O IMPACTO DA INDUSTRIALIZAÇÃO ALIMENTÍCIA E OS EFEITOS NA NUTRIÇÃO DA POPULAÇÃO DE ADULTOS NO BRASIL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

Opta-se pelos alimentos industrializados que podem ser preparados de forma mais rápida ou mesmo “instantânea” e que são de fácil manuseio podendo ser consumidos até mesmo na rua. Embora a economia de tempo seja evidente, economiza-se também em saúde. Os alimentos industrializados ou ultra processados, como também são denominados, contêm substâncias nocivas a saúde quando consumidas em excesso. A alimentação saudável é uma preocupação emergente inclusive por parte dos governantes, os quais criam campanhas educativas e de incentivo para que a população consuma alimentos saudáveis, contribuindo para seu bem-estar e adicionalmente para redução com custos hospitalares. A pesquisa será realizada na forma de revisão bibliográfica, em livros e artigos científicos já publicados sobre a temática, inseridos na área de nutrição.

Os adolescentes aderem essa opção de refeição em grande parte devido ao fato de passarem a maior parte do tempo sozinhos e não se disporem a preparar uma refeição saudável e os adultos têm como motivo principal a falta de tempo no preparo e consumo de uma refeição saudável. Este cenário é preocupante, pois os alimentos industrializados contêm alto teor de energia e sódio, gorduras saturadas, carboidratos refinados e pouquíssimos nutrientes. O aumento no consumo destes alimentos está diretamente associado ao aumento da prevalência de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. DCNT). A hipertensão arterial, diabetes melittus e outras patologias estão associadas aos hábitos alimentares quando estes possuem excessiva ingestão de calorias, podendo culminar em doenças do coração e câncer.

“Está ligada também às relações sociais, à qualidade de vida à produtividade e a quase todas as dimensões da existência humana”. GIOVANONI, 2013, p. Haja vista, portanto, diante da citação, que a alimentação envolve todos os cenários em que a sociedade está inserida, não somente a área da saúde propriamente dita. “A alimentação e nutrição constituem-se em requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania”. BRASIL, 2013, p. Na direção oposta, o consumo de frutas e hortaliças tem sido baixo, apenas metade daquilo que é recomendado pelos guias alimentares. Outro fator relevante que impacta o perfil da alimentação no povo brasileiro é o estilo de vida.

Contemporaneamente, um maior número de refeições é realizado fora do domicílio. “Em 2009, 16% das calorias foram oriundas da alimentação fora de casa. ” (BRASIL, 2013, p. Faculdades de medicina foram implementadas, bem como centros de pesquisa e laboratórios. Ainda assim, a condição adequada para a saúde dos brasileiros estava longe de ser alcançada. WOLLINGER E ADAMI, 2013). Nas décadas de 1960 e 1970 iniciaram as preocupações acerca de ações de vigilância alimentar e nutricional. A atenção dos políticos foi despertada especificamente no ano de 1974, quando se realizou a Conferência Mundial de Alimentação em Roma, evento em que se formalizou a proposta de vigilância alimentar e nutricional, necessidades transpostas ao conceito de vigilância das enfermidades. Nestes alimentos é acentuada a presença de aditivos e composição afetada pelo excesso de açúcar, sódio e gorduras, ou seja, com elevada densidade energética.

A presença de conservantes é significativa visando oferecer maior durabilidade para o alimento. Um dado adicional que desperta interesse diz respeito ao fato de o consumo de alimentos industrializados estarem mais presente nas famílias com média ou alta renda, ao passo que entre as famílias de baixa renda a dieta é de melhor qualidade, incluindo o arroz e feijão mais alimentos básicos, como o peixe e o milho. BRASIL, 2013). A preferência por alimentos industrializados aos naturais se embasa basicamente na cultura do mais fácil ou prontamente disponível. Não é estratégia nova. Os aditivos alimentares vêm sendo usados há séculos na nossa alimentação, desde nossos ancestrais que usavam o sal, por exemplo, para salgar carnes e peixes com o intuito de conservá-los o maior tempo possível, usavam ervas e especiarias para agregar um saboroso tempero, usavam açúcar para preservar frutas, vinagre para preservar pepino e outros vegetais.

CARCAIOLI, 2010, p. Independente da época em que os aditivos eram e ainda são usados, o objetivo é comum: manter ou agregar mais sabor ao alimento, manter a cor e o odor natural e estabilizar sua composição. Aditivos alimentares, segundo Carcaioli (2010, p. Quando isso acontece, se estabelece uma desarmonia da homeostase corporal que influencia de modo direto em todas as funções vitais já citadas. A alimentação baseada em produtos industrializados impacta no excesso de peso, considerado atualmente com um dos maiores problemas de saúde pública. Dados do Ministério da Saúde revelam a veracidade desta ocorrência: Em vinte anos, as prevalências de obesidade em crianças entre 5 a 9 anos foram multiplicadas por quatro entre os meninos (4,1% para 16,6%) e por, praticamente, cinco entre as meninas (2,4% para 11,8%).

