Corpo social: uma análise a respeito da relevância da sociologia na educação

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Para tanto, utilizar-se-á a obra Educação e sociologia, de Émile Durkheim (2010), como principal condutora nos estudos sobre a educação; e Michel Foucault (2013), para entender como a sociedade administra o indivíduo através das políticas de manipulação, calculadas por meio de seus elementos e gestos, que são ditados pelas instituições de educação, formando modos de comportamento. Palavras-chave: Escola. Educação. Sociologia. O percurso da sociologia Segundo Émile Durkheim (2010), a sociologia nasceu com a importância e o objetivo de analisar os fatores sociais responsáveis por determinarem o indivíduo, sejam eles visíveis através da maneira de agir, se comportar, falar, sentir, presentes nos gestos das pessoas, fugindo completamente de sua consciência. Notadamente diminuiu a legitimidade da antropologia racial e dos discursos apologéticos da desigualdade.

Se o que produz o fundamento da pertença a uma sociedade não é a raça, a fisiologia, então o que é? É a cultura, são as crenças, os modos de pensar, os valores. Uma sociedade é um espírito coletivo, uma “consciência coletiva”, como dirá Durkheim após outros. p. Émile Durkheim (1858-1917) foi um importante estudioso no campo da sociologia. Nesse sentido, ele foi fiel à tradição de Saint-Simon e Comte (mesmo de Montesquieu, a quem ele consagrou sua tese secundária). Sua filosofia repousa sobre o dualismo do homem físico e do homem moral (isto é, social). Mucchielli, 2001, p. No início, as ideias de Durkheim foram muito dificultadas, no entanto, ele mostrou que haveria importante reconhecimento, sobretudo na construção das ideias vinculadas à Terceira República da França, onde trouxe obrigatoriedade escolar à crianças de 6 a 13 anos e a proibição da disciplina de ensino religioso em escolas públicas, sendo essa uma renovação nas ideia a respeito da forma de educar do país.

Essas transformações eram vinculadas ao contexto ideológico a partir do final do século XIX. Como pode-se notar, a institucionalização da sociologia também foi uma contribuição durkheimiana, colocando-a em um patamar de concorrência com outras disciplinas, tais como Letras, história, filosofia, geografia. Seus questionamentos epistemológicos eram pontos marcantes na turma de sociólogos de Durkheim. Foram poucos os casos que os questionamentos suscitaram reação. Assim, houve um posicionamento critico sociológico forte diante das outras ciências, refletindo em história, geografia, psicologia, linguística, etnologia, direito, medicina, educação, entre outras. Se observar essas alianças, perceberá que os efeitos são imediatos, pois tratam de discursos voltados no entendimento a respeito do indivíduo em sociedade e como sua formação social justifica seus atos.

Mesmo assim, apesar de grandes consagrados como Mauss, Halbwashs, Granet, Simiand, acima de tudo, pela importância do posto de Bouglé à École Pratique dês Hautes Études, a sociologia torna-se padecida de forças diante desses desastrosos acontecimentos. No entanto, através da cátedra na nova faculdade de Letras de Strasbourg, em 1919, é que a sociologia vai mostrando seu espaço no seio da universidade francesa. Sociologia e educação Como já foi abordado anteriormente, a sociologia tem como objetivo geral estudar os fatos sociais, presentes através das formas com que os indivíduos se comportam em conjunto. A realidade como se mostra, diante das construções sociais são passíveis de mudança. Para se estudar uma devida sociedade, deve-se está atento às mudanças que ocorrem diante do tempo, por isso mesmo, a relação entre sociologia e história muito frequente em pesquisas.

Os dois principais ambientes de construção humana devem caminhar em harmonia para um pleno desenvolvimento humano, e isso será possível quando houver as implementações de políticas que assegurem a aproximação entre os dois contextos, para um melhor desenvolvimento e aprendizagem, não só em relação ao aluno, mas também a todas as pessoas envolvidas. Pensar a sociologia e sua contribuição na construção do aluno é ter em vista o conhecimento a respeito da Psicologia Escolar e Educacional no Brasil que, segundo Antunes (2008), essas questões se mostram comprometidas socialmente com os interesses da população, o autor dialoga com posições das respectivas áreas sobre o saber e o aperfeiçoamento das práticas escolares e o trabalho dos (as) psicólogos (as) na educação, tendo em vista as pesquisas e as práticas.

