O CONCEITO DE EXISTENCIALISMO SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE A PARTIR DA CARTA, O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO

Tipo de documento:Trabalho Acadêmico

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Professor: CURITIBA 2016 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo apresentar o conceito e os argumentos de Jean Paul Sartre sobre as críticas do existencialismo. Este assunto será tratado a partir do “Dicionário de Filosofia” de Nicolas Abbagnano e da obra “ O Existencialismo é um Humanismo” de Jean Paul Sartre. Para bem apresentar a temática, o trabalho é desenvolvido em três capítulo; No primeiro capítulo será levantado uma breve visão sobre o que seria o existencialismo na visão abordado pelo Nicolas Abbagnano. Irei escrever sobre a origem e o significado de seu próprio termo, irei fazer uma comparação entre a filosofia geral pregada no romantismo e a filosofia de modo geral empregada no existencialismo. O segundo capitulo tem como objetivo apresentar o conceito do existencialismo e de seu significado por meio de Sartre em sua obra “ O Existencialismo é um Humanismo”.

O “dicionário de filosofia” de Nicolas Abbagnano disponibiliza informações expressas sobre esse assunto. Segundo Nicolas Abbagnano, a palavra existencialismo é criado em função de existir um conjunto de diretrizes filosóficas que possui a mesma linha de pensamento crítico e filosófico em torno da humanidade e de sua existência. O termo existência é compreendido pelas diretrizes filosóficas no seu próprio significado expresso, em outras palavras, a palavra existência é entendida por estas diretrizes no campo de uma situação analisável e determinado em termos de possibilidade. As análises existenciais devem ser acentuadas como circunstâncias fundamentais e normais em que o sujeito se encontra ou que se pode encontrar. Em ambas das diversas situações de existência, o homem não poder ser o nunca e tampouco pode ser encerrado em si o mundo, a totalidade infinita, a natureza ou o ser.

O Romantismo assegura que existe uma ordem que tem como o objetivo garantir o sucesso final das ações humanas, essa ordem advém do próprio mundo em que homem se encontra nele inserido por meio da sua própria manifestação. Enquanto que no Existencialismo, o homem é visto como algo que se encontra inserido no mundo, ele é condenado no seu próprio determinismo que pode ser impossível ou vans as iniciativas próprias. A liberdade para o romantismo, é uma ação criadora, absoluta e infinita, ela tem a capacidade de criar coisas novas e autenticas. No Existencialismo, a liberdade é cheia de obstáculos, esses obstáculos é a causa de condicionar a liberdade do homem, a liberdade é finita e não infinita como ponderava o romantismo, o alvedrio é recheado de limitações que tendem deixar a liberdade em modo etéreo fazendo abater-se naquilo em que já foi ou que foi concluído.

O Romantismo busca assegurar que a humanidade sempre estará em progresso fatal e continuo, sendo que para o Existencialismo, o progresso é ignorado em vista de não poder vislumbrar nele alguma garantia. O existencialismo seria o movimento que tem a intenção de amputar os valores atribuído a Deus e ao conceito de eternidade, ou de alguma vida após a morte. Jean Paul Sartre procura desde então, articular argumentos com o objetivo de responder as críticas ponderadas ao existencialismo. Já de início, Sartre considera o existencialismo como um preceito que tem como objetivo de fazer com que a vida humana seja possível conceber sua própria existência, essa doutrina busca também assegurar as ações e as verdades como algo que frisa a implicar a um meio e em uma subjetividade humana.

Sartre é contra o conceito critico atribuído ao existencialismo, segundo ele, o existencialismo não quer enfatizar o lado negativo da vida humana como é propriamente dito pelos católicos, esse conceito quer aproximar o sujeito a autenticidade lógica e a realidade do homem no mundo. A palavra existencialista é um conceito que se encontra em rios de banalização. Os filósofos cristãos concebem a ideia de que Deus é o criador de todas as coisas, ele é o arquiteto superior que busca criar por meio de sua própria vontade. Segundo Sartre, o Deus dos Cristãos já tem em mente aquilo que deseja criar, Ele já sabe o que está criando. E desta forma, o conceito de homem “no espirito de Deus”14 é muito parecido com a compressão do aspirador de pó, “no espirito industrial”15, Deus constrói o homem de acordo com a função determinada e as estabelecidas técnicas de produção.