Nos adolescentes, após quatro décadas de aumento gradual nas prevalências, em torno de 20% apresentaram excesso de peso (com pequena diferença entre os sexos) e quase 6% dos adolescentes do sexo masculino e 4% do sexo feminino foram classificados como obesos. BRASIL, 2013, p. Essas doenças são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. No guia alimentar confeccionado pelo Ministério da Saúde (2013) existem relacionados dez passos para uma alimentação saudável. No oitavo passo, consta o alerta para redução na quantidade de sal na comida e a retirada do saleiro da mesa, bem como evitar o consumo de alimentos industrializados, justamente por conterem alto índice de sódio. GUIA ALIMENTAR, 2013). Qual seria o impacto na redução de sódio nos alimentos industrializados? “Estima-se que, entre 25 e 55 anos de idade, uma diminuição de apenas 1,3 g na quantidade de sódio consumida diariamente se traduziria em redução de 5 mmHg na pressão arterial sistólica ou de 20% na prevalência de hipertensão arterial”.

Martinez (2013, p. conceitua alimentação saudável como o “direito humano a um padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos, respeitando os princípios da variedade, da moderação e do equilíbrio”. Os nutrientes são essenciais, devem estar presentes na dieta saudável. Os alimentos têm gosto, cor, forma, aroma e textura, elementos que devem ser abordados quando se considera a nutrição. Diante de uma mesa a disposta com uma cesta de frutas e uma bandeja com lanche, batatas fritas e refrigerante, certamente a segunda opção chamaria mais a atenção da maioria das pessoas, principalmente crianças e adolescentes. Alimentos com teor de fibras e compostos antioxidantes fazem parte de uma dieta saudável, pois tais alimentos protegem contra o excesso de gordura no sangue.

Esse elemento peculiar auxilia na prevenção de diferentes cânceres. O recomendado é que pelo menos uma vez ao dia, o indivíduo consuma uma porção de frutas, legumes ou verduras. Esse hábito deve incluir seu ambiente de trabalho. É cada vez mais comum a presença de nutricionistas nas empresas montando cardápios apropriados. ” (BRASIL, 2013, p. A rotulagem dos alimentos deve ganhar especial atenção. Dispor as informações nutricionais corretamente e de forma completa nos rótulos permite ao consumidor exercer seu direito em analisar e decidir o consumo ou não do alimento em questão. A título de exemplo, Moraes et al. comenta sobre a realidade de que as pessoas não têm informação a respeito da real quantidade de sódio que ingerem diariamente.

O resultado após o período de pesquisa apontou baixos percentuais de redução pactuados. Os alimentos industrializados ofertados à população, aliado ao hábito de uso do sal de mesa e condimentos à base de sal, tornam a redução no consumo de sódio uma tarefa difícil a ser alcançada, independente dos empenhos envolvidos. BENEFÍCIOS DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E RICA EM NUTRIENTES A princípio é praticamente automático associar a boa alimentação, rica em nutrientes, com a saúde das pessoas. Essa associação é completamente compreensível. No entanto, existem outras vertentes associadas à alimentação saudável. Pelo mundo todo se alastra epidemias da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, independente do país ser rico ou pobre. Essa realidade consome bilhões de dólares em programas de combate à hipertensão arterial e diabetes melittus.

É correto afirmar, portanto, que a alimentação saudável contribui e oferece benefícios diversos, nos muitos campos em que a sociedade está inserida. O aspecto fundamental é a manutenção da saúde e o bem-estar dos indivíduos. Outro benefício é de ordem financeira, pois quando a pessoa mantém uma dieta saudável elimina ou pelo menos reduz o uso das dependências hospitalares e medicamentos. Esse consumo excessivo é responsável, do ponto de vista de estudiosos, por grande parte da ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. O aumento da pressão arterial, o diabetes, a obesidade entre outras patologias são apenas algumas associadas ao consumo de aditivos presentes nos alimentos industrializados. O Governo lançou campanhas visando chamar a atenção para os perigos envolvidos no consumo de aditivos.

O sódio, por exemplo, faz parte de campanhas governamentais. Existe um acordo ou pacto não regulamentado entre governo e indústrias de alimentos para redução no teor de sódio usado no processamento dos alimentos. Lajeado: Editora Univates, 2013, 231p. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Disponível em: <http://gpquae. iqm. unicamp. br/textos/T1. pdf> Acesso: 23 set 2019. MARTINEZ, Sílvia. A nutrição e a alimentação como pilares dos programas de promoção da saúde e qualidade de vida nas organizações. Revista O Mundo da Saúde, vol. n. p. Disponível em: <http://bvsms. saude. gov. br/bvs/periodicos/ccs_artigos/v29_supl_alimentos_ultraprocessados. pdf> Acesso: 18 set 2019. SOUZA, Amanda de Moura et al.

Impacto da redução do teor de sódio em alimentos processados no consumo de sódio no Brasil. Caderno Saúde Pública, vol. n. p.

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