Assim como o uma discussão de ética e profissionalismo da área da Psicologia frente à educação e demais questões sociais no Brasil. É possível tomar as ideias do autor como ponto para um debate sobre a educação e a sociedade brasileiras, tendo em vista o reconhecimento dos profissionais e suas áreas de atuação para com a sociedade. A valorização do trabalho do professor e o reconhecimento do mesmo são fatores que refletem completamente na escolha e na dedicação do profissional, resultando na formação do aluno e, consequentemente, sua retribuição para com a sociedade o qual está inserido, por isso mesmo, trata-se de uma questão de trocas. Para Durkheim, a criança nasce como uma tábua rasa sendo formada a partir do meio em que está inserida.

Tanto os pais quanto a escola são parte dessa construção, mas nela também estão inseridas outras concepções tais como a religião, posicionamento político e ideológico. Ao nascer, somos rasos, vindo ao mundo além do nu corporal, uma folha em branco de concepções que vão sendo criadas com o tempo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a escola e o modelo educativo O controle da educação no Brasil se dá através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), constituindo uma referência de qualidade para a educação do Ensino Fundamental de todo o País. A função do PCN é orientar e garantir coerência nos investimentos educacionais, de forma que a socialização das discussões nesse âmbito gerem pesquisas, recomendações, aprimoramentos, melhores técnicas de ensino para chamar a atenção dos alunos, um melhor desenvolvimento do professor, gerando um trabalho escolar satisfatório.

Pensar a respeito do PCN deve ser feito em conjunto com o conhecimento sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal n. que foi inserida de 20 de dezembro de 1996. No “Título I – Da Educação” da LDB já vem expresso da seguinte forma no “Art. º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (LDB, 2017, p. grifo nosso). A criança deve, portanto, habituar-se a reconhecê-la na palavra do educador e a submeter-se a essa ascendência” (DURKHEIM, 2010, p. Se levar em consideração o perfil do profissional da educação, verá que as falas, gestos, movimentos e comportamentos diante dos alunos são particular de cada professor, mesmo assim, todos devem cumprir o que a LDB e a PCN pedem expressamente, dando a aula com base nos propósitos pedagógicos para um planejamento mínimo da educação.

Isso tem como base uma visão ampla do que foi mostrado: suas práticas pedagógicas, a postura do professor diante dos demais, como ele aborda o conteúdo, quais classificações dos temas é de sua preferência e como o mesmo deseja transferir para os alunos o conhecimento básico, tendo em vista que seu papel é a elaboração e abordagem de um assunto e seu dispositivo é o Estado. A formação do professor é relacionada ao que a política educativo do Estado propõe, pois, com ela, serão formados cidadãos que devem viver em harmonia e em uma sociedade composta de direitos e deveres. Segundo Fenelon, “Se queremos avançar nesta perspectiva temos de nos considerar como ‘produtores’ nesta sociedade que queremos democrática e não como simples repetidores e reprodutores de concepções ultrapassadas” (1983, p.

Em uma rápida apresentação, Michel Foucalt foi um filósofo francês contemporâneo que se dedicou a pesquisas que debatiam questões de poder e conhecimento. Seus estudos estão em vários campos, sendo eles ligados à Psicologia, Psiquiatria, Psicanálise, Direito, História, Filosofia, Sociologia e Educação. Foi um importante ativista e envolveu em vários assuntos ligados a racismo, corpo, sexo e sistemas (educativos e de penitenciárias). Nesse sentido, far-se-á aqui uma análise sobre a escola como espaço educativo criado pelo Estado para servir como meio de transformação social de uma cadeia de indivíduo. A escola pode ser vista como um corpo institucional que tem modalidades que visam a educação a partir do que o Sistema por ele dita.

A forma de ensino também se mostra enquanto tradicional, passada por gerações através de aprendizagens acadêmicas que formam o professor como uma máquina de reprodução. Como se pode observar, interessa ao Sistema político/econômico muito mais o fator quantitativo do que o qualitativo, ou seja, valoriza-se o número de pessoas alfabetizadas e preparadas para o mundo do trabalho, do que a classificação de uma sociedade onde os fatores reflexivos/filosóficos encontrem-se no topo da cadeia de interesses do país. Por isso mesmo, Os pareceres recebidos, além das análises críticas e sugestões em relação ao conteúdo dos documentos, em sua quase-totalidade, apontaram a necessidade de uma política de implementação da proposta educacional inicialmente explicitada.