Em outras palavras, Deus produz o homem na mesma forma em que o arquiteto fabrica algo por meio da técnica e de uma definição de conceito. Esse pensamento é segundo Sartre reforçado e concebido por Kant, por Diderot e por Voltaire. Segundo Sartre, o homem não pode se outra coisa senão aquilo que ele faz de si mesmo, formando no existencialismo o seu primeiro princípio, o primeiro princípio do existencialismo é justamente conceber a ideia de que o homem é e sempre será aquilo que ele faz de si mesmo. Essa é, todavia, a subjetividade que os cristãos acusam os existencialistas ateus, contudo, o existencialismo ateu, quer valorizar a dignidade do homem, segundo Sartre, esta linha de pensamento pondera o conceito de que a dignidade humana tem muito mais valor do que a da mesa ou a da pedra, pois o homem ele o é, ele existe.

O homem não é o futuro, ele nasce do nada e se projeta no futuro, ele ainda tem a consciência de estar se projetando no futuro. Desde o princípio, o homem é um sujeito projeto que vive à custa de si mesmo, o homem apenas será aquilo que se delineou a ser. O querer ser ou fazer em Sartre não está ligado apenas no ato da vontade e sim no ato da decisão. Caráter dinâmico, e inacabado do vir-a-ser. O ser é aquilo que transcende as realidades finitas, os objetos aqui nada mais é do que a ponte que pelas quais o ser se manifesta. O ser é o que vem a ser na vida do indivíduo pelas escolhas e pelas decisões, o homem neste conceito, deixa se fazer, ela faz com que o ser se dê por sua decisão.

Segundo o escritor do “ O Existencialismo é um Humanismo”, a essência humana é correspondida na medida em que é dado pela liberdade de escolha, o homem é condenado a ser livre e a decidir por si mesmo, ele o é, na medida que se constrói no leque das possibilidades. A existência precede a essência, todavia, essa ponderação não se deve ser entendido de maneira crônica, (cronológica), mas deve ser entendido na postura ética, a essência só pode ser definida na hora em que o sujeito escolhe, e define enquanto essência plano ético. Segundo Sartre, o homem se encontra fora de si, ele se projeta e se perde fora de si, e desta forma, o homem é cogitado a existir, contudo, é superando os desígnios transcendentes é que o homem poderá existir, o homem é a própria superação de si mesmo.

De acordo com Sartre, não há outra universalidade que não seja o próprio universo humano, (o universo da subjetividade humana). O Humanismo apresentado por Sartre não é outra coisa que um vínculo existente entre a transcendência com o aspecto essencial do homem e a subjetividade. No Humanismo, o único legislador do homem não é outra coisa senão ele próprio. O homem ao se sentir abandonado ele irá se decidir por si mesmo, pois o homem não estará voltado em si mesmo, ele sempre estará na procura de uma menta que se encontra fora de si. Ao contrário do pensamento cristão, Sartre considera o existencialismo como um preceito que tem como objetivo de fazer com que a vida humana seja possível conceber sua própria existência, essa filosofia busca assegurar as ações e as verdades como coisas que tendem a implicar a um meio e a uma subjetividade humana.

Segundo Sartre, o existencialismo não emprega o lado negativo da vida humana e sim requer aproximar o sujeito a realidade autentica e lógica do homem no mundo. O escritor do “O Existencialismo é um Humanismo” pondera a ideia de que “a existência precede a essência” segundo ele, não existe como o homem não existir primeiro que sua essência, a essência do homem só é possível ser construída a partir da sua própria existência, o sujeito só existe na medida em que ele passa a existir, o homem era antes de tudo um nada. Nada existia antes do nascimento do “homem”, ele precisa primeiro passar a existir para construir sua essência e sua maneira de ser. O existencialismo de Sartre é, contudo, uma ética do “vir-a-ser”, o homem em seu existencialismo é sempre confrontado com uma escolha, a ética é construída por meio dos atos que o sujeito define por parte de si mesmo.

ed. São Paulo: Nova Cultura, 1987.

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