Marketing Digital e classe C
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Marketing
A principal meta dessa estratégia é associar a comunicação com a propaganda e a criação com finalidade de entregar um produto/serviço que atenda às necesidades e desejos do consumidor através de um bom relacionamento. A aplicabilidade do marketing busca compreender quais são realmente as necessidades do ser humano, tomando como ponto de partida que o indivíduo depende, em uma tomada de decisão, de uma série de fatores que envolve a própria individualidade ou a cultura no qual está inserido. Desta forma, torna-se imprescindível uma boa segmentação levando em conta a necessidade individual para que ocorra uma comunicação direcionada com objetivo de atender àquela faceta populacional (SILVA; NERES, 2013). De acordo com Santos, Maria, souza e Visentin (2019, p. O marketing foi desenvolvido para ampliar o mercado de vendas, de produtos e serviços.
que ainda segundo o autor é uma espécie de adendo ao 3. pois possibilita uma convergência midiática por meio das novas tecnologias. Os profissionais de marketing precisam embarcar na mudança para um cenário de negócios mais horizontal, inclusivo e social. O mercado está se tornando mais inclusivo. A mídia social elimina barreiras geográficas e demográficas, permitindo às pessoas se conectarem e se comunicarem, e, às empresas, inovar por meio de colaboração. “A sua essência é reconhecer a mudança de funções dessas duas táticas, o marketing tradicional e o digital, em favor de construir engajamento e conquistar a voz do cliente” (BARRETO, 2018, p. Segundo Torres (2018) o objetivo do marketing digital é “desenvolver estratégias e ações de marketing, comunicação e publicidade através da internet”.
Desta forma, as ferramentas de pesquisa, promoção e posicionamento da marca são todos efetivados por meio da internet. Por meio da década de 90, quando a internet estava se popularizando e as empresas viram um potencial de crescimento neste meio, o marketing digital era considerado uma vantagem competitiva, pois ainda grande parte delas não possuíam uma presença digital. Por outro lado, atualmente os consumidores estão cada vez mais conectados pelas plataformas digitais, com isso, o acesso à informação transformou o poder de consumo, deixando os indivíduos mais questionadores e seletivos. “as estratégias de marketing digital têm se tornado eficazes em muitos negócios, tanto para aqueles totalmente on-line, como para os que se utilizam de múltiplas plataformas de atendimento, cruzando o varejo físico com a loja virtual”.
Nesta etapa, faz-se necessário o aprofundamento acerca da origem do comércio eletrônico. Foi após a utilização doméstica da internet, no fim da década de 90 que o ambiente virtual passou a ser visto como uma potencial ferramenta de comércio eletrônico (SANTOS, 2018). A grande visão assentava na comunicação universal e num ambiente virtual para que todos pudessem aceder, criando um corpo de inteligência global, armazenado em páginas Web criadas por milhões de indivíduos e inúmeras bibliotecas, governos e institutos científicos. Foi também celebrado o facto de a Internet não ser controlada por nenhuma organização ou governo, sendo de livre acesso a qualquer um. De acordo com Kotler e Keller (2012) o marketing precisou passar por transformações após este período, pois através da popularização das redes sociais, surgiram também novas ferramentas de processamento e armazenamento de dados que permitia uma análise aprofundada sobre o comportamento do consumidor.
E é neste contexto que “as organizações tentam afirmar a sua posição digital ao envolver o consumidor com mensagens coordenadas e ajustadas aos seus hábitos e preferências, baseando-se na sua rede de contatos sociais, no uso de motores de busca, nas suas mensagens pessoais, entre outras fontes” (SANTOS, 2018, p. Uma vantagem já inerente ao comércio eletrônico que fosse atrativa ao público consumidor é o preço mais baixo em comparação ao mercado tradicional. Embora nem sempre esta estratégia seja concretizada ela é um dos principais benefícios da plataforma de comércio digital (ALESSANDRIA, 2009). A baixa dos preços fez com que empresas vissem a necessidade de venderem seus produtos quase a preço de custo para se manterem competitiva na internet. Portanto, é de extrema relevância a adaptação de qualquer tipo de empresa neste contexto de crescimento por meio do impulsionamento das redes sociais.