Além disso, sugeriram diversas possibilidades de atuação das universidades e das faculdades de educação para a melhoria do ensino nas séries iniciais, as quais estão sendo incorporadas na elaboração de novos programas de formação de professores, vinculados à implementação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (Id. Ibid. Pensando a respeito do que já foi mencionado, acha-se necessário citar a teoria de Antonio Gramsci, filósofo, marxista, jornalista, crítico literário e político italiano que viveu durante o período de 1891 a 1937, sendo um importante estudioso sobre assuntos políticos e de classe. Gramsci mostrou que quase nunca é possível o domínio bruto de uma classe sobre as demais, a não ser nas ditaduras abertas. Essa ideia pode ser vinculada à forma que o Estado toma a educação como projeto uniforme de uma sociedade.

Correlacionar poder e classes sociais é, certamente, um imperativo de método, mas uma classe dominante, para ser também dirigente, deve articular em torno de si um bloco de alianças e obter, pelo menos, o consenso passivo das classes e camadas dirigidas. Por isso, o Sistema não hesita em sacrificar uma parte dos seus interesses materiais imediatos, superando o horizonte corporativo, de modo a propiciar, exatamente, a construção de uma massa pessoas que sirvam como manobra de interesses, a essa descrição, o autor denomina como hegemonia ético-política. A contraprova disso é que, nos Cadernos do cárcere, formula-se de modo pioneiro uma crítica ao stalinismo, que, para Gramsci, apresentava traços preocupantes de hipertrofia do Estado ("estatolatria"), caracterizando assim uma situação de ditadura sem hegemonia, que não poderia subsistir por muito tempo (ANGELI, 2011).

BREVES CONCLUSÕES Com isso, as análises presentes acima teve o intuito de pensar a respeito de como é produzida a educação em uma sociedade e o quão se mostra importante a vinculação dessa produção com os estudos sociais. Foi possível entender, também, como a sociedade vincula educação ao fator de controle, tendo como pressupostos as ideias de poder associadas aos planos e leis educativos. Assim como o papel do professor que ainda está atrelado à uma escola do século XIX-XX, com poucas diferenças, voltadas para um ensino tecnicista. Por mais inovações propostas que o professor jovem traz para a sala de aula, ainda são notórios os sinais que o limita a um fator maior: formação de um cidadão voltado para o mercado de trabalho e não para um melhor convívio em sociedade.

Por fim, tivemos, com este trabalho, uma conclusão prévia que tem o intuito de fazer pensar a respeito da importância dos estudos sociais na educação. Vale ressaltar que não foi nosso intuito pensar em um trabalho sólido, de certezas absolutas e acabado, mas sim, uma reflexão sobre como os sujeitos pensam a educação e como essas ideias podem ajudar a entender a sociedade construída através das gerações, tanto quanto sua importância na produção dos alunos. Com a ideia de que muito ainda deve ser feito pela educação pública e brasileira, pois esta deve acontecer por intermédio de um sistema histórico-filosófico-social, para que haja melhores condições de cidadãos em sociedade, buscamos, aqui, fugir um pouco dos limites impostos pelo Sistema e pensar a respeito dos professores e alunos, que pode ser compreendido além do que uma discussão sobre a construção desses profissionais apenas vinculada às academias, assim como a estrutura de ensino fundamental e médio.

O que se propôs foi pensar aquilo que limita os indivíduos, tendo em vista a educação como algo que vai além das escolas, dos sistemas seriados, das provas, exercícios, e alunos sentados em salas de aula de frente para um professor que deposita seu restrito conhecimento aos demais. Aqui importou uma discussão que vise entender uma melhor educação, para que haja melhores abordagens e resultados na produção social, refletindo positivamente em todas as camadas sociais. br/documents/20184/167323/ldb_(historico_e_comentarios). pdf>. Acesso: 10/04/2019. ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. Psicologia escolar e educacional: história, compromissos e perspectivas. A Formação do Profissional de Historia e a Realidade do Ensino. CADERNOS CEDES-LICENCIATURA, v. p. FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. n. p. DURKHEIM, Émile.

Educação e sociologia. Tradução: Maria de Fátima Oliva do Coutto. Sobre Positivismo e Educação. Revista Diálogo Educacional (PUCPR), Curitiba, v. n. p. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. unicamp. br/ojs/index. php/histedbr/article/view/8639820>. Acesso em: 04 abr. doi:https://doi. In: Anita Helena Schlesener. Org. Filosofia, política e educação: leituras de Antonio Gramsci. ed. Curitiba: UTP, v.

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