Uberização do mercado de trabalho

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

Há problemas relacionados a baixas remunerações, altas jornadas de trabalho, expostos a violência urbana e insegurança de diversas ordens, sejam físicas e/ou psicológicas, tais quais assaltos e sequestro relâmpagos, bem como o fato de estarem inseridos num contexto de precarização sistematizada do mercado e modelo de trabalho, tal qual conhecemos, postos a própria a sorte. Outras categorias abordadas serão os motociclistas vinculados a aplicativos e o ciclista, uma categoria mais recente, mas não menos, pelo contrário, muito mais precarizada no mercado de trabalho atual. Este trabalho visa fazer entrevistas com os trabalhadores (em anexo o roteiro) e analisar os dados resultantes através da teoria sobre a temática exposta. Marco teórico e problematização do objeto de estudo A linha de pesquisa em que esta investigação se inscreve é focada o trabalho e as relações de poder, os estudos sobre as transformações históricas dos processos de trabalho e do meio ambiente do trabalho, do mercado de trabalho, das formas de poder e de contra-poder dos trabalhadores.

Em nossas pesquisas identificamos que os autores que trabalham com a temática dos ciclos capitalistas e suas crises são em sua maioria maxianos, principalmente no que se refere as mudanças e transformações na relações de trabalho, na perpetuação das elites que mantém a essência do sistema capitalista apesar de suas inúmeras fases em suas diferentes etapas. O próprio presidente eleito ainda na campanha se posicionava a favor da reforma trabalhista, no entanto, ele foi eleito pela maioria dos votos. Voltando a nossa pergunta, qual a imagem que os trabalhadores têm de seus direitos se votam em pessoas e propostas que evidentemente pretendem acabar com as relações trabalhistas. a concepção clássica elitista de que tradição das elites e apatia e deferência das massas enquanto características que fundamentam a salvaguarda da democracia persiste nos estudos de cultura política atuais, uma vez que a cultura política afeta os processos de democratização por meio da alteração de crenças e valores e das percepções das elites e das massas, alterando, consequentemente, crenças e valores democráticos (GIMENES, 2014 p.

Em nossa investigação para investigar a teoria das elites pretendemos utilizar os autores Galeano mosca, Vilfredo Pareto e Robert Michels no que se refere a parte clássica na Teoria das Elites. Para pensar a influencia das elites no poder, usaremos as obras de José de Sousa Martins que nos trazem importantes contribuições de Floresta Fernandez e Antônio Cândido. O autor nos fala de limites absolutos do capital e como é preciso a ativação de determinados elementos para a crise ser acionada e a solução para esta crise ser forjada no interior do próprio sistema capitalista. Pois quando os limites se voltam contra o próprio sistema, este exige uma solução dentro de sua lógica, a lógica capitalista. Os direitos dos trabalhadores foram sempre uma “pedra” na cabeça dos capitalistas.

A flexibilização das relações capitalistas foi possível quando o próprio sistema atingiu a fase necessária para o desmontes dos direitos trabalhistas. O capital tem como característica esta “destrutividade”. A sociedade digitalizada e tecnologizada nos levaria ao paraíso. ANTUNES, 2018, p. “Uma obra fundamental para nossa investigação sobre as mudanças no mundo do trabalho e surgimento desta nova classe de trabalhadores será”: “O Privilegio da Servidão: O Novo Proletariado no Serviço da Era Digital. Neste livro o sociólogo e professor da Unicamp Ricardo Antunes oferece um panorama detalhado da classe trabalhadora hoje. A obra oferece um diagnóstico detalhado das transformações trabalhistas que aconteceram na história contemporânea do Brasil. A subjetivação é, no entanto um pouco distinta da subjetivação em si.