De acordo com Kotler (2019) essa nova estratégia de comunicação é mediada por canais eletrônicos de internet, no qual o consumidor possui autonomia para controlar o tipo de informação recebida e sua quantidade. Complementando este pensament, Torres (2018, p. entende que o objetivo do marketing digital é “desenvolver estratégias e ações de marketing, comunicação e publicidade através da internet”. Diferente do que é proposto pelo mix de marketing presente no marketing tradicional, Terra (2009) estabele novos P’s, que dessa vez são cinco e são divididos em: pesquisa, posicionamento, promoção, pós-venda e participação, conforme mostra o Quadro 1. “Esse montante é maior do que dispõem isoladamente a casse A (212,8 bilhões de reais) e a classe B (301,5 bilhões de reais)” (BARRETO DOS SANTOS, 2007, p.
Ainda de acordo com o autor, esse aumento do poder de compra destas classes mais baixas, despertou o interesse de fábricas e lojas a desenvolverem produtos voltados diretamente a este público, visto que havia uma grande chance no aumento de compras e do desenvolvimento deste setor. Outra justificativa que apoia o crescimento do interesse pelas classes baixas no brasil é “o comportamento do consumidor das classes de alta renda também tem contribuído para a estagnação. O faturamento dos cartões de crédito nesse segmento, por exemplo, cresce bem menos do que entre as pessoas de menor renda” (BARRETO DOS SANTOS, 2007, p. Para elucidar a compreensão acerca das diferenças de classe partindo do poder econômico Lopes e Cherioni (2014) elaborou a seguinte síntese: Classe Baixa Possui um baixo poder aquisitivo e uma baixa qualidade de vida.
Há 5 anos, as classes, A, B e C somadas representavam apenas 49% da população, enquanto em 2010 elas somavam 74%. Sobra apenas 36% para formar a velha base da pirâmide, que começa a tomar forma mais igualitária”. Parte deste crescimento está ligado ao comércio varejista, visto que este sustenta grande parte do mercado. Desta forma, compreende-se ainda que a fidelidade dos consumidores de baixa renda é superior aos de renda alto, isso se deve pelo fato de pequena ou nula taxa de possibilidade de erro na compra, assim, eles preferem sempre manter as mesmas escolhas pois sabem que esta está certa e que irá atender suas necessidades (LOPES; CHERIONI 2014). Para compreender esse fator que influencia diretamente sua decisão de compra, é preciso compreender o potencial de consumo da classe C e seu comportamento perante uma decisão.
Um quesito de bastante importância e que deve ser levado em consideração ao estabelecer as estratégias de venda e marketing voltada às classes C e D é a intenção de compra a partir de financiamento, estas classes possuem maior interesse em compras com pagamentos a longo prazo, mesmo que esta ofereça algum tipo de risco no futuro. Desta forma, ao compreender a inclusão digital da população de classe baixa e média no Brasil é de extrema relevância para compreender o que motivou ao mercado estabelecer estratégias de marketing digital voltadas a este público alvo. Por volta do final da década de XX houve uma “corrida para a construção de políticas nacionais, cujas propostas foram formuladas, em cada país, em vastos e abrangentes documentos governamentais” (SILVA; JAMBEIRO; LIMA; BRANDÃO, 2005).
Esta proposta foi uma iniciativa da União Europeia em conjunto com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e as Organizações Não-Governamentais (ONGs). No Brasil, a medida foi tomada por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) que concentrou os poderes: governamental, acadêmico, privado e o terceiro setor. Estes esforços apontaram o crescimento do poder de compra do consumidor da classe C e D visto que as facilidades de compra do meio online foram efetivas e que a tecnologia está cada vez mais presente na vida deste público-alvo. Referências BARRETO DOS SANTOS, T. C. Internet Classe C: padrão de consumo das classes C e D no Brasil e estratégia de marketing na web.
Universidade Federal da Bahia: Salvador, 2007. Marketing 4. do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. KOTLER, P. KELLER, K. TRAVER, C. G. E-commerce: business, techonology, society. ª ed. Person: New Jersey, 2014. OLIVEIRA, G. S. et al. Razões que levaram os acadêmicos do Brasil a optarem pelo curso de engenharia florestal, sob a ótima do “mix de marketing”. Brazilian Journal of Development, v. n. p. SILVA, A. K. S. BRANDÃO, M. A. Inclusão digital e educação para competência informacional: uma questão ética e cidadania. Ciência da Informação¸v. n. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. TORRES, C. A Bíblia do Marketing Digital. ª ed. São Paulo: Novatec, 2018.
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