LIBRAS E INCLUSÃO SOCIAL

PALAVRAS-CHAVE: Educação. Inclusão. Surdos. Libras. Saúde pública.   2 CONTEXTO HISTÓRICO Através de relatos da literatura percebemos que a educação, inclusão e aceitação dos deficientes foi difícil ao longo da história da humanidade. Falam sobre o sofrimento vivido por os surdos, que a todo tempo sofriam com o preconceito e discriminação por serem taxados de incompetentes. Criança deficiente era levada para ser sacrificada, na qual era lançada ao mar ou jogadas de precipício, por não poderem participar das guerras. O oralismo foi uma forma utilizada para fazer com que os surdos se relacionassem com o mundo usando a leitura labial, já com os sinais transmitiam idéias e informações. Na educação das pessoas surdas, foi realizado grandes investimentos para equipar as escolas especiais com aparelhos de amplificação sonora, proporcionando aos surdos praticarem a oralidade.

Após essa Lei fica determinado a obrigatoriedade da adaptação seja nos espaços físicos, dando acessibilidade às pessoas deficientes e anulando tanto as barreiras arquitetônicas como também as de comunicação. Pouco tempo depois, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), foi reconhecida legalmente através da Lei promulgada de n. no dia 24 de abril de 2002, tornando a língua oficial no país, na qual começou a possuir uma gramática própria e regras para que seja realizado de maneira correta, como os movimentos gestuais das mãos Vale ressaltar, que foi um grande avanço na história da educação dos surdos no Brasil, por colocarem em prática o respeito, à inclusão e a acessibilidade, enfatizando, porém, que a mesma não poderá substituir a escrita da língua portuguesa.

E posteriormente foi regulamentada pelo Decreto Lei nº 5. de 22 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2005). Os surdos que antes eram tratados com metodologias e didáticas diferentes vivendo em um ambiente escolar somente com pessoas deficientes. Atualmente, no momento contemporâneo no qual vivemos, passaram a frequentar escolas com alunos deficientes estudando junto com os nãos deficientes na escola regular, garantindo a igualdade de oportunidades, desta forma, precisam da ajuda não somente dos professores, como também de todos que trabalham na escola, dos colegas e dos familiares. O processo educacional inclusivo não é uma tarefa fácil, mas com conhecimento, habilidade e boa vontade, é possível colocá-lo em prática, assegurando o direito de educação para todos. Faz-se necessário, adaptações curriculares, intérprete, materiais visuais em sinais e principalmente investir na Língua Brasileira de Sinais.

Devido a precisão de uma Educação Inclusiva, o sistema de educação vem criando mudanças estruturais, culturais e filosóficas nas escolas, com o intuito de que todos os alunos sejam recompensados e que estes possam ter as suas necessidades atendidas. Bem como, é de suma importância a inserção dessas crianças no meio social, tanto com outros surdos, influenciando as suas identidades com a cultura, os costumes, a língua e, principalmente, a diferença de sua condição. Assim como, com os ouvintes desta forma aprenderam a se relacionar com as diferenças, fortalecendo os vínculos sociais. É essencial destacar que é na família que o ser humano consegue sobreviver, aprender valores, desenvolver uma cultura, sentimentos de amor, amizade e afeto. Inicialmente é necessário o envolvimento da família na inclusão, realizando comunicação com a escola, colaborando com o desenvolvimento do filho, sempre em comunicação com os docentes.

Em seguida, está a função do educador, que é o responsável pela motivação em sala de aula. º da Lei Federal nº 10. As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. A comunicação entre surdos e profissionais da área da saúde que não sabem se expressar através da Língua de Sinais, gera, em sua maioria, situações desagradáveis no atendimento a essa população, resultando na incompreensão dos questionamentos ou orientações recebidas pelos pacientes surdos. A comunicação é uma importante ferramenta para os profissionais da saúde no diagnóstico e no tratamento, pois fazem parte deles instruções verbais de variados procedimentos, cujo resultado pode ser comprometido pela não compreensão das partes envolvidas (CHAVEIRO, BARBOSA, PORTO, 2008, p.

De acordo com a legislação o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a pessoa surda ou com deficiência auditiva atendimento em toda a sua esfera de complexidade. A comunicação estabelecida com os surdos, instaura-se como um dos grandes obstáculos do cuidar em saúde. O bloqueio de comunicação prejudica o vínculo entre profissionais da saúde e surdos, comprometendo o atendimento. Durante a pesquisa bibliográfica, foi possível conhecer o processo histórico da educação inclusiva, sua reorganização e ainda abordar a questão da importância da formação docente na busca de uma educação de qualidade. Desse modo, em concordância dizemos que a inclusão aconteceria de maneira natural sem preconceito e exclusividade para um determinado grupo, podendo assim ser vista como educação para todos.

Por fim, para finalizar este artigo, mas com a certeza de continuidade das discussões sobre o tema, destaca-se a necessidade de que sejam tomadas medidas que garantam que estas mudanças sejam efetivadas e que a participação dos professores, diretores, pais, alunos, comunidade e que se reflete sobre a importância da inclusão ser mais do que uma mudança de concepção, deve ser baseada em uma mudança de valores para a sociedade. BARBOSA, M. A. PORTO, C. C. Revisão de literatura sobre o atendimento ao paciente surdo pelos profissionais da saúde. php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342008000300023&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 maio de 2021. GOLDFELD, A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sóciointeracionista. ed. São Paulo: Plexus, 2002.