IMPACTOS DOS ANTIOXIDANTES NO TRATAMENTO DE DIABETES TIPO 2: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

Me (a definir) – MEMBRO Universidade da Amazônia - UNAMA BELÉM/PA 2020 RESUMO A diabetes mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que tem como característica em comum a hiperglicemia, que pode ser resultado de defeitos na secreção ou ação da insulina ou em ambas, que trazem diversas complicações ao paciente. Nesse sentido, a alimentação é uma importante ferramenta no tratamento da diabetes mellitus e alguns alimentos como os antioxidantes vem sendo demonstrado como uma estratégia relevante na prevenção e controle da diabetes. Dessa forma, este estudo teve como objetivo identificar as principais propriedades dos antioxidantes no combate a diabetes do tipo 2 e ressaltar as principais vitaminas presentes nessa molécula. Nesta revisão da literatura foi realizada uma busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e nas Bases de Dados na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) entre os meses de maio e julho de 2020, utilizando os descritores selecionados nos Descritores de Ciências em Saúde (DEC’s): diabetes mellitus; antioxidantes, nutrição.

Destaca-se os antioxidantes na diabtees devido ao mecanismo fisiopatológico de acúmulo de radicais livres nos pacientes diabéticos, podendo ser utilizado a nutrição funcional e os biocomponentes. The mechanisms that are involved in reducing glucose due to lipid peroxidation. Keywords: Diabetes mellitus, Antioxidants, Nutrition SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO. MÉTODO 8 3. RESULTADOS 9 4. Os antioxidantes são encontrados nos alimentos, principalmente nos vegetais como: frutas, hortaliças, legumes e cerais integrais (MOSCA, 2017). A diabetes mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que tem como característica em comum a hiperglicemia, que pode ser resultado de defeitos na secreção ou ação da insulina ou em ambas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016). Considera-se que a dieta inadequada está diretamente associada com a ocorrência de diabetes, caracterizando-se primordialmente, pelo aumento da ingesta calórica e consumo de nutrientes que não são favoráveis à saúde.

Assim, há uma substituição de alimentos naturais, ricos em fibras, vitaminas e minerais por produtos que são industrializados ricos em gorduras saturadas e açúcares (SOUZA, 2013). Quanto aos sintomas os mais frequentes da diabetes são: polidpsia, polaciúria e polifagia, podem aparecer de forma secundária: parestesia, fadiga, perda de peso, infecções recorrentes, mudanças de humor, náuseas e vômitos (BRASIL, 2017). Este projeto de pesquisa pretende identificar as principais propriedades dos antioxidantes no combate a diabetes do tipo 2 e ressaltar os principais nutrientes que promoverão este efeito. MÉTODO Nesta revisão de literatura foi realizada uma busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), e nas Bases de Dados na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) entre os meses de maio e julho de 2020, utilizando os descritores selecionados nos Descritores de Ciências em Saúde (DEC’s): diabetes mellitus; antioxidantes, nutrição.

Os critérios de inclusão utilizados foram trabalhos publicados nos anos de 2015 a 2020 em língua portuguesa, inglesa e espanhola e o manual da Sociedade Brasileira de Diabetes e legislação referentes ao assunto. Como critérios estabelecidos, foram excluídos anais de revista, congressos, livros e pesquisas não relacionadas ao tema. RESULTADOS Tabela 1 – Caracterização dos resultados por autor/ano, título, objetivo, metodologia e resultados. Silva, 2017 Consumo de macro e micronutrientes por adultos com diabetes e sua relação com a densidade mineral óssea Avaliar a associação entre o consumo de macro e micronutrientes, composição corporal e a densidade mineral óssea (DMO) em indivíduos portadores de diabetes tipo 1 (DM1) e 2 (DM2) Estudo transversal Apenas a Vitamina K apresentou associação com a DMO, com uma maior ingestão dessa vitamina entre os indivíduos do Q2 e 3.

Foi observada uma correlação positiva significativa entre indicadores de saúde óssea e idade, peso, ingestão de cálcio, potássio, vitamina A e ácido linolênico Biskup, Gajyce, Fecka, 2017 O papel potencial de compostos bioativos selecionados de espelta e trigo comum no controle glicêmico Comparar a composição e as propriedades benéficas da espelta com as de cereais amplamente consumidos, como o trigo comum (Triticum aestivum L. Revisão da literatura  Grão de espelta contém uma grande quantidade de fibra alimentar, que pode modular a glicemia pós-prandial.  Outros fitoquímicos, como o ácido fítico e os alquilresorcinóis, também contribuem para o controle dos níveis glicêmicos, da sensibilidade à insulina e da hiperinsulinemia.  Os compostos antioxidantes presentes no grão de espelta podem atuar como proteção contra resultados negativos da hiperglicemia crônica Soares et al.

