BENEFÍCIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Tipo de documento:Pré-projeto
Área de estudo:Pedagogia
Dr. Thiago Matassoli Gomes Prof. Universidade Estácio de Sá Prof. Dr. Thiago Teixeira Guimarães Universidade Estácio de Sá Prof. Bebês, crianças, adolescentes e adultos estão envolvidos no processo de aprender a mover-se com controle e competência, reação aos desafios que enfrentam diariamente (GALLAHUE e OZMUN, 2001). Sendo a Educação Física responsável em propor esses desafios com controle e competência nas escolas. De acordo com Sayão (2002) a criança utiliza seu corpo e movimento como forma para interagir com outras crianças e com o meio, produzindo culturas. Essas culturas estão embasadas em valores como ludicidade, a criatividade nas suas experiências de movimento. A Educação Física, esta estuda o “movimento” nos seus aspectos: fisiológicos, psicológicos, cultural, social, biológico, educacional, desenvolvimentista, dentre outros (CAVALARO e MULLER, 2009).
OBJETIVOS GERAL OU PRIMÁRIO Compreender o papel da educação física no desenvolvimento da infância e seus beneficios. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS Descobrir aspectos da educação física na infância. Destacar a importância para o desenvolvimento infantil. Compreender a relação entre um bom desenvolvimento infantil e a educação infantil. Problematização Quais são os benefícios da educação física no desenvolvimento infantil? 7. Numa segunda etapa foi realizada uma leitura completa por dois avaliadores independentes dos artigos pré-selecionados onde foi verificado se o conteúdo dos mesmos ressalta a importância do profissional de Educação Física ministrar as aulas na Educação Infantil, ocorrendo assim à interdisciplinaridade nessa etapa da Educação Básica, buscando o desenvolvimento integral nas crianças entre 0-6 anos.
Figura 1 – Fluxograma da seleção dos artigos para avaliação detalhada Artigos coletados para analise Artigos excluídos com base na análises do título, resumo e objetivo (n=117) 8. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA Após a verificação do conteúdo dos artigos pré-selecionados, ficou constatado que a preocupação dos pesquisadores e professores da área está relacionada ao espaço físico disponibilizado para as aulas de Educação Física para as turmas da Educação Infantil, além da frequência e tempo de aula na semana, o currículo, o planejamento pedagógico e má capacitação do profissional de Educação Física. Em sua minoria, conforme tabela 1, estão os artigos que relatam os benefícios que a Educação Física pode proporcionar as crianças deste período escolar, demonstrando maneiras de potencializar o desenvolvimento integral destas crianças.
Segundo Richter e Vaz (2010) o primeiro ponto a ser observado diz respeito à busca dos profissionais por um “lugar” para a Educação Física: um espaço físico “adequado” as aulas, [. A outra forma é sempre pedir que uma criança com idade menor que 5 anos de idade fique o tempo todo quieta, ou seja parada, assim restringindo a liberdade e a 11 criatividade do individuo. Para Pinho, Grunennvaldt e Gelamo (2016) essas ações educativas se opõem à natureza da criança e refreiam sua pré-disposição aos impulsos corporais e a Educação Física deve aproveitar que a comunicação da criança se faz pelo movimento/expressão corporal e alfabetizá-la nessa linguagem. Como já foi dito, a Educação Física é a disciplina responsável pelo movimento, que é uma forma de linguagem que proporciona autonomia para a criança (SOARES, PRODÓCIMO e DE MARCO, 2016).
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) o movimento deve fazer parte do currículo na Educação Básica, Infantil, sendo um dos grandes responsáveis no desenvolvimento da criança, este potencializa o despertar e aquisição de conhecimentos, onde se adquire linguagem própria através de expressões corporais, fazem novas descobertas motoras, auxiliando na construção de conceitos e valores. O movimento segundo Stein et al. Foi observado que os autores dos artigos selecionados para uma avaliação mais aprofundada citam o brincar como método de ensino para as turmas da Educação Infantil, pois no brincar as crianças refletem uma sociedade em miniatura, expondo situações que elas apreciam em seu dia a dia, além de explorar novas práticas corporais e interação com o outro (COSTA, BARROS e KUNZ, 2018).
Essas brincadeiras ao ser observadas por um adulto e o mesmo souber aproveitá-las em suas aulas de maneira orientada irá contribuir para o desenvolvimento integral da criança, introduzindo novos movimentos e aprendizados relacionados ao afetivo e social (SILVA e VIOTTO FILHO, 2018). Além de aproveitar essas brincadeiras para as suas aulas o professor pode identificar dificuldades não apenas de movimento, mas social e afetivo das crianças, onde, por exemplo, uma criança isolada, controladora ou dominadora pode usar a violência para que seus desejos sejam realizados, mediante esta observação o professor pode trabalhar para que esse aluno interaja com os demais, controle sua agressividade e sua maneira de agir em grupo (SANTOS, JOÃO e CARVALHO, 2019). A brincadeira é uma forma da criança de expressar, se comunicar, é um momento onde ela usa sua imaginação e criatividade.
Costa, Barros e Kunz (2018) comparam que uma que criança que não brinca é uma criança que tem sua vida extraída na infância, pois para eles o ato de brincar é o momento em que se desperta a imaginação através da fantasia e ao impedir este ato pode acarretar em problemas/doenças psicológicas no futuro, e que um adulto que não brincou na 11 infância no momento que passar por uma dificuldade não terá a imaginação para superá-lo, isso ocorre segundo os autores, pois em uma situação de grande dificuldade, o adulto resgata sua intuição e criatividade, assim ressaltando a importância de se ter jogos ou brincadeira desafiadoras nessa fase da vida. Nas aulas a psicomotricidade pode ser trabalhada de modo que desenvolva o potencial da criança a fim de prepara-la para uma melhor aprendizagem no decorrer da vida.
