Identificação do autismo nos filhos por parte dos pais
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Gestão ambiental
IDENTIFICAÇÃO DO AUTISMO NOS FILHOS POR PARTE DOS PAIS Elaborado por: Cacilna Ferreira dos Santos ( ) Aprovado (a) ( Banca Examinadora ) Reprovado (a) Nota: ___ __________________________________________________________ Profª. Msc Noermi Maria da Conceição Oliveira Orientadora __________________________________________________________ Prof. Mestrando – José Izaias Ruas Examinador __________________________________________________________ Profª. Mestranda – Rita de Cássia R. da Costa Examinadora Faculdade Albert Einsten Dedico este trabalho a todos os pais que tem um filho autista ou que terão, em especial ao meu cunhado Bruno Romanovski que com muito amor e dedicação educa seu querido filho de 8 (oito) anos que nasceu autista, o Guilherme. Tendo como base a importância de atuação imediata quando da descoberta do autismo, informações essenciais e proveitosas são necessárias por parte dos pais. Palavras-chave: autismo, diagnóstico precoce, tratamento específico. ABSTRACT How do I know if my child has autism? Here is the question that often should disturb the mind of the parents and / or family seeking when the existence of autism (CID10), a specific targeting of treatment.
As Aurélio dictionary, autism is a "mental state characterized by the tendency to stand aside from the outside world and ensimesmar up", ie, the person has his own world. Given this concept, is concerned the fact of the lack of immediate recognition of the existence of autism in children leading to delayed treatment. CAPÍTULO II - REFERENCIAL TEÓRICO. CAPÍTULO III - PESQUISA DE CAMPO. CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. INTRODUÇÃO A identificação do autismo nos filhos por parte dos pais nem sempre é perceptível de imediato, o que gera uma ação tardia em um tratamento específico para estes filhos. Um amplo conhecimento sobre o autismo ajudar as famílias a identificá-lo em seu lar? METODOLOGIA 10 Para o desenvolvimento do trabalho, foram realizadas pesquisas de autores que escreveram sobre a participação dos pais na vida dos filhos com autismo, o que pode ser verificado no referencial teórico.
A professora, que não quis ser identificada, a qual trabalha na Escola Classe nº 08 da Octogonal de Brasília relatou alguns pontos interessantes a respeito de características identificadas em crianças com autismo. No sítio do universo autista, encontra-se a história de Rosimere que tem um filho autista. Este relato foi inserido no trabalho para que possa ajudar aos pais no sentido de identificar em seus filhos e focar em cuidados específicos. Apresentada a história de Guilherme que é uma criança que tem 7 (sete) anos, o pai dele Bruno Romanovski, contou os fatos com os detalhes da descoberta do autismo até o tratamento específico, onde é possível verificar a melhora desta criança. Durante os anos 50, havia a crença de que o autismo tinha como causa os pais não afetivos a seus filhos, onde apareceu o termo “mãe geladeira”, com atribuição à falta de calor maternal.
Nos estudos realizados após 2ª Guerra Mundial, não se consideravam o papel da biologia ou genética, o que hoje se entende como a causa principal. Em 1960, foi fundamentada a teoria de que o autismo era um transtorno cerebral existente em todos os países e grupos socioeconômicos e étnico-raciais. Em 1968, foi publicada a segunda edição do Manual Doenças Mentais. Em 1978, o autismo é classificado e definido em quatro critérios por Michael Rutter: 12 1) atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual; 2) problemas de comunicação e novamente, não só em função de deficiência intelectual associada; 3) comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e maneirismos; e 4) início antes dos 30 (trinta) meses de idade. O Andrew Walkefiel perdeu, em maio de 2014, seu registro de médico.
Em 2007, foi instituído pelo ONU o dia 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, com a intenção de despertar na sociedade o interesse pelo transtorno. A cada ano pesquisas e atenção tem aumentado em relação ao autismo, o que gera uma desmistificação e clareamento do que é cientifico ou não. Em 2013, foi lançada a 5ª edição do DSM, onde os subtipos dos transtornos do espectro do autismo foram eliminados, passando os indivíduos a serem diagnosticados em diferentes níveis de gravidade sendo um único espectro, o Transtorno do Espectro Austista – TEA, 13 sendo definido em duas categorias: alteração da comunicação social e pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados. Em 2014, estima-se que 1% (um por cento) da população seja atingida pelo autismo, sendo 70 (setenta) milhões de pessoas no mundo, onde 2 (dois) milhões são no Brasil.