Iglesias et al. Estresse oxidativo no diabetes mellitus, papel da vitamina E e antioxidante endógeno Descrever o comportamento da vitamina E e dos antioxidantes endógenos no estresse oxidativo devido à hiperglicemia crônica no curso do diabetes mellitus e suas características como antioxidantes. Revisão de literatura O conhecimento atualizado das ações das vitaminas e outros marcadores devidamente utilizados são decisivos na terapêutica ou como marcadores de estresse na referida entidade e contribuem para a preparação do pessoal de saúde na qualidade do atendimento médico aos pacientes com diagnóstico de doença crônica evitável. Balbi, 2018 A relação entre os flavonoides da dieta de gestantes com o excesso de peso e o diabetes mellitus gestacional Investigar a associação entre os flavonóides da dieta usual de gestantes com as categorias do Índice de Massa Corporal (IMC) segundo a semana gestacional e com o DMG Revisão de literatura Os dados do estudo atual sugerem uma relação inversa entre flavonóides totais e antocianidina e obesidade em gestantes.

Estudos futuros são necessários para se confirmar a hipótese do efeito protetor dos flavonóides na obesidade em gestantes. b. Tratamento Medicamentoso O tratamento medicamentoso é realizado para controlar a diabetes e minimizar as complicações podendo ser realizado por hipoglicemiantes orais e insulina. O diabetes tipo 1 utiliza o tratamento exclusivo por insulina e no diabetes 2 a primeira escolha são os hipoglicemiantes orais como a metformina, caso não consiga se obter o controle necessário o paciente passa a ser tratado com insulina (BERTONHI, 2018). Além da dieta, os pacientes portadores de diabetes tipo 1 necessitam fazer reposição de insulina devido a sua não produção pelo pâncreas, sendo aplicada três vezes ao dia alguns estudos demonstram que conseguem manter os níveis de glicose no sangue sob controle e prevenir complicações como retinopatia, nefropatia e pé diabético (SEIXAS, 2016).

O tratamento da DM tipo 2 pode ser instituído tanto com hipoglicemiantes orais quanto a insulina, sendo recomendados quando a dieta e as atividades físicas não conseguirem alcançar o controle glicêmico adequado. A intervenção nutricional aponta a importância de integrar insulina, dieta e atividade física, reforçando o ajuste da terapia insulínica ao plano alimentar que deve ser elaborado pelo profissional nutricionista de forma individualizada como a chave para o adequado controle metabólico. A nutrição equilibrada estabelecida, ou seja, elaborada a partir de concentrações adequadas de macronutrientes e micronutrientes, deve se basear nos objetivos do tratamento podendo ser observados na tabela 1. CDA, 2008). Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) (2020) a dieta é uma das medidas mais difíceis e eficientes a serem implementadas no tratamento, porém, quando seguida de forma adequada, melhora a qualidade de vida do paciente, assim como previne as complicações agudas e crônicas, macrovasculares e microvasculares.

A abordagem nutricional do paciente não deve ser apenas prescritiva e sim comportamental, a fim de colocar o indivíduo no centro do cuidado para se alcançar um controle glicêmico eficiente (SBD, 2020). O consumo de uma grande quantidade de fibras promove no colón uma melhora da metabolização da glicose promovendo um efeito benéfico na redução do estado inflamatório e a resistência á insulina no DM2. Além disso, uma dieta que seja rica em fibras promove uma liberação de hormônios pelo intestino, ocasionando através da fermentação das fibras uma maior liberação de insulina (SANTOS, 2018). Embora as fibras também sejam classificadas carboidratos, são oligossacarídeos que serão eliminados pelo organismo por meio das fezes, sendo extremamente importante para a manutenção da função gastrointestinal e de seus resultados.

As fibras deverão ser incluídas no plano de alimentação e são facilmente encontrados nos alimentos como os legumes, frutas e grãos inteiros. A fibra é dividida em solúveis (aumentam a viscosidade do conteúdo intestinal e reduz o colesterol) e insolúveis (aumentam o bolo fecal e reduz o trânsito do intestino grosso), tendo uma função importante no controle do açúcar no sangue (principalmente pectina e β-glucana). Os cereais contêm uma grande quantidade de fibra alimentar, que pode regular a glicemia pós-prandial. Outros fitoquímicos, como o ácido fítico e o alquil resorcinol, também ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue, a sensibilidade à insulina e a hiperinsulinemia (BISKUP, 2017). De forma geral, os profissionais de saúde devem estimular que os pacientes diabéticos tenham uma alimentação saudável e que evitem o ganho de peso corporal ou quando for necessário possam promover uma perda de peso modesta e realista, com base na alimentação saudável e práticas de atividades físicas.