É importante estimular a criança nos aspectos de coordenação motora, lateralidade, equilíbrio, noções de espaço e tempo (AQUINO et al. Vitor da Fonseca (1998) ressalta que um bebê só chegará ao aspecto funcional final 11 respeitando uma hierarquia verticalizada de acordo com os seguintes aspectos funcionais ocorrendo conforme cada faixa etária: • 0 a 2 anos 1. Tônus: sustenta os ossos/esqueleto, através da rigidez e fortalecimento muscular, seria a tensão muscular. Equilíbrio: estado de um corpo quando forças distintas se encontram sobre ele, compensam-se e anulam-se mutuamente. a 2 anos Fase Motora Rudimentar: são movimentos que surgem de maneira previsível, ou seja, são pré-determinados, movimentos estabilizadores como: controlar a cabeça, pescoço, e músculos do tronco, movimentos de manipulação 11 como: agarrar e soltar (com as mãos) e movimentos de locomoção como: se arrastar, engatinhar e caminhar.
a 6/7 anos Fase Motora Fundamental: essa fase é um período no qual a criança esta envolvida ativamente na exploração e na experimentação de capacidades motoras de seu corpo, momento onde conhecem melhor o seu corpo. Seu primeiro estágio é dirigido na tentativa da criança executar um padrão de movimentos fundamentais. No segundo estágio envolve execução controlada e coordenada, ocorre por volta de 4 a 5 anos. E a última fase é caracterizada por uma execução mecanicamente eficiente, coordenada e controlada, ocorre entre os 6 ou 7 anos. Mesmo a Educação Física sendo obrigatória no ensino básico de acordo com a Lei nº 9. de 20 de dezembro de 1996, nas instituições de Educação Infantil era o pedagogo que fazia esse papel, somente após a regularização da profissão em 1998, através da Lei nº 9.
que o educador físico começou a ter espaço nessas instituições. Segundo Silveira (2015) os pedagogos assumem na educação infantil a brincadeira como componente de suas aulas, o que não justificaria a existência de um professor de Educação Física, citando até que um recreador poderia fazer essa função, para recreação ou recuperação física e mental das crianças. Assim não podendo ser pautada apenas a necessidade deste profissional no que tange a aprendizagem através da brincadeira e sim justificando a sua existência devido ser necessário para que através de um desenvolvimento motor, ou seja, do movimento, a criança se desenvolva por completo e crie sua emancipação para que possa usufruir destes aprendizados ao longo de sua vida.
Cronograma ATIVIDADES 2020/2 2021/1 JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa X X X Definição dos objetivos, justificativa. X X X Definição da metodologia. X X Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica. X X Entrega da primeira versão do projeto. X X X X X X Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais. X X X X X X Entrega da monografia. X X X X X X Defesa da monografia. X X X X X X 10. Recursos Para a analise dessa perspectiva da educação física, será estudado a prática em escolas, e ainda aplicado formulários com os profissionais que trabalham com crianças acerca dos benefícios identificados pelos mesmo, e também um questionário mais simples aplicado as crianças de 6 anos sobre como elas se sentem ao praticarem atividades físicas.
R. Corpo e Movimento: Produzindo diferenças de gênero na Educação Infantil. Pensar a Prática, v. n. p. br/seer/index. php/cinergis. Ano 15 - Volume 15 - Número 1. Janeiro/Março 2014. AQUINO, Mislene Ferreira Santos de et al. A Educação Física na Educação Infantil: a importância do movimentar-se e suas contribuições no desenvolvimento da criança. Revista Iberoamericana de Educación nº 47/3. BONA, B. C; MORAES, D. L. BRASIL. MEC/Secretaria de Educação Fundamental. O brincar − Versão preliminar do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília: MEC/SE, 1998. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: 20 de dezembro de 1996. CAVALARO, A. G; MULLER, V. R. n. p. maio/2018.
FONSECA, Vitor. Psicomotricidade: Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. dez. FREITAS, M. V; STIGGER, M. P. As brincadeiras nas Aulas de Educação Física e seus significados para as crianças. KAWANISHI, M. M; AMARAL, S. C. F. Concepções da educação do corpo em instituições de educação infantil em Campinas. Associação entre o ambiente da escola de educação infantil e o nível de atividade física de crianças pré-escolares. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 18 (1): 53-62. Pelotas/RS, Jan/2013. MORAES, Roger de. Aprendizagem e controle motor. n. Goiânia, jan. mar. NUNES, R. L. C. Educação Física no Ensino Infantil: Sua influência no desempenho das Habilidades Motoras Fundamentais. Cinergis – Vol 9, n. p. Jul/Dez, 2008.
T; GELAMO, K. G. O Lugar da Educação Física na Educação Infantil, Existe?. Motrivivência, Florianópolis/SC, v. n. SANTOS, H. U. B; JOÃO, R. B; CARVALHO, J. O. R; VIOTTO FILHO, I. A. T. Atuação teórico-crítica do Professor nas aulas de Educação Física na Escola de Educação Infantil. Pensar a Prática, v. B; PRODÓCIMO, E; DE MARCO, A. O Diálogo na Educação Infantil: o Movimento, a Interdisciplinaridade e a Educação Física. Movimento – revista de educação Física da UFRGS, Porto Alegre, v. n. out. Movimento, v. n. Porto Alegre, abr. jun. de 2016.
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