A intervenção precoce amplia as possibilidades de tratamento e evita certos desconfortos familiares, tais como: depressão, dificuldade para lhe dá com as irritabilidades da criança autista, a impossibilidade de imposição de “nãos” também a esta criança que precisa ser corrigida e educada. Segundo Marie-Christine Laznik (2000), para que o autismo seja detectado de forma precoce, é necessário que o profissional faça o uso de “elementos clínicos que fazem parte de um conjunto metapsicológico coerente, relacionado com as condições de constituição de todo sujeito humano”, onde falhas no desenvolvimento de certas estruturas são sinalizadas. Segundo dados obtidos no Centro de Atenção Psicossocial Infantil em São Paulo pelas autoras do artigo citado acima, são evidenciados que o início do tratamento para crianças com diagnósticos de autismo se dá mais tarde do que o esperado devido a diversos fatores ligados a dificuldades dos profissionais.
Segundo a pesquisa das autoras, os pais perceberam algo de errado com seus filhos em uma porcentagem de 78,6% dos casos de crianças com autismo, o que normalmente é detectado pelos pais devido à dificuldade na linguagem, mas “o período transcorrido entre essa percepção dos pais e o início de um tratamento é preenchido por passagens por profissionais e instituições de saúde. Em casos mais graves, os pacientes passam por até seis profissionais e/ou instituições de saúde, consequentemente, iniciando o tratamento em idades mais avançadas”. GARGIULO, 2006, p. Tendo em vista que são diversos os prejuízos linguísticos do autismo tais como: problemas de comunicação não-verbal, problemas simbólicos, de fala, pragmáticos, compreensão da fala, na falta de gestos, mímicas e no gesto de apontar e sendo algo tão positivo uma boa comunicação, é necessário que se busque formas diferentes para que haja uma comunicação entendível com o autista.
Segundo Von Tetzchner e Martinsen, (1996), os Sistemas Alternativos e Ampliados de Comunicação (SAAC), também chamada de comunicação não-oral ou comunicação suplementar, também conhecida como ampliada, referem-se a um ou mais recursos gráficos visuais e/ou gestuais que complementam ou substituem a linguagem oral comprometida ou ausente. A comunicação alternativa fundamenta-se na ideia de possibilitar à pessoa com deficiência o uso da linguagem e de instrumentos que lhe permitam superar o obstáculo da disfunção e ter acesso, seja como for, ao desempenho comunicativo. No decorrer de 25 (vinte e cinco) anos de estudos, as pesquisas revelam que o uso de símbolos gráficos e pictogramas com este tipo de pessoas, possibilitou a constatação de resultados favoráveis. CAPÍTULO III - PESQUISA DE CAMPO Com o intuito de verificar os pontos fracos e torná-los positivos no sentido de uma identificação precoce do autismo nos filhos, o público alvo deste trabalho foram 18 os pais.
Desta forma, duas professoras com ampla experiência na área de educação foram interrogadas sobre o assunto. Uma delas preferiu não se identificar, mas trabalha na escola classe nº 08 da Octogonal em Brasília. Esta professora relatou que alguns pais não aceitam a ideia do filho ser autista o que impede um tratamento específico, levando-o a uma vida com mais dificuldade, ou seja, os pais o tratam como se fosse uma criança sem autismo. Além disso, ela informou também que normalmente a percepção da presença do autismo se dá através do atraso na fala, sãos crianças que gostam do isolamento, possuem fascinação por objetos que giram, elas, normalmente, não olham no olho das pessoas, possuindo um olhar distante e há algumas que andam nas pontas dos pés.
Antes disso ele já falava algumas palavras como: água, carro, dá, não, lua, caiu, entre outras. A segunda mudança percebida foi o fato de não atender pelo seu nome. E daí por diante, percebemos muita coisa estranha com ele. Passou a estranhar as pessoas que chegavam em nossa casa, a ter crises de choro na madrugada, crises de risos, e muitas vezes se assustava sem motivo aparente, ele ficava todo rígido e imóvel enquanto gritava, parecia estar vendo um monstro. Lucas parou de fazer tudo que fazia antes: ele não brincava mais com outras crianças, nem aceitava mais o carinho das pessoas, nem olhava mais nos olhos, nem atendia mais a comandos simples como: vem cá, saia daí, desça, pegue. Lucas estava agora com 3 (três) anos mais ou menos.