As modificações do estilo de vida, sobretudo a promoção de uma boa alimentação irá melhorar a qualidade de vida e reduzirá as complicações micro e macrovasculares (SBD, 2020). Um dos alimentos que podem ser utilizados no controle do diabetes mellitus são os funcionais que podem ser definidos por “todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica” (BRASIL, 1999). Os fitoestrógenos também podem auxiliar no controle glicêmico, pois ajudam na regulação corporal pois, podem reduzir o tecido adiposo, os receptores do estrógeno podem estar envolvidos nessa regulação através da alteração da atividade metabólica dos adipócitos.

Um estudo realizado em ratos concluiu que a genisteína presente na soja reverteu o acúmulo de gordura no tronco, inibindo a conversão dos em lipídeos, inibição a formação dos triglicerídios e a inibição da conversão em glicose (MOREIRA, 2014). iii. Vitamina C, vitamina E, flavonoides, selênio, betacaroteno na diabetes Dentre as principais substâncias que podemos destacar em relação aos benefícios no diabetes, é a vitamina C. Esta vitamina é um antioxidante que possui como função a regeneração da vitamina E, sendo extremamente importante para manter o potencial plasmático antioxidativo. Além dos benefícios descritos, o selênio também tem efeito na regulação do metabolismo da glicose possuindo ações semelhantes com a da insulina, pois facilita a entrada de glicose no tecido para que possa ser convertido armazenado como energia ou lipídios, efeito esse que proporciona uma ótima perspectiva de controle para os pacientes diabéticos (BESERRA, 2015).

Podemos destacar também os betacarotenos que são precursores da vitamina A e possuem ação antioxidante que combate os radicais livres através da capacidade de desativar o oxigênio singleto e neutralizar radicais peroxil, reduzindo a oxidação no DNA e lipídios, de maneira que está associada a doenças degenerativas, como câncer e doenças cardíacas. além disso, é muito importante para o paciente diabético pois, reduz o risco de doenças cardiovasculares (SBD, 2009). CONCLUSÃO A diabetes é uma doença crônica classificada em tipo 1 e 2 que traz diversas complicações agudas e crônicas para o paciente. Seu diagnóstico é realizado através da anamnese, exame físico e exames laboratoriais. Jan;37(Suppl1). ALMEIDA, L. C. SILVA, R. C. A. A relação entre os flavonoides da dieta de gestantes com o excesso de peso e o diabetes mellitus gestacional.

f. Dissertação (Mestrado em Ciências). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2018. T. S. Participação do selênio no diabetes mellitus tipo 2. Nutrire. v. Portaria nº 398. Brasília: Ministério da Saúde; 1999. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é diabetes? Disponível em: < https://www. Apr;37(Supp 1);323. CARVALHO, F. S. et al. Importância da orientação nutricional e do teor de fibras da dieta no controle glicêmico de pacientes diabéticos tipo 2 sob intervenção educacional intensiva. N. C. Vitaminas Antioxidantes, Carotenóides, Polifenóis e Envelhecimento. f. Tese (Doutorado em Nutrição). M. Estrés oxidativo en la diabetes mellitus papel de la vitamina E y antioxidantes endógenos. Rev. Ciencias Médicas. Septiembre-octubre,, v. KULKARNI, K. et al. Nutrition Practice Guidelines for Type 1 Diabetes Mellitus positively affect dietitian practices and patient outcomes.

The Diabetes Care and Education Dietetic Practice Group. J Am Diet Assoc. et al. Impacto do diabetes tipo 1 e 2 na qualidade de vida do portador. Revista Saúde em Foco, v. n. p. Dieta de baixo carboidrato: uma revisão de literatura. f. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Nutrição). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015. MOREIRA, A. COMUNE, A. C. A importância dos antioxidantes na neutralização dos radicais livres: uma revisão. Revista Saúde em Foco, n 9, p. NAKASHIMA, A. f. Dissertação (Mestrado em Medicina). Universidade da Beira Interior, Covilhã, 2017. ROCHA, E. C. et al. Relação do consumo de fibras e estado nutricional em pacientes com diabetes mellitus tipo II. Revista Interdisciplinar em Saúde, Cajazeiras, v. n. p. Rio de Janeiro, 2016.

SILVA, G. C. Consumo de macro e micronutrientes por adultos com diabetes e sua relação com a densidade mineral óssea. f. jul-set/2015. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015-2016. SOUZA, P. dez. STIER, H, EBBESKOTTE, V. GRUWNWALD, J. Immune-modulatory effects of dietary Yeast Beta-1,3/1,6-D-glucan. Nutrition Journal, v. Rev Esc Enferm USP ·; v. n. p.

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