Libras e a educação de surdos. Aspectos educacionais e sócio antropológicos da surdez

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Desta forma, pensando nas pessoas surdas foi criado no Brasil a Libras (Língua Brasileira de Sinais), sendo este o meio de comunicação, de modalidade gestual-visual porque é efetuado por meio de movimentos gestuais e faciais, utilizado pelos surdos para interagir entre eles e ouvintes. Possui alguns procedimentos para a sua formação, como por exemplo a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação que se faz ou não na hora de produzir o sinal, etc. Aprender uma nova língua não é uma tarefa simples, e se for uma língua diferente, como no caso da Libras, maior será essa dificuldade. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), é a língua oficial dos surdos, que também é utilizada pela comunidade ouvinte.

Ela é o resultado da mistura da Língua de Sinais Francesa com a língua de sinais brasileira antiga, já utilizada pelos surdos das várias regiões do Brasil. Já a do intérprete, por sua vez, se encarrega da tradução oral de palestras, discursos, reuniões e videoconferências. Embora a língua de sinais tenha alcançado vários avanços, ainda vivemos num mundo controlado pela língua oral repleta por vocábulos e gramática que são misteriosos pelo surdo. As pessoas com surdez enfrentam diversos desafios todos os dias no meio social em que vive, para conseguir realizar atividades cotidianas na escola, no trabalho, a dificuldade de comunicação com pessoas não surdas, dentre outros. Apesar das dificuldades que ainda enfrentam estão conseguindo cada dia mais serem incluídos no processo de socialização, superando todas as suas necessidades, e mostrando que são capazes de desenvolver qualquer tipo de atividades sejam elas educacionais ou não.

CONTEXTO HISTÓRICO Através de relatos da literatura percebemos que a educação, inclusão e aceitação dos deficientes foi difícil ao longo da história da humanidade. O oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilitaria a aprendizagem da língua portuguesa e levaria a criança surda a integrar-se na comunidade ouvinte e desenvolver uma personalidade como a de um ouvinte. GOLDFELD, 2002, p. Com o passar do tempo criaram a língua brasileira de sinais – Libras, uma língua utilizada para pensar, comunicar e interagir, que após sofrer grandes avanços perdurou até os dias de hoje. Através de pesquisas realizadas criaram o primeiro dicionário de LIBRAS, um instrumento fundamental na educação dos surdos, editado em 2001.

Esse período que agora parece uma espécie de época áurea na história dos surdos testemunhou a rápida criação de escolas para surdos, de um modo geral dirigidos por professores surdos, em todo mundo civilizado, a saída dos surdos da negligência e da obscuridade, sua emancipação e cidadania, a rápida conquista de posições de eminência e responsabilidade – escritores surdos, engenheiros surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, antes inconcebíveis, tornaram-se subitamente possíveis. SACKS 1989, p. Após a Constituição Federal de 1988, surgiu possibilidades para a construção de novos caminhos, ocorreu grandes avanços na área da educação especial, na educação dos surdos, na acessibilidade, com uma maior participação de todos em busca de tornar a inclusão uma realidade, que traz como prioridade neste assunto o Artigo 205, determinando que: Art.

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. BRASIL, 2003, p. De fato, esta Lei marcou momentos históricos para a educação, cidadania, cultura e identidades surdas em nosso país, que se colocou à frente de muitos outros países do mundo. A IMPORTÂNCIA DA LIBRAS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS Libras são sinais que simboliza um determinado ser ou objeto. O sinal é capaz de transmitir, propagar e expandir as palavras por meio das mãos. Na qual, geralmente possuem uma semelhança que transmite a forma ou objeto representado. Os sinais da Libras são classificados em icônicos e arbitrários, os icônicos possuem semelhanças com o seu referente, no qual, resgatar uma imagem que torne o sinal mais explícito.

Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. REVISTA NOVA ESCOLA, Entrevista MONTOAN, maio, 2005). O processo de inclusão dos surdos em sala de aula é uma tarefa muito delicada e complexa, visto que, o estudante surdo até se comunica com uso da linguagem de sinais na sala multifuncional com o professor especializado, porém, seria necessário que todos os professores e demais colegas também soubessem se comunicar por meio de libras, ou seja, falar em libras e isso deveria ser feito desde a base escolar. Desta forma, teríamos de fato, uma reeducação social, com a inclusão do surdo no ambiente educacional. O objeto da educação bilíngue é que a criança surda possa ter bons resultados comparado com a criança ouvinte, para que possa desenvolver uma relação harmoniosa no convívio social.

Bem como, é de suma importância a inserção dessas crianças no meio social, tanto com outros surdos, influenciando as suas identidades com a cultura, os costumes, a língua e, principalmente, a diferença de sua condição. Assim como, com os ouvintes desta forma aprenderam a se relacionar com as diferenças, fortalecendo os vínculos sociais. É essencial destacar que é na família que o ser humano consegue sobreviver, aprender valores, desenvolver uma cultura, sentimentos de amor, amizade e afeto. Inicialmente é necessário o envolvimento da família na inclusão, realizando comunicação com a escola, colaborando com o desenvolvimento do filho, sempre em comunicação com os docentes. Em seguida, está a função do educador, que é o responsável pela motivação em sala de aula.

As atividades realizadas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum. A aprendizagem de Libras possibilita ao aluno surdo maior agilidade e naturalidade para expressarem seus desejos; sentimentos, e necessidades, do mesmo modo a sua interação social e desenvolvimento da linguagem. Reconhece no que ele tem de mais importante, o seu jeito de se expressar. Isso torna a maneira de tratar os surdos com a dignidade que eles merecem. IMPORTÂNCIA DO TRADUTOR INTÉRPRETE A comunicação é um fator fundamental para o ser humano e LIBRAS é uma ferramenta que possibilita a interação dos surdos. Pois com a ajuda do intérprete na sala de aula, possuirá condições de entendimento e compreensão do assunto ministrado. O intérprete educacional é aquele que atua como profissional intérprete de língua de sinais na educação.

Na falta dos intérpretes de língua de sinais, os surdos não conseguem avançar em termos educacionais; ficam desmotivados a participarem de encontros sociais, educacionais, culturais e políticas. Sendo assim, se tornam excluídos da sociedade. Visto que, todas as informações que o surdo recebe são visuais, de modo que é pelo olhar que ele alcança todo seu conhecimento e constrói sua rede de significações. O povo surdo alcançou o direito de desfrutar uma língua que possibilitasse não só a comunicação, mas também sua verdadeira participação na sociedade. Através do desenvolvimento da linguagem, usando a Libras conseguiram maior rapidez e naturalidade para expressarem seus sentimentos, necessidades, desejos, e consequentemente, a sua interação social. Por muito tempo a surdez foi apontada como causa do fracasso escolar.

Consequentemente, essas pessoas aprendem diversos sinais que se transformam em palavras. É de suma importância que todos contribuam para o desenvolvimento dos surdos, assim como, os pais, professores, gestores, governante, ONGs, isto é, para que seja possível transformar a realidade e inseri-los, de fato, na sociedade. Portanto, há muitos obstáculos a serem superados para que a verdadeira inclusão dos alunos com surdez aconteça, é essencial que todas as pessoas que fazem parte da sociedade, estejam juntos nessa luta em busca da igualdade para todos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Decreto n° 5. de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n° 10. ed. São Paulo: Plexus, 2002. Mantoan, Maria Teresa Eglér. Inclusão promove a justiça, Revista Nova Escola. Disponível em: https://novaescola. Florianópolis. Disponível em: http://libras. ufsc.

br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoEspecifica/linguaBrasileiraDeSin. Acessado em: 13 de Abr. utfpr. edu. br/~ionildo/papers/TCC_Sandra-Libras. pdf Acesso em: 13 de Abr. de 2020.

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