Mesmo antes da médica confirmar, já esperávamos, pois tudo nele indicava pra isso. Mas a confirmação dessa médica caiu pra nós como uma bomba. Foi a coisa mais chocante que já pude vivenciar. Eu e o pai dele, fomos tomados por um sentimento de dor e incertezas muito grande. Às vezes temos que abrir mão de muitas coisas pra cuidar dele, nem sempre podemos contar com a ajuda de familiares e o cansaço e o stress são inevitáveis. Vivo num misto de esperança e angústia. São muitos os obstáculos, poucos os recursos voltados pra esse assunto, mas é grande a vontade de vencer e o amor que temos pelo nosso anjinho autista. Espero sinceramente, que Lucas possa se tornar uma pessoa independente e que seja respeitado por sua diferença.
E espero também que no futuro os pais de tiverem a sorte de ter um filho assim, possa contar com uma sociedade mais informada a respeito do autismo que é algo hoje tão comum. A partir daí, as informações começaram a se aproximar da família do Guilherme, o qual teve outras atividades em seu cotidiano para contribuir para o seu desenvolvimento. Ele começou a fazer natação, equoterapia, fonoaudiólogo e com psicólogo particular. Com toda esta descoberta para tratamento específico, a mudança e desenvolvimento do Guilherme foram notórios por sua família. Hoje Guilherme tem 7 (sete) anos e tem uma melhor convivência no meio social. Ele possui habilidades extremamente aguçadas com jogos tecnológicos. Eu (mãe) e o pai dele éramos namorados e um belo dia descobri que estava grávida.
Fomos morar juntos como forma de nos organizarmos para criar o nosso filho. Quando o Lucas nasceu foi uma alegria muito grande. A experiência de ser mãe, de criar um filho, de ter uma vida que dependia exclusivamente de nós. O Lucas era uma criança saudável, lindo, chorava como toda criança na idade dele. A fala dele começou a despontar por volta dos 4 (quatro) anos, porém ele repetia muito tudo que queria. Eu achei aquilo estranho, mas os médicos classificavam como timidez e eu acatei todas as opiniões do médico. Quando o Lucas já estava com 6 (seis) anos de idade eu e meu esposo nos separamos. Isso foi muito complicado. Passei dificuldades financeiras e por isso voltei para Bahia para morar com minha mãe.
E foi a partir daí que passei a entender mais o meu filho. Procurei ajuda no vilarejo onde morava, mas ninguém conseguiu me ajudar. Morava no interior da Bahia onde mal havia escola quanto mais alguém que pudesse me ajudar com o Lucas. Devido ao comportamento dele eu o tirei da escola aos 10 (dez) anos de idade. Nunca mais ele voltou aos bancos de uma escola. Uma coisa importante. O Lucas ama bolo, mas ele não suporta ser tocado. Sonia Olesko de Gouveia é mãe de Cristiano que tem síndrome de Asperger. Ele hoje está com 17 (dezessete). Ela contribuiu com sua história para este trabalho, no intuito de ajudar aos pais a identificarem com mais rapidez o autismo ou a síndrome de Asperger em seus filhos.
Cristiano tem alta habilidade em língua portuguesa e língua inglesa. Sempre teve um vocabulário acima da média das crianças da idade dele, tanto em Português como em Inglês. Foi questionado se há uma preocupação da escola no acolhimento das demais crianças com a chegada de uma criança com autismo/síndrome de Asperger, ela disse que no Distrito Federal algumas escolas somente tem essa preocupação. Como meu filho brincava muito sozinho, se bastava, não me preocupei com isso. Só me preocupei quando a professora da escola perguntou para a motorista da condução se o Cristiano era autista. Independe do grau do autismo ou do asperger, todos se dão muito bem e não se acham estranhos entre si.
Diante do relato desta mãe, o que se observa é que quanto mais conhecimento adquirido em relação ao assunto, os pais enfrentaram com mais facilidade a situação. Sônia é uma pessoa com amplo conhecimento e bem esclarecida. O site do guia infantil apresenta a diferença entre a síndrome de Asperger e o autismo. Fonte: site http://br. Rumo à palavra: três crianças autistas em psicanálise. Tradução Monica Seincman. São Paulo: Escuta, 1997 VISANI, P. RABELLO, S. Considerações sobre o diagnóstico precoce na clínica do autismo e das psicoses infantis. Dez 2010, vol. no. p. ISSN 14136538 COSTA, Maria Ione Ferreira da and NUNESMAIS, Henrique Gil da Silva. Diagnóstico genético e clínico do autismo infantil. equoterapia. org. br Acesso em 30 de outubro de 2014 http://br.
guiainfantil. com/ Acesso em 09 de novembro de 2014.
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