá-lo do mesmo modo que a comunicação com toda a sala e aula faria.

A troca de conhecimento e experiências de vida, mesmo com as crianças, estimula uma formação da pessoa como cidadão integrante da sociedade amplamente considerada, e para isso, é preciso estimular nos professores o anseio por buscar formas de conseguir estabelecer uma comunicação entre todos da sala. “Quanto mais sistemas comuns da sociedade adotarem a inclusão, mais cedo se completará a construção de uma verdadeira sociedade para todos – a sociedade inclusiva”. SASSAKI, 1997, p. Pelas palavras Romeu Kamuzi Sassaki, em seu livro INCLUSÃO: CONSTRUINDO UMA SOCIEDADE PARA TODOS, fica ainda mais fácil entender a importância de integrar a todos dentro de um contexto social, tendo em vista que, atualmente, nem todos conseguem ingressar em empresas e instituições sem sofrer com autos níveis de preconceito e discriminação, apesar de todo um trabalho para que a sociedade adote uma postura de conscientização e sensibilidade.

A “falsa inclusão vista dentro das escolas hoje, é reflexo da falta de comprometimento planejamento e preparo, tanto por parte de docentes e responsáveis pela gestão das escolas, quanto por parte do Governo. Mesmo com dizeres legais tratando do sistema educacional inclusivo, falta uma correta estruturação, que ofereça um aprendizado completo para que precise de um atendimento especial. planalto. gov. br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado. htm> Acesso 20 de março de 2018 BRASIL. Lei nº 5296 de 02 de Dezembro de 2004 Lei de Acessibilidade – Disponível em: <http://www. Lei n° 10. de 9 de janeiro de 2001. Plano Nacional de Educação – Disponível em: <http://www. planalto. gov. Estatísticas revelam que política adotada pelo governo promove acesso e expansão – Disponível em: <http://portal. mec. gov. br/ultimas-noticias/202-264937351/20956-estatisticas-revelam-que-politica-adotada-pelo-governo-promove-acesso-e-expansao> Acesso em: 22 de março de 2018.

BRASIL. br/download/censo/2009/TEXTO_DIVULGACAO_EDUCACENSO_20093. pdf> Acesso em: 22 de março de 2018. DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento Educacional Especializado para Pessoa com Surdez.  São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

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