Veremos a seguir como a tecnologia entreviu nas relações de trabalho. O primeiro passo rumo à organização do trabalho sob a égide do capitalismo é a subdivisão do trabalho anteriormente feito por uma única pessoa, o próximo avanço, de cunho tecnológico, faz com que o instrumento de trabalho seja transferido do trabalhador para uma máquina, dentro dos limites estabelecidos pelo sistema capitalista. Como resultado há uma apropriação desigual da técnica entre as diversas etapas produtivas e entre os diversos ramos industriais. Em alguns casos, trabalhadores necessitarão de novos conhecimentos para operar as máquinas, enquanto outros continuarão exercendo atividades manuais. Mesmo que de alguma maneira estes aplicativos tenham gerado renda para o trabalhador, os vínculos trabalhistas foram reduzidos gerando menos arrecadação para a previdência social e ocasionando graves prejuízos para o projeto de aposentaria dos trabalhadores.

Homens e mulheres credenciados nos aplicativos como motoristas ficam a disposição dentro de um carro, cujo seguro o carro, limpeza, etc são responsáveis pela manutenção do veiculo. É um salário disfarçado, mas mesmo assim um salário onde o empregador não tem responsabilidade nenhuma sobre seus empregados. “É novo proletariado da era digital”, como diz Antunes2. Para pensar a categoria dos condutores carros e motos precisamos entender algumas características desta complexa massa de trabalhadores, neste sentido vamos pesquisa vamos recorrer a algumas pesquisas que nos ajudem na orientação da entrevista a ser aplicada no trabalho de campo para entender a uberazição do mercado de trabalho e a super exploração das classes trabalhadoras. Exercitar um papel consciente de pesquisador preocupado com trabalhadores urbanos sem direito a nenhum direito trabalhista.

Objetivo central Realizar entrevistas com motoristas de aplicativos Uber, 99 e motoboys da cidade de Salvador e através da análise dos dados entender a motivação de transformar seu espaço laboral em um desafio constante, tanto pela incerteza dos ganhos como pelo perigo da profissão. Objetivos específicos -Compreender o processo histórico que levou a atual fase de flexibilização das relações trabalhistas. Analisar o perfil socioeconômico e cultural e a expectativa destes dos motoristas de aplicativo cidade de Salvado- Ba em relação aos seus direitos trabalhistas e a expectativa de aposentadoria. Conhecer a impressão de realidade dos motoristas que trabalham por aplicativos no campo laboral destes. Para entender a aplicabilidade do Uberização e Será realizada uma coleta de dados com motoristas vinculados aos aplicativos celulares de transporte Uber e 99, os motoristas de motocicletas (chamados de motoboys) independentes e ciclistas.

A coleta se dará através de 330 entrevistas semi-estruturadas com questões ainda a serem definidas. As entrevistas terão duração prevista de 1 hora e serão gravadas em áudio e transcritas. A análise das entrevistas será avaliada de com o auxilio de varias disciplinas visto que as precarização das relações de trabalho afeta a várias áreas além da sociologia do trabalho. Leite (2005) observa que a singularidade do processo de reestruturação produtiva no Brasil vem resultando em movimentos de abrangência dos focos e objetos de análise na Sociologia do Trabalho recente. Cronograma Referências ALVES, Stênio Eduardo De Sousa. A crise estrutural do capital de István Mészáros como uma síntese sui generis: possibilidades e limites. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em CiênciasSociais, da Universidade Federal de Uberlândia, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Sociais, julho de 2014.

Disponível em: https://repositorio. ufu. RECADM. ANTUNES, Ricardo. O Privilegio da Servidão: O Novo Proletariado de Serviços na Era Digital. Boitempo Editorial, 2018, São Paulo. ANTUNES, Ricardo. Revista de Discentes de Ciência Política da UFSCAR, Vol. n. Disponível em:www. agendapolitica. ufscar. Karl Marx: o charme indiscreto da incompletude. In: Outubro–Revista do Instituto de Estudos Socialistas. São Paulo, n. p. OLIVEIRA, Luis Paulo Jesus. br/2008/05/01/jose-de-souza-martins/ RICARDO Antunes: O novo proletariado da era digital | Curso: "O privilégio da servidão" | Aula 2. Produção: TV Boitempo [S. L. min. Publicado em 11 de janeiro de 2011.

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